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terça-feira, 5 de dezembro de 2017

ESTUPRO ENTRE MULHERES - Fora do tema, mas, aconselhável publicar para mostrar a degradação comum à turma LGBT



Cantora Melanie Martinez é acusada de estuprar a amiga

A ex-melhor amiga da cantora contou em uma carta no Twitter que Melanie a estuprou após obrigá-la a consumir maconha 

A ex-melhor amiga da cantora norte-americana Melanie Martinez, de 22 anos, Timothy Heller, divulgou uma carta aberta, na noite de segunda-feira (4/12), acusando a cantora de estupro. A longa carta com o desabafo foi postada no Twitter e a repercussão do caso foi tanta que Melanie entrou para os trending topics do Twitter, se tornando o assunto mais comentado mundialmente no microblog. O tweet de Timothy com as acusações sobre Melanie já teve mais de 68 mil retweets e 117 mil curtidas.



Tudo teria acontecido em um relacionamento abusivo entre as amigas, na qual Heller se via como dependente e submissa às vontades de Melanie. “Quando eu me abria sobre quanta ajuda eu precisava, ela me fez sentir culpada. Eu tive que me desculpar com ela sobre um ataque de pânico que tive e tinha arruinado a noite dela”, conta Heller na carta.

(...) 

Leia a carta de Timothy Heller na íntegra




“Eu mantive isso em segredo por anos, me convencendo que não era uma grande coisa e que eu não estava magoada. O pensamento de aceitar que minha melhor amiga me estuprou me parece insano. Até escrever isso não parece real a mim. Eu comecei a contar essa história aos mais próximos a mim de certa forma como uma piada, ‘haha, você pode acreditar nessa noite louca?’. Mas eu comecei a ter respostas que não estava esperando. Algumas preocupadas. É difícil dizer que alguém que você amou te estuprou. Alguém que você AINDA ama. Pensar em escrever isso e ter o mundo inteiro ciente me apavora. Especialmente por causa de quem é essa pessoa. Esta era a minha melhor amiga.

Ela me aceitou e eu agradeci. Senti que devia a ela a minha vida. E minha vida começou a se desenvolver ao redor dela. Eu tinha meus próprios problemas, mas eu conseguia focar na vida dela, eu conseguia segurar minhas próprias turbulências por um pouco mais. Alguns dos amigos dela viraram meus amigos, mas a lealdade deles nunca se distanciou dela. Eles são dedicados. Ela é perfeita. Para o público, ela não erra. Ela está ali para seus fãs. Ela entende, ela é diferente.



Quando eu encontrei um amigo que realmente me ajudou eu posso honestamente dizer que ela me desapontou. Durante o período mais difícil da minha vida, meu fundo do poço. O poder dela e controle sobre mim cresceu e cresceu. Eu fui silenciada. Enquanto eu comecei a me abrir sobre perceber o quanto de ajuda precisava, eu fui direcionada a me sentir culpada. Eu tinha que pedir desculpas por todo ataque de pânico quando eu achava que iria morrer. Porque arruinou a noite. Incidentes infinitos iguais a esse, eu me tornei mais um problema. Apesar de tudo eu a amava. A codependência trabalha de maneira estranha. No meu relacionamento com esta amiga, eu estava dependente de ajudá-la com a vida dela. Assim que eu precisasse de um pouco mais de foco e apoio da minha melhor amiga, não havia nada entre nós. Nossa amizade era sobre ela.



O poder que ela tinha sobre mim cresceu até chegar ao ponto que era difícil dizer não a ela. Eu faria qualquer coisa por ela. Uma noite durante uma dormida fora de casa, ela insistiu sobre minhas preferências sexuais. Como alguém que já foi abusada antes, falar sobre sexo é algo difícil. Eu estava obviamente desconfortável, mas ela era a minha melhor amiga então tentei me abrir. A conversa nunca parecia ter fim. Ela começou a me perguntar, na cama, se eu faria sexo com ela. Desconfortável com a oferta, eu tentei rir. Eu tinha um namorado na época e ela sabia. ‘Ele não precisa saber, não é nada demais!’. Isso aconteceu por horas. Me perguntando POR QUE eu não queria e que seria divertido. Eu repetidamente disse não. Estava exausta. Eu tentei dormir, mas ela continuou a noite inteira me implorando para dormir com ela. Parecia estranho, mas ela era a minha melhor amiga. Eu disse não e eu pensei que podíamos superar isso.



