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sábado, 25 de novembro de 2017

Drama do submarino escancara crise militar na Argentina




Em meio a críticas, Macri estaria analisando trocar cúpula das Forças Armadas
 

O presidente da Argentina, Mauricio Macri, foi pessoalmente na tarde de sexta-feira à sede do Ministério da Defesa, localizada a poucos metros da Casa Rosada, para informar-se sobre a situação do submarino ARA San Juan — desaparecido desde quarta-feira da semana passada. O gesto do chefe de Estado evidenciou a profunda crise militar desencadeada pelo que já se considera a maior tragédia da Marinha argentina dos últimos 35 anos. Em meio ao desespero e à ira dos familiares dos 44 tripulantes, Macri mostra-se profundamente irritado com a atuação das autoridades militares e, no país, especula-se sobre mudanças na cúpula das Forças Armadas até o final do ano. Na opinião de especialistas, o submarino é apenas a ponta do iceberg, e trocar cabeças não resolverá um problema que se arrasta há décadas: a indefinição sobre qual deve ser o papel das Forças Armadas, hoje abandonadas, com cada vez menos recursos e sem rumo. [a situação de indefinição sobre o papel das FF AA na Argentina deve servir de alerta aos comandantes militares das três Forças do Brasil: 
nossas Forças Armadas caminham de forma acelerada para um desprestígio generalizado, ofensivo e se algo não for feito - e cabe aos comandantes militares conduzirem um processo de recuperação das FF AA, tanto  em termos de prestígio, quanto de salários e especialmente de  modernização com um reequipamento ostensivo, firme e rápido (falando em reequipamento, os aviões Gripen ainda virão para a FAB? ou está tudo parado? a situação da Marinha de Guerra, Exército Brasileiro e Força Aérea Brasileira será bem pior do que a da Argentina. 
Todo cuidado é pouco com os efeitos altamente prejudiciais da política antimilitar praticada pelo Brasil desde o primeiro governo FHC, intensificada durante os desgovernos Lula e Dilma, que agora sob Temer está em banho-maria (colocar algo em banho-maria o que já está estagnado, se autodestruindo é péssimo).]


Ao sair do Ministério da Defesa, o presidente evitou críticas à Marinha e tentou acalmar as famílias dos tripulantes, que já falam em pedir justiça:  — Não temos de nos aventurar em buscar culpados. [há precipitação dos que querem atribuir responsabilidade pela tragédia aos militares argentinos; 
apesar de raro o incidente com o submarino ARA San Juan está entre os riscos; basta lembrar o havido com o submarino russo Kursk - matéria no POST anterior.]

No entanto, longe dos holofotes, o governo já abriu 40 investigações internas para determinar o que aconteceu com o submarino. Negligência e ocultação de informação estão entre as hipóteses.  — Macri está zangado com a situação. Sempre nos sentimos um pouco impotentes com uma situação como esta, onde ninguém sabe o que aconteceu — declarou o senador Federico Pinedo, líder da aliança governista Mudemos no Parlamento e terceiro na linha de sucessão presidencial.


Pinedo questionou “a política antimilitar dos governos kirchneristas” e defendeu a necessidade de repensar a missão das Forças Armadas.  — A política deve ocupar-se de pensar para que servem as Forças Armadas no século XXI e deve equipá-las para essa missão, que devemos definir — assegurou o senador, um dos congressistas mais próximos do presidente.



Visivelmente abalado pela crise, Macri comprometeu-se a continuar procurando o submarino, com a ajuda de 12 países, entre eles Estados Unidos, Brasil, Espanha e Rússia, última a unir-se às operações de busca. Até sexta-feira, as informações técnicas divulgadas pela Marinha continuavam sendo as mesmas do dia anterior: a confirmação de uma explosão na região em que o San Juan está sendo procurado, muito próxima do local onde estava quando comunicou-se pela última vez com terra. Mas, pela primeira vez, o porta-voz da Marinha, Enrique Balbi, admitiu que a explosão confirmada no dia anterior teria sido no San Juan.  — Inferimos que poderia ser do submarino — afirmou. — Não temos indícios de um ataque.


O que causou a explosão continua sendo um grande mistério, assim como o que fazia o submarino. A informação oficial menciona trabalhos de monitoramento de barcos pesqueiros, mas a juíza que está investigando o caso assegurou que “são segredos de Estado”. A equipe de promotores encarregada do caso solicitou sexta-feira informações sobre as reformas realizadas durante o governo de Cristina Kirchner (2007-2015).

Paralelamente, setores da oposição estão pedindo ao ministro da Defesa, Oscar Aguad, que vá ao Congresso dar explicações. — No Parlamento, temos de fazer todos os esforços necessários para que este caso não seja catalogado como uma tragédia derivada de um acidente, são fatos de extrema gravidade — disse a deputada opositora Araceli Ferreyra. 


