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domingo, 14 de janeiro de 2024

Novo ministro da Justiça de Lula, Lewandowski é um conflito de interesses ambulante - O Estado de S. Paulo

J. R. Guzzo

Logo depois de deixar o STF, Lewandowski entrou na equipe de advogados da J&F, que disputa uma causa de R$ 15 bilhões na Justiça brasileira, e agora é ministro do governo; qual a imparcialidade que se pode esperar da máquina do Estado brasileiro?

Ricardo Lewandowski é um dos fenômenos da democracia brasileira. Não poderia ter sido nomeado para o cargo de ministro do STF, onde ficou durante dezessete anos – todo o seu saber jurídico, naquela altura, consistia num desses cargos de desembargador que nunca prestaram concurso para juiz de direito e na recomendação da esposa do presidente Lula na época, Marisa Letícia
Tendo sido ministro do STF, não poderia ser contratado cinco minutos depois de se aposentar por uma empresa que disputa neste momento uma causa de R$ 15 bilhões na Justiça brasileira; só os honorários dos advogados da parte que sair vencedora serão de 600 milhões de reais. Tendo sido advogado da empresa em questão, não poderia ser nomeado agora para ministro da Justiça do governo Lula
É possível, sinceramente, achar alguma coisa certa em qualquer dessas situações? 
Não é, mas foi exatamente isso o que aconteceu.

 Ex-ministro do STF, Ricardo Lewandowski entrou na equipe de advogados da J&F menos de uma semana após deixar o tribunal

Ex-ministro do STF, Ricardo Lewandowski entrou na equipe de advogados da J&F menos de uma semana após deixar o tribunal Foto: Wilton Junior/Estadão
O novo ministro da Justiça é um conflito de interesses ambulante. Deveria, pelas regras básicas do manual jurídico de boa conduta, estar em quarentena após quase duas décadas no STF. 
Em vez disso entrou em abril de 2023, menos de uma semana após deixar o tribunal, na equipe de advogados da J&F – a empresa dos irmãos Batista que, entre outras coisas, assinou em 2017 um acordo de leniência para se livrar de processos penais por corrupção ativa. 
A J&F, então, concordou em recolher 10 bilhões de reais ao Erário Público para não se falar mais do assunto. 
Hoje está livre dos processos e da multa: o ministro Dias Toffoli, sob a alegação de que a J&F “não tinha certeza” de que queria assinar mesmo o acordo, decidiu agora em dezembro anular a multa da empresa defendida pelo ex-colega de STF.  
Resolvida esta questão, Lewandowski estava trabalhando para livrar a J&F de um negócio fechado também em 2017 – e que ela vem tentando desmanchar há anos. 
Na ocasião, apertada pelos seus enroscos com a justiça penal, a empresa dos irmãos Batista vendeu a indústria Eldorado, um dos gigantes da celulose brasileira, para a Paper Excellence da Indonésia.  
Vendeu, mas não entregou – e agora não quer mais vender nem entregar.
Qual a imparcialidade que se pode esperar do STF se os irmãos Batista levarem a causa até lá? 
E da máquina do Estado brasileiro, com Lewandowski na cadeira de ministro da Justiça? 
É mais um passo na escalada para baixo do Judiciário nacional
No perdão da multa de 10 bi, a mulher de Toffoli fez parte da equipe de defesa da J&F. Pode isso?  
Agora o recém advogado da empresa é o ministro da Justiça. 
Não é normal – mas tudo o que se discute é a “engenharia política” da nomeação. E o resto? É só o resto.
 

J. R. Guzzo, colunista -  O Estado de S. Paulo
 


sexta-feira, 30 de agosto de 2019

Os procuradores diante do luto - O Globo



Bernardo Mello Franco

Os procuradores e o luto de Lula


O procurador Deltan Dallagnol apresenta denúncia contra o ex-presidente Lula

O procurador Deltan Dallagnol apresenta denúncia contra o ex-presidente Lula -  Paulo Lisboa/Brazil Photo Press /Agência O Globo/14.09.2016

Em janeiro de 2017, Marisa Letícia sofreu um derrame. No grupo dos procuradores da Lava-Jato, Deltan Dallagnol escreveu que ela chegou ao hospital “sem resposta, como vegetal”. Januário Paludo comentou: “Estão eliminando as testemunhas...”. A ex-primeira-dama morreria dez dias depois. Deixou marido, quatro filhos e seis netos.

Durante o velório, circulou no chat nota sobre a agonia de Marisa após a operação da PF em sua casa. “Ridículo... Uma carne mais salgada já seria suficiente para subir a pressão... ou a descoberta de um dos milhares de humilhantes pulos de cerca do Lula”, reagiu Laura Tessler. “Sempre tive uma pulga atrás da orelha com esse aneurisma. Não me cheirou bem”, emendou Paludo.

[os mortos merecem o mais complete sincero respeito - morreu, acabou qualquer encrenca com o falecido.
O PT armou todo um esquema para tentar soltar Lula, queimar a Lava-Jato e o ministro Moro. 
Fracassaram - plural, já que além do 'partido dos trouxas' teve site intercept, mais conhecido como intercePTação, autores do 'escândalo que encolheu'.
Clique aqui e saiba mais  detalhes sobre a armação.]
 
Na manhã seguinte, Antônio Carlos Welter comentou: “A morte da Marisa fez uma mártir petista e ainda liberou ele pra gandaia sem culpa ou consequência politica”. Thaméa Danelon reclamou da ida de outra procuradora ao velório: “É como um colega ir ao enterro da esposa do líder de uma facção do PCC”.

Em 29 de janeiro deste ano, morreu Vavá, irmão de Lula. “Ele vai pedir para ir ao enterro. Se for, será um tumulto imenso”, disse Deltan. Welter lembrou que a lei garante este direito a todos os presos. Paludo ironizou: “O safado só queria passear e o Welter com pena”. Laura Tessler se juntou ao deboche: “Muito mimimi”.

Um mês depois, morreu Arthur, neto de Lula, de 7 anos. Jerusa Viecili escreveu: “Preparem para nova novela ida ao velório”. “Putz... no meio do carnaval”, lamentou Athayde Ribeiro Costa. Deltan compartilhou nota sobre o choro do ex-presidente ao receber ligação de solidariedade. “Estratégia para se ‘humanizar’, como se isso fosse possível no caso dele rsrs”, divertiu-se Roberson Pozzobon. No velório, Lula disse que o neto sofria bullying na escola. Em outro chat, Monique Cheker criticou: “Fez discurso político (travestido de despedida) em pleno enterro”.

Os diálogos foram revelados na terça-feira pelo UOL e pelo Intercept Brasil. Horas depois, Jerusa se manifestou no Twitter: “Errei. E minha consciência me leva a fazer o correto: pedir desculpas à pessoa diretamente afetada, o ex-presidente Lula”. Os outros procuradores nada disseram. Deltan, que raramente passa um dia sem tuitar, está em abstinência desde domingo.


