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sábado, 25 de novembro de 2017

A reforma da Previdência consome a agenda presidencial e vira prioridade de Temer, que decidiu atacar as regalias dos servidores. [E as fraudes, quando serão atacadas? parece até que é proibido falar delas - será quem tem FRALDÃO também?]

Guerra aos privilégios

Aos poucos, os políticos entendem que não se trata apenas de um projeto de governo, mas de Estado

[o mais absurdo de toda a confusão 'reforma da previdência' é que o Governo gasta milhões em propaganda para acusar o funcionário público de ser o responsável pela crise da Previdência - alegando privilégios que não são privilégios.

Qual o motivo do governo não divulgar em sua publicidade - fonte de gastos de recursos que só aumentam a crise - que BILHÕES do DÉFICIT da PREVIDÊNCIA SOCIAL são resultados das FRAUDES.

Reduzindo as FRAUDES o déficit será reduzido em BILHÕES.

Existe um FRAUDÃO que a Lava Jato deveria investigar.]

A economia brasileira dá sinais de retomada, depois de um longo período de recessão. Mas a recuperação corre o risco de morrer na praia se o colossal déficit da Previdência não for contido. O primeiro passo é reduzir os benefícios concedidos aos servidores públicos. A situação atual é insustentável. Em 2016, os 29 milhões de aposentados pelo Regime Geral da Previdência Social geraram déficit de R$ 150 bilhões. 

Para além do equilíbrio das contas públicas, o que está em jogo é o futuro do País. Por isso, a reforma da Previdência pede urgência. Mas não há como promovê-la sem atacar os privilégios do funcionalismo. Esse é exatamente o foco das mudanças propostas pelo governo Temer, que, embora reticente no início, conferiu prioridade absoluta ao tema. Nos últimos dias, os debates em torno da reforma consumiram a agenda presidencial. O ponto alto foi um jantar na quarta-feira 22 que reuniu cerca de 200 deputados no Palácio da Alvorada. Com um cardápio franciscano – salada de tomate e alface, carne e peixe, arroz branco ou integral, batata ao forno, pudim de coco, água e sucos de acerola e abacaxi com hortelã – Temer levou a tiracolo economistas e ministros para expor aos parlamentares a dura realidade da Previdência.

O primeiro a discursar foi o deputado Arthur Maia (PPS-BA), relator da reforma na Câmara, que apresentou os principais pontos do projeto. Em seguida, falou o economista Marcos Lisboa, presidente do Insper. Ele afirmou que “sem a aprovação da reforma, a crise voltará”. Na sequência, veio a exposição do economista José Márcio Camargo, que foi taxativo: “Um país não pode gastar tanto com Previdência quanto o Brasil”. Segundo ele, o País está gastando com aposentadoria o mesmo que países europeus de população bastante envelhecida.

Especialista em Previdência, o economista Paulo Tafner também falou aos deputados e demonstrou preocupação com o envelhecimento da população brasileira, o que vai representar pressão cada vez maior para a Previdência nos próximos anos. Referiu-se ainda às limitações da economia nacional: “A produtividade do Brasil está estagnada há 40 anos”. Por fim, falaram o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). A reunião encerrou-se por volta de meia-noite.

De acordo com o economista Marcos Lisboa, presidente do Insper, “sem a aprovação da reforma, a crise voltará”
[até as pedras sabem que a reforma é necessária; 
mas, antes da insistência inútil - não adianta acusar alguém de 'crime' se o  acusado  não está cometendo crime algum.

Da mesma forma, não adianta todos os governos insistirem na teimosia de acusarem os servidores públicos de qualquer crise, devido supostos privilégios.
Se não há privilégios, se a acusação não procede, a crise vai continuar.

Desde antes do FHC que acusam os servidores de serem os responsáveis pela crise - agora o foco é o déficit da Previdência - sempre tiram algum direito dos mesmos e a crise não se resolve, sinal que as acusações não procedem. 

Presidente Temer, é proibido falar que a maior parte da crise da Previdência é consequência das fraudes?  - fraudam no recolhimento, das contribuições, fraudam na concessão de benefícios (afastamentos por doenças inexistentes), fraudam nas aposentadorias e a CRISE CONTINUA.

Parece que apontar as fraudes como a maior parte do problema assusta o senhor, apavora o ministro Meirelles e muitos outros.
COMBATAM AS FRAUDES e mais de 50% do problema estará resolvido.]

Na própria quarta-feira 22, Temer já havia recebido o senador Aécio Neves (PSDB-MG) para articular o apoio dos tucanos. Depois, se reuniu com os governadores e pediu empenho junto às bancadas estaduais. “Todos os dados indicam que, se não fizermos a reforma da Previdência, podemos entrar em clima de países da Europa, que deixaram para muito tarde e, quando tentaram fazê-la, tiveram que cortar 40% das aposentadorias, 40% dos salários, dos vencimentos dos funcionários públicos. Estamos evitando isso”, disse o presidente.

