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sábado, 2 de dezembro de 2017

Bretas, a versão pão-com-ovo de Moro, trai Caetano e inicia tórrido “affair” com Bolsonaro

Pois é... “Ozartista” estavam com o juiz Marcelo Bretas, que agora está com o fuzil na mão. Viva o hospício!

Ainda voltarei a ela.
Jair Bolsonaro, se eleito presidente da República, [a dúvida é se será eleito em primeiro turno ou haverá necessidade do segundo!] já tem um candidato a ministro dos Direitos Humanos: o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio. 
E o que ele fez para merecer tal distinção? Ora, posou com um fuzil na mão. Está mais do que indicado para a tarefa. [desde que defenda os direitos humanos dos HUMANOS DIREITOS e trate os bandidos com um pouco do rigor que usa contra o Sérgio Cabral, será um excelente ministro.]
 
Bretas decidiu ser a versão pão-com-ovo de Sérgio Moro, que tem cara de champanhe com caviar.

O que vai dizer Caetano Veloso?

É evidente que eu preferiria, como já fiz algumas vezes, e o faço ainda hoje neste blog, estar aqui a debater a decisões do juiz, se estão fundamentadas ou não na lei, se obedecem a este ou àquele entendimento do direito; se ele evidencia filiar-se a algumas das correntes de pensamento em voga na área…

Ocorre que o homem adora ser notícia em razão de questões extracurriculares…
A última do doutor é isto que se vê acima.
Bretas, um juiz federal, postou no Twitter a tal foto portando um fuzil, acompanhada de uma legenda muito eloquente: “Agradeço à Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro pelo treinamento, bem como à Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro pela escolta pessoal, e ainda ao amigo Desembargador Paulo Rangel, do TJRJ pelo apoio”.

Bretas está fazendo treinamento de tiro. Para quê? Sei lá… Testar a mira.  É tudo impróprio, a começar do agradecimento. Se quiser, que o faça privadamente. A Polícia Militar do Rio está obedecendo a uma determinação legal. Quanto ao “desembargador amigo”, não sei a que vem o afago. Mas também ele é impróprio. De um magistrado, espera-se circunspecção.

Eu preferiria ver Bretas a posar com a Constituição na mão, não com um fuzil. E isso na cidade da bala perdida, que sempre acha um preto e pobre pela frente. Às vezes, um branco, do tipo que carrega faixas para Bretas.  E isso no país dos 61.169 mil homicídios por ano — a quase totalidade, por arma de fogo.  E isso no momento em que está em curso uma campanha histérica em favor da armamento da população, tese de que Bolsonaro é entusiasta.

Bretas é o juiz que tentou mandar Sérgio Cabral para um presídio de segurança máxima porque o ex-governador o teria ameaçado ao lembrar que sua família lida com bijuterias. A informação é pública e está em todo canto. Em abril, o juiz pediu reforço de sua segurança depois de três alegadas ameaças de morte, duas delas supostamente oriundas de presídios onde estão investigados da Lava Jato. Num terceiro episódio, dois homens teriam ido à 7ª Vara Federal do Rio e feito perguntas a funcionários sobre a rotina de Bretas.
Pode ter acontecido? É, pode…

Como o juiz ficou sabendo que duas ameaças partiam do presídio? Alguém disse? Recebeu uma ligação por celular? Mandou rastrear e chegou aos responsáveis? Quando aos dois homens… Bem, se devem ser temidos, o risco maior está na burrice, né? Afinal, se queriam pegar o juiz, passaram antes na 7ª Vara para alertá-lo, é isso?  Bem, em todo caso, a sua segurança pessoal foi reforçada. Mas a foto que ele divulga concorre para deixar o país menos seguro.  Bretas, sabemos, tem um entendimento bastante particular do mundo, do habeas corpus, do direito, do decoro…
A propósito: estaria se preparado para alguma guerra civil quem, não sendo profissional se segurança, treina com um fuzil?
Pois é…

Outra foto
O doutor gosta de aparecer. Voltemos à foto lá do alto. Lá está Caetano Veloso a sustentar a vírgula entre o sujeito e o verbo.
Bretas virou herói “dozartistas” em agosto porque, mesmo depois de habeas corpus concedido pelo Supremo, mandou prender de novo o empresário Jacob Barata Filho, que agora vira notícia outra vez.

Segundo a faixa de Caetano e amigos, também segurada por Bretas, o Rio estava com o juiz. Está ainda?
Agora com o fuzil na mão?
Como disse Paulo Ferreira, motorista de táxi que me levou ao trabalho nesta sexta, “a culpa não é dele, mas da onça”.
— Não entendi, seu Paulo…
— A culpa é da onça porque ela tava sem fome no dia em que eles nasceram.
Eis um país do Onça!


