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sábado, 6 de outubro de 2018

Debate da Globo: O que dizia a carta de Alvaro Dias para Lula



Candidato do Podemos diz que o ex-presidente 'sabe' quem mandou assassinar o ex-prefeito de Santo André Celso Daniel e pede que ele esclareça o crime



Ao longo do debate da TV Globo, o candidato do Podemos, Alvaro Dias, citou diversas vezes um papel com uma pergunta que gostaria de direcionar ao “verdadeiro candidato do PT”, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ao final do debate, revelou qual era a sua mensagem: “Quem mandou matar Celso Daniel e as sete testemunhas do crime? Você sabe”.

Trata-se de uma alfinetada em uma das principais celeumas da história do PT, o assassinato em 2001 de Celso Daniel, então prefeito de Santo André (SP) e um político denunciava um esquema de corrupção na região do ABC paulista. Em delação premiada, segundo a deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP) afirmou a VEJA em 2017, o publicitário Marcos Valério contou que o empresário Ronan Maria Pinto recebeu propina para não denunciar Lula, que estaria envolvido com o episódio.

[também a petralhada é suspeita de assassinar Toninho do  PT, em circunstâncias e motivação similares a do ex-prefeito Celso Daniel - por falhas da investigação nada foi provado (Lula como sempre não sabe de nada), mas, esses dois cadáveres insepultos ainda hoje tiram o sono dos petistas, começando pelo do poderoso chefão presidiário e também do ex-seminarista de missa negra,  o Gilbertinho;

fato é que a esquerda brasileira desde os tempos do Governo Militar cultiva o hábito de assassinar companheiros que saem do esquema - chamam tais assassinatos de 'justiçamento'.]


No encontro, Alvaro citou a “carta” em dois momentos. Primeiro, quando selecionou Geraldo Alckmin (PSDB) para responder uma pergunta, já que não poderia fazer a que gostaria diretamente para Lula e a segunda quando confrontou diretamente Fernando Haddad em outro bloco. Ele fez menção para que o postulante petista pegasse o recado para levar ao ex-presidente, mas Haddad não aceitou.


Colaborou Guilherme Venaglia - Mais Lidas - Veja

 

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

A eleição que virou um duelo




A eleição que virou um duelo entre bolsonarismo e lulismo


A nova pesquisa do Ibope mostra que a corrida presidencial mudou de cara. Há uma semana, cinco candidatos ainda pareciam ter chance de vitória. Agora a disputa se afunila para um plebiscito entre o bolsonarismo e o lulismo.  Jair Bolsonaro se consolidou na liderança. Ele oscilou positivamente e chegou a 28% das intenções de voto. Fernando Haddad deu um salto expressivo e aparece com 19%. O petista abriu oito pontos de vantagem para Ciro Gomes, que estacionou em 11%.

Os números apontam para um duelo final entre Bolsonaro e Haddad. No entanto, as campanhas passaram a trabalhar com outra hipótese. Com a polarização, o eleitor pode antecipar a decisão para o primeiro turno. “Acho dificílimo, improvável, mas não impossível”, diz o presidente do Ibope, Carlos Augusto Montenegro. “Vai depender do voto útil. Do jeito que a população está chateada, pode haver um movimento para decidir logo”.

Considerando apenas os votos válidos, Bolsonaro tem 36% e Haddad tem 24%. Os dois estão em alta e tendem a crescer mais na reta final. Se ficar claro que um deles será presidente, eleitores de outros candidatos devem engordá-los com o voto útil. A taxa de abstenção e a soma de brancos e nulos terão peso decisivo.  Bolsonaro fará o possível para atrair quem topa tudo para evitar a volta do PT. O capitão tentará recrutar eleitores de Geraldo Alckmin e dos nanicos Alvaro Dias, Henrique Meirelles e João Amoêdo. O desafio de Haddad é buscar quem se desiludiu com o PT, mas não deseja entregar o país a um militar que já pregou o fechamento do Congresso e o fuzilamento de adversários. Ele já começou a ensaiar uma guinada ao centro. Agora deve se apresentar como a única “opção contra a barbárie”.

Ciro ficou espremido em sua tentativa de terceira via. Agora precisa rezar por um tropeço dos líderes. Salvo uma reviravolta, Alckmin e Marina Silva parecem fora do jogo. A campanha do tucano tende a se transformar numa crônica diária de traições, com o centrão se dividindo entre Bolsonaro e Haddad. A da ex-senadora caminha para um fim melancólico. Em 14 dias, ela perdeu metade dos votos. Quase todos para o escolhido de Lula.