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sexta-feira, 5 de janeiro de 2024

O lulismo vai morrer com Lula - Augusto Nunes

Revista Oeste

Líderes de partidos estimulam o surgimento de sucessores. Chefes de seita não deixam herdeiros


 Partido dos Trabalhadores | Foto: Montagem Revista Oeste/Shutterstock

 “Acredito que existe consenso dentro do PT e da base aliada sobre a candidatura do presidente Lula em 2026”, recitou Fernando Haddad em recente entrevista à Folha. “É uma coisa que está bem pacificada, não se discute”, enfatizou o ministro da Fazenda. Aos 79 anos, completados em outubro, Luiz Inácio Lula da Silva acaba de superar Michel Temer no ranking dos mais idosos ocupantes do cargo. Mais um ano e se terá transformado no primeiro octogenário a governar o país.

É pouco, acham Haddad, os demais sacerdotes e todos os devotos que enxergam num ex-presidiário seu único deus — além do que o ministro chama de “base aliada”.  
O que será isso? 
A expressão inclui os órfãos do Muro de Berlim pendurados nos cabides de empregos públicos?
As
siglas nanicas que orbitam em torno da estrela vermelha e se juntam ao PT nos anos eleitorais para cumprir ordens do comandante vitalício da autodenominada esquerda brasileira? 
Fazem parte da base as porções do centrão contempladas com ministérios, verbas ou empregos? Difícil saber.
 
O que se sabe é que não há nesse amontoado de obscenidades algo que se possa chamar de partido político
Eis aí uma salto civilizatório que nunca deu as caras nestes tristes, trêfegos trópicos. O que nasceu em 1980 com o nome de Partido dos Trabalhadores, por exemplo, passou a comportar-se como delinquente juvenil ainda no berçário e, com a descoberta do Mensalão, ficou com cara de quadrilha antes de alcançar a maioridade.
A devassa do Petrolão confirmou que o templo das vestais camuflava um bordel de quinta categoria. 
 E a notícia de que as organizações criminosas se entendem por meio de conversas cabulosas revelou que o PT só difere do PCC na especialidade que cada bando elevou à categoria de arte. 
Marcola e seus parceiros fazem bonito no tráfico de drogas. Lula e a companheirada brilham em bandalheiras concebidas e consumadas nas catacumbas de Brasília.  
Com a transformação do partido em seita, o PT foi reduzido a codinome do lulismo. Haddad parece não saber disso, sugere a continuação da entrevista. “Mas o PT tem de começar a pensar na sucessão de Lula: excluído 2026, o fato é que a questão vai se colocar”, ressalvou o ministro. Ele finge ignorar que tais questões só figuram nas pautas de partidos de verdade, providos de projetos de país com cláusulas pétreas, programas de governo convincentes, ideário sólido e valores inegociáveis
É assim nas nações amadurecidas. O Brasil jamais produziu algo parecido.
 
O Brasil é um deserto de partidos infestado por 33 siglas. 
Nunca foram tantas as lucrativas sopas de letras, mas a indigência partidária está no DNA do País do Carnaval. 
Quatro vezes prefeito de Taquaritinga, meu pai foi filiado ao PTB, ao PTN, ao MDB e ao PMDB. 
O resultado da eleição teria sido o mesmo caso fosse candidato pelo BNDES ou pelo FBI. Brasileiro não vota em partido, sobretudo em eleições municipais. 
Escolhe uma pessoa, seja qual a sigla que habite. Foi assim antes do bipartidarismo inventado pelo regime militar. Assim continuou a ser nos tempos em que grupos distintos tiveram de espremer-se em sublegendas da Arena e do MDB. 
E assim será até que apareçam partidos de verdade, como os que existem nas democracias maduras.

No Brasil, o Fundo Partidário e o Fundo Eleitoral usam dinheiro dos pagadores de impostos para bancar as atividades e a sobrevivência de 33 ajuntamentos de oportunistas

Nos Estados Unidos, por exemplo, o eleitorado se dá por satisfeito com o duelo entre o Partido Democrata e o Partido Republicano — o que não impede a existência de legendas liliputianas nem proíbe o lançamento de candidaturas avulsas. Mais: democratas e republicanos abrigam correntes que disputam nas eleições primárias o direito de indicar o candidato à Presidência. Consumada a escolha, os grupos desavindos se unem no esforço para derrotar o inimigo principal na corrida rumo à Casa Branca.

