A maior perda
do homo
sovieticus é sua separação do
coletivo. (...) Sua alma está na sua participação na vida coletiva (...).
Até mesmo a rebelião contra a sociedade soviética ocorre dentro de uma
perspectiva coletiva (...). A ideologia unifica a consciência individual e une
milhões de pequenos “Eus” num imenso “Nós”.
Alexander Zinoviev, em Homo Sovieticus.
Alexander Zinoviev, em Homo Sovieticus.
Podemos ver esta característica descrita no romance satírico de Zinoviev em qualquer grupo de esquerdistas na atualidade, como também foi mostrado por Olavo de Carvalho (1), ressaltando, mais recentemente, que ‘(a) característica fundamental das ideologias é o seu caráter normativo, a ênfase no dever ser’”.
Os grupos ideológicos funcionam
exatamente como um bando de cães de Pavlov, não por acaso o inventor da reflexologia, base da
pseudo-psicologia que formou o Homo Sovieticus e por tabela os grupelhos
comunistófilos que abundam (com
trocadilho, please!) no Ocidente: basta alguém soar a campainha e todos
começam a salivar selvagemente!
Eu poderia comentar sobre o
re-lançamento do livro Mein Kampf, que suscitou dramas
esquizóides terríveis numa esquerda que
apoia a selvagem e assassina censura comunista, mas abomina a suavíssima censura da “ditadura militar” dos “anos de chumbo” – tão suave que fez
a fortuna de alguns “artistas” e
poetazinhos de meia tigela. De tanto
defenderem falsamente a liberdade de expressão ficam sem saber o que fazer,
pois ninguém toca a campainha para saberem quando
salivar.
Quase
77 anos depois do Pacto Molotov-Ribbentrop – que mostrou a irmandade
entre comunistas e nazistas, causando imensas desagregações coletivas e
individuais no seio das esquerdas, estas ainda tremem
de pavor de tudo que se relaciona àquela época. O único que tentou romper o silêncio coletivo foi o indefectível
Veríssimo, dizendo que a obra deveria ser
obrigatoriamente vendida com um DVD que mostrasse a selvageria que gerou. Mas
ninguém do “coletivo” o
acompanhou! Vá que alguém da
terrível “direita” sugerisse o mesmo para as obras de Lenin,
Trotsky, Mao, Guevara e outros!
Já o aborto os une, o imenso “Nós” que
absolve de tudo os pequenos “Eus” permitindo que defendam o maior
genocídio da história da humanidade sem culpa e com a empáfia de quem
pontifica sobre uma verdade maior, divina e incontestável.
Assim
Cora Rónai (O Globo, 04-02-2016, segundo caderno) ordena:
“com a epidemia de zika e o aumento explosivo de microcefalia, o aborto tem que voltar a ser discutido! Quem sabe agora, diante do desastre e da gritaria tomem vergonha e tenência”, se referindo a “uma das classes políticas mais cínica e calhorda do mundo” que “foge de qualquer tema que possa desagradar aos religiosos”.
“com a epidemia de zika e o aumento explosivo de microcefalia, o aborto tem que voltar a ser discutido! Quem sabe agora, diante do desastre e da gritaria tomem vergonha e tenência”, se referindo a “uma das classes políticas mais cínica e calhorda do mundo” que “foge de qualquer tema que possa desagradar aos religiosos”.
No
dia seguinte (notem a sequência) abre-se a ação coletiva no mesmo jornal.
Em editorial intitulado “Microcefalia põe o aborto na agenda de debates”, (O Globo,
05-02-2016) chega-se a inovar sugerindo
um “aborto
preventivo”, pois o prazo concedido pelo Conselho Federal de Medicina para a
anencefalia – 12ª semana – é pequeno para a microcefalia, que pode ser
diagnosticada tardiamente, com o feto mais desenvolvido. Então, segundo o
editorialista deste pasquim, poder-se-ia “dar
à gestante a opção de, tendo contraído o zika, decidir pelo aborto”. E
termina, reconhecendo que a interrupção
da gravidez é um tema “que suscita paixões”:
“O país está
diante de um drama explosivo, que afetará um grupo potencialmente grande de
pessoas, e precisa lhe dar uma resposta à altura”.
Sempre que esta gente fala de “discutir”, leia-se impor decisões segundo sua excelsa onisciência, a tal “resposta à altura”: abaixo o feto!
Sempre que esta gente fala de “discutir”, leia-se impor decisões segundo sua excelsa onisciência, a tal “resposta à altura”: abaixo o feto!
