['primeiro-ministro Maia' pode fazer companhia ao ex-deputado Eduardo Cunha.
Cunha foi preso, após ter suspenso seu mandato de deputado (punição aplicada, apesar de não prevista no ordenamento legal brasileiro) e ser defenestrado da presidência da Câmara.]
Rodrigo Maia, o presidente da Câmara, é um dos mais ferrenhos defensores
da recondução de Raquel Dodge ao cargo de procuradora-geral da República. Não
conseguiu seduzir Jair Bolsonaro. E ainda virou matéria-prima para a chefe do
Ministério Público Federal. Dodge foi instada pelo ministro Edson Fachin,
relator da Lava Jato no Supremo, a decidir se oferecerá ou não denúncia contra
Maia, acusado de receber da Odebrecht verbas de má origem.
Relatório enviado ao
Supremo pela Polícia Federal concluiu que o presidente da Câmara e seu pai, o
vereador do Rio de Janeiro Cesar Maia, praticaram os crimes de corrupção
passiva, lavagem de dinheiro e caixa três. Os investigadores sustentam que a
dupla recebeu por baixo da mesa R$ 1,6 milhão nas eleições de 2008, 2010 e
2014. Identificado nas planilhas da Odebrecht como "Botafogo", Maia
nega as acusações. [Lula também nega, quando diz ser inocente.]
O
processo foi enviado a Dodge na última sexta-feira (23). Fachin deu um prazo de
15 dias para que ela se manifeste. Como o mandato da procuradora-geral termina
em 18 de setembro, só haveria uma forma de transferir a incumbência para o
eventual sucessor: requisitando diligências complementares. Algo que
desagradaria Fachin, incomodado com a longevidade do processo.
Blog do Josias - Josias de Souza - UOL
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