Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador Carlos Menem. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Carlos Menem. Mostrar todas as postagens

sábado, 17 de agosto de 2019

Brasil e Argentina, amigos por destino - O Globo/Veja



Míriam Leitão
O ministro Paulo Guedes pergunta: desde quando precisamos da Argentina? Desde sempre, caro Paulo. O Brasil e a Argentina são parceiros antigos, tiveram momentos de tensão, juntos enfrentaram um inimigo comum no Império e têm vivido uma história intensa. Eu acompanhei uma parte dessa relação como jornalista de política externa no governo militar. Os dois países estavam de acordo sobre torturar e matar opositores, na operação Condor, mas tinham desconfianças e conflitos no comércio e na energia. Havia quem temesse uma corrida nuclear entre ambos.

O próprio governo militar, que alimentou a desconfiança, tratou de desfazê-la. Foram três intermináveis anos de negociação tocada pelo ministro Ramiro Saraiva Guerreiro até o fechamento do acordo que permitia a conclusão da hidrelétrica de Itaipu e deixava espaço para Corpus. Houve um tempo em que o medo um do outro era tanto que a Argentina achava que Itaipu fora concebida como arma. Abertas as comportas, Buenos Aires seria inundada. Era esse clima que Guerreiro desfez, com paciência, diplomatas profissionais, e a certeza de que se entender com a Argentina é destino, um determinismo geográfico. As guerras começam às vezes por mal entendidos não desfeitos a tempo.

Guerreiro — aprendi muito com ele — nunca criticava a Argentina nas conversas com os jornalistas. Ele preferia elogiar os avanços das negociações. Certa vez ele fez o impossível. Elio Gaspari costuma lembrar desse episódio com uma de suas expressões: “ele tirou a meia sem descalçar o sapato.” Foi quando a ditadura argentina nos seus estertores decretou guerra à Inglaterra. Aqui, a nossa ditadura estava no fim também, mas tentava sair de fininho. Eles, mais sanguíneos, decretaram a guerra contra a velha potência colonial, que havia perdido os dentes, mas ainda controlava as Malvinas, chamada de Falkands pelos britânicos.
Primeiramente, a diplomacia brasileira nunca aceitou o nome inglês. Era um recado. Depois, foi bem-sucedida na meta que se impôs: ficar ao lado da Argentina, ser contra a guerra, e não brigar com a Inglaterra.

A diplomacia brasileira quando bem trabalhou foi nesse sentido. A nós não cabe o uso da força. É um equívoco infantil do candidato a embaixador Eduardo Bolsonaro dizer que “diplomacia sem armas é como música sem instrumentos”. É que o menino não entende de diplomacia nem de música. O Brasil, que nunca será potência militar, tem que exercer o soft power. É nesse campo que poderíamos avançar protegendo as florestas e fazendo disso o arsenal nas negociações do século XXI na política do clima.Houve um tempo de conjunturas macroeconômicas diferentes em que o diálogo ficou áspero. O então embaixador do Brasil na Argentina Marcos Azambuja deu um jeito de jogar uma partida de golfe com o então presidente Carlos Menem. No jogo, entregou o recado: “Señor presidente, nosotros estamos condenados a ser amigos”.

Na diplomacia, às vezes uma coisa leva à outra. Para o bem e para o mal. Palavras hostis minam o chão no qual precisamos andar. No acordo das hidrelétricas o que eu vi foi a retirada de minas de um terreno em que se caminhou penosamente. Depois do tratado, assinado em Assunção, houve um acordo entre os dois países em que cada um abria as instalações nucleares para vistoria do outro. Uma forma de provar que os projetos tinham todos os objetivos pacíficos, da medicina à energia, mas não os militares. Veio, então, o Mercosul, que aumentou muito o comércio entre os quatro países — Uruguai e Paraguai incluídos. Hoje a Argentina é o maior comprador de produtos manufaturados brasileiros, os bens que temos dificuldade em exportar.

No Brasil se fez uma escolha eleitoral em 2018, na Argentina se fará este ano, pelo visto, no sentido oposto. E se os países tiverem governos de ideologias diversas? É hora de minguar a relação e ofender os vizinhos? Evidentemente, não. Os dois governos serão traço na história longa dessa relação bilateral. Argentina e Brasil têm errado, mas o mais inteligente é tirar o máximo proveito dessa parceria. Uma vez, o ex-ministro da Economia argentino Domingo Cavallo me disse: “Argentina es el tango, Brasil es la samba”. Somos distintos. A diferença não pode separar. Esta é a arte da diplomacia.