Blog do Reinaldo Azevedo

LEIA TAMBÉM: PELA ORDEM! O Brasil insiste, sim, em resistir a sabotadores. Mas a resistência não é infinita

A Lava-Jato não é uma Instituição e sim uma operação policial




Força-tarefa da Lava-Jato em Curitiba pode perder reforços

PGR defende devolução de 9 cargos para uso em outras investigações

[a Lava-jato é uma operação conjunta entre Poder Judiciário, Polícia Federal e Ministério Público e por ser uma operação é temporária;
foi, e continua sendo (agora de forma mais discreta, com menos estardalhaço) extremamente útil ao Brasil no combate à corrupção e até mesmo a outros malfeitos;
acertou e errou - felizmente errou menos do que acertou e alguns erros são consequência do estrelismo de pequena parte de seus membros, especialmente entre os do MP, com destaque para o atual coordenador da força-tarefa e um dos seus auxiliares que falam demais e quando se manifestam se julgam portadores de DECRETOS DIVINOS e, como tal, leis imutáveis e incontestáveis; 
mas, pode perfeitamente ser substituída,  com vantagens para o Brasil, por outras operações.
O que importa são as instituições, especialmente os TRÊS PODERES da República = JUDICIÁRIO, LEGISLATIVO e EXECUTIVO  =  harmônicos e independentes - atualmente temos um Ministério Público que considera o Congresso Nacional seu subalterno e um Judiciário que subjuga o Executivo se considerando o 'primus inter pares' dos Poderes.
Curiosamente, o MP, mesmo não sendo um dos TRÊS Poderes Constitucionais é a Instituição menos alvejada pelo Judiciário.
Que venham outras operações, mais e mais eficientes, para combater a corrupção - incluindo prender os culpados de corrupção e que a Justiça não os solte, nem impeça o Poder Legislativo de legislar -  que acaba com a Saúde Pública, com a Educação Pública, com a Segurança Pública, em suma: com o Brasil.]


 A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu à força-tarefa da Operação Lava-Jato em Curitiba que devolva nove cargos de assessores que hoje estão atuando na capital paranaense. Se não quiser atender o pedido, a força-tarefa terá que justificar a necessidade de manter o reforço. Segundo um procurador que acompanha o caso de perto, a pressão para retirada dos assessores reduzirá a capacidade de trabalho da força-tarefa e deverá diminuir o ritmo de trabalho da operação.

A ordem para devolução dos cargos consta de um ofício enviado pelo secretário-geral da PGR, Alexandre Camanho, ao coordenador da força-tarefa, Deltan Dallagnol. “Informo a vossa excelência que o empréstimo de nove cargos em comissão pertencentes à estrutura desta Secretaria-Geral será encerrado no dia 11 de dezembro de 2017”, diz o ofício. No documento, enviado na quinta-feira, Camanho afirma que, “caso se faça imprescindível a manutenção do referido empréstimo, poderá ser enviada justificativa no prazo de sete dias para análise e deliberação desta Secretaria”.

Deltan deve se reunir com a equipe para decidir o que fazer a partir de agora. [são duas as opções: cumprir a ordem ou apresentar a justificativa da imprescindibilidade  do empréstimo, dentro do prazo que lhe foi concedido.] Camanho ocupa o segundo cargo mais importante na estrutura de poder da equipe da procuradora-geral da República, Raquel Dodge. Acima dele está apenas o vice-procurador-geral, Luciano Maia.  O pedido de retirada dos assessores deve ampliar as desconfianças que surgiram sobre os rumos da Lava-Jato desde as recentes trocas de comando na PGR e na Polícia Federal. Uma reportagem da Reuters afirma que o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot [o ex,  que antecede o substantivo já retira qualquer valor da avaliação] avalia que, desde a chegada de Dodge e do novo diretor-geral da PF, Fernando Segovia, a Lava-Jato está sendo gradativamente desacelerada.  Segovia veio para cumprir uma missão: desviar o foco dessa investigação. Ao que me parece, pelas declarações que deu, ele tem a missão de desacreditar as investigações ou as investigações que envolvem essas altas autoridades da República brasileira. E, nas investigações, ele pode ter o efeito de atrapalhar — disse Janot, segundo a Reuters.

O ex-procurador-geral não fez comentários sobre a sucessora. Mas outros dois procuradores, não identificados na reportagem, teriam dito que Dodge chegou a pedir para procuradores evitarem mencionar a palavra “corrupção” em declarações públicas. A sugestão seria passar a falar sobre direitos humanos, meio ambiente e outros temas menos espinhosos para a classe política.

Dodge disse, por meio da assessoria de imprensa, que tem combatido “com vigor” a corrupção por meio de “uma atuação firme e efetiva perante o Supremo Tribunal Federal”. Ela disse ainda que não faria sentido pedir a redução do uso da palavra corrupção, porque procuradores têm independência funcional. Camanho disse, por meio da assessoria, que pediu os cargos para atender pedidos de outras investigações. Mas, se a Lava-Jato justificar, poderá permanecer com os assessores. No Rio, Segovia disse que não tinha visto as declarações de Janot e não quis comentá-las.

