Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador reservas. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador reservas. Mostrar todas as postagens

domingo, 10 de novembro de 2019

Além do petróleo - Carlos Alberto Sardenberg

Há muitos equívocos cometidos por aqui na história do petróleo, mas talvez possam ser resumidos assim: contar com um dinheiro que não existe e, seu inverso, gastar mal o dinheiro que aparece. Faz anos que se discute nos meios políticos, prioritariamente, como dividir o dinheiro do pré-sal entre os governos federal, estaduais e municipais, de um lado, e quais setores (educação? Saúde? Investimentos?) receberiam as verbas, de outro. E só secundariamente como seria explorada essa riqueza natural que, segundo Dilma e Lula, levaria o Brasil a um lugar entre os mais desenvolvidos do mundo.

Uma mistura de ideologia estatizante seria tudo do Estado – e enorme incompetência deixou um atraso de pelo menos cinco anos na exploração de óleo. Nesse período, o preço do petróleo caiu – tornando os investimentos menos rentáveis – e, mais importante, acentuou-se a percepção de que o fim da era do petróleo está bem visível, mais à frente. [a organização criminosa pt = perda total = além de roubar os cofres da Petrobras, e os públicos, ainda cuida de desvalorizar a fonte dos recursos que rouba.
Conseguir roubar a Petrobras e, por burrice e incompetência, desvalorizar o petróleo.]
 
Esse foi o segundo grande erro. O primeiro erro ocorreu quando de fato havia dinheiro. Com o preço do petróleo nas alturas, nos anos 2000, o Brasil faturou alto e … torrou o dinheiro em gastos de pessoal e custeio. E na grossa corrupção do petrolão. E não por falta de aviso, nos dois casos. Na verdade, dois avisos muito antigos, do sheik Yamani, criador da Opep lá nos anos 60. O primeiro: “a idade da pedra não acabou por falta de pedras”. O segundo: “a era do petróleo vai acabar antes que o mundo fique sem petróleo”.

Naquela época, o debate mais intenso tratava do fim das reservas de petróleo. Fazia-se a conta: o consumo de óleo crescia mais depressa que a descoberta de novos jazidas. Logo, em um dado momento, o mundo ficaria sem petróleo.  O outro debate era mais político. Como os países árabes controlavam a maior parte do petróleo, e já haviam imposto um embargo global, era preciso encontrar outras formas de energia.
Em qualquer caso, o recado de Yamani, para os donos do petróleo, era claro: usar o dinheiro de hoje para criar uma economia, digamos, “não-petróleo”. Valia para produtores e consumidores.

De uns anos para cá, tornou-se dominante o tema do aquecimento global. A meta que se vai formando, no mundo, é de garantir que a temperatura global não suba mais de 2º. nos próximos 30 anos. Vai daí, como nota a última edição da revista Economist, o consumo global de petróleo terá que cair dos atuais 95 milhões de barris/dia para não mais que 75 milhões – e idealmente, para 45 milhões. E se o mundo caminha nessa direção, os países que dispõem da riqueza natural precisam tomar duas providências: primeira, acelerar a exploração, vender petróleo enquanto; segunda, aplicar os recursos em investimentos que gerem riqueza a longo prazo.
Para a primeira política, será preciso mudar o regime de exploração, de modo a tornar mais baratos os investimentos em exploração. O custo alto foi uma das causas do fracasso no leilão de ontem.
Para a segunda política, será preciso definir os pontos nos quais poderá ser aplicada a renda do petróleo. Não é difícil fazer isso. É só copiar de países que deram certo. E copiar de grandes companhias petrolíferas globais que estão investindo em energia sustentável.

Ou construir uma imensa indústria espacial – foguetes e estações pelo universo – para poder escapar da Terra quando tudo se estragar.

Pacote
É bom o pacote pós-previdência. É disso mesmo que o país precisa, uma imensa reforma do Estado e do sistema de gasto público.  Mas essa política, no momento, é restritiva – mais de redução de gasto do que de expansão, que só poderá ocorrer depois de um bom período de saneamento.