Na noite seguinte infelizmente aconteceu de novo. Mesmo com minha resposta na primeira noite, ela não desistiu. Se ela compreendeu isso, ela não ligava. Eu estava exausta. Ela me convenceu a fumar maconha e como eu tinha dificuldade em dizer não a ela, eu aceitei pensando que talvez a gente apagasse e evitasse toda aquela situação. A mesma conversa começou. Ela continuou tentando me convencer que estava tudo bem, que seria legal e que eu me sentiria bem. Eu dizia que meu namorado iria se chatear! Eu realmente precisava dormir! Tinha que trabalhar pela manhã. Eu disse ‘não’ de todas as formas que eu consegui lembrar. Enquanto eu deitava para dormir ela começou a tocar meu braço. Eu permiti que isso acontecesse. Talvez ela desistisse. Isso rolou por talvez uma hora. Eu comecei a ficar cada vez mais desconfortável. Eu comecei a rir dizendo que fazia cócegas. De forma alguma eu achei que isso dava abertura para sexo. ‘Posso apenas fazer isso? Tocar seu braço? Posso apenas tocar seus seios?’. Ela começou essa barganha comigo. Tudo o que eu queria era ir dormir. Ela começou a falar sobre a aparência dos meus seios e suplicou para APENAS tocá-los. Nós não precisávamos fazer mais nada. Eu estava tão exausta e confusa e chapada que eu permiti que isso acontecesse. Isso levou para que ela tocasse o resto do meu corpo. Eu nunca disse sim, eu disse não repetidamente. Mas ela usou seu poder sobre mim e me quebrou. Então não há confusão. Eu fui molestada pela minha melhor amiga. Ainda deitada, em choque, não recíproca. Eu odeio falar abertamente sobre isso porque me sinto muito desconfortável, mas ela fez sexo oral em mim e depois eu fui penetrada com um brinquedo sexual sem ser perguntada. Isso foi o que aconteceu.



No final eu tenho que me lembrar sempre que: eu disse não. Por DUAS NOITES INTEIRAS. Não importa se eu não consegui resisti durante a ação. Eu fui despedaçada. Ela sabia que eu não queria, eu deixei isso bem claro. Eu não quis gritar com ela, eu não a empurrei. 1, porque eu a amava. 2 porque eu queria que aquilo acabasse. Nós nunca conversamos sobre esta noite. Isso completamente acabou com minha cabeça, de forma alguma eu poderia ter sido ESTUPRADA pela minha melhor amiga, certo?



Nossa amizade acabou porque ela decidiu que não tinha tempo para nós. Para se preocupar comigo. Ela se importava tanto comigo que estava a atrasando. Não sei como terminar essa história. Estou aterrorizada com a resposta que eu terei. A única razão pela qual eu faço isso agora é porque espero que por causa dos recentes eventos, as pessoas acreditem em mim. Se você começar a duvidar do abuso dessa história, eu imploro que você imagine o papel dela como o de um homem. Garotas podem estuprar garotas. Melhores amigos podem estuprar melhores amigos. A amizade não é igual a consentimento. Eu só queria que não tivesse sido tão difícil para mim acreditar nisso."



Leia a íntegra da resposta de Melanie




"Estou horrorizada e triste com as declarações e a história contadas hoje à noite pela Timothy Heller. O que ela e eu compartilhamos foi uma amizade próxima por um período de tempo. Nós nos encontramos na vida uma da outra no início das nossas carreiras como artistas e tentamos ajudar uma a outra. Nós duas sofremos parar lidar com nossos demônios individuais e os novos caminhos que estávamos criando, mas eu realmente senti que estávamos tentando levantar uma a outra. Ela nunca disse não a algo que decidimos a fazer juntas. E apesar de estarmos distantes, eu estou mandando a ela amor e luz sempre."