Bernardo Mello Franco,  jornalista - O Globo

domingo, 19 de maio de 2019

Lula está apaixonado e vai se casar, afirma ex-ministro

A intenção do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é se casar após deixar a prisão. O plano foi revelado, neste sábado (18), pelo ex-ministro Luiz Carlos Bresser Pereira, em uma postagem em uma rede social na qual afirma que o petista está apaixonado.
Bresser visitou Lula na última quinta-feira, na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba (PR), onde o ex-presidente está preso desde abril de 2018 após decisão unânime do STJ (Superior Tribunal de Justiça), que reduziu sua condenação de 12 anos e 1 mês de prisão para 8 anos, 10 meses e 20 dias. A previsão da defesa de Lula é deixar o regime fechado ainda neste ano.
"Ele está em ótima forma física e psíquica", escreveu Bresser. Segundo o ex-ministro, a grande preocupação do petista no momento é "ter reconhecida sua inocência". 

[Lula para se manter em evidência apela agora para o lado sentimental - vai casas, com uma mulher; a ressalva é o risco de se o casamento não trazer o petista para os holofotes, ele apelas para uma opção das representadas na sopa de letras LTGBQ. 
Afinal o petista já teve experiência na área.]

 Bresser deu detalhes da vida pessoal do ex-presidente. "Está apaixonado e seu primeiro projeto ao sair da prisão é se casar", disse. A pretendente visita Lula com frequência na cela da PF e tem por volta de 40 anos, segundo o jornalista Guilherme Amado, colunista da Revista Época. O ex-presidente presidiário tem 73 e é viúvo desde 3 fevereiro de 2017, após a ex-primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva morrer, aos 66 anos, devido um Acidente Vascular Cerebral (AVC), decorrente do rompimento de um aneurisma.

Na visita, Bresser relata ter entregue a Lula o seu livro "A Construção Política do Brasil", onde afirma que ele fez um belo governo, mas “errou ao deixar o juro alto e o câmbio apreciado”. O ex-ministro defendeu a liberdade de Lula e afirmou que a política brasileira precisa de "um líder sem ressentimentos" e que lute por um grande acordo nacional necessário para o país sair da crise.
O petista foi condenado em primeira e segunda instância no caso do tríplex de Guarujá (SP) e, em primeira instância, no caso do sítio de Atibaia (SP).

Yahoo.com

 

domingo, 10 de março de 2019

#SanatórioGeral: Respeito é isso aí

Lula assassina acentos e vírgulas para avisar que sempre teve muito respeito pelas mulheres, entre elas Marisa Letícia e Rosemary Noronha

“Oito de março é dia de lembrar a luta das mulheres, que vivem um exercício de resistência diário, desde o momento que vem (sic) ao mundo. Dia de marcar posição frente aqueles (sic) que hoje no poder tentam deslegitimar a luta de quem tem como ideal a igualdade de direitos”. 
(Lula, numa carta em homenagem ao Dia das Mulheres, assassinando acentos, crases e vírgulas para jurar que sempre teve muito respeito pelas mulheres, entre elas Marisa Letícia e Rosemary Noronha)

Blog do Augusto Nunes - Veja
 

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Lula, pintinhos e gambás

Como Lula vai explicar

O bicho é pesado como um elefante, tem cor de elefante, patas de elefante, tromba de elefante, mas Lula dirá que é um pássaro. Na quarta-feira, 14, quando volta a depor na 13ª Vara da Justiça Federal do Paraná, o ex-presidente insistirá em que o sítio de Atibaia não é e nunca foi dele – embora tudo, absolutamente tudo, demonstre o contrário.

Assim como no processo do triplex do Guarujá, pelo qual foi condenado a 12 anos e um mês, Lula também é acusado por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do sítio. Mais de R$ 1 milhão desviado da Petrobras teria sido utilizado pela Odebrecht e OAS para adequar o sítio às necessidades do presidente e de sua mulher, Marisa Letícia, morta em fevereiro do ano passado, antes de a denúncia ser oficializada pela força-tarefa da Lava-Jato.
A peça, com 168 páginas, resume boa parte dos achados da operação em diferentes níveis, incluindo propinas para políticos do PT, PP e PMDB. Explica como funcionava o caixa paralelo do governo e os das duas empreiteiras. Cita transações envolvendo os codinomes de Lula – Brahma para Léo Pinheiro da OAS, e Amigo, para Marcelo Odebrecht – e o sofisticado esquema de coleta e distribuição dos ilícitos. E expõe um conjunto de provas de que Lula e sua família eram os únicos a usar o sitio, a dar ordens aos trabalhadores e a decidir por compras e reformas.

Alguns trechos são hilários. E-mails sobre tudo remetidos para a Fundação Lula, incluindo fotos de animais e de pedalinhos. Outros de funcionários públicos que prestavam serviços ao ex relatando ocorrências, a exemplo da notificação de um de seus seguranças: “Botão pânico, foi acertado com o Fábio que seriam 03 (três), sendo duas na casa do PR e uma na casa dele”. Recibos de rotas de pedágios dando conta de que carros de Lula fizeram o percurso São Bernardo-Atibaia-São Bernardo por 270 vezes entre 2011 e 2016.

Como Lula vai explicar a singeleza do e-mail que o caseiro Maradona enviou à Fundação em abril de 2014, dando conta de que “morreu mais um pintinho e caiu dois gambá nas armadilhas”? Mais do que o português ruim, outra mensagem, desta vez dirigida a Fernando Bittar em maio de 2015, aponta quem é o verdadeiro dono: “colocaram a venda aqui um sítio visinho do presidente”.

Bittar, sócio de Fábio Luis Lula da Silva na G4, empresa de games, é um dos proprietários formais do sítio. O outro é Jonas Suassuna, também parceiro de Lulinha na BR4 Participações. Os dois teriam adquirido duas propriedades anexas – os sítios Santa Bárbara e Santa Denise – no mesmo dia, em uma transação formalizada pelo compadre e advogado de Lula, Roberto Teixeira, dois dias antes da vitória de Dilma Rousseff no segundo turno das eleições de 2010.

As plantas de reforma, incluindo espaços generosos para guardar objetos vindos de Brasília, uma ampla adega, estação de tratamento de água e sauna foram encontradas em uma pasta da ex-primeira-dama dentro do sítio. Nos armários, roupas de Lula e Marisa, cremes de manipulação com nome dela. E nenhum pertence dos proprietários de papel. Nada, nadica.

Como só trata de corrupção relacionada à Petrobras, a Lava-Jato não incluiu no documento um outro mimo: a gigantesca antena que a operadora Oi (também citada em rolos de Lulinha) instalou em 2011 a 300 metros da propriedade. Conhecida pelos vizinhos como a “torre do Lula”, a Estação Rádio Base conectou o sítio ao mundo, mas não fortaleceu o sinal para além dele.

Apresentada pelo MPF em maio de 2017, a denúncia foi aceita pelo juiz Sérgio Moro em agosto deste ano, mas ele preferiu adiar as oitivas dos acusados – além de Lula há outros 12 – devido ao processo eleitoral. Com a saída de Moro para o governo Jair Bolsonaro, a arguição agora será feita pela juíza substituta Gabriela Hardt, tida por colegas como mais dura do aquele por quem Lula e os seus cultivam ojeriza máxima.