Para estimular o crescimento mais imediato, há três agendas: 
1) aumento de crédito com redução de juros; 
2) concessões e privatizações, inclusive em petróleo, para atrair o máximo de investimento privado; 
3) a reforma tributária com o objetivo de promover uma eficaz simplificação.

As três agendas estão em andamento. São difíceis, ainda mais considerando as sucessivas crises políticas criadas pelo presidente Bolsonaro. Mas se, nessas circunstâncias, o Congresso votou a reforma da previdência, então há esperança.

 Carlos Alberto Sardenberg, jornalista e comentarista, âncora da CBN Brasil e escritor

 

terça-feira, 24 de setembro de 2019

Bolsonaro diz que é 'falácia dizer que Amazônia é pulmão do mundo', ataca cacique Raoni e diz que não aumentará reservas - O Globo

Na ONU, Bolsonaro não recua sobre Amazônia: 'Falácia dizer que é patrimônio da humanidade'

Presidente afirmou que Brasil é o país que mais protege o meio ambiente e que não vai aumentar demarcações indígenas:

Na abertura da 74ª Assembleia Geral das Nações Unidas, o presidente Jair Bolsonaro sustentou que é uma "falácia" as visões internacionais de que a floresta amazônica é um patrimônio da humanidade e o pulmão do mundo. [confira aqui, revista FORBES as razões pelas quais a Amazônia não é o pulmão do mundo...... uma delas é 'que ela produz e utiliza a mesma quantidade de oxigênio".] Seguindo a tradição brasileira de ser o primeiro país a falar no encontro, Bolsonaro também destacou que não vai aumentar as áreas indígenas: "Acabou o monopólio do senhor Raoni", afirmou. 
O líder indígena Raoni Metuktire, reconhecido internacionalmente e que recentemente esteve reunido com líderes europeus, como o francês Emmanuel Macron,  também foi alvo de críticas de Bolsonaro no discurso da ONU. Ele foi caracterizado pelo presidente como "peça de manobra":
A visão de um líder indígena não representa a de todos os índios brasileiros. Muitas vezes alguns desses líderes, como o Cacique Raoni, são usados como peça de manobra por governos estrangeiros na sua guerra informacional para avançar seus interesses na Amazônia.
— Somos um dos países que mais protegem o meio ambiente, nossa Amazônia é maior que toda a Europa Ocidental, e ela permanece intocada. — disse o presidente. — É uma falácia dizer que a Amazônia é um patrimônio da humanidade e o pulmão do mundo. 

ONU: 'Vim apresentar o novo Brasil que ressurge após estar à beira do socialismo', destaca Bolsonaro

 
Na íntegra: Discurso de Bolsonaro na ONU

Bolsonaro criticou, sem citar nomes, líderes que se portaram de forma considerada desrespeitosa em relação ao Brasil:
Um ou outro país se portou de forma desrespeitosa e de forma colonialista em relação ao Brasil. Questionando o que nos é mais sagrado, nossa soberania.
Na véspera, o presidente da França, Emmanuel Macron convidou o consórcio dos estados da Amazônia para reunião sobre futuro da floresta.

Sem mais áreas indígenas
Enquanto falava sobre a situação da floresta amazônica, Bolsonaro afirmou que não vai aumentar as demarcações de áreas indígenas. Segundo ele, os organismos internacionais que pedem o aumento dessas áreas estão interessados nas riquezas minerais. — Hoje, 14% do território brasileiro é demarcado por áreas indígenas. Nossos nativos são seres humanos como cada um de nós, eles querem e merecem usufruir de todos os direitos como nós. O Brasil não vai aumentar para 20% as áreas indígenas.


