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terça-feira, 8 de dezembro de 2020

Inflação aumenta, cria despesas para o governo e aflige famílias - Míriam Leitão

O IPCA divulgado agora de manhã veio dentro do esperado, mas o esperado era alto: 0,89%Alimentos e combustíveis pressionaram o índice, que deve fechar o ano acima do centro da meta de 2020. Entre janeiro e novembro, o IPCA acumula alta de 3,13%. E, em 12 meses, de 4,31%.

A inflação subindo cria um novo problema para o governo, o da pressão por gastos. O professor Luiz Roberto Cunha acha que o INPC, que foi de 0,95% e corrige benefícios previdenciários, assistenciais, salário mínimo, pode chegar a 5% no acumulado do ano. Está em 3,93% e em dezembro os índices de inflação devem ficar em 1%. O INPC mede a inflação dos mais pobres, tem um peso maior de alimentos, portanto, está subindo mais do que o IPCA.

A questão é que todos os cálculos de gastos de despesas indexadas foram feitos com o índice até a época do Orçamento em agosto. E a aceleração se deu no segundo semestre. O último cálculo que publicamos na coluna foi o de que o gasto pode subir em R$ 15 bilhões a R$ 17 bilhões, segundo o Ibre/FGV, e o governo terá que tirar de algum lugar. O teto também sobe, mas com o índice registrado em 12 meses terminados no meio do ano.

O que mais subiu foram de novo os alimentos. Mas energia elétrica também pesou, lembrou Luiz Roberto Cunha. Há também uma inflação à espreita de reajustes de tarifas e preços administrados que não subiram em 2020 porque a perspectiva de que a essa altura a vida estaria normalizada. Então em 2021 estaremos longe da normalidade e com reajustes chegando. A alta de preços está também afligindo as famílias.

Míriam Leitão, jornalista - Coluna em O Globo
 

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