Em apenas uma semana, Gabriela negou um pedido de adiamento da audiência feito pela defesa de Lula, e já ouviu os Odebrecht – o filho Marcelo e o pai Emilio -, também réus, que confirmaram a denúncia.  Será a primeira vez que Lula sairá da sede da Polícia Federal de Curitiba, onde está preso desde abril. E, de acordo com o tom que vem sendo mantido por seus advogados, o fará para negar qualquer acusação e repetir ser o homem mais honesto do planeta. Difícil será esconder o elefante.
Mary Zaidan é jornalista. E-mail: zaidanmary@gmail.com Twitter: @maryzaidan

domingo, 13 de maio de 2018

O tesoureiro do chefão e o coroinha de missa negra

Okamotto e Gilberto Carvalho juram que Lula demorou 111 fins de semana para concluir que Atibaia fica longe de São Bernardo

Aflita com a aproximação da sentença de Sérgio Moro sobre o caso do sítio em Atibaia, a tropa de bacharéis do Instituto Lula transformou Paulo Okamotto e Gilberto Carvalho em protagonistas do ato mais recente do interminável espetáculo do perjúrio. Depois de reiterar que o ex-presidente presidiário nunca foi dono do sítio que é dele, a dupla contou que, como Marisa Letícia se apaixonara pela propriedade rural à primeira vista, o maridão examinou por algum tempo a ideia de comprar o imóvel. Desistiu depois de constatar que “Atibaia é muito longe”.

 Okamotto e Gilberto Carvalho afundaram no pântano de Atibaia
 
Okamotto disse que esteve no sítio “uma ou duas vezes”, a convite de Marisa Letícia, e até encontrou por lá o dono oficial, Fernando Bittar. Graças ao tesoureiro particular do chefão, descobriu-se que existe um anfitrião que deixa por conta de dois convidados a complementação da lista de convidados. Gilberto Carvalho, também a convite de Marisa Letícia, participou de uma festa junina na casa de campo. O coroinha de missa negra sentiu-se tão à vontade que ficou para dormir.

Quem quiser engolir a conversa fiada terá de acreditar que Lula é, simultaneamente, o mais indeciso e o mais impetuoso negociante do planeta. Só um vacilante juramentado precisou de 111 fins de semana para descobrir que Atibaia não é tão perto de São Bernardo. E só um precipitado patológico pediria a empreiteiros amigos que o presenteassem com obras, reformas e melhorias milionárias antes mesmo de decidir se deveria ou não comprar o sítio.

Coluna do Augusto Nunes - Veja

 

 

segunda-feira, 22 de maio de 2017

O país no bolso e a bandeira na mão

José Mujica, o ex-presidente fofo do Uruguai, está com Lula. Assim como o papa, fofura ainda mais exuberante 

Os arautos da bondade no planeta Terra nunca trabalharam tanto. José Mujica, o ex-presidente fofo do Uruguai, disse que seu coração está com Lula. A solidariedade emocionante foi prestada na festa pela libertação de José Dirceu, outra alma boa do mesmo planeta. Umas 48 horas depois, Renato Duque confirmou a Sergio Moro que Lula é o chefe do petrolão. Ou seja: o coração solidário de Mujica e o dinheiro roubado do contribuinte estão juntos, sob a mesma guarda. O Brasil e parte do mundo hoje são súditos dessa lenda idiota.

O papa Francisco, uma fofura ainda mais exuberante que Mujica, também deu seu jeitinho de hipotecar o coração a Lula, o filho do Brasil. Quando foi aprovado o impeachment da presidente delinquente, o sumo pontífice declarou que o momento era “muito triste” e cancelou sua visita ao país. Já sobre a Venezuela, enquanto o sangue corre nas ruas e o companheiro Maduro fecha o Congresso, Francisco declara que a solução da crise fica difícil com “a oposição dividida”. Vamos repetir, porque você achou que não ouviu direito: o papa bonzinho encontrou um jeito sutil como um elefante de culpar a oposição venezuelana pela ditadura sanguinária do filhote de Hugo Chávez.

Este texto poderia terminar aqui, porque é incrível que ainda seja preciso dizer algo mais sobre uma lenda progressista vagabunda que virou crime perfeito, graças a uma opinião pública demente que engole e propaga a fraude – contando até com astros de Hollywood para isso. Já mostramos que Mujica é um canastrão, o papa é um covarde e a casta cultural e acadêmica que apoia essa malandragem para ficar bem na foto é um flagelo. Mas vamos prosseguir em homenagem a Lula, o democrata que prometeu voltar à Presidência e mandar prender todos os jornalistas que mentiram sobre ele.  Parêntese: é muita ingratidão você passar mais de década alugando gente para exaltar sua honestidade e depois ameaçar prender quem mentiu.

Lula desembarcou em Curitiba para o depoimento a Sergio Moro de jatinho particular, cercado por uma comitiva de petistas sorridentes e gordos. Eles levam um vidão, nem precisam mais fingir que governam. Dilma faz palestras pelo mundo numa língua só dela viajando de primeira classe. A tropa da alegria reservou dois andares de um dos melhores hotéis de Curitiba, de onde foram se encontrar com seus advogados milionários. A Justiça Federal acabara de interditar o Instituto Lula, identificando-o como centro de articulações criminosas e distribuição de propina. Bumlai, um dos articuladores, foi solto pelo STF a tempo de declarar que a ideia do instituto foi de Marisa Letícia. Não seria preciso dizer mais nada.

Mas é, porque essa quadrilha ou, pior, sua narrativa inacreditável continua viva e bem, obrigado. Não estivesse, seria impossível montar uma greve geral de fachada, empurrando uma militância pífia e fisiológica para sabotar um dia na vida do país. Ruas, estradas, lojas e aeroportos invadidos e depredados por supostos manifestantes trabalhistas insuflados e/ou pagos pelos heróis da lenda para posar de revolucionários – num momento em que a única revolução possível a favor do povo é consertar o estrago que os heróis deixaram após 13 anos de sucção.

O mais chocante não é o show de violência dos parasitas – defendido envergonhada e dissimuladamente por essa elite cultural e acadêmica como “direito à livre manifestação”, entre outros disfarces retóricos para o teatro ideológico. O mais impressionante é a leniência, a catatonia, a frouxidão do país e de suas autoridades diante do escárnio. Saiu barato, quase de graça, para os pimpolhos selvagens e seus mentores intelectuais esculhambarem a vida nacional e ainda saírem reclamando da violência policial. O Brasil é uma mãe.

É por tudo isso que Lula pode ainda ser apresentado como protagonista de um duelo com Sergio Moro, como se o juiz fosse um carrasco de Os dias eram assim e não alguém que está julgando um réu, acusado de uma série de crimes contra o povo que finge defender. A imagem da chegada do ex-presidente à audiência da Lava Jato carregando uma bandeira do Brasil é um emblema, com uma única legenda possível: “Vou continuar enganando, até que eles se cansem de ser enganados”.

Fonte: Guilherme Fiuza - Época

 

sexta-feira, 12 de maio de 2017

Justiça cumpre seu papel em depoimento de Lula

O fato de um ex-presidente ter de se explicar a um juiz de primeira instância ajuda a reforçar a ideia de que a lei vale mesmo para todos

Um dos importantes saldos do depoimento do ex-presidente Lula, quarta-feira, em Curitiba, ao juiz Sergio Moro, é que a Justiça e os demais poderes da República continuam a cumprir bem seu papel na Lava-Jato. Pois Lula, que já foi muito popular — e continua no imaginário de um segmento da população —, apresentou-se a um juiz de primeira instância, para se explicar sobre acusações feitas pelo Ministério Público, a partir de investigações convertidas em denúncias de corrupção e outras.