A palavra de ordem é aprovar a reforma até meados de dezembro. No Planalto considera-se arriscado deixar a apreciação do tema para o ano que vem, quando muitos dos parlamentares estarão dedicados à reeleição. Daí a insistência do presidente. Interlocutores do Palácio do Planalto afirmaram à ISTOÉ que os discursos de especialistas no jantar deixaram os deputados sensibilizados. O que pode ajudar aos planos de apressar a votação. Para garantir a aprovação na Câmara, também houve alterações no projeto original. Mas continuam de pé as medidas essenciais ao equilíbrio as contas da Previdência nos próximos anos. 

A principal delas é a equiparação de benefícios, ou seja, os servidores públicos terão o mesmo teto de aposentadoria que os trabalhadores do setor privado. [agindo igual avestruz os acusadores dos funcionários públicos esquecem um pequeno detalhe: os servidores vão receber o mesmo teto de aposentadoria dos trabalhadores do setor privado, só que também vão contribuir para a Previdência pelo mesmo teto que os trabalhadores do setor privado contribuem.

É reduzir a despesa, reduzindo também a receita = trocar seis por meia dúzia.] As mudanças poderiam ser ainda mais profundas, com maiores corte nos benefícios dos servidores públicos. Mas essa é a reforma possível no quadro político atual. Importante é que todos estejam conscientes de que a reforma da Previdência é necessária. Este não é um projeto de apenas um governo. É do interesse de várias gerações.
Em 2016, os 29 milhões de aposentados pelo Regime Geral da Previdência Social geraram déficit de R$ 150 bilhões [o Regime Geral da Previdência Social não inclui os servidores públicos - esse déficit depende só dos aposentados da iniciativa privada.
Assim, reduzindo o teto da aposentadoria dos servidores públicos  (dos que se aposentarem após a reforma, visto que os já aposentados não serão afetados) reduz\ também o teto sobre o qual os  servidores públicos contribuem - reduz a despesa, reduz a receita, fica tudo como está.]

Isto É - Octávio Costa e Tábata Viapiana 

Obrigada e tchau, caros leitores

Se alguém disser que a primeira coluna é a mais difícil de escrever, não acredite. É a última 

Ruth, obrigado e sucesso na 'próxima esquina'.
Aqui no Blog Prontidão Total você sempre teve leitores - muitos já eram teus leitores  antes do Blog.

Gostávamos e continuamos gostando muito do que você escreve - apesar de divergirmos  em quase tudo, sempre que apresentamos matéria cuidamos de inserir na tua matéria deixando claro nossas razões.

Até qualquer hora.
abraços dos Editores do Blog Prontidão Total

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Drama do submarino escancara crise militar na Argentina




Em meio a críticas, Macri estaria analisando trocar cúpula das Forças Armadas
 

O presidente da Argentina, Mauricio Macri, foi pessoalmente na tarde de sexta-feira à sede do Ministério da Defesa, localizada a poucos metros da Casa Rosada, para informar-se sobre a situação do submarino ARA San Juan — desaparecido desde quarta-feira da semana passada. O gesto do chefe de Estado evidenciou a profunda crise militar desencadeada pelo que já se considera a maior tragédia da Marinha argentina dos últimos 35 anos. Em meio ao desespero e à ira dos familiares dos 44 tripulantes, Macri mostra-se profundamente irritado com a atuação das autoridades militares e, no país, especula-se sobre mudanças na cúpula das Forças Armadas até o final do ano. Na opinião de especialistas, o submarino é apenas a ponta do iceberg, e trocar cabeças não resolverá um problema que se arrasta há décadas: a indefinição sobre qual deve ser o papel das Forças Armadas, hoje abandonadas, com cada vez menos recursos e sem rumo. [a situação de indefinição sobre o papel das FF AA na Argentina deve servir de alerta aos comandantes militares das três Forças do Brasil: 
nossas Forças Armadas caminham de forma acelerada para um desprestígio generalizado, ofensivo e se algo não for feito - e cabe aos comandantes militares conduzirem um processo de recuperação das FF AA, tanto  em termos de prestígio, quanto de salários e especialmente de  modernização com um reequipamento ostensivo, firme e rápido (falando em reequipamento, os aviões Gripen ainda virão para a FAB? ou está tudo parado? a situação da Marinha de Guerra, Exército Brasileiro e Força Aérea Brasileira será bem pior do que a da Argentina. 
Todo cuidado é pouco com os efeitos altamente prejudiciais da política antimilitar praticada pelo Brasil desde o primeiro governo FHC, intensificada durante os desgovernos Lula e Dilma, que agora sob Temer está em banho-maria (colocar algo em banho-maria o que já está estagnado, se autodestruindo é péssimo).]