Blog da Miriam Leitão - Com Alvaro Gribel, de São Paulo


#SanatórioGeral: Herança maldita (13)

Deputada da bancada do berreiro jura que Bolsonaro destruiu em sete meses o paraíso construído pelo partido que virou bando


Congelaram o país por 20 anos dizendo que iam gerar milhões de empregos. Rasgaram a CLT e acabaram com o direito à aposentadoria com a mesma cantilena. Agora, aprovam a MP da Liberdade Econômica com esse discurso? O povo brasileiro não acredita nessa gente cruel e mentirosa!”. (Erika Kokay, deputada federal que brilha na bancada do berreiro, jurando no Twitter que Jair Bolsonaro destruiu em sete meses o paraíso que o PT, entre um desvio de dinheiro e um assalto a cofres públicos, inventou durante 13 anos)

#SanatórioGeral: Amante insaciável

Gleisi fica à beira de um ataque de nervos com a ideia de perder a chance de saquear a Petrobras pela segunda vez


“Guedes tem ideia fixa por vender as riquezas do povo num ataque frontal à soberania nacional. É o fim da picada privatizar a Petrobras! Qual sentido nisso? Nenhum país joga pela janela áreas estratégicas e que geram lucro e emprego”. (Gleisi Hoffmann, deputada federal e presidente do PT, conhecida pelo codinome Amante no Departamento de Propinas da Odebrecht, no Twitter, esquecendo de dizer que, se o ministro da Economia sonha com a venda da Petrobras, Gleisi, Lula e seus comparsas só pensam em voltar ao poder e saquear a estatal pela segunda vez)

Blog do Augusto Nunes - Sanatório Geral - Publicado em Veja


segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Na Argentina “suicidam” acusador da presidente Kirchner – No Brasil, executam Celso Daniel e Toninho do PT, cadáveres que tiram o sono da petralhada



Morte de procurador que denunciou Cristina Kirchner causa comoção política na Argentina
Alberto Nisman foi encontrado morto com tiro na cabeça um dia antes de depor no Congresso sobre o caso Amia
O procurador argentino Natalio Alberto Nisman, que denunciou a presidente Cristina Kirchner na investigação do caso contra o atentado à Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), foi encontrado morto no domingo à noite em seu apartamento em Buenos Aires, causando comoção política no país. Nisman, de 51 anos, apresentaria na manhã desta segunda-feira no Congresso a conclusão de sua denúncia contra a presidente. Segundo ele, Cristina teria encoberto o envolvimento de terroristas iranianos no ataque contra a Amia, num crime que permanece impune depois de 20 anos.

As primeiras informações davam conta de que o corpo de Nisman foi encontrado com perfuração na têmpora — segundo um relatório preliminar de autópsia —, compatível com uma arma de pequeno calibre, no banheiro de seu apartamento no bairro de Puerto Madero. O local estava trancado por dentro. Por volta das 5h10m, o Ministério da Segurança emitiu um comunicado confirmando as circunstâncias da morte, e afirmando que ele tinha dez policiais federais à disposição para segurança pessoal. Israel, que lamentou a morte de Nisman "em circunstâncias trágicas", pediu à Argentina que dê continuidade ao trabalho do procurador.

Fontes judiciais revelaram ao jornal “La Nación” que no domingo à tarde a família tentou entrar em contato com Nisman, mas não conseguiu. Sua mãe foi até seu apartamento e bateu na porta. Não obtendo resposta, decidiu chamar um chaveiro. O corpo do procurador foi encontrado no banheiro, com uma pistola ao lado, que seria de sua propriedade. A investigação ficou sob responsabilidade dos promotores Manuel Arturo de Campos e de Viviana Fein. Falando a repórteres no local, Viviana disse que, no momento, não irá levantar hipótese. — Não posso dizer se foi suicídio ou não. Peço-lhes prudência — afirmou ela, que posteriormente revelou não haver carta de suicídio e que o estado do corpo indicava que Nisman morrera antes da noite de domingo.

REAÇÕES
O secretário-geral da presidência, Aníbal Fernández, disse lamentar a morte de Nisman e afirmou que todo o trabalho feito por ele deve ser investigado. — É possível acostumar-se com qualquer coisa, mas não a morte. A notícia me deu um estrépito enorme.