É assim que funciona nas maiores democracias, às quais, neste caso da Lava-Jato, o Brasil se equipara, pelo menos até agora. Deu-se o anticlímax para quem esperava um dia tumultuado em Curitiba. Com serenidade, o Poder Judiciário e as autoridades do Paraná e da cidade agiram de forma adequada, a fim de garantir a livre manifestação de apoiadores e opositores do ex-presidente, e sem prejudicar o curitibano.

O juiz Sergio Moro, por sua vez, com apoio de instâncias superiores — o Tribunal Regional Federal de Porto Alegre e o Superior Tribunal de Justiça —, soube evitar a intenção de Lula, de sua defesa e do PT de converterem o depoimento num ato político-eleitoral.
Não apenas vetando a incabível gravação paralela do depoimento — sabe-se do que seriam capazes de fazer com este material os marqueteiros lulopetistas —, como também mantendo as cinco horas de perguntas e respostas num devido tom sereno e objetivo, como deve ser qualquer testemunho.

Neste sentido, o juiz Moro fez bem, logo na abertura da sessão, ao explicar a Lula o objetivo da tomada de depoimento, na qual não haveria a possibilidade de ele ser preso, tema de exploração política pelo lulopetismo.  O ex-presidente saiu do depoimento e foi ser aclamado por militantes que se deslocaram para saudá-lo. Mas não foi um dia positivo para Lula. Como esperado, ele demonstrou a conhecida verve, mas, de substância, nada que possa afastar de maneira convincente as denúncias em torno do tríplex do Guarujá.  Instruído pela defesa, por certo, Lula jogou a responsabilidade em torno do imóvel sobre Marisa Letícia, que morreu há pouco tempo. Não é manobra desconhecida no mundo da justiça criminal.

Talvez pela excessiva preocupação de converter o tribunal em palanque, o ex-presidente perdeu tempo ao responsabilizar a imprensa pela denúncia da posse secreta do tríplex, com a citação, entre outros, de veículos do Grupo Globo. Foi-lhe, então, explicado que quem o acusa é o Ministério Público, não jornais, TVs e revistas.

Diante do conjunto da obra já edificada pelas delações premiadas, algumas respostas de Lula foram risíveis. Como dizer que não interfere em decisões do PT e que chamara o ex-diretor da Petrobras Renato Duque para saber se ele tinha contas no exterior para guardar dinheiro roubado na estatal. Segundo Duque, houve a conversa, mas para Lula aconselhá-lo a ter cuidado. Mais uma evidência de obstrução da Justiça.

Cinco horas de depoimentos deverão repercutir durante algum tempo. Ressalte-se que também resta desta quarta a constatação de que organismos de Estado demonstraram maturidade na condução de um momento difícil. Bastou seguir lei e normas. Precisa servir de modelo para situações semelhantes que deverão acontecer.

Fonte: Editorial - O Globo 

 

A crua realidade

Nem bem os militantes lulistas comemoravam uma suposta superioridade do ex-presidente sobre o Juiz Sérgio Moro no seu depoimento em Curitiba, novas delações surgem, liberadas pelo relator da Lava Jato no Supremo ministro Edson Fachin, para acabar com a enganosa sensação de vitória da véspera. São declarações divulgadas pelo STF, não vazadas para a imprensa.

Trata-se da íntegra das declarações do casal de marqueteiros João Santana e Monica Moura que revelam, com riqueza de detalhes e contas bancárias em diversos países, os meandros do financiamento de campanhas presidenciais no Brasil (de Lula e Dilma) e na Venezuela (de Chavez) pelas empreiteiras Odebrecht e Andrade Gutierrez sob a coordenação direta dos ex-presidentes Lula, Dilma e do ditador da hora na Venezuela Nicolas Maduro, nossa trinca bolivariana.

A fugaz sensação de vitória se baseia mais na capacidade histriônica do ex-presidente do que nas suas declarações, que foram vagas quando tratavam de sua pessoa, e peremptórias quando se referiam à falecida Dona Mariza. Lula nunca sabia de nada, Dona Mariza era quem dava as ordens.  Lula se sai bem sempre que não precisa dar atenção aos fatos, aos números, essas coisas concretas da realidade. Quando se trata de tergiversar, de discursar, de enrolar. É uma espécie de Rolando Lero, o personagem de Chico Anisio interpretado pelo ator Rogério Cardoso, num eterno palanque.

Ou, para elevar o rumo dessa prosa, da espécie do Teodorico Raposo, o Raposão, de "A Relíquia" de Eça de Queiroz, que se faz passar por beato para enganar a tia. Carola Titi, e se tornar o herdeiro de sua fortuna. Raposão, ao final da vida, se convence de que não teria sido deserdado se afirmasse sempre que a relíquia que havia trazido da Terra Santa era a camisola de Maria Madalena, e não a de Miss Mary, uma prostituta que conhecera na viagem.

Os detalhes contados por João Santana e sua mulher Monica Moura também colocam por terra a fama de “presidenta honesta” de Dilma Rousseff, ou do republicanismo de seu governo. A presidente tinha sempre informações sobre as operações da Polícia Federal, e avisava aos marqueteiros quando o cerco apertava.   Sugeriu que passassem um tempo no exterior e chegou a criar um sistema de mensagens em código para informá-los das investigações. Era Dilma também, segundo o relato dos dois, quem comandava as negociações para pagamento de Caixa 2 para sua campanha eleitoral.

Santana chegou a contar que o próprio Lula autorizava os pagamentos mais altos, tendo o ex-ministro Palocci dito sempre que a última palavra era “do chefe”. O ex-presidente tinha uma maneira maliciosa de se referir aos pagamentos da Odebrecht, contou João Santana. Perguntava se “os alemães” o estavam tratando bem.   Todos os detalhes estão lá, até mesmo o pagamento de contas pessoais da então presidente Dilma, e todos os relatos batem com outros, de outros delatores. A retórica palanqueira de Lula pode se impor em determinados momentos, mas suas contradições e as histórias dos que  o rodearam nesses anos todos de corrupção organizada pelo seu governo não deixam dúvidas de que ele estava sempre no comando do esquema.

Até mesmo um documento rasurado encontrado em seu apartamento, demonstrando que já havia a intenção de ficar com o triplex em vez da unidade simples, serviu para que colocasse a culpa nos policiais que estiveram lá para a condução coercitiva. “Quero saber quem rasurou”, disse Lula, jogando a culpa para quem encontrou o documento.   Os mesmos a quem ele já havia ameaçado, dizendo que voltaria à presidência e não se esqueceria da cara de nenhum deles Vai ser processado pela Associação dos Delegados de Polícia Federal.


Fonte: Merval Pereira - O Globo



 

As desventuras do viúvo

O País pôde ver Lula por inteiro, como ele é. Se não fosse repugnante, seria apenas de dar dó

Sempre achamos um exagero que o senhor Lula da Silva fosse por alguns alcunhado de “o apedeuta”, por sua profissão de fé na ignorância e por sua confessa indisposição para a leitura, que ele sempre, orgulhosamente, assumiu como contraponto aos “doutores” das “elites”. O depoimento que o senhor Lula da Silva prestou, na condição de réu, ao juiz federal Sérgio Moro demonstrou que estávamos errados: o líder petista comprovou de viva voz, com o que disse na oitiva, que não é ignorante apenas a respeito das coisas da cultura e da ilustração. Pelo que declarou em juízo, Lula é um completo ignorante. Não sabe de nada. Desconhece absolutamente tudo.