[a ideia estúpida e imbecil dos BOIS
e VACAS que defendem o aborto de instituir o ‘aborto preventivo’, vai ajudar e
muito na luta contra o aborto de portadores de microcefalia.
O aborto preventivo foi a forma mais
cínica e burra dos açougueiros de fetos de defender algo que nem em Cuba, China
de Mao ou mesmo no Estado Islâmico se faz: matar para prevenir eventual
assassinato. Mais grave quando a vítima do assassinato preventivo é um ser
humano inocente e indefeso, ainda no VENTRE MATERNO e existe apenas a
possibilidade de nascer com uma doença grave, mas, que eventuais sequelas não
causam danos a terceiros.
Inclusive existem provas cabais de
portadores de microcefalia que levam uma vida normal e não pode ser olvidado o
fato de que a Organização Mundial de Saúde ainda não reconheceu o vínculo entre
o vírus ZIKA e a MICROCEFALIA. [inserir link
falando de portadores saudáveis da microcefalia]
Leiam os dois POSTs abaixo:
A excelente e competente (em outros
assuntos, especialmente informática, que
não envolvam assassinatos de crianças ainda não nascidas) escritora Cora Ronai continua devendo aos seus leitores apresentar a
diferença entre a mãe que mata seu filho, através do aborto, e os assassinos do
Estado Islâmico que decapitam seres humanos que no conceito de guerra deles são
prisioneiros de guerra.]
O zika e a microcefalia, mesmo sem segura comprovação científica da
relação entre as duas coisas, são as atuais campainhas que fazem os cães de Pavlov salivarem sangue de
ódio! Todo o pretexto é válido para “discutir o aborto”. Dona
Cora, de modo professoral, diz que “Interromper uma gravidez, em qualquer situação, é
prerrogativa da mulher”. A ênfase é minha para mostrar que Dona Cora
mente!
continuar lendo.................................
Somente usa o zika e a microcefalia como pretextos para defender o que defende em qualquer caso: o “direito” da mulher sobre seu corpo! Garrincha perguntaria: já combinaram com os fetos?
continuar lendo.................................
Somente usa o zika e a microcefalia como pretextos para defender o que defende em qualquer caso: o “direito” da mulher sobre seu corpo! Garrincha perguntaria: já combinaram com os fetos?
Antes de prosseguir é preciso
dizer que concordo com ela num ponto: a lei “permite aborto por estupro: não vem contradição nenhuma em
defender o aborto em caso de estupro e em gritar que toda vida é sagrada. Mas,
se é, que diferença há entre os fetos gerados por estupro e os fetos gerados
por amor”? No meu entender, nenhuma! Este é um aspecto hipócrita da lei. Muitas mulheres não abortam após serem estupradas e cuidam de
seus filhos com amor. Esta hipocrisia abre esta chance para críticas. O aborto só deveria ser permitido se houver
risco de morte da mãe. Mesmo assim, ela deveria ter o direito de optar sobre
qual vida salvar.
Sua mentira fica clara quando
defende que “a
maioria do dos países do Primeiro Mundo – aqueles que melhor resolveram as suas
desigualdades econômicas e sociais – já reconheceu isso. O aborto é legal em
toda a América do Norte, na Europa (com as significativas exceções da Polônia e
da Irlanda)...”.
Serão apenas estes os critérios
para galhardear aqueles países com maiúsculas ou existe outro critério oculto?
Qual gato escondido com rabo de fora, ela cita as significativas exceções dos raros países europeus onde a religião ainda tem papel significativo nas decisões. Este é o critério oculto: a falta de religião onde impera o laicismo pós-jacobino. Este é o Primeiro Mundo de Cora Rónai. Mas será que ela não vê que este mundo está desmoronando com a invasão muçulmana?
Qual gato escondido com rabo de fora, ela cita as significativas exceções dos raros países europeus onde a religião ainda tem papel significativo nas decisões. Este é o critério oculto: a falta de religião onde impera o laicismo pós-jacobino. Este é o Primeiro Mundo de Cora Rónai. Mas será que ela não vê que este mundo está desmoronando com a invasão muçulmana?
E
está desmoronando exatamente porque, tendo
jogado no lixo o Cristianismo, sequer é capaz de perceber
que está sofrendo uma invasão que se pretende religiosa (2), como se
fosse apenas uma “migração” de pobres
refugiados das guerras do leste. Pois
são estes invasores que fazem “todo o tipo de chicana moral e religiosa para continuar
mantendo as mulheres na posição de submissão em que foram mantidas ao longo dos
séculos”, para citar dona
Cora.
