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Defesa de Lula pede suspensão da transferência para São Paulo
Zanin, neste caso, se refere a Michel Temer [mais uma vez o brilhante advogado do presidiário Lula mistura as coisas.
Temer não é um condenado e sim apenas suspeito de estar envolvido com casos de corrupção; Lula é um bandido condenado por duas vezes, sendo que a primeira sentença já foi confirmada pelo STJ = 3ª Instância]
“Lula é vítima de intenso constrangimento ilegal imposto por parte do Sistema de Justiça. A Defesa tomará todas as medidas necessárias com o objetivo de restabelecer a liberdade plena do ex-Presidente Lula e para assegurar os direitos que lhe são assegurados pela lei e pela Constituição Federal”, prossegue Zanin.
Veja abaixo a nota completa do advogado:
Em manifestação protocolada em 08/07/2019 nos autos do Incidente de Transferência nº 5016515-95.2018.4.04.7000, em trâmite perante a 12ª. Vara Federal de Curitiba, pedimos a suspensão da análise do pedido da Superintendência da Polícia Federal até o julgamento final do habeas corpus nº 164.493/PR, em trâmite perante o Supremo Tribunal Federal.
Conforme definido no último dia 25/06, a 2ª. Turma do Supremo Tribunal Federal deverá retomar em breve o julgamento do mérito do habeas corpus que apresentamos com o objetivo de reconhecer a suspeição do ex-juiz Sergio Moro e a consequente nulidade de todo o processo e o restabelecimento da liberdade plena de Lula.
Em caráter subsidiário, requeremos naquela mesma petição de 08/07/2019 que na hipótese de ser acolhido o pedido formulado pela Superintendência da Policia Federal de Curitiba, fossem requisitadas informações de estabelecimentos compatíveis com Sala de Estado Maior, com a oportunidade de prévia manifestação da Defesa.
No entanto, a decisão proferida hoje (07/08) pela 12.a Vara Federal de Curitiba negou os pedidos formulados pela Defesa e, contrariando precedentes já observados em relação a outro ex-presidente da República (ex.: TRF2, Agravo Interno no Habeas Corpus nº 0001249-27.2019.04.02.0000) negou ao ex-presidente Lula o direito a Sala de Estado Maior e determinou sua transferência para estabelecimento a ser definido em São Paulo.
Lula é vítima de intenso constrangimento ilegal imposto por parte do Sistema de Justiça. A Defesa tomará todas as medidas necessárias com o objetivo de restabelecer a liberdade plena do ex-Presidente Lula e para assegurar os direitos que lhe são assegurados pela lei e pela Constituição Federal
Lula será transferido para penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo - Defesa tenta impedir transferência
O Globo
Remoção do ex-presidente foi decidida nesta quarta-feira pela Justiça Federal em Curitiba
O juiz corregedor Paulo Eduardo de Almeida Sorci, do
Tribunal de Justiça de São Paulo, determinou a transferência do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a Penitenciária II de
Tremembé "José Augusto César Salgado", localizada no interior de São
Paulo. O juiz atendeu a pedido formulado pela juíza da 12ª Vara Federal de
Curitiba, Carolina Lebbos, que determinou nesta quarta a remoção do
ex-presidente da carceragem da Polícia Federal (PF) em Curitiba para uma
unidade prisional de São Paulo, atendendo a um pedido da PF. "Expeçam-se as comunicações necessárias, observando que as tratativas
quanto à escolta e transporte deverão ser realizadas entre o distrito da
culpa e a administração penitenciária do estado", escreveu Almeida
Sorci.
" Não se vislumbram razões para a persistência do quadro ora apresentado, com destinação precária e improvisada do local ao cumprimento de pena. E a alocação do preso em estabelecimento efetivamente voltado à execução penal, próximo ao seu meio social e familiar, tem o condão de reduzir os custos humanos e financeiros inerentes à custódia, além de proporcionar melhores condições de ressocialização do preso", diz a decisão.
Defesa vê "constrangimento"
Em nota divulgada nesta quarta, a defesa do ex-presidente disse entender que a transferência de Lula para uma unidade prisional paulista é uma forma de "constrangimento ilegal" e anunciou que irá recorrer da decisão. Para os advogados de Lula, foram desconsiderados "direitos e prerrogativas decorrentes do exercício do cargo de Presidente da República e de ex-Comandante Supremo das Forças Armadas".
Segundo a defesa, o petista deveria ficar em unidade militar da grande São Paulo, em estabelecimento compatível com Sala de Estado Maior, seguindo o que está previsto na legislação como local para detenção de um ex-comandante das Forças Armadas.
"Lula é vítima de intenso constrangimento ilegal imposto por parte do sistema de Justiça. A defesa tomará todas as medidas necessárias com o objetivo de restabelecer a liberdade plena do ex-presidente Lula e para assegurar os direitos que lhe são assegurados pela lei e pela Constituição Federal", escreveu o advogado do ex-presidente.
Transcrito de O Globo e Veja
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