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sábado, 27 de fevereiro de 2016

A volta do impeachment

O impeachment reacende

Surgimento de provas que vinculam a campanha de Dilma à corrupção na Petrobras, a partir da prisão de João Santana, leva os partidos de oposição e até o PMDB a voltarem a se articular no Congresso pelo afastamento da presidente

Na segunda-feira 22, horas depois de expedido o mandado de prisão do marqueteiro da campanha e conselheiro de Dilma, João Santana, com base na mais bem documentada operação da Polícia Federal até agora, o ex-presidente Lula sacou o telefone e ligou para o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner. “Ela (Dilma) sabia que ia dar m...Que isso tudo chegaria na campanha”, esbravejou o petista. Impregnado de fúria, Lula reavivou em Wagner uma conversa mantida no Palácio do Planalto entre o senador Delcídio do Amaral (PT) e a presidente Dilma Rousseff, em junho, na esteira da prisão de executivos das principais empreiteiras do País. Durante uma reunião, o senador petista advertiu a chefe do Executivo: “Presidente, a sra. sabe que foi uma dessas empreiteiras implicadas na Lava Jato que bancaram sua campanha e pagaram ao publicitário João Santana”. Ao que Dilma respondeu: “Isso é problema do Lula. Ele que resolva”. Delcídio então rebateu: “Não, a campanha era sua. É sua a responsabilidade”.


“Pois é, agora chegou nela”, concluiu Lula no telefonema ao ministro baiano. O tom do diálogo traduz a atmosfera de pânico reinante no PT e no Planalto, a partir da deflagração da Operação Acarajé, pela Lava Jato, na última semana.

Foram 67 dias de alívio para o governo, desde a decisão do STF de alterar o rito do afastamento da presidente Dilma no Congresso. Na segunda-feira 22, o acarajé azedou e a calmaria cedeu lugar à tormenta. Para a presidente, a prisão daquele que era considerado o 40o ministro do governo, tamanha era a influência exercida por ele, constitui-se no desenlace mais grave da Operação Lava Jato até agora. Os fortes indicativos de que dinheiro desviado da Petrobras serviu para bancar João Santana, principal mentor e estrategista das campanhas petistas, colocaram o impeachment novamente na ordem do dia – tanto do Congresso, como das ruas. 


Com algumas diferenças fundamentais, em relação ao ano passado, que fazem com que o processo capaz de apear Dilma do poder retorne ainda com mais vigor e mais robusto do ponto de vista político. Desta vez, não há qualquer vestígio das digitais do impopular presidente da Câmara, Eduardo Cunha, responsável por avalizar o pedido anterior. Ao contrário do ano passado, Dilma também não pode se escorar no ex-presidente Lula. Enrolado com os casos do tríplex no Guarujá e do sítio em Atibaia, reformados com dinheiro da OAS, empreiteira envolvida no Petrolão, o morubixaba petista não empolga nem conduz mais as massas como em outrora. Pelo contrário. Ele nunca esteve tão fragilizado e com uma imagem tão arranhada perante a população, haja vista o panelaço do qual foi alvo na última terça-feira 23 – indiscutivelmente o mais estrepitoso entre todos até agora. 

Na ausência de um inimigo número um para atribuir as ações perpetradas contra ela no Congresso, papel este exercido por Cunha em 2015, e com o seu principal mentorLula – a manquitolar nas cordas, Dilma volta a depender de dois partidos que se revelaram nada confiáveis em momentos pretéritos em que a presidente esteve em apuros: o próprio PT e o PMDB. É notório. Os petistas nunca morreram de amores por Dilma. Nem quando ela foi alçada ao Olimpo político em 2010. Hoje, eles se dispõem a sustentá-la tão somente por conta da sobrevivência eleitoral, traduzida na batalha pela manutenção dos mais de 20 mil cargos, em poder da legenda, na Esplanada dos Ministérios. Intramuros, integrantes do partido jogam na conta da presidente a pior crise já experimentada pelo PT, desde a sua fundação – fruto, para eles, da equivocada política econômica responsável por paralisar o País e trazer de volta o desemprego e a recessão.


