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segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

Calculadora de renda: 90% dos brasileiros ganham menos de R$ 3,5 mil; confira sua posição na lista

A renda mensal média de quem está entre os 5% mais ricos no Brasil é de R$ 10.313,00

Um ano atrás, o ator Bruno Gagliasso escreveu em suas redes sociais que precisava "bater um papo com você, meu irmão branco. Um papo reto aqui entre nós que não somos o topo da pirâmide, mas estamos bem distantes da base".

Nos comentários, os internautas questionaram o topo da pirâmide ao qual o artista se referia. Se ele, dono de uma pousada na ilha de Fernando de Noronha, de restaurantes e de uma marca própria de roupas não estava no topo, quem está?

Mas não é preciso ir tão longe. A renda mensal média de quem está entre os 5% mais ricos no Brasil é de R$ 10.313,00, conforme os dados da Pnad Contínua - Rendimento de todas as fontes 2019, do IBGE. O corte para estar no 1%, ou seja, com renda média superior à de 99% da população brasileira adulta, é de R$ 28.659,00.

A base da pirâmide é relativamente homogênea — 90% dos brasileiros têm renda inferior a R$ 3,5 mil por mês (R$ 3.422,00) e 70% ganham até dois salários mínimos (R$ 1.871,00, para um salário mínimo de R$ 998,00 em 2019), ainda segundo o levantamento.

Dentro do grupo dos mais ricos, contudo, o espectro é bem diversificado.

Correio Braziliense - Continue lendo


sexta-feira, 16 de julho de 2021

O ator Gagliasso - ou ex-ator? - perdeu espaço na TV e tenta holofotes com comentários sem sentido - O Globo

Bruno Gagliasso responde Mário Frias: 'Racismo é crime'

Ator reagiu, por meio de publicação em rede social, a comentário feito pelo secretário especial da Cultura que foi banido pelo próprio Twitter 
[esse ator, com certeza não leu, se leu não entendeu a definição do crime de racismo.]

O ator Bruno Glagliasso reagiu, na madrugada desta sexta-feira (16/7), ao comentário racista publicado pelo secretário especial da Cultura Mário Frias no Twiter na última quinta-feira — ao falar sobre Jones Manoel, historiador e professor negro conhecido no YouTube por defender o comunismo, a autoridade escreveu que "(ele) precisa de um bom banho".

Gagliasso criticou o post de Mário Frias:

Vale lembrar que a publicação de Frias foi retirada do ar pelo próprio Twitter por ferir as normas da plataforma. Por meio de nota, o Twitter ressaltou que "tem regras que determinam os conteúdos e comportamentos permitidos na plataforma, e violações a essas regras estão sujeitas às medidas cabíveis". 

A colocação do secretário Especial da Cultura aconteceu em resposta a um tuíte do assessor da Presidência da República Tercio Arnaud Thomaz. Na mensagem, Thomaz compartilhava uma notícia na qual o historiador Jones Manoel afirmava já ter comprado fogos de artifício para comemorar a eventual morte do presidente Jair Bolsonaro,  internado em São Paulo para tratar problemas intestinais.

"A pergunta que não quer calar: quem caralhas é Jones Manoel?", tuitou Thomaz. Frias respondeu: "Realmente eu não sei. Mas se eu soubesse diria que ele precisa de um bom banho".

Em seu perfil na rede social, Jones chamou Frias de "ex-ator frustrado e atual fascista" que cometia seu "crime de racismo diário". Na última quarta-feira, o youtuber havia dito na rede social ter comprado fogos de artifício após saber da internação de Bolsonaro. "Tão deixando a gente sonhar", ironizou. "Deixando claro que a parte dos fogos é brincadeira. Sou contra fogos. Assusta os animais". 

Cultura - O Globo 


sábado, 4 de janeiro de 2020

‘Surubão de Noronha’ em nova casa - VEJA


 Por João Batista Jr.