O Globo


 

Populismo à moda tucana


O PSDB começou a se preparar para as urnas de 2018 bem ao estilo dele. De saída concedeu o controle absoluto da sigla a um dos seus caciques, o governador paulista Geraldo Alckmin que, de quebra, por decisão de cúpula, deverá ser o escolhido para a corrida presidencial. Esse foi o movimento mais previsível. O que estava fora do script e saltou aos olhos foi a guinada de 180 graus que promoveu no seu escopo de princípios e bandeiras históricas. A começar pela ideia, sem pé nem cabeça, de impor resistências à votação da reforma da Previdência. Não deu para acreditar. Seria mesmo o PSDB que estava propondo isso? Logo ele, uma espécie de pai ideológico da reforma, o baluarte de resistência pela modernização do Estado, resolveu rever o comportamento e apostar no retrocesso? O que exatamente estaria por trás de tamanha incongruência?

 Cúpula tucana (Divulgação)
 [Os tucanos não são confiáveis; começando e principalmente pelo primeiro à esquerda, Aquele que na primeira oportunidade mandou esquecer o que escreveu.]

A resposta não poderia ser outra que não o velho e bom oportunismo eleitoral. Entra em cena o populismo à moda tucana. Da pior espécie. Prejudicando inclusive a agenda de desenvolvimento do País. Uma escolha, no mínimo, inconsequente que o aproxima perigosamente do seu arquirrival PT. As medidas vitais e inadiáveis da Previdência já foram penosamente resumidas ao mínimo. Anulou-se quase R$ 500 bilhões em economia por meio de concessões. E vem o PSDB pedir mais R$ 109 bilhões de desfalque no projeto para beneficiar servidores públicos? No jogo de conveniência e marketing para a plateia não faltam subterfúgios.

A agremiação quer barganhar apoio suprimindo cláusulas vitais do projeto. Almeja parecer simpática aos olhos daqueles que reclamam da perda de vantagens e resistem a mudanças de regras. Mudanças essas, registre-se, que terão de ocorrer pela sobrevivência do sistema. O tucanato vai assim lançando às favas a crença na responsabilidade fiscal, pela qual tanto lutou. Compromete as chances de montagem de um País financeiramente ajustado. Por que isso agora? Quer mostrar que passou 
definitivamente à oposição ao governo Temer. É popular fazer isso. Dá ibope. No rastro do mantra marqueteiro e inconsequente do “Fora Temer” quer surfar por outros mares. Fingir que expiou os pecados. O novo prócer partidário, o governador Alckmin, já avisou que logo após assumir o controle da sigla vai dar a ordem de retirada da aliança com o governo.

Uma parceria que gerou vantagens a ambos e perdurou desde o início. Joga para a plateia. Seja nessa desincompatibilização, seja na resistência às medidas da Previdência ou mesmo no movimento de lançar um programa pseudoliberal (anunciado há poucos dias), os tucanos estão errando feio. Definitivamente dão sinais de terem perdido o rumo e o prumo. Não há como falar em separação do governo sem ter de explicar o seu passado. Inaceitável recuar no apoio a Previdência que tanto defendeu. Inviável aplicar um programa de gestão que remonta princípios obsoletos – como o do “choque de capitalismo” – defendidos há quase 30 anos, ainda nos idos de Mario Covas. O momento é outro. O Brasil anseia novas propostas. E o PSDB parece viver de um passado que pode levá-lo, inapelavelmente, a uma derrota fragorosa na disputa presidencial. Os economistas partidários criticam cada passo dado. Os chamados “cabeças-pretas” e “cabeças-brancas” não se entendem. Manda e leva quem tem mais tempo de casa, independentemente de carisma e sintonia com a demanda dos eleitores. 

Para o mercado financeiro, o presidenciável Alckmin não empolga. [Alckmin como presidenciável só empolga os adversários; é perdedor nato (quando candidato a  presidente da República, prejudica os aliados e, por consequência, e favorece os adversários.) Logo que foi anunciado o acórdão para a sua ascensão ao trono do PSDB as bolsas andaram de lado. O governador paulista ainda terá de encarar um inquérito aberto no STJ sobre as citações ao seu nome nas delações da Odebrecht. Ele foi acusado de receber dinheiro por fora e o tema, inevitavelmente, vai refluir na campanha. Caso não se saia bem nesse quesito poderá acabar misturado aos demais candidatos encalacrados da eleição que, de saída, já promete trazer um eleitor demasiadamente resistente a velhas fórmulas e malfeitos dos nomes de sempre. De uma maneira ou de outra, o PSDB parece mesmo ter enterrado no passado os dias de glória. Não empolga mais. 

Perdeu sistematicamente as quatro últimas eleições majoritárias para presidente no mano a mano direto com o PT e só experimentou hiatos de alento no escrutínio municipal, quando impôs uma derrota histórica aos petistas, levando a prefeitura da capital paulista no primeiro turno com o novato João Doria, que se sagrou vitorioso inclusive nos redutos antes dominados rotineiramente pelos mandatários de Lula. De lá para cá, os reveses tucanos se acumulam. A imagem de ética foi amarrotada por seguidos escândalos, culminando com o enterro político do até então comandante, Aécio Neves, que após os 51 milhões de votos na campanha de 2014 encontra-se agora às voltas com uma batalha judicial sem precedentes. Falta alguma coisa? Só mesmo o populismo para virar corpo e focinho do PT.

Por: Carlos José Marques, diretor editorial da Editora Três - Isto É