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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

O aborto, a esquerda e os cães de Pavlov



A maior perda do homo sovieticus é sua separação do coletivo. (...) Sua alma está na sua participação na vida coletiva (...).  Até mesmo a rebelião contra a sociedade soviética ocorre dentro de uma perspectiva coletiva (...). A ideologia unifica a consciência individual e une milhões de pequenos “Eus” num imenso “Nós”.
Alexander Zinoviev, em Homo Sovieticus.

Podemos ver esta característica descrita no romance satírico de Zinoviev em qualquer grupo de esquerdistas na atualidade, como também foi mostrado por Olavo de Carvalho (1), ressaltando, mais recentemente, que ‘(a) característica fundamental das ideologias é o seu caráter normativo, a ênfase no dever ser’”. 

Os grupos ideológicos funcionam exatamente como um bando de cães de Pavlov, não por acaso o inventor da reflexologia, base da pseudo-psicologia que formou o Homo Sovieticus e por tabela os grupelhos comunistófilos que abundam (com trocadilho, please!) no Ocidente: basta alguém soar a campainha e todos começam a salivar selvagemente! 

Eu poderia comentar sobre o re-lançamento do livro Mein Kampf, que suscitou dramas esquizóides terríveis numa esquerda que apoia a selvagem e assassina censura comunista, mas abomina a suavíssima censura da “ditadura militar” dos “anos de chumbo” – tão suave que fez a fortuna de alguns “artistas” e poetazinhos de meia tigela. De tanto defenderem falsamente a liberdade de expressão ficam sem saber o que fazer, pois ninguém toca a campainha para saberem quando salivar.  

Quase 77 anos depois do Pacto Molotov-Ribbentrop – que mostrou a irmandade entre comunistas e nazistas, causando imensas desagregações coletivas e individuais no seio das esquerdas, estas ainda tremem de pavor de tudo que se relaciona àquela época. O único que tentou romper o silêncio coletivo foi o indefectível Veríssimo, dizendo que a obra deveria ser obrigatoriamente vendida com um DVD que mostrasse a selvageria que gerou. Mas ninguém do “coletivo” o acompanhou!  Vá que alguém da terrível “direita” sugerisse o mesmo para as obras de Lenin, Trotsky, Mao, Guevara e outros!

Já o aborto os une, o imenso “Nós” que absolve de tudo os pequenos “Eus” permitindo que defendam o maior genocídio da história da humanidade sem culpa e com a empáfia de quem pontifica sobre uma verdade maior, divina e incontestável.  

Assim Cora Rónai (O Globo, 04-02-2016, segundo caderno) ordena:
“com a epidemia de zika e o aumento explosivo de microcefalia, o aborto tem que voltar a ser discutido! Quem sabe agora, diante do desastre e da gritaria tomem vergonha e tenência”, se referindo a “uma das classes políticas mais cínica e calhorda do mundo” que “foge de qualquer tema que possa desagradar aos religiosos”.   

No dia seguinte (notem a sequência) abre-se a ação coletiva no mesmo jornal. Em editorial intitulado “Microcefalia põe o aborto na agenda de debates”, (O Globo, 05-02-2016) chega-se a inovar sugerindo um “aborto preventivo”, pois o prazo concedido pelo Conselho Federal de Medicina para a anencefalia – 12ª semana é pequeno para a microcefalia, que pode ser diagnosticada tardiamente, com o feto mais desenvolvido. Então, segundo o editorialista deste pasquim, poder-se-ia “dar à gestante a opção de, tendo contraído o zika, decidir pelo aborto”. E termina, reconhecendo que a interrupção da gravidez é um tema “que suscita paixões”: 


“O país está diante de um drama explosivo, que afetará um grupo potencialmente grande de pessoas, e precisa lhe dar uma resposta à altura”.

Sempre que esta gente fala de “discutir”, leia-se impor decisões segundo sua excelsa onisciência, a tal resposta à altura”:
abaixo o feto!