 ‘Questão-chave é o papel das Forças Armadas’

Macri é um político que sempre se manteve distante do mundo militar, como fez a grande maioria dos dirigentes argentinos após a redemocratização do país, em 1983. A crise, já instalada, será portanto um delicado desafio para o chefe de Estado, que em dezembro completará dois anos de mandato. Na opinião de Sabina Frederic, professora da Universidade de Quilmes e antropóloga do Conselho Nacional de Investigações Científicas e Técnicas (Conicet), “a questão-chave neste momento é que não está claro qual é o papel das Forças Armadas na Argentina”. Segundo ela, nos últimos 30 anos, sua principal atividade foi participar de missões de paz, uma delas no Haiti. Para a especialista, “o caso mostrou como funciona e sempre funcionou a Marinha argentina: como uma organização coesa e absolutamente fechada”.

— Não demoraram para avisar Macri por razões políticas, demoraram porque a Marinha é assim, hermética, e neste caso foi negligente — assegurou Sabina, que participou de uma recente reforma do plano de estudos dos militares argentinos. — A Marinha foi o setor mais complicado porque ela funciona de uma maneira diferente, sempre foi assim. Na ditadura, por exemplo, exigiu-se que todos os seus integrantes participassem da repressão. [por acaso essa especialista considera defender a Pátria de terroristas, comunistas e outros 'istas' um crime? 
Se pensa assim está enganada; 
combater os inimigos da Pátria, no Brasil, na Argentina ou em qualquer outro país, SEMPRE FOI, CONTINUA SENDO e SEMPRE SERÁ uma SUPREMA HONRA - pensar diferente é ALTA TRAIÇÃO À PÁTRIA.]



Não será fácil para Macri redefinir as Forças Armadas num panorama prolongado de ajuste no Estado. Em 2018, o presidente seria obrigado a aplicar novos cortes, o que tornaria complicado atender a demandas internas de investimento.  — Nos últimos anos, os militares foram notícia pelos julgamentos de lesa-humanidade. A limpeza é grande, mas a grande questão é o que virá depois dessa limpeza — concluiu Sabina. [essa especialista falou bobagem no parágrafo anterior e mais ainda neste.]

O Globo


Relembre: há 17 anos, submarino russo Kursk desapareceu no Ártico



Tragédia matou 118 pessoas; embarcação foi içada apenas um ano depois

O desaparecimento do submarino argentino AKA San Juan, na última quarta-feira, fez com que muitos se lembrassem de um acidente parecido, no início dos anos 2000, quando o submarino nuclear russo K-141, batizado Kursk, sofreu uma explosão no compartimento de armas, e desapareceu no Mar de Barents, no Oceano Ártico, causando a morte de 118 pessoas. 

 Na foto, o submarino russo Kursk, nos anos 2000 - ITAR-TASS / AFP PHOTO

O acidente até hoje é considerado umas das maiores tragédias subaquáticas da História. O Kursk era na época visto como um orgulho da Marinha russa, uma máquina de guerra equipada com 24 mísseis e, até a tragédia, considerada indestrutível. Ao contrário do acidente mais recente, que foi rapidamente divulgado pelo governo argentino, há 17 anos os russos demoraram dias para ´comunicar ao público a gravidade do acidente. Além disso, as investigações posteriores apontaram que a Rússia recusou as ofertas de outros países para ajudar a resgatar os tripulantes do submarino, pois a embarcação poderia revelar segredos militares'.

FALHA NO RESGATE
Mesmo após a explosão, em 12 de agosto, alguns dos tripulantes conseguiram ir para o compartimento número nove do submarino, localizado na proa, e emitiram sinais de socorro por 48 horas. O Kursk foi localizado a 108 metros de profundidade na madrugada de 13 de agosto. Ainda assim, o governo russo só aprovou a operação internacional de resgate uma semana depois do acidente. Cartas deixadas por alguns dos marinheiros confirmaram a versão de que os marinheiros sobreviveram por algum tempo. Em uma delas, o tripulante Dmitri Kolesnikov dizia que havia 23 tripulantes na proa da embarcação.

Nenhuma autoridade acreditou que marinheiros conseguiriam sobreviver por um período de dois dias após o acidente. Depois de semanas de busca, foram resgatados os corpos de 115 ocupantes do submarino, exceto dos marinheiros Dimitri Kotkov e Ivan Nefedkov, e do técnico Mamed Gadzhiev. O submarino foi totalmente içado apenas em outubro de 2001, mais de um ano após a tragédia. 


ACIDENTES COM SUBMARINOS RUSSOS
Além da tragédia do Kursk, outros dois acidentes com submarinos russos ocorreram nos anos 2000. No dia 30 de agosto de 2003, o submarino atômico K-159 afundou durante uma tempestade, também no Mar de Barents, a uma profundidade de 170 metros e com dez pessoas a bordo, das quais uma foi resgatada com vida.

Em novembro de 2008, uma falha no sistema de incêndio provocou a morte de 20 pessoas num submarino nuclear russo, no Oceano Pacífico. A falha fez com que fossem expelidas substâncias químicas que também deixaram 21 pessoas feridas. No momento do acidente, havia 208 pessoas a bordo, dos quais 81 eram militares.