 

Choque de desconfiança



Lula lidera nas mesmas pesquisas em que há 12 meses é campeão de rejeição. Eleitores duvidam da honestidade e da capacidade dos candidatos à Presidência

Vai ser a eleição da desconfiança, sugerem as pesquisas. Os eleitores não escondem suas dúvidas sobre a honestidade, a sinceridade e a capacidade de liderança dos atuais candidatos à Presidência. Essa resiliência se reflete nas taxas de rejeição, persistentemente elevadas. O caso de Lula é exemplar. Aos 72 anos, é o político mais popular — nove entre dez eleitores o reconhecem, segundo o Datafolha, e, entre esses, 67% afirmam conhecê-lo “muito bem”. Natural para quem atravessou metade da vida em cima de um palanque. O primeiro comício de Lula candidato aconteceu 35 anos atrás, na Curitiba de 1982. Eleito presidente, duas décadas depois, manteve três discursos diários, por rádio e TV, durante oito anos. Elegeu Dilma Rousseff falando por ela na campanha de 2010, às vezes imitando-a, como fez em Salgueiro (PE) para uma plateia de sertanejos. Escanteado por Dilma, em 2014, persevera como o eterno candidato preferencial do PT. 

Lula lidera com 36% a preferência para 2018, informa a pesquisa da semana passada. É o dobro das intenções de voto do segundo colocado, Jair Bolsonaro, ex-capitão paraquedista que desceu na cena política em 1987, com um plano para explodir bombas na Vila Militar, da Academia das Agulhas Negras, em Resende (RJ), e em quartéis da cidade do Rio. [Bolsonaro foi processado por essa acusação e comprovada sua inocência foi absolvido pelo Superior Tribunal Militar;
aliás, até os locais escolhidos para as explosões eram (e continuam sendo) inapropriados para o tipo de ação, tendo em vista se tratar de quartéis, ÁREA MILITAR,  locais em que as tentativas de explosão estavam fadadas ao fracasso;

nos tempos do terrorismo, idiotas guerrilheiros, hoje abrigados  no PT, entre eles Dilma Rousseff e Diógenes do PT, tentaram explodir bombas em área militar - Quartel-general do IIº Exército -  e covardemente assassinaram o soldado Mario Kozel Filho, mas, a operação foi um fracasso, apesar de ter vitimado um inocente soldado que prestava o Serviço MIlitar Obrigatório.

Bolsonaro tentasse, em 1987, algo parecido, pior seria o fracasso.]
 

O resultado obtido por Lula é considerável, e compatível com o histórico de liderança mais reconhecida, cujas votações sempre foram acima do patamar alcançado pelo PT nas urnas, em torno de 20%. Pode ser visto como proeza, considerando-se a circunstância de ser um candidato já condenado a nove anos e seis meses de prisão, por corrupção e lavagem de dinheiro, que figura como réu em mais cinco processos, está acusado em outros três e é, ainda, investigado em mais um dos casos de propinas em negócios da Petrobras, do BNDES, das indústrias de construção civil, de automóveis e de aviões. Lula vagueia pelo país em campanha na tentativa de transformar seus problemas judiciais em causa eleitoral.

Mais significativa, porém, é a resiliência do eleitorado na rejeição ao ex-presidente. Há 12 meses seguidos, segundo o Datafolha, quatro em cada dez eleitores repetem que não votariam em Lula “de jeito nenhum”. Isso ocorre tanto nas capitais e cidades de regiões metropolitanas (40%) quanto nos municípios do interior (38%) com mais de 50 mil habitantes. Há uniformidade no repúdio por idade, por escolaridade (a partir do ensino médio), por renda (mais de dois salários mínimos) entre empregados, desempregados ou ocupados. 