Do depoimento depreende-se que o senhor Lula da Silva desconhecia tudo o que fazia sua falecida mulher Marisa Letícia. Segundo o ex-presidente, foi a ex-primeira-dama quem quis comprar o triplex no Guarujá que, diz a acusação, foi adquirido e inteiramente reformado por um empreiteiro camarada para servir como propina ao ex-presidente. Na versão do senhor Lula da Silva, nem as visitas de Marisa Letícia ao apartamento nem a negociação para a reforma eram de seu conhecimento. Quando Moro pediu que ele explicasse melhor a relação da falecida mulher com o apartamento e com o empreiteiro camarada, o senhor Lula da Silva, depois de praticamente incriminá-la, disse que para ele era “muito difícil” ouvir o juiz Moro falar sobre Marisa Letícia “sem ela poder estar aqui para se defender”.

Conclui-se, pelo depoimento, que Marisa Letícia mandava no senhor Lula da Silva em todos os planos de sua vida – pessoal, doméstico, familiar, político e administrativo. A menos, é claro, que o viúvo, além de mentiroso, seja daqueles tipos que não consideram vício de caráter atribuir a autoria de ilícitos à própria mulher, desde que ela esteja morta e, portanto, calada.

Mas a muito conveniente ignorância do viúvo é abrangente.
Questionado pelo juiz Sérgio Moro se em algum momento, como grande líder do PT, pediu ao partido que investigasse o envolvimento de correligionários no esquema de corrupção detalhado posteriormente pela delação de executivos das empreiteiras e da Petrobrás, o viúvo disse que em 2014, quando vieram à tona as denúncias da Lava Jato, ele era apenas um ex-presidente, comparável a um “vaso chinês”. Moro insistiu em que, mesmo na condição de ex-presidente, o depoente tinha evidente influência no PT, ao que o chefão petista respondeu, para espanto geral: “Eu não tenho nenhuma influência no PT”.

Aquele cujos seguidores julgam ser o melhor presidente da história do País também afirmou que não tinha como saber da corrupção na Petrobrás cometida por executivos por ele nomeados e por empreiteiros com os quais tinha relações pessoais. “Quem monta cartel para roubar não conta para ninguém. O presidente da República não participa do processo de licitação da Petrobrás, de tomada de preços da Petrobrás. É um problema interno da Petrobrás”, justificou o senhor Lula da Silva ao juiz Sérgio Moro.

A propósito das declarações do ex-diretor da Petrobrás Renato Duque, apadrinhado pelo PT, segundo as quais o senhor Lula da Silva mandou que ele destruísse provas da existência de contas secretas no exterior abastecidas com o dinheiro do petrolão, o ex-presidente teve de confirmar o encontro – mas, é claro, tem uma outra versão para os fatos. “A pergunta que eu fiz para o Duque foi simples: tem matéria nos jornais, tem denúncias de que você tem dinheiro no exterior, está pegando da Petrobrás. Eu falei: ‘Você tem conta no exterior?’ Ele falou: ‘Não tenho’. Eu falei: ‘Acabou’.” Simples assim: além de viúvo, é amigo fiel e confiante.

O senhor Lula da Silva parece apostar que todos os brasileiros são tão ingênuos e inocentes quanto ele tentou parecer diante do juiz Sérgio Moro. Mas o depoimento do petista em Curitiba teve o efeito contrário: com exceção da mirrada claque arregimentada pelos sindicatos para lhe dar apoio, o País finalmente pôde ver o senhor Lula da Silva por inteiro, exatamente como ele é. E o que se viu, não fosse repugnante, seria apenas de dar dó.

Fonte: Editorial - O Estado de S. Paulo


quinta-feira, 11 de maio de 2017

LULA É INOCENTE!

LULA É INOCENTE!

QUEM PEDIU A REFORMA DO SÍTIO? MARISA LETÍCIA

QUEM PEDIU A REFORMA DO TRIPLEX? MARISA LETÍCIA


QUEM PEDIU A MUDANÇA DE LULA? MARISA LETÍCIA
QUEM PEDIU O TERRENO PARA CONSTRUÇÃO DO INST. LULA?
MARISA, UMA DEFUNTA ... .

Lula foi, é e sempre será tão covarde que após acusar sua falecida esposa por todos os seus desmandos , ainda ironizou dizendo para Sérgio Moro:

Diante da insistência do juiz Sergio Moro em querer arrancar-lhe respostas mais precisas, novamente invocou Marisa: “Perguntar coisa para mim de uma pessoa que já morreu é muito difícil, sabe? É muito difícil”.
 

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Lula e os beijos vermelhos de Tássia

A cabecinha que mistura Moro, Aécio, Globo e VEJA na arquitetura dos comentários torpes sobre a morte de Marisa Letícia

Sempre imaginei que Regina Duarte decorasse as falas das personagens que viveu na TV. Mas agora, depois de Tássia Camargo dizer que Regina usava ponto, tenho certeza. De todo modo, o ponto socorre o artista no esquecimento do texto, não na falta de talento. O que eternizou Regina Duarte não foi decorar textos, e sim o talento para dar vida a heroínas inesquecíveis, seja porque fizeram história como a socióloga divorciada Maria Lúcia Fonseca, da pioneira “Malu Mulher”, seja porque a carreira da brilhante aquariana, que continua bela aos 70 anos de idade completados no dia 5 deste mês, se funde à própria história da TV e da teledramaturgia brasileiras. A de Tássia também: estão vendo aquele revoltado asterisco anêmico amargurado no rodapé da história em que Regina reina? Ali, mais para baixo, mais para trás, mais; isso.

Não sou porta-voz de Regina Duarte nem ela precisa que eu a defenda de coisa nenhuma, o que ela pode fazer muito melhor do que eu se quiser ou achar necessário. Faço este registro para apontar, no mosaico bisonho de Tássia, três vítimas preferenciais da súcia petista: a verdade, o mérito e a graça da vida.  Regina é uma mulher valente, de excelente formação também moral. Numa entrevista ao jornalista Roberto D’Ávila, contou que nunca pretendera ser famosa, mas que desde o dia em que, mocinha, viu o pai, militar aposentado, ser humilhado em determinado acontecimento numa fila para receber a aposentadoria, decidiu que teria uma profissão que a fizesse poderosa o suficiente para proteger os pais. Honrar nossa ancestralidade e sermos gratos a ela atestam a qualidade do nosso caráter e a sanidade dos nossos afetos. Lulinha e Luleco, por exemplo, agiram assim, só que, com uma ancestralidade ré em três inquéritos, era melhor ter feito dos pais só uma fotografia que nos machuca de dentro de um porta-retrato na sala de jantar.