Nas democracias modernas, partidos políticos e duelos eleitorais são financiados por eventos organizados por comitês e contribuições feitas às claras, sem truques nem camuflagens, por indivíduos ou empresas. 
O governo não desperdiça um único e escasso centavo. No Brasil, o Fundo Partidário e o Fundo Eleitoral usam dinheiro dos pagadores de impostos para bancar as atividades e a sobrevivência de 33 ajuntamentos de oportunistas
Esse defeito de fabricação resultou na multiplicação de seitas identificadas pelo acréscimo do sufixo ismo ao nome do líder carismático, cuja cabeça baldia não reserva espaço para programas partidários. 
Os devotos se curvam às ordens da divindade. Também por isso, nenhuma seita sobrevive à ausência física do chefe supremo. O janismo, por exemplo, morreu com Jânio Quadros. 
O ademarismo se foi com Ademar de Barros. 
O brizolismo descansa no jazigo de Leonel Brizola. 
O lulismo não sobreviverá à partida de Lula.

Desde o nascimento do Partido dos Trabalhadores, em 1980, Lula tudo decide, do candidato à prefeitura de Cabrobó à formação da comitiva que desfrutará da próxima viagem reivindicada por Janja, passando pela escolha dos parceiros da negociata em gestação. 

 Mas um populista barato, incapaz de ler mais que a orelha de um livro ou de redigir um bilhete de três linhas sem assassinar o idioma, não tem nada que preste a legar. 
Gente assim não tem ideias aproveitáveis, propostas interessantes, princípios éticos, padrões morais, nada disso. 
Não tem afetos reais, admirações genuínas. Também por isso, nunca tem sucessores.
 
Haddad, portanto, logo será dispensado de perder eleições por determinação do deus da seita.  
Deveria planejar desde já o que pretende fazer no pós-Lula. 
Tempo é o que não vai faltar. 


Leia também “O ano fora da lei”
 
 
Augusto Nunes, colunista - Revista Oeste
 
 

terça-feira, 1 de agosto de 2017

Como seria uma guerra com a Coreia do Norte?

Na península da Coreia, já houve uma guerra. Foi em 1950, quando o então líder norte-coreano, Kim Il-sung (o avô do atual mandatário Kim Jong-un) decidiu invadir seu vizinho do Sul.  Os Estados Unidos intervieram para conter a invasão e o conflito, que durou três anos e causou muitas mortes e muito prejuízo material. Hoje, mais de seis décadas depois, as tensões na península estão mais fortes do que nunca. King Jong-um continua desafiando a comunidade internacional com seus testes nucleares. 
O exército da Coreia do Norte é o quarto maior do mundo 
Na última sexta-feira, o país fez mais um deles com um míssil balístico intercontinental, que "viajou" por cerca de 45 minutos e caiu em águas da zona econômica exclusiva do Japão, a menos de 200 milhas náuticas da costa.  No início deste mês, o governo norte-coreano declarou que havia lançado com sucesso um míssil balístico intercontinental capaz de chegar ao Alasca.  O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, advertiu que existe a possibilidade de um "grande, enorme conflito" com a Coreia do Norte.  Como seria hoje em dia um confronto na península quando as maiores potências nucleares do planeta têm interesse na região. 

A primeira invasão
A guerra coreana começou em 1950, quando as então superpotências, Estados Unidos e União Soviética, passaram a "dividir" o mundo após a Segunda Guerra Mundial.  Os soviéticos haviam ficado com o controle da parte norte da península, e os americanos com a parte sul. 

No dia 25 de junho, a Coreia do Norte, apoiada pela União Soviética e pela China, invadiu a Coreia do Sul. E imediatamente os Estados Unidos enviaram suas forças militares para ajudar o país a combater a "invasão dos comunistas". Com a ajuda de Washington, Seul, capital sul-coreana, foi recuperada em dois meses.  A China, por sua vez, preocupada com a decisão dos Estados Unidos de mobilizar suas forças até o Norte para tentar a reunificação da península, interveio no conflito. 