Ao sair do Ministério da Defesa, o presidente evitou críticas à Marinha e tentou acalmar as famílias dos tripulantes, que já falam em pedir justiça:  — Não temos de nos aventurar em buscar culpados. [há precipitação dos que querem atribuir responsabilidade pela tragédia aos militares argentinos; 
apesar de raro o incidente com o submarino ARA San Juan está entre os riscos; basta lembrar o havido com o submarino russo Kursk - matéria no POST anterior.]

No entanto, longe dos holofotes, o governo já abriu 40 investigações internas para determinar o que aconteceu com o submarino. Negligência e ocultação de informação estão entre as hipóteses.  — Macri está zangado com a situação. Sempre nos sentimos um pouco impotentes com uma situação como esta, onde ninguém sabe o que aconteceu — declarou o senador Federico Pinedo, líder da aliança governista Mudemos no Parlamento e terceiro na linha de sucessão presidencial.


Pinedo questionou “a política antimilitar dos governos kirchneristas” e defendeu a necessidade de repensar a missão das Forças Armadas.  — A política deve ocupar-se de pensar para que servem as Forças Armadas no século XXI e deve equipá-las para essa missão, que devemos definir — assegurou o senador, um dos congressistas mais próximos do presidente.



Visivelmente abalado pela crise, Macri comprometeu-se a continuar procurando o submarino, com a ajuda de 12 países, entre eles Estados Unidos, Brasil, Espanha e Rússia, última a unir-se às operações de busca. Até sexta-feira, as informações técnicas divulgadas pela Marinha continuavam sendo as mesmas do dia anterior: a confirmação de uma explosão na região em que o San Juan está sendo procurado, muito próxima do local onde estava quando comunicou-se pela última vez com terra. Mas, pela primeira vez, o porta-voz da Marinha, Enrique Balbi, admitiu que a explosão confirmada no dia anterior teria sido no San Juan.  — Inferimos que poderia ser do submarino — afirmou. — Não temos indícios de um ataque.


O que causou a explosão continua sendo um grande mistério, assim como o que fazia o submarino. A informação oficial menciona trabalhos de monitoramento de barcos pesqueiros, mas a juíza que está investigando o caso assegurou que “são segredos de Estado”. A equipe de promotores encarregada do caso solicitou sexta-feira informações sobre as reformas realizadas durante o governo de Cristina Kirchner (2007-2015).

Paralelamente, setores da oposição estão pedindo ao ministro da Defesa, Oscar Aguad, que vá ao Congresso dar explicações. — No Parlamento, temos de fazer todos os esforços necessários para que este caso não seja catalogado como uma tragédia derivada de um acidente, são fatos de extrema gravidade — disse a deputada opositora Araceli Ferreyra. 


 ‘Questão-chave é o papel das Forças Armadas’

Macri é um político que sempre se manteve distante do mundo militar, como fez a grande maioria dos dirigentes argentinos após a redemocratização do país, em 1983. A crise, já instalada, será portanto um delicado desafio para o chefe de Estado, que em dezembro completará dois anos de mandato. Na opinião de Sabina Frederic, professora da Universidade de Quilmes e antropóloga do Conselho Nacional de Investigações Científicas e Técnicas (Conicet), “a questão-chave neste momento é que não está claro qual é o papel das Forças Armadas na Argentina”. Segundo ela, nos últimos 30 anos, sua principal atividade foi participar de missões de paz, uma delas no Haiti. Para a especialista, “o caso mostrou como funciona e sempre funcionou a Marinha argentina: como uma organização coesa e absolutamente fechada”.

— Não demoraram para avisar Macri por razões políticas, demoraram porque a Marinha é assim, hermética, e neste caso foi negligente — assegurou Sabina, que participou de uma recente reforma do plano de estudos dos militares argentinos. — A Marinha foi o setor mais complicado porque ela funciona de uma maneira diferente, sempre foi assim. Na ditadura, por exemplo, exigiu-se que todos os seus integrantes participassem da repressão. [por acaso essa especialista considera defender a Pátria de terroristas, comunistas e outros 'istas' um crime? 
Se pensa assim está enganada; 
combater os inimigos da Pátria, no Brasil, na Argentina ou em qualquer outro país, SEMPRE FOI, CONTINUA SENDO e SEMPRE SERÁ uma SUPREMA HONRA - pensar diferente é ALTA TRAIÇÃO À PÁTRIA.]



Não será fácil para Macri redefinir as Forças Armadas num panorama prolongado de ajuste no Estado. Em 2018, o presidente seria obrigado a aplicar novos cortes, o que tornaria complicado atender a demandas internas de investimento.  — Nos últimos anos, os militares foram notícia pelos julgamentos de lesa-humanidade. A limpeza é grande, mas a grande questão é o que virá depois dessa limpeza — concluiu Sabina. [essa especialista falou bobagem no parágrafo anterior e mais ainda neste.]

O Globo