Pior
ainda, pois as mulheres que não tem o pacto dos Dhimmi (3) podem ser estupradas e escravizadas pelos
invasores. O cativeiro e a escravização das
mulheres dos infiéis que guerreiam contra o Islam só podem ocorrer na jihad e
elas são consideradas sabaya (prisioneiras
de guerra). Caso não haja uma guerra declarada contra o Islam, qualquer
coisa pode ser definida como “islamofobia”.
É isto que vai
ocorrer em breve no tão decantado “Primeiro
Mundo” da Dona Cora, porque não há mais homens
cristãos para defenderem suas mulheres e a sociedade. Os valores da masculinidade, incluindo o da defesa da mulher e da
prole, são valores cristãos, portanto, quase inexistentes por lá.
Não foi um
homem de minissaia nem palhaços de nenhum hebdo que há 1300 anos derrotaram os
muçulmanos na França. Charles Martel não portava um cartaz com os dizeres 'Bienvenue a Poitiers'; ele contava com
guerreiros armados com lanças e espadas. Nem El Campeador (el-Cid para os Mouros) expulsou os muçulmanos de Espanha com belas
frases, carinho e tolerância!
A
ONU, o zika e o aborto
A súcia de comunistófilos só se manifesta quando sabe que tem apoio potente de fora. E a ONU – o ramo aparente do governo mundial - só se manifesta depois que seus porta-vozes (jornalistas, editorialistas, ONGs, blogueiros, etc.) já falaram. Assim, apenas um dia depois (notem ainda uma vez a sequência) ela falou: os governos que ainda (notem o ainda!) não liberaram o aborto, devem fazê-lo agora! Embora seu próprio órgão técnico (ma non troppo!), a OMS, ainda não tenha identificado as reais causas da microcefalia – há somente uma suspeita não confirmada ainda de ser causada pelo vírus zika – já impõe o aborto aos países que ainda o proíbem em alguns casos.
A súcia de comunistófilos só se manifesta quando sabe que tem apoio potente de fora. E a ONU – o ramo aparente do governo mundial - só se manifesta depois que seus porta-vozes (jornalistas, editorialistas, ONGs, blogueiros, etc.) já falaram. Assim, apenas um dia depois (notem ainda uma vez a sequência) ela falou: os governos que ainda (notem o ainda!) não liberaram o aborto, devem fazê-lo agora! Embora seu próprio órgão técnico (ma non troppo!), a OMS, ainda não tenha identificado as reais causas da microcefalia – há somente uma suspeita não confirmada ainda de ser causada pelo vírus zika – já impõe o aborto aos países que ainda o proíbem em alguns casos.
A
sequência:
1. Um dos membros do coletivo se manifesta (geralmente alguém muito conhecido e respeitado em algum setor, não necessariamente naquele – Cora Rónai é respeitada como especialista em informática);
1. Um dos membros do coletivo se manifesta (geralmente alguém muito conhecido e respeitado em algum setor, não necessariamente naquele – Cora Rónai é respeitada como especialista em informática);
2. Outro membro, mais representativo do coletivo (os editorialistas do Globo) apoia;
3. O órgão máximo – aparente – do coletivo mundial, caso se aplique, fecha a comunicação.
O
ainda:
É fundamental estabelecer o objetivo final, pois é a régua pela qual se medirá os ”avanços” e “retrocessos”. No caso em questão qualquer medida que facilite o aborto é um avanço e quem o apoia é lúcido e entende das necessidades do mundo moderno, do “empoderamento” da mulher (que raios é isto? Mais um anglicismo idiota, derivado de empowerment? O corretor do Word me diz que nem está dicionarizado) e dos “direitos” sobre seu corpo. Quem é contra o aborto e a favor da vida de todos os seres, inclusive dos fetos, é retrógrado, favorece os retrocessos, é reacionário, apóia a opressão das mulheres (será desempoderamento?), é religioso – que coisa horrível! -, quando não um canalha, corrupto, cínico e hipócrita, pois não obedece ao “deve ser”!
É fundamental estabelecer o objetivo final, pois é a régua pela qual se medirá os ”avanços” e “retrocessos”. No caso em questão qualquer medida que facilite o aborto é um avanço e quem o apoia é lúcido e entende das necessidades do mundo moderno, do “empoderamento” da mulher (que raios é isto? Mais um anglicismo idiota, derivado de empowerment? O corretor do Word me diz que nem está dicionarizado) e dos “direitos” sobre seu corpo. Quem é contra o aborto e a favor da vida de todos os seres, inclusive dos fetos, é retrógrado, favorece os retrocessos, é reacionário, apóia a opressão das mulheres (será desempoderamento?), é religioso – que coisa horrível! -, quando não um canalha, corrupto, cínico e hipócrita, pois não obedece ao “deve ser”!
