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domingo, 5 de dezembro de 2021

Marighella - um 'filme' pior do que o assassino que lhe empresta o nome

Joguei tempo fora assistindo o que divulgam como 'filme' e espero que o tempo ora despendido nesse alerta evite que alguns façam o mesmo que fiz ao cometer o ERRO que reconheço no inicio deste comentário

Qualidade técnica - fica a impressão que estamos assistindo algo que usa recursos tecnológicos disponíveis no inicio do século passado; 

História - nada conta que possa ser aproveitado para se conhecer algo sobre aquela época e sobre o terrorista que dá nome ao filme = limita-se a mostrar algumas cenas em que o assassino conversa, outras que surgem e desaparecem sem dizer as razões do surgimento, anda sem rumo, não mostrando nenhum dos atos criminosos, terroristas, cruéis e covardes contra civis inocentes
Quem assiste ao filme sem conhecer quem foi o assassino Marighella - seja por viver naquela época ou obtidas em outras fontes menos mentirosas - termina de assistir à 'narrativa' sabendo tanto quando sabia antes = NADA;
 
Se percebe que o objetivo único da película é desmerecer os brasileiros e brasileiras que, arriscando a própria vida, envidaram esforços (felizmente exitosos em sua maioria, apesar de incompletos em grande parte) para neutralizar maus brasileiros, traidores da Pátria, tipo Marighella, Lamarca e coisas do tipo.  
 
"Esqueceram" de mostrar alguns dos atos brutais, covardes, sanguinários praticados por aquele terrorista que, se mostrados, permitiriam ao espectador ter elementos para decidir sobre o retratado.
No filme são apresentadas algumas cenas que chamam de torturas mas que ajudaram na neutralização de assassinos, guerrilheiros e terroristas tipo Carlos Marighella, que tinha como regra "não importa a quem matar, a quem assassinar o que importa é o cadáver."
O que apresentam como torturas não passa de interrogatórios enérgicos, necessários e inevitáveis, naquela época,  para conter as ações terroristas.   Havia uma única opção: deixar prosseguir a matança de civis inocentes ou neutralizar os terroristas.

NÃO RECOMENDAMOS = é perder tempo vendo uma mentira, uma narrativa adaptada para difundir uma versão mentirosa.

Blog Prontidão Total


domingo, 9 de dezembro de 2018

A mídia diante do público


A imprensa não entendeu a realidade evidente: a maioria dos brasileiros pensa o contrário do que pensam jornalistas e os donos dos veículos de comunicação


Publicado na edição impressa de VEJA - J R Guzzo
É fácil saber o que aconteceria com uma empresa de ônibus que vende nos seus guichês da rodoviária de São Paulo uma passagem para Belo Horizonte, por exemplo, e leva o passageiro para Piracicaba. Vive fazendo isso, aliás, pois a sua grande dificuldade é anunciar no letreiro a cidade para onde o ônibus realmente está indo. O que aconteceria é o seguinte: os passageiros, um dia, não iriam mais viajar com essa companhia para lugar nenhum. Chega, diriam eles — assim não dá mais. Da mesma forma, se uma pessoa costuma lhe dizer coisas que nunca acontecem, ou simplesmente vive contando mentiras, o mais provável é que você deixe de prestar atenção no que ela diz. 

Num processo na Justiça, igualmente, uma alegação falsa feita por uma das partes pode lhe causar sérios problemas: todo o resto da sua versão passa a correr o risco de ficar sob suspeita. Para sorte de muita gente, porém, nem tudo funciona assim. A memória dos seus clientes é mais tolerante, ou mais fugaz — e, portanto, mais disposta a esquecer que lhes disseram uma coisa que não aconteceu, ou disseram uma coisa e aconteceu outra, ou, ainda, que aconteceu justamente o contrário do que lhes foi dito que iria acontecer. Faz parte dessa gente de sorte, hoje em dia, a mídia brasileira.

Mas será mesmo sorte — ou, ao contrário, é um problema cinco-estrelas que ninguém está vendo direito? Os leitores, ouvintes e telespectadores podem estar em relativo silêncio, mas há sinais de que a tolerância do público a pagar passagens para uma cidade e ser depositado em outra está deixando de ser uma proteção garantida para a imprensa. Ninguém reclama em praça pública — mas o consumidor de informação nunca reclama em praça pública. Um dia ele simplesmente vai embora, sem dizer até logo, e não volta mais. Quando os proprietários de órgãos de comunicação, e os jornalistas que trabalham neles, percebem o que aconteceu, já é tarde. A menos que tenham o suporte de uma fortaleza financeira em seu conjunto de negócios, podem encomendar o caixão — e os cemitérios brasileiros de jornais, revistas, rádios, televisões e, ultimamente, páginas eletrônicas que se imaginavam a última palavra em matéria de jornalismo moderno estão cada vez mais lotados. A diminuição do público interessado em acompanhar o que a mídia lhe diz não começou agora, é claro. Há dez ou quinze anos a migração passou a ganhar volume — e não parou mais, por motivos que já foram explicados em milhões de palavras, a maioria delas, aliás, lida por bem pouca gente. 

(...)

Para que ficar tentando esconder a realidade? O que acaba de acontecer na eleição, muito simplesmente, foi o maior fiasco que os meios de comunicação brasileiros já viveram em sua história recente. É melhor assinar logo o boletim de ocorrência, admitir que alguma coisa deu horrivelmente errado e pensar, talvez, se não seria o caso de averiguar quais falhas foram cometidas. Por que a mídia ignorou a lista de desejos, claríssima, que a maioria da população estava apresentando aos candidatos? Por que não tentou, em nenhum momento, entender por que um número cada vez maior de eleitores se inclinava a votar em Jair Bolsonaro? 

Durante meses seguidos, os comunicadores brasileiros tentaram provar no noticiário que coisas trágicas iriam acontecer para todos se Bolsonaro continuasse indo adiante — mas nunca pensaram na possibilidade de que milhões de brasileiros estivessem achando que essas coisas trágicas, justamente essas, eram as que consideravam as mais certas para o país. A mídia, na verdade, convenceu a si própria de que não estava numa cobertura jornalística, e sim numa luta do bem contra o mal. Em vez de reportar, passou a torcer e a trabalhar por um lado na campanha, convencida de ter consigo a “superioridade moral”. Resultado: disputou uma eleição contra Jair Bolsonaro e perdeu, por mais de 10 milhões de votos de diferença. "A diminuição do público interessado em acompanhar o que a mídia lhe diz não começou agora. Há dez ou quinze anos a migração passou a ganhar volume”

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