Foi aí que todas as partes envolvidas começaram a falar sobre usar armas atômicas e bombas nucleares. E o que começou como uma batalha para reunificar a Coreia ameaçou se tornar uma terceira guerra mundial nuclear.  Três anos depois, o conflito chegou a um impasse e permaneceu sem acordo - enquanto o que restava na região era apenas uma enorme destruição. "Houve cerca de 3 milhões de coreanos mortos, 100 mil órfãos, uns 10 milhões de desabrigados e uma completa devastação", disse à BBC Sue Terry, ex-analista de assuntos da Coreia na Agência Central de Inteligência americana (a CIA), e professora da Universidade Nacional de Seul.
"Pyongyang ficou destruído. Não havia um prédio em pé", descreveu. 

No dia 27 de julho de 1953, as duas partes decidiram firmar um armistício que foi criado como uma medida temporária para assegurar o fim das hostilidades.  Hoje, 64 anos depois, os dois países seguem tecnicamente em guerra. Com a crescente hostilidade na região, e as tensões entre o líder norte-coreano, Kim Jong-un, e o presidente americano, Donald Trump, alguns especialistas acreditam que bastaria um erro de cálculo para dar início a esta guerra. "A zona desmilitarizada (que divide as duas Coreias) é uma das áreas mais fortemente armadas do mundo", disse á BBC David Maxwell, coronel aposentado do exército dos Estados Unidos e analista do Centro de Estudos para Segurança da Universidade de Georgetown. "O Norte tem um exército com 1,1 milhões de membros em serviço ativo e 70% das forças estão concentradas entre Pyongyang e a zona desmilitarizada", explica Maxwell, que ajudou a planejar uma resposta americana para uma potencial segunda invasão da Coreia do Norte ao Sul.  "O exército norte-coreano é enorme, disse o especialista. Eles têm uns 6 milhões de membros em suas forças de reserva. Acredito que seja o quarto maior exército do mundo."
A zona desmilitarizada que divide as Coreias é uma das áreas mais fortemente armadas do mundo 
Erro de cálculo
Maxwell considera que os recentes testes nucleares da Coreia do Norte e seus lançamentos de mísseis aumentam cada vez mais a probabilidade de um ataque preventivo dos Estados Unidos. "Se Kim Jong-um pensar que estão preparando um ataque contra ele, pode ordenar seus comandantes para que iniciem uma guerra."
"Os comandantes norte-coreanos teriam ordens para abrir fogo de toda sua artilharia e provocariam a maior destruição possível na Coreia do Sul."   "Nas primeiras horas, haveria centenas de milhares de disparos de projéteis e lançamentos de mísseis contra o Sul, principalmente dirigidos a Seul", disse o especialista.

E só seriam necessários alguns minutos para que esses projéteis chegassem do norte até Seul. Com 25 milhões de pessoas na capital e na área metropolitana, não seria uma tarefa fácil mobilizar os habitantes até as áreas protegidas. "As projeções de vítimas no início do combate indicam que poderia haver 64 mil mortos somente no primeiro dia de uma guerra assim", disse David Maxwell.  "O nível de sofrimento que isso provocaria é algo que não podemos imaginar", completa.

O objetivo do governo norte-coreano, assim como fizeram nos anos 1950, seria mobilizar as forças até o sul e obrigar o governo em Seul a firmar a paz e permitir a unificação da península sob o controle da Coreia do Norte. Esse foi o objetivo do confronto em 1950, quando eles não esperavam que os Estados Unidos fossem acudir a Coreia do Sul. Desta vez, no entanto, não há dúvidas de que Washington está totalmente disposto a intervir de imediato no conflito para apoiar Seul. 

Reforços
"Os Estados Unidos não permitiriam de maneira alguma que os norte-coreanos assumissem o controle de Seul", disse à BBC o professor Bruce Bechtol, do Departamento de Estudos para a Segurança e a Justiça Criminal da Universidade de Angelo State, no Texas, Estados Unidos. "Na primeira semana de conflito, nossos pilotos não poderiam dormir muito", afirma Bechtol, que foi um dos principais analistas de assuntos do noroeste da Ásia do Pentágono. "Nossa tarefa inicial seria usar toda a nossa potência aérea para impedir que os norte-coreanos avancem, enquanto esperamos que chegue o armamento mais pesado na região."

Os aviões de combate, explica, se encarregariam de bombardear as forças norte-coreanas enquanto se redobram os reforços da máquina militar americana na região.
Segundo Bechtol, nos primeiros minutos do ataque norte-coreano, seria enviado à região um vasto arsenal americano que está espalhado pelo mundo.  Do Japão, do Texas e de várias outras partes do globo, seriam enviados barcos de guerra carregados com tanques, caminhões, veículos blindados, artilharia pesada e todo o material de guerra que seria necessário para uma missão como essa. 

