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sábado, 17 de março de 2018

Desembargadora diz que Marielle estava engajada com bandidos e é 'cadáver comum'

A desembargadora Marilia Castro Neves, do Rio de Janeiro, escreveu nesta sexta (16) no Facebook que a vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada nesta semana, "estava engajada com bandidos".  Afirmou ainda que o "comportamento" dela, "ditado por seu engajamento político", foi determinante para a morte. E que há uma tentativa da esquerda de "agregar valor a um cadáver tão comum quanto qualquer outro".

A magistrada fazia um comentário abaixo de um texto postado pelo advogado Paulo Nader na rede social em que afirmava entender a comoção gerada pela morte de uma "lutadora dos direitos humanos e líder de uma população sofrida".  A desembargadora então postou o seguinte texto: "A questão é que a tal Marielle não era apenas uma 'lutadora', ela estava engajada com bandidos! 
Foi eleita pelo Comando Vermelho e descumpriu 'compromissos' assumidos com seus apoiadores. 
Ela, mais do que qualquer outra pessoa 'longe da favela' sabe como são cobradas as dívidas pelos grupos entre os quais ela transacionava."

E seguiu: "Até nós sabemos disso. A verdade é que jamais saberemos ao certo o que determinou a morte da vereadora mas temos certeza de que seu comportamento, ditado por seu engajamento político, foi determinante para seu trágico fim. 
Qualquer outra coisa diversa é mimimi da esquerda tentando agregar valor a um cadáver tão comum quanto qualquer outro".

Um grupo de advogados que leu o texto começou a fazer campanha nas redes para que Marilia Castro Neves seja denunciada ao CNJ (Conselho Nacional de Justiça) por ter "ironizado" a morte de Marielle. [dificilmente esta denúncia vai prosperar, especialmente por não haver ironia no texto da desembargadora e sim uma opinião sobre uma situação.]
 
A desembargadora afirmou à coluna que apenas deu a sua opinião como "cidadã" na página de um colega já que não atua na área criminal.  Ela afirma ainda que nem sequer tinha ouvido falar de Marielle até a notícia da morte. "Eu postei as informações que li no texto de uma amiga", afirma.
"A minha questão não é pessoal. Eu só estava me opondo à politização da morte dela. Outro dia uma médica morreu na Linha Amarela e não houve essa comoção. E ela também lutava, trabalhava, salvava vidas", afirma. 


Desembargadora acusa Marielle Franco de 'engajamento' com bandidos

Para Marília Castro Neves, vereadora, que ela não conhecia até o crime, é 'cadáver comum'

— Desembargadora do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), Marília Castro Neves afirmou hoje em uma rede social que Marielle Franco, vereadora pelo PSOL executada aos 38 anos com dois tiros na cabeça, na última quarta-feira, "estava engajada com bandidos" e "não era apenas uma lutadora".


Segundo a desembargadora, no cargo desde 11 de dezembro de 2006, "a tal Marielle descumpriu 'compromissos' assumidos com seus apoiadores", que, segundo Marília, seriam do Comando Vermelho.
Marielle, na avaliação da desembargadora, foi assassinada "por seu comportamento, ditado por seu engajamento político".
— Qualquer outra coisa diversa é mimimi da esquerda tentando agregar valor a um cadáver tão comum quanto qualquer outro — escreveu.
A avaliação de Marília foi feita no Facebook de Paulo Nader, magistrado aposentado da Justiça fluminense e professor emérito da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Ele publicou um post em que comentava a comoção provocada pela morte de Marielle e a justificava pelo fato de a vereadora ser "uma lutadora dos direitos humanos e líder de uma população sofrida".