Bolsonaro destacou a abundância de metais preciosos em áreas infígenas, especialmente as terras Yanomami a Reposa Serra do Sol.
— Nossas reservas indígenas são ricas em ouro, diamante, nióbio e terras raras. Esses territórios são enormes. Isso demonstra que os que nos atacam não estão preocupados com o ser humano índio, mas sim com a riqueza e a biodiversidade existentes nessas áreas.

O Globo, Sociedade
 


quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Dólar bate R$ 4,24 – com essa mulher brincando de presidente, vamos rever nossa previsão e considerar R$ 10, para final de dezembro/2014

Atualizando: a inundação do mercado com os preciosos dólares das nossas finitas reservas fez com que a moeda norte-americana fechasse a menos de R$4.

Mas, mesmo assim a soberana conseguiu alguns recordes negativos para a quinta não passar em branco:
Banco Central prevê queda no PIB de 2,7% e inflação a 9,5% em 2015
Instituição piorou as previsões para o desempenho da economia brasileira neste ano

Desemprego sobe para 7,6% em agosto, maior taxa desde 2009
Trabalhadores da Volks e da Ford aceitam corte de salário e jornada

[evidente que o BC inundou o mercado com dólares e com isso forçou a baixa. Resta saber quanto tempo as reservas brasileiras aguentam manter o dólar a um preço artificialmente baixo
A turma que está a serviço da presidente é capaz de fazer qualquer coisa que ela mande........... começando por pedaladas.... será que vão ter o bom senso e a coragem de informar a soberana que ‘brincar’ com nossas reservas tem limites?]
BC admite usar reservas e dólar perde força após bater R$ 4,24
Presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, reitera que câmbio é flutuante, mas diz que reserva internacional é instrumento que 'pode e deve ser usado' com o objetivo de manter o funcionamento normal do mercado de divisas.  
[só que as reservas acabam.
Por favor, tirem esta mulher. Sua capacidade de destruir o Brasil é superior ao imaginado no pior dos pesadelos.]
O dólar comercial opera em alta pela sexta sessão consecutiva nesta quinta-feira, avançando 1,42% contra o real. A divisa americana opera cotada a R$ 4,200 para compra e a R$ 4,202 para venda. Na máxima da sessão, a divisa já atingiu R$ 4,249. O dólar, que disparou 2,5% pela manhã, perdeu força com as declarações do presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini. A cotação chegou a zerar toda sua alta às 11h11m, minutos depois de Tombini iniciar seu discurso. Ao longo da fala do presidente do BC, porém, a divisa recuperou fôlego. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), por sua vez, registra baixa de 1,58%, aos 44.622 pontos.
Tombini afirmou que as reservas internacionais “podem e devem” ser usadas para atuação no câmbio, medida que vem sendo classificada de necessária por vários agentes do mercado. Segundo ele, todos os instrumentos estão à disposição do BC e o Tesouro para evitar volatilidade e ansiedade nos mercados, se necessário. Mas Tombini indicou que sua função não é conter a cotação da moeda, mas manter o funcionamento do mercado de câmbio.  — No acompanhamento diário do mercado de câmbio veremos quando se dará a ação e qual instrumento usaremos — disse Tombini. — A lógica do regime é de flexibilidade da taxa de câmbio e a atuação do BC deve ser no sentido de fazer que mercado funcione.
Para Jaime Ferreira, superintendente de câmbio da corretora Intercam, o mercado estava sentindo falta de uma declaração mais direta do BC sobre o câmbio.  — A fala do Tombini em Brasília deu um certo alívio aos investidores. Todos estávamos meio no vazio, sem ninguém explicando o que o BC previa fazer. O Tombini veio a público e ratificou que o dólar é flutuante, que pretende manter os juros no patamar atual mas também que o BC tem instrumentos para atuar. Óbvio que o dólar segue subindo, mas houve certo alívio — explicou.