Reunir todo esse equipamento militar na península coreana poderia demorar três semanas, e esse seria o momento decisivo do conflito.  "Os norte-coreanos só têm entre duas ou três semanas de suprimentos, como munições, alimento, combustível, etc, para fazer a guerra", assegura Bechtol. Assim, explica o especialista, o plano de guerra norte-coreano deve ser cumprir todos os seus objetivos nesse curto período de tempo, porque depois disso, eles ficariam sem sustento - inclusive faltaria alimento para mais de um milhão de soldados norte-coreanos."

Uma vez que o arsenal americano chegasse à região, sua missão seria fazer as forças norte-coreanas recuarem. Essa também não seria uma tarefa fácil, disse Bruce Bechtol. O exército da Coreia do Norte hoje é 11 vezes maior do que era na guerra de 1950. Mas ainda assim, não existem dúvidas de quem sairia vitorioso. No entanto, uma vez que as forças norte-coreanas começarem a sucumbir diante dos ataques dos americanos, as coisas podem ficar ainda piores. A guerra poderia se tornar um conflito nuclear.
"Quando Kim Jong-un e seus cerca de 5 mil aliados da elite norte-coreana que o apoiam se derem conta de que têm pouco tempo para sair do país, não teriam nenhuma razão para não usar mísseis nucleares e eliminar centenas de milhares de americanos."  "E esse é o cenário mais provável no qual a Coreia do Norte usaria esse tipo de míssil que testou há algumas semanas", garante o especialista da Universidade de Angelo State. 

Ainda assim, mesmo que armas nucleares não fossem usadas nessa possível guerra, o conflito na região seria sem precedentes. E veríamos uma enorme perda de vidas.
"Vou te falar os números prováveis: entre 300 mil e 400 mil mortos na primeira semana, tanto civis, quanto militares", disse Bruce Bechtol.  "E quem sabe uns 2 milhões de mortos depois de três semanas."
Mas este não seria o fim. Porque em um cenário semelhante, não seria permitido ao regime norte-coreano continuar e, diferente da primeira guerra realizada na década de 1950, neste confronto eles realmente tentariam a reunificação da península. 

A transição
O período mais complexo e caótico neste conflito seria a etapa de transição, segundo Balbina Hwang, professora de política e economia asiática da Universidade de Georgetown.  "E não podemos saber se a Coreia do Sul, por si própria, poderia ser capaz de administrar isso", diz ela, que trabalhou no Departamento de Estado Americano e está analisando as consequências imediatas de uma guerra.
"Estamos falando de algo entre 60 milhões, 70 milhões de pessoas que tentariam se mudar. Vamos lembrar que a metade dos 50 milhões de sul-coreanos que vivem atualmente em Seul e na área metropolitana."
"O instinto humano é fugir dos bombardeios e mísseis. Some-se a isso outros 20 milhões de norte-coreanos que supostamente seriam 'liberados' e que também estariam se deslocando para o Sul."
"Entre eles haverá gente desesperada, faminta, e aqueles que foram treinados para combater estarão dispostos a qualquer coisa para sobreviver."

Claro que, como visto depois da guerra de 1950, ambas as Coreias foram reconstruídas.  E Coreia do Norte, mesmo sob o regime mais isolado do mundo, conseguiu sobreviver.  Balbina Hwang acredita que, a longo prazo, seria possível que os países conseguissem a reunificação. O que é mais preocupante, diz ela, são os efeitos de curto prazo.  "A criança média sul-coreana de 5 anos de idade é 9 cm mais alta que a criança média norte-coreana da mesma idade", explica a especialista.
"Não há dúvidas de que haveria enormes diferenças: os norte-coreanos são mais baixos, mais magros, mas o mais importante é que a falta de nutrição afeta o desenvolvimento tanto físico quanto mental e emocional."
"Assim, não estamos só falando de altura, estamos falando de 20 milhões de pessoas que, durante 70 anos, não conseguiram se desenvolver da mesma maneira que seus vizinhos do sul."

E a especialista conclui: "Isso teria enormes consequências no momento de fazer a reunificação dos povos, que há muito tempo foram uma só cultura e uma só sociedade."
Esse cenário, no entanto, não inclui a possibilidade de a China ou a Rússia intervirem nesta guerra do lado norte-coreano.  Sendo assim, a resposta para a pergunta 'como seria uma nova guerra na península coreana?' só pode ser uma: assustadora. 

