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terça-feira, 29 de setembro de 2015

Dilma supera mais três recordes negativos. Só hoje



Desemprego de maio a julho fica em 8,6%, maior taxa desde 2012
Número de desocupados cresceu 26% em um ano, segundo Pnad Contínua, do IBGE
Déficit de Tesouro, Previdência e BC cai em agosto, mas é recorde no ano
Despesas superaram receita em R$ 14,013 bilhões nos oito primeiros meses do ano. No mês passado, déficit foi de R$ 5,081 bi
Déficit da Previdência cresce 21% no ano, até agosto

A taxa de desemprego no país ficou em 8,6% no trimestre encerrado em julho, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE, que apresenta dados referentes a todos os estados brasileiros. É a maior taxa da série histórica iniciada em 2012 e a sétima alta seguida. No mesmo período do ano anterior a taxa ficou em 6,9%, enquanto no trimestre encerrado em abril de 2015, que serve de base de comparação, ficou em 8%.  — Como houve aumento expressivo da desocupação, não tinha como a taxa de desemprego não atingir esse percentual elevado — explicou Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Renda do IBGE.

O rendimento médio recebido em todos os trabalhos (R$ 1.881) ficou estável frente ao período de fevereiro a abril (R$ 1.897). Na comparação com o mesmo trimestre do ano passado (R$ 1.844), houve alta foi de 2%. A massa de rendimento real habitualmente recebida em todos os trabalhos para o trimestre encerrado em julho (R$ 167,8 bilhões) também não apresentou variação estatisticamente significativa frente ao trimestre encerrado em abril. Em relação maio-julho de 2014, houve alta de 2,3% (R$ 164,1 bilhões). Nos três meses encerrados em julho, o país tinha 8,6 milhões de pessoas desocupadas. De fevereiro a abril, esse total era de 8 milhões, ou seja, houve alta de 7,4% ou mais 593 mil pessoas nesse contingente. Já na comparação com o período de maio a julho do ano passado, a alta no número de desocupados foi de 26,6% ou 1,8 milhão de pessoas.

Já o número de pessoas ocupadas foi de 92,2 milhões, sem variação significativa em relação ao trimestre de fevereiro a abril deste ano. Na comparação com o mesmo trimestre de 2014, o dado também ficou estável. O nível de ocupação — indicador que mede a parcela da população ocupada em relação à população em idade de trabalhar — ficou em 56,1%, menor do que os 56,3% registrados no trimestre encerrado em abril deste ano e do que os 56,8% de maio a julho de 2014.

A força de trabalho — que considera quem está trabalhando e quem está em busca de uma vaga — foi estimada em 100,807 milhões entre maio e julho, crescendo 0,6% com relação ao período de fevereiro a abril de 2015, (100,207 milhões). E foi 2,1% maior do que a força de trabalho registrada de maio a julho de 2014, quando ficou em 98,742 milhões.

DIMINUI O NÚMERO DE TRABALHADORES COM CARTEIRA
O total de empregados no setor privado com carteira assinada caiu 0,9%, o que representa menos 337 mil pessoas, frente ao período de fevereiro a abril de 2015. Na comparação com maio a julho de 2014, a redução foi mais acentuada, de 2,5% ou 927 mil pessoas. Já o número de empregadores e trabalhadores por conta própria cresceu 8,1% e 4,2%, respectivamente, frente ao trimestre de maio a julho de 2014.

A perda de quase um milhão de empregos com carteira de trabalho assinada — que garante direitos trabalhistas — na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, num mercado que não contrata, tem levado à busca de renda no mercado informal, como indica o número de pessoas trabalhando por conta própria, que ganhou 883 mil pessoas na mesma comparação. E, essas pessoas que perderam o trabalho acabam levando parentes a buscar emprego, fazendo pressão no mercado e aumentando a população desocupada, que entre maio e julho ficou em 8,6 milhões, alta de 26,6% na comparação com o mesmo trimestre de 2014.

A perda da carteira de trabalho, segundo Azeredo, leva à perda da estabilidade:  — A desocupação está aumentando em razão da busca pela estabilidade. Você tem queda no número de trabalhadores com carteira assinada. E quando esse trabalhador perde o emprego com carteira, além de ele tentar se reinserir no mercado na informalidade, ele leva mais pessoas do eixo familiar para o mercado, em busca de emprego, fazendo pressão.

Despesas de Tesouro, BC e Previdência superaram receitas em R$ 5,08 bi
Com as receitas num patamar muito inferior ao esperado para o ano e as despesas engessadas, o governo central (formado por Banco Central, Tesouro Nacional e Previdência Social) registrou um déficit primário de R$ 5,081 bilhões em agosto. Nos oito primeiros meses do ano, o déficit foi de R$ 14,013 bilhões pior resultado para o período da série histórica, iniciada em 1997. Este foi o quarto mês consecutivo em que a equipe econômica não conseguiu poupar nenhum centavo para o pagamento de juros da dívida pública. O último superávit do governo foi em abril.

Déficit da Previdência cresce 21% no ano, até agosto = uma CPMF por ano, só para tampar o déficit
Um dos problemas estruturais da economia brasileira, o déficit da Previdência Social cresce de maneira explosiva. O rombo ficou 21% maior entre janeiro e agosto, contra o mesmo período de 2014. Em oito meses, o déficit atingiu R$ 44,5 bi.

O peso da Previdência nas contas públicas é grande. No ano até agosto, o governo central registrou déficit primário de R$ 14 bi, ou 0,37% do PIB. No período, houve queda de 2,1% nas despesas. Mas a receita líquida caiu mais, 4,8%.

O resultado ajuda a entender porque a Previdência precisa de uma reforma. Aumentar impostos para cobrir o buraco não vai resolver o problema. Com essa dinâmica, alertam os especialistas, seria preciso criar uma CPMF por ano para tampar o déficit.   

Fonte: Coluna da Míriam Leitão e O Globo


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