Informação foi obtida pelo jornal O Globo via Lei de Acesso à Informação junto ao Exército e à Polícia Federal (PF), em uma parceria com os Institutos Igarapé e Sou da Paz
[Nos Estados Unidos para uma população abaixo de 350 milhões de habitantes, o número de armas em poder dos civis, ultrapassa os 390 milhões e a segurança - seja efetiva seja a sensação - é maior do que a existente no Brasil.]
Kyle Rittenhouse, 17 anos, assassinou [exerceu seu direito de defesa contra desordeiros que colocavam em risco sua vida] dois manifestantes durante um protesto do Black Lives Matter em Kenosha, Wisconsin Imagem: Reprodução
Carabina e pistolas são as armas mais registradas pelo Exército
Caça e autodefesa
No caso dos caçadores, o modelo é útil apenas para caçar animais de pequeno porte, em decorrência do baixo calibre. A caça, entretanto, é proibida no Brasil, com exceção da científica e da voltada para subsistência. A única espécie liberada para abate é o javali, para controle populacional. O que impulsionou a aquisição dessa carabina foi o tiro desportivo, mas ela também costuma ser usada para defesa em rincões do Brasil e para caça. Ela não para o javali, não faz nem cosquinha. Mas mata o coelho, o ratão do mato... Não podemos esquecer que temos caça de sobrevivência aqui — afirma o diretor da Associação Brasileira de Profissionais de Segurança, Vinícius Cavalcante, que deu apoio técnico à análise.
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A segunda e terceira colocadas — pistolas Taurus TH 380 e Glock G25, ambas de calibre .380 — são armas para autodefesa. Enquanto a é procurada pelo bom custo-benefício, a Glock desperta interesse por ser mais moderna e pela confiabilidade. Como são compactas, é fácil carregá-las escondidas.
Taurus
Uma mudança na lei, ainda anterior ao governo de Jair Bolsonaro, pode explicar a presença das duas entre as mais registradas. Em 2017, uma portaria autorizou o transporte de armas municiadas para atiradores nos deslocamentos até locais de treinamento e competições — algo de difícil fiscalização e considerado pelos críticos como uma espécie de porte maquiado. — No Brasil, é proibido andar com a arma aparente, a menos que seja de um órgão de segurança pública. Essas armas menores oferecem uma característica mais velada — diz o especialista em segurança Leonardo Sant'Anna.
De todas as armas registradas no Exército, 72% são de fabricação brasileira. Empatadas em segundo lugar, estão as importadas dos Estados Unidos (9%) e da Áustria (9%), seguidas das italianas (3%). Por aqui, a Taurus é a marca dominante entre os revólveres (98%) e pistolas (49%), enquanto a E.R. Amantino e a CBC se sobressaem entre as espingardas (70%) e carabinas (59%), respectivamente.
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