Grandes estrelas da Globo como Glória Pires, Tony Ramos ou Regina Duarte têm contrato permanente com a emissora e continuam remuneradas mesmo entre um trabalho e outro: mérito, atributo imperdoável no perturbado mundo petista. Tássia sabe que na Globo é assim, porém, acusando Luana Piovani de querer aparecer – acusação pertinente, mas e daí? –, aparece num vídeo bisonho para fazer o que denuncia como prática da antiga empregadora: o asterisco-e-atriz “coloca cocozinho na sua cabecinha, pra você ficar mais burrinho ainda”. Preste atenção: “mais ainda”.

Marilena Chauí deve ter feito o mesmo na cabecinha de Tássia que mistura Moro, Aécio, Globo e VEJA na arquitetura dos comentários torpes sobre a morte de Marisa Letícia. Isso não é maluquice, pois essa gente não rasga dinheiro (a não ser o da Rouanet, ou seja, o nosso), é apenas mentira e tremendamente injusto porque exclui o ninho mais escabroso de todas as indignidades sobre essa morte: a alma do viúvo. Mas Tássia está confusa, afinal não se sai incólume do vilipêndio político-eleitoreiro de um cadáver efetivado pelo próprio viúvo que ainda teve o discurso do bispo de passeata, D. Angélico Bernardino, contra a reforma da previdência, transformando o caixão num palanque profano.  

Atacar o governo de Michel Temer e as reformas dramaticamente necessárias é o roteiro obrigatório dessa gente, mas num velório? Marisa Letícia morreu triste? Ruth Cardoso também por causa do dossiê vigarista produzido na Casa Civil de Dilma Rousseff, Fernando Henrique revelou isso não no velório, mas tempos depois e em conversa privada com Ignácio Loyola Brandão que escrevia uma biografia de d. Ruth. Já no comício em que Marisa Letícia foi velada, só não se criticou a indicação de Alexandre de Moraes para o STF porque ela ainda não estava definida. Criticariam porque ela é boa e o bem, na opinião dos petistas, não deve ficar impune.

A tolice de que o presidente quer um “guarda-costas” no Supremo é só mesmo uma tolice, pois Temer não pode ser processado, enquanto for presidentecargo que lhe garante a prerrogativa de foro –, por eventuais crimes cometidos antes do mandato e, depois de cumprido este, Temer não terá mais a prerrogativa de foro, restando, portanto, fora da proteção do tal guarda-costas. Numa situação, ela é desnecessário; na outra, inútil. O fato é que para petistas, extremistas de esquerdas e assemelhados como a direita chulé, qualquer indicação que Temer fizesse teria o defeito de ter sido feita por ele.

No vídeo tosco, Tássia não se dirige à veterana Regina, prefere simular certa parceria com a colega de trabalho mais jovem – como se Luana fosse alguma tonta – e dar conselhos que não querem aconselhar coisa nenhuma. Tássia está pouco ligando para Luana e pretendeu mesmo atacar aquela a quem não se dirige porque, entre os papéis de Regina em 50 anos de carreira, o que o asterisco-e-atriz menos suporta é o de cidadã livre e valente que, quando praticamente toda a classe artística brasileira se homogeneizava na sabujice, teve a coragem de dizer que tinha medo da canalha pavorosa chefiada por um viúvo que trocaria o lamento dolorido pelo discurso mentiroso.

Não é inveja do brilho de Regina ou da vitalidade de Luana, Tássia inveja a si própria, pois está vivendo os 57 anos dela e tem “experiência de um relacionamento muito longo”, por isso sabe “o que ele está passando”. Sim, o casamento de Lula e Marisa Letícia durou mais de 40 anos, quanto anos mais o jeca precisaria ter vivido com ela para aprender a respeitá-la na morte? Mais 40, 30, 10, 5, 3?

Lamentei, claro, a morte de Marisa Letícia, o mal de ninguém me faz bem, que ela vivesse e se acertasse com a justiça. Lamentável também foi contemplar Lula, um homem tão bajulado e, no entanto, na solidão dos que não têm amigos, só cúmplices, comparsas e devotos. Tivesse ele alguém que o quisesse bem dessa benquerença que nos dá um toque sobre nossos erros, esse alguém interromperia aquela ignomínia sombria e levaria o amigo viúvo ao silêncio decoroso que o momento exige. Mas Lula tem Tássia Camargo e os beijos vermelhos dela, armados e apontados contra a graça da vida.

Fonte: Coluna do Augusto Nunes - Valentina de Botas

 

sábado, 17 de dezembro de 2016

Odebrecht bancou outro apê de Lula - não é só triplex do Guarujá

A outra cobertura de Lula paga pela Odebrecht

Ministério Público comprova que o dinheiro usado na compra de um imóvel em São Bernardo para o ex-presidente partiu do “departamento de propina” da empreiteira e o petista pode virar réu pela quarta vez. A expectativa no meio jurídico é por uma condenação já no primeiro trimestre de 2017

INCORRIGÍVEL Depois de comprar cobertura com dinheiro de propina, Lula repete tática de ocultar patrimônio
 
Quem acompanhou de perto a trajetória do ex-presidente Lula, desde o sindicalismo, sabe que ele nunca foi de mexer no próprio bolso. A expectativa em torno do seu poder pessoal sempre fez com que ele fosse bancado por empresários amigos. O que a Lava Jato desvendou é que quando Lula ascendeu ao Planalto essas relações se aprimoraram e a lista de companheiros-mecenas só aumentou. Em troca de benesses políticas e também pessoais, segundo as investigações, o petista traficou influência, assumiu o “controle supremo” da corrupção na Petrobras e escancarou-lhes as portas não só do seu governo como do da sucessora. 

O que se descobriu na última semana a partir de depoimentos e farta documentação é que, dentre os presentes recebidos por Lula, não escapou nem a cobertura onde ele mora em São Bernardo do Campo. Ou seja, não foram só o tríplex no Guarujá e o sítio em Atibaia. O ex-presidente tentou esconder ser dono de outro imóvel, simulando um contrato fictício de aluguel com o “testa de ferro” Glaucos da Costamarques, primo de seu amigo do peito José Carlos Bumlai. O apartamento em questão é vizinho de outra cobertura, também de propriedade do petista, localizada no 11º andar do edifício Hill House.

PROVAS O MPF acusa Lula de falsificar contrato de aluguel para justificar compra de imóvel com recursos da Odebrecht 

Para comprar a nova cobertura, a 121, Lula usou dinheiro do “departamento de propina” da Odebrecht, caixa formado com recursos desviados de obras da Petrobras, segundo revela o Ministério Público Federal do Paraná (MPF-PR). Na última quinta-feira 15, à luz das novas descobertas, o MPF denunciou o ex-presidente por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Se o juiz Sergio Moro aceitar a denúncia, Lula será tetra réu na Justiça. Nunca antes na história um ex-presidente da República foi tantas vezes chamado em juízo para responder por ação penal. No meio jurídico, já estima-se que o petista possa ser condenado no primeiro trimestre do ano que vem. Além de Lula, sua mulher Marisa Letícia e de seu advogado Roberto Teixeira, foram denunciados também o empreiteiro Marcelo Odebrecht, o ex-ministro Antonio Palocci e outras quatro pessoas.