EM MARCHA
O MBL, liderado por Kim Kataguri (abaixo, estará à frente dos protestos do dia 13.
Panelaço na terça 23 expôs decepção do brasileiro com Lula e o PT
 
 O principal sintoma do estremecimento da relação entre Dilma e PT é a possível ausência da presidente no evento em comemoração aos 36 anos do partido no Rio. Já o PMDB, que ensaiou o desembarque do governo, mas voltou ao estado de ponto morto depois que o motor do impeachment esfriou no ano passado, retomou as negociações para colocar em marcha o afastamento da presidente. Na última semana, as articulações entre PMDB e PSDB, principal partido de oposição, ganharam intensidade e retornaram ao estágio anterior à decisão do STF de 17 de dezembro, quando os ministros da corte mudaram a regra do jogo com a partida em andamento e jogaram uma ducha de água fria no processo. 

O PMDB cogita até apresentar um novo pedido de impeachment capaz de alcançar os últimos fatos da Lava Jato, como o dinheiro recebido pelo marqueteiro João Santana no exterior. A assessoria jurídica do partido já trabalha em cima de um parecer nesse sentido. O vice-presidente Michel Temer (PMDB) mantém a discrição e evita fazer movimentos bruscos, como ocorreu no ano passado, quando foi acusado de jogar abertamente contra o governo. Mas, segundo palavras de um de seus mais próximos aliados, o vice vai deixar “a partida correr solta”.

O PMDB desenvolve um raciocínio bem pragmático para voltar a embarcar na canoa do impeachment. Por que aguardar uma decisão no TSE que pode prejudicar o partido, na hipótese de condenação da chapa Dilma-Temer, se o PMDB pode ser o fiel da balança para afastar a presidente num processo político no Congresso do qual se beneficiaria diretamente, com a ascensão automática do vice-presidente ao poder, caso seja aprovado o impedimento da petista? A seu favor, o partido ainda conta com a possibilidade de a liturgia do impeachment no Congresso ser bem mais célere do que um julgamento no TSE. Numa projeção otimista, o Tribunal Eleitoral só irá conseguir se manifestar sobre as contas eleitorais de Dilma em outubro deste ano, ao passo que um processo de afastamento no Legislativo, se houver condições políticas para levá-lo a cabo, não duraria mais do que três meses.

Por isso, neste momento, as conveniências políticas de PMDB e PSDB voltam a se entrelaçar. Para Dilma o restabelecimento da harmonia entre as duas legendas é o pior dos mundos. A senha para o reinício das tratativas foi a decisão do presidente do PSDB, senador Aécio Neves, de se engajar de corpo e alma na manifestação marcada para o dia 13 de março cujo mote principal será o “Fora, Dilma”. A decisão foi tomada após reunião com parlamentares da oposição na sede da liderança do partido no Senado. 

“Estamos distribuindo uma nota de absoluto apoio dos partidos de oposição às manifestações programadas para o próximo dia 13 de março, organizadas por movimentos da sociedade civil. Vamos conclamar nossos companheiros de todas as regiões do País para que se façam presentes nesse momento de profundo agravamento da crise política, econômica, social e moral que vem devastando o Brasil. Vamos botar nossa cara sim e dizer basta a tudo isso que vem acontecendo”, afirmou Aécio Neves. “Pela primeira vez temos provas documentais que vinculam a campanha da presidente Dilma à corrupção na Petrobras”, pontuou o tucano. A nota em apoio à manifestação foi subscrita pelo PSDB, PPS, DEM, PV e Solidariedade. Os oposicionistas anunciaram ainda que os líderes dos partidos na Câmara solicitarão ao presidente do STF, Ricardo Lewandowski, uma audiência para cobrar rapidez na publicação do acórdão do rito do impeachment.

Para esquentar ainda mais a discussão sobre o afastamento da presidente, as siglas de oposição inauguraram nos últimos dias um comitê pró-impeachment. Com a criação do colegiado, a oposição tentará criar um clima de vigília constante, exercendo uma espécie de marcação cerrada sobre Dilma no rastro da manifestação do dia 13 de março. A intenção é estabelecer um calendário de protestos nas principais capitais do País em prol da saída da petista. Servem de inspiração para o grupo os comícios das Diretas Já. Esportistas e cantores populares já foram contatados para reforçar os palanques e imprimir uma marca suprapartidária aos eventos. O grupo também busca estreitar os laços com o empresariado. Na quarta-feira 24, deputados de cinco partidos se reuniram com Paulo Skaf, porta-voz do setor industrial paulista.

