Em
entrevista para o The Economist, Lula afirmou que “o petista está
cansado de pedir perdão”. Atribuir os nunca ouvidos pedidos de perdão a
um coletivo designado como “o petista” é um legítimo lero-lero.
A propósito dessa entrevista, a Gazeta do Povo publicou um excelente editorial que pode e deve ser lido. Dele extraio o seguinte trecho:
O
petismo não se desculpou pelo mensalão, não se desculpou pelo petrolão e
não se desculpou pela crise de 2015-16 – pelo contrário, sempre negou
tudo, alegou perseguição ou defendeu suas políticas. Não se desculpou
pelo apoio incondicional a ditaduras carniceiras como a cubana, a
venezuelana e a nicaraguense.
Não se desculpou pela hostilidade à
imprensa livre demonstrada em episódios como o vandalismo na sede da
Editora Abril, não se desculpou pela violência política protagonizada
por seus membros – pelo contrário: o ex-vereador que atirou um
empresário contra um caminhão em movimento em 2018 foi recentemente
elogiado por Lula.
Ao dizer que “o petista está cansado de pedir
perdão”, Lula apenas comprova que ele não se cansa mesmo é de mentir.
Enquanto o
arrependimento, o pedido de perdão e o empenho em reparar o mal feito
compõem um quadro de conduta moralmente elevado, o perdão fake é
molecagem, encenação, corruptela da consciência, como a do falso
penitente que sai do confessionário feliz porque “enganou” o padre.
Lula, cada
vez que abre a boca, proporciona uma torrente de razões para que as
pessoas de bom senso se apartem dele. É um Rolando Lero com péssimas
motivações e sem graça alguma.
Percival Puggina - Empresário e escritor
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