Tanto o pedido de indiciamento da PF quanto a denúncia do MPF são robustas. O MPF acusa Lula de ter liderado um esquema de corrupção na Petrobras no qual a Odebrecht pagou R$ 75,4 milhões em propinas para o PT e para o enriquecimento do ex-presidente, com intermediação do ex-ministro Antonio Palocci. “Após assumir o cargo de presidente da República, Lula comandou a formação de um esquema delituoso de desvio de recursos públicos destinados a enriquecer ilicitamente, bem como, visando a perpetuação criminosa no poder, comprar apoio parlamentar e financiar caras campanhas eleitorais”, disseram os procuradores. Desse total, a Odebrecht destinou R$ 12,4 milhões para a compra de um terreno onde Lula desejava construir uma unidade do Instituto Lula e outros R$ 504 mil para a compra da nova cobertura, contígua à que já reside oficialmente, a de número 122. Segundo a PF e o MPF, o esquema foi arquitetado pelo advogado Roberto Teixeira, com a participação de Lula.


“Foi simulado contrato de locação entre Costamarques e Marisa Letícia, para ocultar a verdadeira propriedade do imóvel de Lula”

A história da cobertura de Lula comprada com a propina da Odebrecht remonta ao início de 2003, logo que o petista assumiu a Presidência. Àquela altura, a cobertura ao lado da sua no Hill House estava vazia. Sob o argumento de que precisava de mais espaço para guardar presentes que ganhava, ele decidiu alugá-la. Inicialmente, o PT diz ter pago os alugueis até 2007. No segundo mandato, alegando necessidade de acomodar os guardas da segurança do Planalto para que eles pudessem dormir quando ele estivesse em São Bernardo, o aluguel do apartamento passou a ser custeado pelo governo. Com sua saída da Presidência, alguma solução para que Lula continuasse de posse da cobertura teria que ser encontrada. É aí que entra Roberto Teixeira.

Ainda em 2010, o advogado fez contato com Glaucos da Costamarques, um aposentado de 71 anos morador de Campo Grande (MS). Na conversa, sugeriu que ele comprasse a cobertura no que seria para ele um bom investimento. “O imóvel já está alugado para Lula”, teria dito Teixeira. Detalhe: Costamarques é primo de José Carlos Bumlai, amigo íntimo de Lula preso na Lava Jato. Costamarques, então, pagou, de acordo com a investigação, R$ 504 mil pelo imóvel, que pertencia a Elenice Silva Campos, mas, como herança, havia sido repassado para sua neta Tatiana de Almeida Campos. Ao depor este ano, Tatiana disse que em 20/09/2010, “a Dra Lacier (sua advogada) veio me buscar para assinar a venda da cobertura, o apartamento 121, para o Lula. Foi isso que ela me falou no táxi, na ida para o cartório. Como eu confiava muito nela, somente perguntei se estava tudo correto. Ela fez sinal de positivo e me disse onde assinar. Eu não li nada. Simplesmente assinei, acreditando estar vendendo a cobertura para o Lula”, disse Tatiana na PF. Na verdade, a transferência do imóvel foi feita para Costamarques, o testa de ferro de Lula no negócio, segundo o MPF. O que se apuraria mais adiante é que o dinheiro não veio do bolso de Lula, e sim, teve como origem o Departamento de Propina da Odebrecht.


“Lula comandou a formação de um esquema delituoso de desvio de recursos públicos destinados a enriquecer”

Oficialmente tido como “dono” do apartamento, Costamarques fechou, em fevereiro de 2011, um contrato fictício de aluguel com Marisa Letícia Lula da Silva, mulher do ex-presidente. Dizem os 12 procuradores do MPF que assinam a denúncia contra Lula: “Nesse contexto, foi simulado contrato de locação entre Costamarques e Marisa Letícia, tendo como objeto o apartamento 121, com o fim de ocultar a verdadeira propriedade do bem, porquanto, efetivamente, foi ele adquirido por ordem e em benefício de Luiz Inácio Lula da Silva, em transação garantida pelo repasse do aporte de R$ 800 mil feito a Costamarques na transação envolvendo o imóvel da rua dr. Haberbeck Brandão, originado, desta maneira, do caixa geral de propina do PT junto ao grupo Odebrecht”.

Lula declarou à Receita Federal ter pago alugueis a Costamarques, de 2011 a 2015, no valor de R$ 229.280,00, mas o laudo da perícia criminal nas contas bancárias de Luiz Inácio Lula da Silva e de Marisa Letícia revela outra coisa. “Não foram encontrados registros de pagamentos seus para Glaucos, tendo o exame se estendido inclusive para as contas bancárias da L.I.L.S. Palestras e Eventos Ltda (empresa de Lula) e Instituto Lula, consignando o laudo citado que também dessas pessoas jurídicas não partiram pagamentos para Glaucos”. Ou seja, Lula pode ter fraudado também o imposto de renda. “Apenas a partir de dezembro de 2015 é que se detectam depósitos em valores compatíveis com o declarado aluguel, sendo certo, ademais, tratar-se de depósitos em espécie em relação aos quais não se pode comprovar a origem”, afirmam os procuradores do MPF.

Os 800 mil de Costamarques
O MPF e a PF revelam na denúncia que os R$ 504 mil usados por Costamarques para adquirir a cobertura em São Bernardo, cujo o real proprietário é o ex-presidente, foram fruto de uma operação mais complexa do que uma simples transferência de dinheiro para a compra de um apartamento. Resultou de uma negociação envolvendo a celebração de oito contratos da Odebrecht com a Petrobras, que renderam R$ 75,4 milhões para o PT e para Lula. “As vantagens indevidas objeto da presente denúncia consistem em recursos públicos desviados no valor de R$ 75.434.399,44, os quais foram usados, dentro do estrondoso esquema criminoso capitaneado por Luiz Inácio Lula da Silva, não só para enriquecimento ilícito, mas especialmente para alcançar governabilidade com base em práticas corruptas e perpetuação criminosa no poder”, afirmam os procuradores. Eles garantem que o ex-ministro Antonio Palocci ajudou a operar o esquema, fechado com Marcelo Odebrecht, ambos denunciados a Sergio Moro.

O MPF afirma que do início de 2010 a 24 de novembro de 2010, quando Lula ainda era presidente, Marcelo Odebrecht “de modo consciente e voluntário, praticou o delito de corrupção ativa, pois, direta e indiretamente, ofereceu e prometeu vantagem indevida a Lula, em valor equivalente à época da quantia aproximada de R$ 12.422.000,00, consistente em um imóvel para a instalação do Instituto Lula”. Em troca, Lula manteve a nomeação e manutenção de Renato Duque e Paulo Roberto Costa nas diretorias de Serviços e Abastecimento da Petrobras, favorecendo a Odebrecht nas falcatruas na estatal.

Os recursos da Odebrecht, segundo a denúncia do MPF, também foram usados entre 2010 e maio de 2014 para a compra de um terreno na rua Haberbeck Brandão, 178, em São Paulo, onde Lula pretendia instalar um espaço institucional para expor os presentes que ganhou em seus dois mandatos presidenciais. O negócio contou com a participação dos mesmos personagens envolvidos na trama da compra da cobertura em São Bernardo, quais sejam, Roberto Teixeira, Costamarques, Palocci, Kontic, além de diretores da Odebrecht e da DAG Construtora, em nome de quem o imóvel foi comprado. A DAG é um braço empresarial da Odebrecht.