Sergio Berni, secretário de Segurança do país, disse que os indícios naturalmente apontavam para suicídio. Em entrevista à rádio América, ele afirmou que é necessário "esperar para que a Justiça corrobore". Mauricio Macri, prefeito de Buenos Aires e um dos potenciais candidatos à presidência este ano, pediu que a investigação da morte de Nisman e do caso Amia sejam julgados até as últimas instâncias. — O que aconteceu hoje deve ser um divisor. Precisa haver um antes e um depois. Que não deixemos o medo e a resignação nos vencerem. Vamos combater esta violência — disse, ainda sem haver um laudo preliminar sobre a morte do promotor.

O chanceler israelense, Avigdor Lieberman, escreveu em comunicado que Nisman era um "jurista valente e destacado que lutou incessantemente pela justiça", buscando explicitar os responsáveis pelo atentado à Amia. "O Estado de Israel manifesta sua esperança de que as autoridades argentinas continuem com as atividades de Nisman e façam todos os esforços a exigir justiça aos responsáveis pelo ataque."

Um comunicado enviado em conjunto pela Amia e pela Daia (Delegação de Associações Israelitas Argentinas) diz que as organizações ficaram estupefatas. "A repentina morte de Nisman representa, sem dúvidas, um golpe de alto impacto para a causa", afirmam. "Redobraremos os questionamentos e o compromisso para que o atentado de 1994 seja esclarecido em sua totalidade."  Pelo Twitter, líderes da oposição expressaram consternação.

ACUSAÇÕES
Nisman, que tinha duas filhas com a juíza Sandra Arroyo Salgado, iria aparecer nesta segunda-feira perante uma comissão da Câmara dos Deputados para apresentar o caso contra a presidente e vários de seus aliados. Ele chegou a solicitar um embargo de cerca de 19 milhões de euros para Cristina e os outros investigados.

Na quinta-feira, o governo argentino pôs sob suspeita o promotor, um dia após ele denunciar a presidente. Em 1994, uma explosão contra a Amia por um carro-bomba deixou 85 mortos e provocou danos estruturais em outros nove edifícios no bairro Once, no distrito de Balvanera. O Hezbollah havia sido acusado do crime, mas em 2006 revelou-se que o Irã seria um possível mandante.

O chanceler Héctor Timerman, que também foi denunciado por Nisman, acusara o promotor de “investigar clandestinamente a presidente” em vez de se concentrar em investigar os suspeitos pelo atentado e de agir contrariado pelo afastamento de aliados seus da Secretaria de Inteligência argentina.

Timerman não foi o único do governo a voltar a artilharia verbal contra Nisman. O ministro do Interior, Florencio Randazzo, disse que “só um pervertido” pode imaginar que a presidente tenha fechado um “pacto de impunidade” para ocultar a responsabilidade do Irã.
O chefe de Gabinete de Cristina, Jorge Capitanich, disse que o promotor faz parte de uma conspiração de “membros do Poder Judiciário, grupos de mídia, corporações econômicas, setores de Inteligência nacionais e internacionais que buscam desestabilizar o governo permanentemente com sua atitude golpista”.

A denúncia do envolvimento de membros do governo argentino conta com 300 páginas. Além de Cristina e Timerman, o promotor Nisman denunciou também o deputado Andrés Larroque, o líder sindical Luis D’Elia e o ativista Fernando Esteche. Eles teriam negociado com o Irã o fim das investigações em troca da venda de petróleo para diminuir o déficit energético argentino.

Em maio de 2008, Nisman pediu a detenção do ex-presidente Carlos Menem e do ex-juiz Juan José Galeano. À época, ele mantinha uma relação considerada bastante amistosa com Cristina e seu marido, o então presidente Néstor Kirchner, quem acusou o Irã formalmente na ONU com as investigações preliminares de Nisman.

Cristina sugeriu uma investigação conjunta com o Irã, em 2013. Na época ela declarou que o pacto iria reabrir o inquérito, mas Israel e grupos judeus disseram que a medida ameaçava o andamento do processo criminal do caso. A comissão da verdade foi desautorizada por um tribunal argentino, e Teerã jamais a ratificou.  Após a morte de Nisman, o juiz federal Ariel Lijo declarou que um processo judicial para apurar o caso Amia será aberto.

Fonte: Reuters