O
príncipe jordaniano Zeid Ra’ad Al Hussein,
ele mesmo suspeito
de impedir o direito humano básico à livre expressão, alto comissário da ONU
para os Direitos Humanos, clama pela
revogação de leis e políticas que restringem o acesso aos serviços de saúde
sexual e reprodução que não estejam em desacordo com os standards internacionais
(leiam-se
aborto e o dever-ser ideológico). “Certamente
a expansão do zika é o maior desafio para os governos da América Latina”. “Os
serviços de saúde devem ser claros, de modo a informar as mulheres a respeito
de sua dignidade, garantia de sua privacidade, e que forneçam respostas às suas
necessidades e perspectivas”. “Leis e políticas que restringem seu acesso a estes serviços
devem ser (lembram do Olavo?)
urgentemente revistos, seguindo as
obrigações de direitos humanos, assegurando o direito à saúde e sua prática
(leiam: direito ao aborto)”.
Nos
países afetados pelo zika que têm leis restritivas aos "direitos reprodutivos da mulher" (ufa, não aguento mais: aborto!)
tais leis devem ser revistas.
As organizações internacionais
que controlam a ONU, o Council on Foreign Relations e o Interamerican Dialogue,
também já se manifestaram, e na mesma linha (poderia ser diferente?). O
primeiro publicou um artigo com o título Zika Virus and Reproductive
Health Access in Latin América.
O
Dialogue republicou um artigo de uma de suas mais importantes membros, Jacqueline
Pitanguy, Zika and
the Right to Abortion:
"Brazil has some of the most restrictive abortion laws in the world. (...) The common denominator of those laws is the recognition that women have the right to the respect and protection of their physical and emotional integrity, and that the rights of the unborn are not absolute and do not supersede the fundamental rights of the woman.If Brazilian law followed the example of countries with more liberal abortion laws, women who are in a panic over carrying a fetus with microcephaly would, based on their right to reproductive autonomy and the emotional integrity of themselves and their families, be able to decide whether to carry or interrupt their pregnancy. Such decisions should be made outside the parameters of moral and criminal condemnation and in the context of respect for human dignity". (A publicação original no Globo é um pouco diferente).
"Brazil has some of the most restrictive abortion laws in the world. (...) The common denominator of those laws is the recognition that women have the right to the respect and protection of their physical and emotional integrity, and that the rights of the unborn are not absolute and do not supersede the fundamental rights of the woman.If Brazilian law followed the example of countries with more liberal abortion laws, women who are in a panic over carrying a fetus with microcephaly would, based on their right to reproductive autonomy and the emotional integrity of themselves and their families, be able to decide whether to carry or interrupt their pregnancy. Such decisions should be made outside the parameters of moral and criminal condemnation and in the context of respect for human dignity". (A publicação original no Globo é um pouco diferente).
A verdadeira razão para estas
organizações serem a favor do aborto - e também a favor da agenda gayzista - é diminuir o
crescimento populacional. Mas isto fica para um próximo artigo.
Notas:
(1) A Nova Era e a Revolução Cultural
(2) Já deixei claro em outras oportunidades que não considero o Islam uma religião, mas uma ideologia totalitária e coletivista.
(3) Dhimmi: status de minorias não-islâmicas vivendo na Ummah (Dar al-Islam, Terra da submissão a Allah), submetidas à shari’a e pagando impostos elevados. O infiéis que não são dhimmi são os que vivem na Terra dos Infiéis (Dar al-Kufr), a Europa, a América, etc., todos os lugares onde não há Islam ou este é minoritário. (Mais informações em Subsídios para entender o Islam.)
(1) A Nova Era e a Revolução Cultural
(2) Já deixei claro em outras oportunidades que não considero o Islam uma religião, mas uma ideologia totalitária e coletivista.
(3) Dhimmi: status de minorias não-islâmicas vivendo na Ummah (Dar al-Islam, Terra da submissão a Allah), submetidas à shari’a e pagando impostos elevados. O infiéis que não são dhimmi são os que vivem na Terra dos Infiéis (Dar al-Kufr), a Europa, a América, etc., todos os lugares onde não há Islam ou este é minoritário. (Mais informações em Subsídios para entender o Islam.)
Publicado no site Papéis Avulsos - HeitorDePaola.com
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