Durante os últimos dias, os analistas atribuíram a alta do dólar ao temor de um novo rebaixamento da nota de crédito soberano do Brasil e ao impasse político que emperra a aprovação do ajuste fiscal.  Em escala global, porém, dólar opera em leve queda. O índice Dollar Spot da Bloomberg, que mede a força da divisa contra uma cesta das dez principais moedas do mundo, recua 0,13%.
ESPECIALISTAS FALAM EM ATAQUE ESPECULATIVO
— A postura do Banco Central (BC) de deixar o câmbio flutuar está dando margem aos grandes players para especular em cima do câmbio. Ataque especulativo é um termo muito forte ainda, mas é como se fosse isso. O mercado está, de certa forma, testando o BC. Se ele não agir de forma mais efetiva, veremos o dólar passar R$ 4,50 e chegar, quem sabe, a R$ 5 — afirmou Ricardo Zeno, sócio-diretor da AZ Investimentos. — A desvalorização do real tem fundamentos, é claro, mas não nesses níveis. Pode estar havendo um efeito manada.
Hoje o BC conseguiu vender 20 mil contratos de swap cambial (que funcionam como uma venda de moeda no futuro) equivalentes a US$ 1 bilhão. Ontem, a intenção da autarquia era também oferecer 20 mil contratos mas só encontrou demanda junto aos bancos para 4,4 mil. Além da oferta de novos contratos de swap, o BC faz a rolagem de 9.450 contratos que venceriam em outubro, como vem fazendo nas últimas semanas.
Mas Zeno acredita que esse tipo de operação não será suficiente para conter o câmbio. Para ele, a situação exige que o BC venda dólares à vista no mercado, hoje depositados nas reservas internacionais de US$ 370,8 bilhões da autarquia.  — Pode até ser que a venda de dólares à vista não contenha a disparada do câmbio, mas ela geraria no mercado a noção de que ele o BC está intervindo. Além disso, o órgão comprou reservas em momentos em que o dólar estava muito baixo. Faz sentindo vender parte desse montante para segurar um pouco o câmbio que, nos patamares atuais, não é interessante para ninguém — recomendou o especialista. — A sinalização até agora do BC, porém, não é nesse sentindo. Mas eu acho que a moeda vai subir ainda mais e ele vai acabar tendo que intervir com mais força.
INTERVENÇÃO MAIOR DO BC
Ontem, em pregão dominado por nervosismo, o Banco Central (BC) reforçou sua artilharia para tentar conter a volatilidade no mercado de câmbio. Foram anunciados dois leilões de linha (venda de dólares com compromisso de recompra), no total de US$ 4 bilhões, e uma nova oferta de contratos de swap cambial de US$ 1 bilhão.
Mas essa intervenção de US$ 5 bilhões não foi suficiente para segurar a cotação do dólar comercial, que encerrou a R$ 4,145, com alta de 2,24%, um novo recorde desde o início do Plano Real, em 1994. Fontes da equipe econômica consideraram que a oferta do BC de empréstimos em dólar foi a ação adequada para tentar acalmar o mercado financeiro, além de aliviar a pressão sobre os cupons cambiais. Como não quer queimar reservas, o BC usou o leilão de linha para irrigar o sistema, combinado com operações de swap. Segundo essas fontes, não adiantaria vender dólares no mercado à vista, ou seja, sem o compromisso de recompra.
MAU HUMOR NAS BOLSAS EXTERNAS
No mercado de ações, o dia é negativo para as ações europeias. Os investidores operam com cautela, à espera de declaração, à tarde, da presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Janet Yellen. Contribui para o mau humor os desdobramentos do escândalo Volkswagen, depois de da revista alemã “Autobild” dizer que o carro esportivo X3, dessa vez da BMW, excede os limites de emissão de poluentes da Europa. A BMW emitiu comunicado negando qualquer manipulação de dados, mas suas ações chegaram a cair até 9,5%, maior tombo em quatro anos.
Com isso, a Bolsa de Frankfurt recua 2,23%, enquanto o pregão em Londres opera em baixa de 0,74%. Em Paris, a Bolsa cai 1,94%. O índice de referência do continente, o Euro Stoxx, cai 1,94%.
Fonte: O Globo