'Impeachment não é golpe desde que se respeite a Constituição', diz Cármen Lúcia
A ministra ponderou que, caso haja algum desacordo com os procedimentos judiciais na Lava Jato ou no STF, "nada impede que se continue a haver recursos"
Em entrevista concedida ao jornalista Roberto D'Ávila, a vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, comentou os desdobramentos da Operação Lava Jato e avaliou que as leis estão sendo respeitadas. Ao ser questionada sobre a legalidade do processo de impeachment, a ministra disse que a ação em si não é golpe, desde que se respeite a Constituição. "Golpe é a ruptura de um processo democrático de aplicação da Constituição", afirmou Cármen Lúcia na entrevista transmitida na noite desta quarta-feira pela GloboNews.A ministra ponderou que, caso haja algum desacordo com os procedimentos judiciais na Lava Jato ou no STF, "nada impede que se continue a haver recursos". Carmén Lúcia disse ainda que "não se pode fazer nada contra as leis", em uma referência ao argumento dos governistas de que o juiz Sérgio Moro teria atropelado a legislação ao divulgar o conteúdo dos grampos de uma conversa entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff. A conversa "não pode ser gravada ou ter seus autos divulgados sem que o órgão competente autorize, no caso o STF", afirmou. [se o poste, a criatura, que atualmente ocupa a presidência da República, em claro gesto de subserviência ao seu criador, telefona para o mesmo - apesar de saber que aquele criminoso está sob investigação e suas ligações telefonicas são monitoradas - os responsáveis pelo monitoramento não possuem os meios necessários que permitam suspender as gravações antes da conversa se realizar.
Não possuem condições de imaginar quem vai falar com o suspeito, haja vista que a própria presidente utilizou telefone que não é de sua propriedade nem registrado como de uso do seu gabinete.
Quem telefona para bandido está sujeito a ter o conteúdo de sua conversa gravado.]
De acordo com Cármen Lúcia, não há um caminho definido para os próximos episódios da crise política "porque o que temos efetivamente é um processo crítico cujos resultados não são claros ainda", avaliou. A ministra negou que o STF esteja acovardado e defendeu as instituições. "Não existe democracia sem liberdade de expressão e sem uma imprensa livre. Mas exageros haverão de ser contidos." [os exageros devem incluir os praticados até por ministros do Supremo que demonstrem excessiva gratidão.]
Fonte: Estadão Conteúdo - Isto é
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