Os procuradores dizem que os R$ 12,4 milhões foram oferecidos por Marcelo Odebrecht a Lula para ele montar a nova unidade do Instituto Lula, “com o objetivo de recompensar ilicitamente o ex-presidente pelo funcionamento e pela manutenção da sistemática de corrupção no âmbito da Petrobras”. Os parceiros tinham papéis bem definidos no esquema. Amigo de Lula e primo de Costamarques, José Carlos Bumlai foi “incumbido” de implantar o novo espaço, concebido ainda em 2010 quando Lula ainda era presidente.

Projetos dessa nova unidade do Instituto foram encontrados pela PF no sítio Santa Bárbara, em Atibaia, que também seria de Lula, embora ele negue. “O imóvel em questão foi recebido pelo ex-presidente Lula em 29/09/2010, momento em que foi colocado à sua disposição. Nessa data, foram realizados os pagamentos à vendedora ASA – Agência Sul Americana de Publicidade e Administração Ltda, feitos pela DAG Construtora Ltda. Ou seja, pela Odebrecht. De acordo com o MPF, os R$ 12,4 milhões foram pagos pelo “departamento de propinas”, em três parcelas: uma de R$ 1.057.000,00, outra de R$ 8.217.000,00 e a última de R$ 1.034.000,00”.

Cópias da transação foram encontradas na residência de Lula. No entanto, como havia pendências jurídicas e tributárias relacionadas ao imóvel, o negócio acabou não prosperando. Foi feito um acordo entre as partes e tudo ficou dito pelo não dito. O Instituto Lula não recebeu o terreno. Costamarques, no entanto, a pedido de Lula, conforme os procuradores, acabou recebendo R$ 800 mil como comissão por ter participado do negócio. Foi com parte desse dinheiro, de acordo com o MPF, que ele comprou a cobertura para Lula. Em nota o petista disse tratar-se de mais uma “peça de ficção” – um mantra mais batido do que a própria constatação, apoiada numa fartura de provas, de que Lula era bancado por um mecenato para o qual abria as portas e indicava os atalhos para locupletação a partir das benesses do Estado.

As denúncias que pesam contra Lula

O ex-presidente já responde a cinco processos na Justiça por corrupção e lavagem de dinheiro. O petista é réu em três dessas ações. Em outras duas, o MPF fez denúncia contra ele e aguarda-se a decisão dos juízes
1. O ex-presidente Lula foi denunciado na última quinta-feira 15 pelo Ministério Público Federal do Paraná (MPF-PR) por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, depois de ter sido indiciado em inquérito pela Polícia Federal sob acusação de ter recebido propinas de R$ 75,4 milhões da Odebrecht. O dinheiro foi desviado de contratos da Petrobras e estava no “departamento de propinas” da empreiteira.
Parte desse dinheiro foi usada para enriquecimento ilícito de Lula. Ele é acusado de ter pedido R$ 12,4 milhões à Odebrecht para a compra de um terreno onde seria construída nova sede do Instituto Lula e outros R$ 504 mil para a compra de uma cobertura em São Bernardo do Campo.

2. Lula virou réu pela primeira vez em julho, quando o juiz Vallisney de Souza Oliveira, da Justiça do Distrito Federal, aceitou denúncia de que ele tentou obstruir a Justiça durante a Operação Lava Jato.

3. Em setembro, o juiz Sergio Moro aceitou denúncia contra ele por ter recebido vantagens indevidas da OAS, com o a construção e reforma do tríplex no Guarujá. Lula também é acusado de ter recebido favores da OAS no pagamento e armazenamento do seu acervo pessoal. No total, a OAS lhe deu R$ 3,8 milhões derivados de propinas na Petrobras.

4. Em outubro, o ex-presidente virou réu pela terceira vez. O juiz Vallisney Oliveira aceitou denúncia na qual Lula é acusado de favorecer negócios da Odebrecht em Angola. Seu sobrinho Taiguara Rodrigues dos Santos também foi denunciado.

5. Na semana passada, Lula foi denunciado também pelo MPF de Brasília pelos crimes de tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa por ter ajudado empresas a obterem favores junto ao governo, com a aprovação de medidas provisórias. Seu filho Luiz Cláudio Lula da Silva também foi denunciado, por ter recebido R$ 2,5 mihões de empresários ligados ao esquema. O juiz ainda não decidiu se aceita ou não a denúncia. Caso aceite, Lula pode virar réu mais uma vez, tornando-se tetra.

6. O petista ainda foi incluído pelo ministro Teori Zavascki, do STF, no inquérito-mãe que investiga o escândalo do mensalão. Apelidado de “quadrilhão”, esse inquérito no STF investiga organização criminosa formada para roubar a Petrobras, envolvendo 66 pessoas, entre elas Lula.

7. O ex-presidente ainda responde a inquérito que investiga se ele ocultou patrimônio ao adquirir o sitio Santa Bárbara, em Atibaia, no interior de São Paulo. O sitio está formalmente em nome de Jonas Suassuna e Fernando Bittar, sócios de Fábio Luiz, filho de Lula. A OAS e Odebrecht teriam gasto R$ 1,2 milhão para reformar o sítio. Lula nega ser proprietário do local.

Como Lula ocultou uma cobertura em São Bernardo

• Em 1986, Lula comprou a cobertura 122 do Edifício Hill House, em São Bernardo do Campo, pagando R$ 189 mil. O imóvel tem 186 m2, com três quartos.
• Em 2003, quando ele assumiu a presidência da República, a cobertura vizinha à dele, a 121, estava vazia e pertencia a Elenice Silva Campos, que morreu em 2015.
• Lula se interessou em usar o imóvel. De 2003 a 2007, o PT disse ter pago o aluguel pela cobertura. A alegação era que Lula precisava arquivar documentos da presidência e também para que os guardas da segurança do Palácio do Planalto dormissem enquanto ele estivesse em São Bernardo.
• De 2008 a dezembro de 2010, o aluguel dessa cobertura passou a ser feito pela Presidência.

Em 2011, quando Lula deixou a Presidência, o aposentado Glaucos da Costamarques, morador em Campo Grande (MS), e primo de José Carlos Bumlai, amigo de Lula, comprou a cobertura 121, a pedido do advogado de Lula, Roberto Teixeira.
 
Pagou R$ 504 mil.

• Teixeira disse a Costamarques que o apartamento seria um bom investimento e que já estava alugado para Lula por R$ 4.300 por mês. Foi forjado um contrato fictício de aluguel entre Costamarques com Marisa Letícia, mulher de Lula. Na verdade, a PF diz ter provas que Lula nunca pagou aluguel e que o Costamarques já comprou o apartamento para ser de Lula, ocultando patrimônio para o ex-presidente.
 Simulação – Mulher de Lula e primo de Bumlai forjaram contrato de aluguel

• A PF tem provas de que os R$ 504 mil usados por Costamarques para a compra do imóvel destinado a Lula saíram do “departamento de propina” da Odebrecht.

• Em 2016, o imóvel passou oficialmente para Tatiana de Almeida Campos, neta de Elenice Silva Campos, morta em 2015. Quando ia para o cartório transferir a propriedade, sua advogada disse que iria passar o imóvel para Lula. No cartório, no entanto, soube que a transferência formal era para Costamarques.

O Ministério Público Federal e a Polícia Federal não têm dúvidas de que a cobertura pertence a Lula e sua mulher Marisa Letícia.