Alguns interpretam a persistência na rejeição a Lula como evidência de resistência a símbolos da corrupção na política desvendada nos inquéritos do mensalão e na Lava-Jato. Mais provável é a decepção de um eleitorado que não reconhece líderes com capacidade suficiente para resgatar o país de crises como a da saúde e reconduzi-lo à rota do desenvolvimento. O risco é de fragmentação superior à da eleição de 2014, quando um terço dos eleitores anulou, deixou em branco ou simplesmente se recusou a sair de casa para votar. Num cenário assim cabem os versos elegantes de Paulinho da Viola:

“Desilusão, desilusão/ Danço eu dança você/ Na dança da solidão.” 

José Casado - O Globo

 

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Lógica sólida



Quando se veem os dados, sem ideologias, fica evidente que todo o sistema corre risco crescente

A retomada da tramitação do projeto de reforma da Previdência no Congresso reinicia todo aquele debate em que se misturam mistificações estatísticas, puro desconhecimento dos números e resistência de fundo apenas ideológico, que fazem políticos virarem as costas à aritmética. Consideremos que, diante do óbvio, esteja descartada a miopia de considerar que não existe déficit da Previdência. Isso não passa de alquimias contábeis, em que são usadas receitas indevidas para melhorar o balanço do sistema. Nem se devem levar a sério centenas de milhões creditados a dívidas de contribuintes do INSS. Bastaria cobrar-se esses calotes, e as contas voltariam ao equilíbrio.

Infelizmente não é assim tão simples. Uma consulta superficial à lista de devedores da Previdência encontra massas falidas, cujos débitos são irrecuperáveis. E mesmo que fossem resgatados, a tendência estrutural do sistema a déficits persistiria. A demora em se ajustar um sistema sem exigência de idade mínima para aposentadoria à realidade demográfica de uma população cuja idade média está em alta — pela saudável extensão da expectativa de vida — causa desequilíbrios crescentes. Um dos poucos países do mundo que ainda não estabelece parâmetro de idade para o pedido do benefício, o Brasil ostenta a preocupante característica de que, em média, o brasileiro do regime geral de previdência (INSS) se aposenta aos 58 anos. Como ele, também em média, vive até além dos 80 anos, a pressão sobre o caixa do sistema é enorme. Daí o déficit, estimado em R$ 177 bilhões para este ano, poderá ultrapassar R$ 200 bilhões, em 2018. 

À medida que o tempo passa, as contas públicas ficam mais desequilibradas, e, por isso, qualquer mudança na economia mundial pode enevoar o relativo céu azul interno. Logo, esta discussão precisa ser mais séria, sustentada em números. Se é uma aberração a idade média de 58 anos de quem pede aposentadoria no INSS, não resta dúvida de que a fixação das idades mínimas de 65 anos para homens e 62 para mulheres, estabelecida no pacote revisto da reforma, precisa ser aprovada. Com as devidas regras de transição. Este já era um dos corações da reforma; agora, na sua versão reduzida, tornou-se mais ainda seu pilar. O Brasil já gasta com a Previdência cerca de 10% do PIB, tanto quanto países com populações de idade média mais avançada: Polônia, Alemanha, Japão. Assim, a tendência de envelhecimento do brasileiro elevará ainda mais este índice, inviabilizando outras despesas.

A questão do funcionalismo está clara: há nele castas de aposentados cujo peso o Tesouro não pode continuar a sustentar, além de ser um fator de injustiça social, de concentração de renda. É suficiente conhecer algumas estatísticas: um milhão de servidores federais aposentados geram um déficit de R$ 78,1 bilhões, enquanto 30 milhões de aposentados no setor privado (INSS), 30 vezes mais pessoas, produzem um déficit de R$ 188,8 bilhões, apenas duas vezes e meia mais que o resultado negativo no funcionalismo. A lógica da reforma é sólida, para proteger todos os aposentados. A continuar a assim, todo o sistema quebrará.

Saiba mais sobre o déficit da Previdência - só as fraudes  atingem R$ 115 BILHÕES = quase que a metade do DÉFICIT total da Previdência.
A apropriação indébita -   por parte dos empregadores que cobram dos trabalhadores e não repassam à Previdência - alcança R$ 125 BILHÕES.


Editorial - O Globo