Atualizando: a inundação do mercado com os preciosos dólares das nossas finitas reservas fez com que a moeda norte-americana fechasse a menos de R$4.
Mas, mesmo assim a soberana conseguiu alguns recordes negativos para a
quinta não passar em branco:
Banco Central prevê queda no PIB de 2,7% e
inflação a 9,5% em 2015
Instituição piorou as previsões
para o desempenho da economia brasileira neste ano
Desemprego sobe para 7,6% em agosto, maior
taxa desde 2009
Trabalhadores
da Volks e da Ford aceitam corte de salário e jornada
[evidente que o BC
inundou o mercado com dólares e com isso forçou a baixa. Resta saber quanto
tempo as reservas brasileiras aguentam manter o dólar a um preço
artificialmente baixo
A turma que está a
serviço da presidente é capaz de fazer qualquer coisa que ela mande...........
começando por pedaladas.... será que vão ter o bom senso e a coragem de
informar a soberana que ‘brincar’ com nossas reservas tem limites?]
BC
admite usar reservas e dólar perde força após bater R$ 4,24
Presidente
do Banco Central, Alexandre Tombini, reitera que câmbio é flutuante, mas diz
que reserva internacional é instrumento que
'pode e deve ser usado' com o objetivo de manter o funcionamento normal do
mercado de divisas.
[só que as reservas acabam.
[só que as reservas acabam.
Por
favor, tirem esta mulher. Sua
capacidade de destruir o Brasil é superior ao imaginado no pior dos pesadelos.]
O dólar comercial opera em alta
pela sexta sessão consecutiva nesta quinta-feira,
avançando 1,42% contra o real. A divisa americana opera cotada a R$
4,200 para compra e a R$ 4,202 para venda. Na máxima da sessão, a divisa já atingiu
R$ 4,249. O dólar, que disparou 2,5%
pela manhã, perdeu força com as declarações do presidente do Banco Central
(BC), Alexandre Tombini. A cotação chegou a zerar toda sua alta às 11h11m,
minutos depois de Tombini iniciar seu discurso. Ao longo da fala do presidente do BC, porém, a divisa recuperou fôlego.
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), por sua vez, registra baixa de
1,58%, aos 44.622 pontos.
Tombini
afirmou que as reservas internacionais “podem
e devem” ser usadas para atuação no câmbio, medida que vem sendo
classificada de necessária por vários agentes do mercado. Segundo ele, todos os
instrumentos estão à disposição do BC e o Tesouro para evitar volatilidade e
ansiedade nos mercados, se necessário. Mas Tombini
indicou que sua função não é conter a cotação da moeda, mas manter o
funcionamento do mercado de câmbio. — No acompanhamento diário do mercado de
câmbio veremos quando se dará a ação e qual instrumento usaremos — disse
Tombini. — A lógica do regime é de
flexibilidade da taxa de câmbio e a atuação do BC deve ser no sentido de fazer
que mercado funcione.
Para
Jaime Ferreira, superintendente de câmbio da corretora Intercam, o mercado
estava sentindo falta de uma declaração mais direta do BC sobre o câmbio. — A
fala do Tombini em Brasília deu um certo alívio aos investidores. Todos
estávamos meio no vazio, sem ninguém explicando o que o BC previa fazer. O
Tombini veio a público e ratificou que o dólar é flutuante, que pretende manter
os juros no patamar atual mas também que o BC tem instrumentos para atuar.
Óbvio que o dólar segue subindo, mas houve certo alívio — explicou.
Durante
os últimos dias, os analistas atribuíram a alta do
dólar ao temor de um novo rebaixamento
da nota de crédito soberano do Brasil e ao impasse político que emperra a aprovação do ajuste fiscal. Em
escala global, porém, dólar opera em leve queda. O índice Dollar Spot da
Bloomberg, que mede a força da divisa contra uma cesta das dez principais
moedas do mundo, recua 0,13%.