Numa outra trincheira, os parlamentares da oposição prometem se dirigir à ministra Maria Thereza de Assis Moura, relatora de uma das ações movidas pelo PSDB no TSE contra a chapa Dilma-Temer, para reforçar o pedido para que os documentos da nova fase da Lava Jato sejam anexados ao processo. O PSDB pleiteia a análise pela Justiça Eleitoral dos novos documentos da investigação sobre João Santana. As maiores evidências contra Dilma e sua campanha derrubam a versão de Santana, segundo a qual os valores recebidos no exterior – cerca de US$ 7,5 milhões – estavam relacionados a serviços prestados por ele fora do Brasil.

 A principal delas é um depósito de US$ 1,5 milhão feito na conta do marqueteiro na Suíça entre julho e novembro de 2014, período em que João Santana, como é sabido, se dedicou exclusivamente à campanha à reeleição da petista. Há ainda registros de repasses que somam R$ 4 milhões na mesma época, segundo planilha apreendida na Odebrecht sob o título “Feira-evento 14”. Feira, segundo os investigadores, seria uma referência a Santana (leia mais nas páginas 34 a 38). O surgimento da comprovação de que o marqueteiro de 2014 foi pago com recursos do Petrolão pode vir a ser o Fiat Elba de Dilma – ironicamente, o caso envolvendo o ex-presidente Collor foi desvendado por quem pode derrubá-la agora: João Santana.

Fonte: Isto É  -  Sérgio Pardellas  - sergiopardellas@istoe.com.br

 

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Militância truculenta



Também é com violência, chicanas e mentiras que os petistas defendem seu grande líder, Luiz Inácio Lula da Silva, das suspeitas de que esteja ocultando patrimônio e que se tenha beneficiado de suas relações fraternas com empreiteiros de grosso calibre. É o que resta à tigrada, pois Lula não lhe dá alternativa: sem conseguir elaborar uma explicação convincente para os “presentes” que recebeu daquela turma da pesada, envolvida de corpo e alma no petrolão, o ex-presidente prefere tratar como inimigos todos os que estão a lhe cobrar esclarecimentos, o que explica a reação selvagem por parte dos que ainda se dispõem a segui-lo.

Não que a atitude belicosa dos petistas seja propriamente inesperada. Não é de hoje que gente grossa do partido prefere o caminho do confronto para intimidar aqueles que considera seus oponentes – e, uma vez criado o conflito, os petistas posam de vítimas da truculência dos “inimigos da democracia”.

Foi o que aconteceu na quarta-feira passada, quando os sindicatos ligados ao PT arregimentaram algumas centenas de manifestantes para expressar apoio a Lula diante do Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo. O ato fora organizado em razão do esperado depoimento do ex-presidente e de sua mulher, Marisa Letícia, sobre o mal explicado caso do triplex no Guarujá. O depoimento havia sido suspenso no dia anterior, graças a uma manobra petista contra o procurador do caso, mas mesmo assim os sindicalistas decidiram manter o protesto.

Com clara disposição para a provocação, os petistas chamaram para a briga um punhado de manifestantes que ali estavam para protestar contra Lula. Os apoiadores do ex-presidente recorreram à força quando o grupo adversário tentou inflar o famoso boneco que retrata Lula como presidiário. Considerando-se ofendidos pelo tal boneco, os petistas fizeram de tudo para furá-lo, enfrentando não apenas os manifestantes anti-Lula, mas os policiais que estavam tentando apartar os grupos. A PM teve dificuldades para conter os arruaceiros.

Passado o incidente, o PT, a despeito do que mostram as imagens, julgou-se vítima da “política truculenta da PM comandada pelo PSDB, que resiste em conviver com o direito democrático de manifestação”. Na mesma nota, o partido chegou ao cúmulo de dizer que a polícia “comandada pelo governador Geraldo Alckmin” atuou “em proteção ao boneco da imagem do ex-presidente”, o que jamais aconteceu.

