Análise Política
A tragédia em Manaus leva jeito de ter na raiz, além de eventuais
crimes, o surgimento de uma variante bem mais contagiosa do SARS-CoV-2, a
precariedade crônica da infraestrutura e a subestimação dos riscos
ainda presentes da Covid-19.
Parece haver também casos de
reinfecção. Será o caso de fazer duas perguntas aos especialistas [em nada? em palpites estúpidos?] (que
parecem ainda não ter respostas):
1) Os anteriormente infectados e
curados estão imunizados contra a nova variante do vírus? e
2) As
vacinas disponíveis funcionam contra ele?
[oportuno um comentário: consideramos o coronavírus e seu fruto - covid-19 - extremamente maléficos, respeitamos suas vítimas = mortas, sequeladas ou plenamente recuperadas.
Mas entendemos que por razões ainda desconhecidas, existe um esforço concentrado para maximizar os efeitos da atual pandemia, muitos esquecendo que a gripe espanhola, de 1918, matou mais de 50.000.000 de pessoas (algumas fontes falam em cem milhões) e contaminou em torno de 500.000.000 - índice de letalidade em torno de 10%.
A covid-19 está bem longe desses números - graças a DEUS - apesar da ciência ter evoluído pouco no combate ao vírus = combatendo mais os sintomas.
Um ponto é indiscutível: as condições atuais de combate à covid-19 e ao vírus que a produz, não são as ideais mas o progresso da ciência facilita o combate.
Contra nós existe a extrema facilidade/velocidade de transporte, o vírus que está aqui hoje, amanhã pode estar infectando alguém do outro lado do mundo. Se a peste espanhola contasse com tal aliado? Felizmente, não conta, e nós contamos com a tecnologia para combater a peste de agora.
De todo modo, os novos
acontecimentos do Reino Unido, África do Sul e Manaus mostram que a
guerra será prolongada. Qualquer ilusão de vencê-la no curto prazo é só
ilusão mesmo. E a vitória depende de clareza estratégica, firmeza,
capacidade operacional e também bom senso.
Já foi dito aqui mas
não custa repetir, pela urgência: precisamos de um plano que combine a
vacinação em massa e a volta progressiva às atividades com medidas
sanitárias e de distanciamento social que possam ser aplicadas,
realisticamente falando. Difícil para um país tão politicamente bagunçado.
Alon Feuerwerker, jornalista e analista político
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