ESPECIALISTAS
FALAM EM ATAQUE ESPECULATIVO
— A postura do Banco Central (BC)
de deixar o câmbio flutuar está dando margem aos grandes players para especular
em cima do câmbio. Ataque especulativo é um termo muito forte ainda, mas é como
se fosse isso. O mercado está, de certa forma, testando o BC. Se ele não agir
de forma mais efetiva, veremos o dólar passar R$ 4,50 e chegar, quem sabe, a R$
5 — afirmou
Ricardo Zeno, sócio-diretor da AZ Investimentos. — A desvalorização do real tem fundamentos, é claro, mas não nesses
níveis. Pode estar havendo um efeito manada.
Hoje o BC
conseguiu vender 20 mil contratos de swap cambial (que funcionam como uma venda de moeda no futuro) equivalentes a
US$ 1 bilhão. Ontem, a intenção da autarquia era também
oferecer 20 mil contratos mas só encontrou demanda junto aos bancos para 4,4
mil. Além da oferta de novos contratos de swap, o BC faz a rolagem de
9.450 contratos que venceriam em outubro, como vem fazendo nas últimas semanas.
Mas Zeno
acredita que esse tipo de operação não será suficiente para conter o câmbio.
Para ele, a situação exige que o BC venda dólares à vista no mercado, hoje
depositados nas reservas internacionais de US$ 370,8 bilhões da autarquia. — Pode
até ser que a venda de dólares à vista não contenha a disparada do câmbio, mas
ela geraria no mercado a noção de que ele o BC está intervindo. Além disso, o
órgão comprou reservas em momentos em que o dólar estava muito baixo. Faz
sentindo vender parte desse montante para segurar um pouco o câmbio que, nos
patamares atuais, não é interessante para ninguém — recomendou o
especialista. — A sinalização até agora
do BC, porém, não é nesse sentindo. Mas eu acho que a moeda vai subir ainda
mais e ele vai acabar tendo que intervir com mais força.
INTERVENÇÃO
MAIOR DO BC
Ontem, em
pregão dominado por nervosismo, o Banco Central (BC) reforçou sua artilharia
para tentar conter a volatilidade no mercado de câmbio. Foram anunciados dois
leilões de linha (venda de dólares com compromisso de recompra), no total de US$ 4 bilhões, e uma nova oferta de contratos de
swap cambial de US$ 1 bilhão.
Mas essa
intervenção de US$ 5 bilhões não foi
suficiente para segurar a cotação do dólar comercial, que encerrou a R$
4,145, com alta de 2,24%, um novo recorde desde o início do Plano Real, em
1994. Fontes da equipe econômica consideraram que a oferta do BC de empréstimos
em dólar foi a ação adequada para tentar acalmar o mercado financeiro, além de
aliviar a pressão sobre os cupons cambiais. Como não
quer queimar reservas, o BC usou o leilão de linha para irrigar o
sistema, combinado com operações de swap. Segundo essas fontes, não adiantaria
vender dólares no mercado à vista, ou seja, sem o compromisso de recompra.
MAU
HUMOR NAS BOLSAS EXTERNAS
No
mercado de ações, o dia é negativo para as ações europeias. Os investidores
operam com cautela, à espera de declaração, à tarde, da presidente do Federal
Reserve (Fed, banco central dos EUA),
Janet Yellen. Contribui para o mau humor
os desdobramentos do escândalo Volkswagen, depois de da revista alemã “Autobild” dizer
que o carro esportivo X3, dessa vez da BMW, excede os limites de emissão de
poluentes da Europa. A BMW emitiu comunicado negando qualquer
manipulação de dados, mas suas ações chegaram a cair até 9,5%, maior tombo em
quatro anos.
Com isso, a Bolsa de Frankfurt
recua 2,23%, enquanto
o pregão em Londres opera em baixa de 0,74%. Em Paris,
a Bolsa cai 1,94%. O índice de referência do continente, o Euro Stoxx, cai 1,94%.
Fonte: O Globo
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