O comentário foi descoberto pela colunista Monica Bergamo, da "Folha de S.Paulo". Procurada pela coluna, a desembargadora afirmou que nunca tinha ouvido falar de Marielle Franco até seu assassinato e que se baseou informações que leu "no texto de uma amiga".
Marília afirmou ainda à coluna que fez o comentário como cidadã, e não como magistrada:
— Eu só estava me opondo à politização da morte dela.

quinta-feira, 15 de março de 2018

Raquel Dodge estuda federalizar investigação de assassinato de vereadora; [ou politizar? a morte de vereadora foi mais uma das dezenas que ocorrem no Rio, a cada semana e mês.]


Procuradora-geral designou secretários do órgão e do CNMP para acompanhar caso

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, informou nesta quinta-feira que determinou a instauração de um procedimento para estudar a federalização da investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Pedro Gomes, mortos na noite de quarta-feira no Rio de Janeiro. Em nota, a PGR levantou a possibilidade de realizar um Incidente de Deslocamento de Competência, ou seja, a investigação seria realizada por autoridades federais, e não estaduais.


Raquel Dodge, que também preside o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), designou os secretários de Relações Institucionais, Nedens Ulisses, e de Direitos Humanos do órgão, Ivana Farina, assim como o secretário de Direitos Humanos da PGR, André de Carvalho Ramos, para se reunirem com o procurador-geral de Justiça do Rio, Eduardo Gussen, e acompanhar o caso.  A procuradora-geral destacou seu "integral apoio ao trabalho dos membros do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro" e disse que o "Ministério Público está unido e mobilizado em torno do assunto".

'DEMOCRACIA ATINGIDA'
O vice-procurador-geral da República, Luciano Maia, afirmou nesta quinta-feira que o assassinato de Marielle Franco fere a democracia brasileira. Isto porque, segundo ele, a vereadora se destacou na luta contra as injustiças sociais.  — Hoje amanhecemos atingidos pelas balas que mataram a vereadora Marielle. (As balas que mataram Marielle) atingem em cheio a democracia brasileira — disse o vice-procurador-geral na abertura da sessão do plenário do Supremo Tribunal Federal.

Maia disse ainda que nada pode deter o rumo da História.  — E a História significa a força da mulher para obter igualdade — acrescentou.  O vice-procurador fez as declarações no início das discussões sobre a ação direta de inconstitucionalidade sobre trecho da lei 13.165 que estabelece limites de recursos do Fundo Partidários para campanhas eleitorais de mulheres.

Torquato Jardim: morte de vereadora foi 'mais uma tragédia diária do Rio'


Ministro lamentou o assassinato, mas disse que não vai afetar a intervenção


O ministro da Justiça, Torquato Jardim, lamentou o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), mas disse que a morte dela não terá impacto na intervenção federal na segurança do Rio. As declarações foram dadas na manhã desta quinta-feira, após sua participação em um painel sob corrupção no Fórum Econômico Mundial, em São Paulo. — Foi uma tragédia. Mais uma tragédia diária do Rio de Janeiro. Lamentável. É preciso conhecer bem as razões e ir atrás dos responsáveis —, afirmou o ministro, que continuou:

— Isso não põe em xeque a eficácia da intervenção federal.


Jardim afirmou que a Polícia Federal vai auxiliar nas investigações, embora a corporação não faça mais parte do seu ministério. Segundo ele, é preciso ter cautela na apuração do caso, que classificou como "inominável tragédia". — Vamos por partes, vamos atuar com cuidado, investigar o caso a caso.


Policiais que acompanham as investigações dizem que a principal hipótese é de que a vereadora tenha sido executada, pois a análise dos disparo sugere que os assassinos sabiam o assento que ela ocupava no carro. Eleita pelo PSOL, Marielle tinha 38 anos e foi a quinta vereadora mais votada em 2016. Ela foi assassinada a tiros por volta das 21h30m desta quarta-feira na Rua João Paulo I, no Estácio, próximo à prefeitura do Rio. O motorista que estava com ela, Anderson Pedro Gomes, também foi morto na ação. Eles estavam acompanhados de uma assessora da vereadora, que foi atingida por estilhaços e levada para o Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro.

O Globo