Fonte: BBC Brasil

 

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Com a dedetização da esgotosfera, reapareceu a espécie considerada extinta desde 2003: o petista desempregado - A prisão perpétua imposta ao ex-capitão do time

                                                            
As trocas de comando na Secom e na EBC começam a provocar estragos de bom tamanho no Programa Desemprego Zero para a Companheirada

A nova direção da Secretaria de Comunicação Social (Secom) já fechou as comportas das represas de publicidade oficial que nos últimos 13 matou com jorros de dinheiro a sede dos blogueiros estatizados. A vida mansa acabou. A esgotosfera vai ter de repartir as fontes que sobraram, como as prefeituras de São Paulo e de Maricá. As mesadas garantidas por Fernando Haddad e Washington Quaquá sustentam até sabujos escondidos no exterior.

A troca de comando na Empresa Brasil de Comunicação avisa que chegou ao fim a farra na TV Brasil e em outros galhos administrativos transformados em imensos cabides de emprego. As duas medidas já provocaram estragos de bom tamanho no Programa Desemprego Zero para a Companheirada. Ainda falta muita coisa. Um exemplo entre tantos: falta um rigoroso pente fino nos contratos com sites e blogs arrendados que sangraram a Petrobras, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica.

Embora em seu começo, a drenagem desse pântano da vassalagem vai produzindo saudáveis mudanças na paisagem. Uma delas: já podem ser vistos por aí exemplares de uma espécie considerada extinta desde 2003. Depois de tanto tempo sumido, como a ararinha-azul e o mico-leão dourado, o petista desempregado reapareceu.

A prisão perpétua imposta ao ex-capitão do time exige a reprise dos vídeos estrelados por José Dirceu e Lula

'Feliz o país que tem um político da magnitude do Zé Dirceu', disse o presidente em 2005. 'Não há provas contra mim', jurou em 2010 o ex-ministro que hoje se qualifica de 'cadeieiro'


Lula - Roda Viva - José Dirceu 


A condenação de José Dirceu a 23 anos de prisão, agora por lavagem de dinheiro, corrupção ativa e organização criminosa, exige a reprise de dois vídeos que reaparecem com frequência nas redes sociais. Ambos reproduzem trechos do programa Roda Viva. No primeiro, o colunista contracena com o então presidente Lula no Palácio do Planalto. No segundo, contesta invencionices do ex-chefe da Casa Civil acusado de chefe de quadrilha no processo do Mensalão, ainda à espera de julgamento no Supremo Tribunal Federal.


José Dirceu no Roda Viva

 Não há nenhuma acusação contra mim”, reincide José Dirceu no trecho do Roda Viva exibido em 1° de novembro de 2010. Digo que há, sim, e menciono algumas. Mas não há provas, teima o entrevistado, repreendendo os integrantes da bancada por não terem lido o processo. Por motivos insondáveis, o confronto entre fato e fantasia foi transformado por milicianos do PT num dos grandes momentos do combatente que nunca soube a diferença entre gatilho e culatra.

O Dirceu acabou com o jornalista tucanalha, berraram meses a fio os patrulheiros em ação na internet. A maluquice foi implodida pela hospedagem indesejada na Papuda e reduzido a pó em agosto de 2015: quando cumpria o restante da pena em liberdade, o delinquente sem remédio foi capturado pela Operação Lava Jato e transferido para República de Curitiba.  

Desta vez Lula nem abriu o bico. Desta vez não apareceram os órfãos do guerreiro do povo brasileiro.  “Vou ficar aqui uns sete ou oito meses”, previu Dirceu. “Se for condenado, passo mais uns cinco anos preso e depois vou pra casa. Tá tudo bem: eu sou cadeieiro mesmo”. Um monumental erro de cálculo, constatou-se nesta quarta-feira. Para um homem de 70 anos, a pena de 23 anos de reclusão é o outro nome da prisão perpétua. [para tristeza dos BRASILEIRO DO BEM o bandido Zé Dirceu, o guerrilheiro de festim, não ficará preso sequer 4 anos.
Cumprindo no máximo quatro anos, com bom comportamento e o fato de ter 74 anos, o ‘renegado do PT’ terá direito a prisão domiciliar. A conferir.]

Fonte: Coluna do Augusto Nunes