[a ideia estúpida e imbecil dos BOIS e VACAS que defendem o aborto de instituir o ‘aborto preventivo’, vai ajudar e muito na luta contra o aborto de portadores de microcefalia.

O aborto preventivo foi a forma mais cínica e burra dos açougueiros de fetos de defender algo que nem em Cuba, China de Mao ou mesmo no Estado Islâmico se faz: matar para prevenir eventual assassinato. Mais grave quando a vítima do assassinato preventivo é um ser humano inocente e indefeso, ainda no VENTRE MATERNO e existe apenas a possibilidade de nascer com uma doença grave, mas, que eventuais sequelas não causam danos a terceiros.

Inclusive existem provas cabais de portadores de microcefalia que levam uma vida normal e não pode ser olvidado o fato de que a Organização Mundial de Saúde ainda não reconheceu o vínculo entre o vírus ZIKA e a MICROCEFALIA. [inserir link falando de portadores saudáveis da microcefalia]

Leiam os dois POSTs abaixo:





A excelente e competente (em outros assuntos, especialmente informática,  que não envolvam assassinatos de crianças ainda não nascidas) escritora Cora Ronai continua devendo aos seus leitores apresentar a diferença entre a mãe que mata seu filho, através do aborto, e os assassinos do Estado Islâmico que decapitam seres humanos que no conceito de guerra deles são prisioneiros de guerra.] 

O zika e a microcefalia, mesmo sem segura comprovação científica da relação entre as duas coisas, são as atuais campainhas que fazem os cães de Pavlov salivarem sangue de ódio!  Todo o pretexto é válido para “discutir o aborto”. Dona Cora, de modo professoral, diz queInterromper uma gravidez, em qualquer situação, é prerrogativa da mulher”. A ênfase é minha para mostrar que Dona Cora mente!  


 continuar lendo.................................



segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Uma aventura insólita na Coreia do Norte


No país isolado, turistas seguem regras rígidas, e presença do Estado é forte no dia a dia dos cidadãos

[não pode ser esquecido que maus brasileiros - incluindo Dilma Rousseff, Zé Dirceu, Genoíno, Pimentel - pretendiam transformar o nosso Brasil em um misto de Coreia do Norte e Cuba.
FRACASSARAM. Graças a coragem dos brasileiros do BEM, especialmente os militares, que estabeleceram em 1964 o Governo Militar e sem vacilar cumpriram com o DEVER e derrotaram a corja de traidores.
Entre estes brasileiros, verdadeiros HERÓIS, figura o nome do coronel Carlos Alberto Brilhante USTRA.]
Um barulho alto mas não histérico, como uma espécie de sirene afônica, me acordou antes das 7h. Em qualquer outro hotel do mundo, eu teria ligado para a portaria, com mais curiosidade do que apreensão, para saber do que se tratava; mas eu estava no Yangakddo, no coração de Pyongyang — e, na Coreia do Norte, qualquer barulho fora do normal ativa sinais de alarme. Abri a porta do quarto — tudo parecia tranquilo no corredor. O vizinho do lado também pôs a cara para fora. Esperamos para ver o que acontecia, mas depois de alguns minutos o barulho diminuiu. Quando acabou, sem que nada de excepcional houvesse ocorrido, nos despedimos como velhos amigos e voltamos cada qual para a sua toca, para dormir os últimos momentos de um dia que prometia ser cheio.


Smartphone limitado. Militar checa o telefone: o país tem - Picasa / Cora Ronai

ÁRDUO TRABALHO DE OBTER VISTO
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Dez de outubro é o aniversário da fundação do Partido dos Trabalhadores, e a septuagésima comemoração da data seria feita em grande estilo. Haveria uma gigantesca parada militar, festas populares, um show inédito nas águas do Taedong. Desde o dia anterior, grupos de crianças e adultos ensaiavam movimentos coreografados nas praças pelas quais passávamos. Excepcionalmente, a cidade estava cheia de estrangeiros, vários deles jornalistas, convidados pelo governo para os festejos. Não era o meu caso: eu era apenas uma turista em férias.
 