Mas é inútil esperar que os militantes petistas demonstrem alguma estima pela verdade. Nisso agem estritamente de acordo com o manual do mestre Lula, que ensina a mentir sem corar. Numa de suas mais recentes aulas de descaramento, o mandachuva do PT, quando questionado sobre o fato de que uma operadora de telefonia camarada instalou uma antena de celular perto do sítio que ele frequenta como se fosse seu, em Atibaia, mandou dizer simplesmente que “nem tem telefone celular”.

Lula também quer que todos acreditem, conforme se lê em uma das furibundas notas oficiais emitidas por seu instituto, que o fato de ter mandado boa parte de sua mudança para o tal sítio quando deixou a presidência não tem nada de mais, pois tudo foi feito “com o consentimento dos proprietários, que são amigos de Lula e de sua família há décadas”. Aqueles que ousam desconfiar dessas e de outras tantas explicações esdrúxulas fazem parte, segundo o Instituto Lula, “da ruidosa guerra que os grandes meios de comunicação movem contra o ex-presidente desde 2002”.
É assim, expressando-se em termos que incitam seus seguidores à violência, recorrendo a manobras capciosas para não se ver obrigado a falar a verdade nos foros adequados e esforçando-se para inventar uma conspirata onde só há perguntas legítimas, que Lula pretende esquivar-se de dar explicações para a incrível generosidade de seus amigos empreiteiros, classificada por Gilberto Carvalho, seu notório escudeiro, como “a coisa mais natural do mundo”.

Fonte: Publicado no Estadão - Editorial do Estadão


terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Lula e Marisa prestarão depoimento separadamente ao Ministério Público



MP marca depoimentos separados de Lula e Marisa
Ex-presidente e a mulher são investigados por causa de tríplex no Guarujá
Os depoimentos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de sua mulher, Marisa Letícia, estão agendados para diferentes horários nesta quarta-feira. Eles foram notificados pelo Ministério Público de São Paulo, que investiga a situação do tríplex 164-A do edifício Solaris, no Guarujá, e irregularidades na transferência de obras inacabadas da Bancoop para a OAS. Pela previsão do Ministério Público, Lula deverá depor às 11h. O depoimento de dona Marisa está marcado para as 13h.

A defesa do ex-presidente e de dona Marisa, no entanto, não confirmam se eles comparecerão ao Fórum. De acordo com a assessoria do Ministério Público de São Paulo, o casal não é obrigado a prestar depoimento nesta fase da investigação. Neste momento, promotores reúnem elementos para decidir ou não pela apresentação de denúncia contra o ex-presidente e a esposa. [o ideal é que Lula e Marisa não compareçam, o que fortalecerá qualquer denúncia apresentada pelo Ministério Público.]

Além do depoimento do casal, estão agendados depoimentos do ex-presidente da OAS, José Aldemário Pinheiro, o Léo Pinheiro, condenado a 16 anos e quatro meses de prisão na Operação Lava-Jato, e o engenheiro Igor Pontes. Segundo depoimento do zelador José Afonso Pinheiro, Pontes teria pedido a ele que não falasse “que o apartamento seria do Lula e da esposa”, e que “deveria dizer que é pertencente a OAS”. O zelador ainda teria sido orientado a dizer que “nem Lula e dona Marisa” estiveram no prédio. 

O depoimento de Léo Pinheiro está previsto para 15h e, o de Igor Pontes, 17h.  O tríplex está em nome da OAS. O ex-presidente afirma que tinha apenas uma cota da cooperativa Bancoop, que pertencia ao Sindicato dos Bancários e se tornou insolvente. Lula disse, ainda, que desistiu de comprar o imóvel.

A Bancoop foi presidida por João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, também condenado na Lava-Jato. Em São Paulo, o MP investiga o crime de estelionato dos dirigentes da Bancoop e da OAS. No caso de Lula e sua mulher, o promotor Cássio Conserino tem afirmado que já teria elementos suficientes para indiciar o casal por ocultação de patrimônio.

Fonte: O Globo