O deputado Jair Bolsonaro fez um discurso em evento da direita em que
se disse cansado do diálogo, e conclamou os presentes a uma intervenção
militar para impor de vez a moralidade no País. Foi ovacionado, e todos
saíram gritando “se manda, comunista, o Brasil será fascista”. Em
seguida, foi a vez de Ronaldo Caiado pedir sangue para a redenção da
nação, com base em ensinamentos bíblicos.
Calma, leitor. Nada disso é verdade. Quer dizer: a coisa até
aconteceu, mas não com esses personagens, não com essas mensagens. Na
verdade, o evento era da esquerda, e os palestrantes eram Roberto
Requião e Benedita da Silva. Requião disse: “Não faltaram palavras. Não
faltou uma vírgula sequer nos discursos, em nossos artigos, em nossos
debates. Dissemos tudo, uma, duas, mil vezes. O que, então, estamos
esperando para cruzar o rio, para jogar a cartada decisiva de nossas
vidas? Senhores e senhoras, universitários aqui presentes: convençam-se.
Não há mais espaço para a conversa e os bons modos”.
Foi muito aplaudido, e a plateia gritava, ensandecida: “Se muda, se
muda, imperialista! A América Latina será toda socialista!”. Já Benedita
citou a Bíblia para incitar a violência: “Quem sabe faz a hora e faz a
luta. A gente sabe disso. E na minha Bíblia está escrito que sem
derramamento de sangue não haverá redenção. Com a luta e vamos à luta,
com qualquer que sejam as nossas armas!”
Só há um deputado sendo punido por “incitar a violência”: Bolsonaro. E
isso porque ele disse que a deputada não merecia ser estuprada.
Bolsonaro defende punições bem mais severas para estupradores, até
castração química, enquanto a extrema-esquerda e a própria deputada
pregam o abrandamento da pena para marginais perigosos. O caso de Bolsonaro foi tema de inúmeros artigos e reportagens nos
principais jornais. A evidente incitação à violência “revolucionária” de
Requião e da petista não mereceu destaque na mídia. O ator global Bruno
Gagliasso deu chilique e se recusou a permanecer sentado ao lado de
Bolsonaro num evento de luta, mas o preconceituoso e intolerante, claro,
é o próprio deputado.
No filme “Tempo de matar”, de 1996, o advogado Jake, personagem de
Matthew McConaughey, persuadiu o júri quando conta a triste história de
uma menininha estuprada. No final, ele pede: “agora imaginem que ela é
branca”. O que ele quer é lembrar dos olhos vendados da Justiça, da
igualdade de todos perante as leis. Devemos julgar os atos em si, não
quem os cometeu, se estão do “nosso” lado ou não.
E por falar nisso: imaginem se fosse Bolsonaro, e não o ministro
Barroso, alinhado à esquerda, a se referir a Joaquim Barbosa como “negro
de primeira linha”. Qual seria a reação da imprensa? Pois é…
Fonte: Rodrigo Constantino, economista e escritor - Revista IstoÉ
Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
terça-feira, 13 de junho de 2017
E se fosse o Bolsonaro?
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