O Brasil
inteiro acompanhou ao vivo, ontem de manhã cedinho, a atuação cirúrgica de
quatro atiradores de elite do famoso BOPE, matando William Augusto do
Nascimento, de 20 anos, que seqüestrou, por três horas, um ônibus na Ponte
Rio-Niterói. Na definição perfeita da deputada estadual paulista Janaína
Paschoal, “a Polícia, com base na lei, lançou mão da legítima defesa de
terceiros e agiu no estrito cumprimento do dever legal”. Ou seja, o cara que
ameaçava incendiar o ônibus, matando quase 40 pessoas indefesas, acabou morto
com seis tiros, depois de esgotadas todas as hipóteses de rendição.
No fim da
operação, ganharam destaque algumas imagens. A do governador do Rio de Janeiro,
Wilson Witzel descendo correndo de um helicóptero, sorrindo e comemorando. Em
pleno engarrafamento no vão central da Ponte Presidente Costa e Silva, dezenas
de motociclistas comemoravam o desfecho, junto com um dos snipers, mascarado e
com uniforme camuflado, que celebrava a mira certeira, pulando em cima de um
caminhão do Corpo de Bombeiros. A decisão policial foi tão acertada que nem
houve espaço para o habitual e esperado mimimi da mídia defensora dos
“direitos dos manos”, tentando “denunciar” uma suposta “covardia” contra um
jovem que fez reféns com uma arma de brinquedo, uma faca, um aparelho para dar
choque, spray, gasolina e fios para amarrar tudo mundo.
Foram mais
imagens para ficarem gravadas na memória da coleção que retrata o cotidiano da
banalização da violência no Rio de Janeiro – um lugar dominado pelas mais
variadas facetas do Organizado Crime Institucionalizado. Desta vez, a vitória
foi das forças de segurança. No entanto, ainda prevalece a forte sensação de
insegurança. Todo dia, passageiros de ônibus são assaltados na Ponte Rio Niterói.
O coletivo tinha câmeras que mostraram tudo que aconteceu. Mas não tinha um
sistema que avisasse que se encontrava em situação de perigo e emergência. Por
que ainda não corrigiram esta falha – que poderia ajudar na repressão aos
crimes previsíveis?
Enquanto as
“otoridades” não trazem respostas óbvias para dúvidas ululantes, o
Alerta Total convida nossos leitores para observarem uma outra situação que
pede uma atuação simbólica de “atiradores de elite”. Um grupo (até agora) de 21
dos 81 senadores resolveu quebrar a inércia da Casa no combate à corrupção.
Batizado de “Muda Senado, Muda Brasil”, os parlamentares querem três coisas:
1)
Discutir o pedido de impeachment do Presidente do Supremo Tribunal Federal, José
Antônio Dias Toffoli;
2) Abrir a CPI da Toga – para investigar e fiscalizar
denúncias contra integrantes dos tribunais superiores;
3) Acelerar a tramitação
da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Reforma do Judiciário.
As pautas
bombásticas sinalizam a correta percepção dos senadores de que é gravíssimo o
problema no Poder Judiciário. A temperatura atinge níveis infernais quando se
especula sobre o risco concreto de alguma ação legislativa contra algum deus do
supremo. A tensão aumenta absurdamente com a recente aprovação da Lei sobre
Abuso de Autoridade – duramente criticada por magistrados e membros do
Ministério Público, que deve sofrer em torno de uma dezenas de vetos do
Presidente Jair Bolsonaro. Ao mesmo tempo, muitos parlamentares que agora se
comportam como snipers são alvos de denúncias de corrupção que, alguma
hora, serão julgados pelos magistrados que ora desejam atingir.
Enfim,
temos snipers no Senado mirando o Judiciário. A guerra de todos contra todos os
poderes ganha capítulos de extrema truculência. Aguardemos pelas cenas das
próximas pancadarias. Haja remédio para coração e dor de barriga... Resumindo:
O Brasil segue em ritmo de grande hospício a céu aberto...
Liberdade Econômica ameaçada
Os
cartórios, através do deputado federal Celso Russomano e a bancada do PRB,
querem alterar o texto da MP da Liberdade Econômica pra impedir a extinção de uma burocracia cartorária em
registros de sociedades. [inadmissível a existência da burocracias de autenticar documentos, reconhecer firmas, conferir procurações, e outras medidas burocráticas, hoje desnecessárias.
Um simples link no rodapé de qualquer documento permite que ele seja conferido no site do órgão emissor - para evitar que falsificadores coloquem links falsos, basta o endereço da 'home' do órgão e lá disponibilizar atalhos que permitam uma conferência.]
Um simples link no rodapé de qualquer documento permite que ele seja conferido no site do órgão emissor - para evitar que falsificadores coloquem links falsos, basta o endereço da 'home' do órgão e lá disponibilizar atalhos que permitam uma conferência.]
Se isso
acontecer, o texto teria que voltar à Câmara, e como consequência o governo
considera que isso significaria que a MP caducaria, pois não há tempo para reanálise
no plenário da Câmara. Precisamos salvar a MP
de Liberdade Econômica na base da pressão. #AvançaBrasil
Edição do Alerta Total - Jorge Serrão - Transcrito em 21 agosto 2019
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