Chegar à Coreia do Norte é relativamente fácil para a maioria dos viajantes, mas quase impossível para sul-coreanos e jornalistas. O visto é obtido pela internet através da meia dúzia de agências que organizam viagens ao país, mas todas avisam, de saída, que não atendem a jornalistas. Mandei muitos e-mails para cá e para lá até convencer a Koryo Tours a abrir exceção para uma colunista de tecnologia que, às vezes, atua como cronista de viagens. No fim consegui o visto como travel writer, mas para isso precisei me comprometer a falar apenas da minha experiência como turista, e a manter meu texto dentro de linhas gerais mais ou menos bem comportadas.

A Coreia do Norte se preparou com esmero para receber as visitas. Todos os edifícios de Pyongyang, e todos os prédios e casas das estradas pelas quais fomos autorizados a passar, receberam uma mão de tinta. Na capital, centenas de árvores foram plantadas nas ruas, novos parques foram criados e uma loja de departamentos e um bateau mouche foram inaugurados pelo comandante supremo Kim Jong-un. Ficamos sabendo disso ainda no avião da Koryo Air através do “Pyongyang Times", jornal em língua inglesa para visitantes.

A viagem para a Coreia do Norte é ao mesmo tempo curiosa e frustrante. O turista tem acesso, afinal, a um país sobre o qual pouquíssimo se sabe, e vive, em primeira mão, experiências relativamente raras num mundo em que cada vez mais gente disputa as mesmíssimas vistas e selfies. Por outro lado, nenhuma viagem é tão controlada e vigiada.

Quem acha que chegando a Pyongyang vai desvendar o mistério norte-coreano e descobrir toda a verdade sobre o país engana-se redondamente. Ainda em Pequim, recebemos instruções minuciosas sobre o que fazer e, sobretudo, sobre o que não fazer — não fotografar nada que não seja expressamente permitido, por exemplo, é uma instrução várias vezes repetida. Os grupos de turistas, em geral entre 15 e 20 pessoas, ficam sob vigilância constante: não é possível nem ir ao banheiro sem um guia atrás. A primeira consequência disso é que passamos a desconfiar de tudo o que nos é mostrado, e lendas urbanas acabam colorindo a realidade mais prosaica. 
 Turistas seguem regras rígidas no país - Picasa / Agência O Globo
O dia da grande parada foi uma aula de campo sobre os meandros da misteriosa burocracia do regime. Saímos do hotel sem destino certo e sem saber se poderíamos ou não assistir ao desfile; nossa sorte dependia de telefonemas aflitos que os guias davam e recebiam. Mas nem eles sabiam com certeza a que horas começaria o espetáculo. O dia amanhecera chuvoso, e as autoridades estavam esperando o tempo melhorar. 

Fomos levados a uma exposição de flores e a um parque aquático, demos voltas intermináveis de ônibus e, no fim, passamos a tarde em pé, enregelados, numa esquina por onde passaria a dispersão, junto com todos os outros 300 turistas que estavam na cidade. Do outro lado, uma multidão de coreanos esperava também. Já era noite fechada quando, enfim, os primeiros tanques apareceram no horizonte.

‘SIRENE’ ERA APENAS ÁGUA NOS CANOS
Durante mais de uma hora, a terra tremeu sob os nossos pés, enquanto uma banda tocava e o cheiro da fumaça do escapamento das máquinas empesteava o ar. Para quem esperava ver a maior parada militar do mundo, foi uma decepção só; mas o que vimos foi, apesar de tudo, uma cena única, que rendeu lembranças inusitadas e belas fotos.

Mais tarde, de volta ao Yangakddo, um funcionário nos explicou o que havia sido a estranha sirene que nos acordara pela manhã. Era a água correndo pelos velhos canos do hotel, reclamando de tantos turistas tomando banho ao mesmo tempo.

Por:  Cora Rónai - O Globo