Um ano depois do ‘Surubão de Noronha’, famosos mudaram rota

No primeiro réveillon após as supostas orgias realizadas na ilha

No primeiro réveillon pós -“Surubão de Noronha”, como ficaram conhecidas as supostas orgias realizadas na ilha pernambucana, o destino, que havia anos lotava de famosos para as celebrações de Ano-Novo, foi preterido. Até GIOVANNA EWBANK, grávida de três meses, e o marido, BRUNO GAGLIASSO, que têm a própria pousada em Noronha, alugaram uma casa no sul da Bahia, onde receberam familiares e amigos, entre eles Bruna Marquezine. 

Em uma foto do grupo, postada pelo ator no Instagram (e onde mais haveria de ser?), Gagliasso fez piada e escreveu: “Surubão de Trancoso”. Apesar da brincadeira, durante a festa do casal Gagliasso Ewbank, alguns celulares — de convidados mais exibidos — foram confiscados. Ficaram presos com fita crepe nas paredes da casa para evitar vídeos indiscretos.

Publicado em VEJA, edição nº 2668, de 8 de janeiro de 2020
 

terça-feira, 13 de junho de 2017

E se fosse o Bolsonaro?

O deputado Jair Bolsonaro fez um discurso em evento da direita em que se disse cansado do diálogo, e conclamou os presentes a uma intervenção militar para impor de vez a moralidade no País. Foi ovacionado, e todos saíram gritando “se manda, comunista, o Brasil será fascista”. Em seguida, foi a vez de Ronaldo Caiado pedir sangue para a redenção da nação, com base em ensinamentos bíblicos.

Calma, leitor. Nada disso é verdade. Quer dizer: a coisa até aconteceu, mas não com esses personagens, não com essas mensagens. Na verdade, o evento era da esquerda, e os palestrantes eram Roberto Requião e Benedita da Silva. Requião disse: “Não faltaram palavras. Não faltou uma vírgula sequer nos discursos, em nossos artigos, em nossos debates. Dissemos tudo, uma, duas, mil vezes. O que, então, estamos esperando para cruzar o rio, para jogar a cartada decisiva de nossas vidas? Senhores e senhoras, universitários aqui presentes: convençam-se. Não há mais espaço para a conversa e os bons modos”.
 
Foi muito aplaudido, e a plateia gritava, ensandecida: “Se muda, se muda, imperialista! A América Latina será toda socialista!”. Já Benedita citou a Bíblia para incitar a violência: “Quem sabe faz a hora e faz a luta. A gente sabe disso. E na minha Bíblia está escrito que sem derramamento de sangue não haverá redenção. Com a luta e vamos à luta, com qualquer que sejam as nossas armas!”


Só há um deputado sendo punido por “incitar a violência”: Bolsonaro. E isso porque ele disse que a deputada não merecia ser estuprada. Bolsonaro defende punições bem mais severas para estupradores, até castração química, enquanto a extrema-esquerda e a própria deputada pregam o abrandamento da pena para marginais perigosos. O caso de Bolsonaro foi tema de inúmeros artigos e reportagens nos principais jornais. A evidente incitação à violência “revolucionária” de Requião e da petista não mereceu destaque na mídia. O ator global Bruno Gagliasso deu chilique e se recusou a permanecer sentado ao lado de Bolsonaro num evento de luta, mas o preconceituoso e intolerante, claro, é o próprio deputado.

No filme “Tempo de matar”, de 1996, o advogado Jake, personagem de Matthew McConaughey, persuadiu o júri quando conta a triste história de uma menininha estuprada. No final, ele pede: “agora imaginem que ela é branca”. O que ele quer é lembrar dos olhos vendados da Justiça, da igualdade de todos perante as leis. Devemos julgar os atos em si, não quem os cometeu, se estão do “nosso” lado ou não. 

E por falar nisso: imaginem se fosse Bolsonaro, e não o ministro Barroso, alinhado à esquerda, a se referir a Joaquim Barbosa como “negro de primeira linha”. Qual seria a reação da imprensa? Pois é…

Fonte: Rodrigo Constantino, economista e escritor - Revista IstoÉ