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quarta-feira, 10 de junho de 2015

Necessidade de aparecer – alguém antes do suposto ataque racista conhecia, mesmo que por fotos, ou tinha ouvido falar na jornalista



Jornalista brasiliense nega ter motivado ataques racistas na internet
Mensagens de carinho também a intrigaram: 'Como se ser preta e linda fosse algo extraordinário'
A jornalista Cristiane Damacena, que foi vítima de um ataque racista quando trocou de foto em uma rede social e causou forte comoção nacional, agora escreve sobre o tema em um blog.  Nesta terça-feira (10), ela divulgou seu primeiro post e negou que os ataques racistas tenham acontecido por conta de alguma atitude dela ou por motivação pessoal. — É racismo! Puro! Cruel! Escancarado! — escreveu.

Ela conta que, desde o dia 1º de maio, vem recebendo diversas manifestações de apoio por meio das mídias sociais, telefonemas e conversas informais. O volume de mensagens a surpreendeu, mas nem todos os textos, mesmo que carinhosos, a fizeram se sentir menos incomodada com o ataque racista que sofreu. — O padrão da maioria dos textos era “Mas ela é linda”, “Como puderam fazer isso com uma moça bonita dessas?”. Como se ser preta e linda fosse algo extraordinário e incomum. Uma contradição perturbadora. Um contrassenso até. Gente, não é verdade!

A jornalista diz que passou dias se perguntando como tudo seria se ela fosse uma mulher considerada feia. —  Neste caso tudo bem sofrer racismo? É como se ser feia significasse abrir um precedente para a opressão racista ou até mesmo merecer passar por este tipo de violência. Obviamente, isso é um absurdo!

Ela finaliza o post afirmando que ser uma mulher negra é “maravilhoso”, mas que não acredita que isso seja motivo de inveja para alguém no Brasil, como muitos afirmaram nas mensagens enviadas. — A repercussão dessa violência racial contra mim, uma mulher preta, escancarou a perversidade do pensamento racista ainda presente na sociedade brasileira. Pior que tudo isso, há quem ainda acredite que o saldo é positivo e que ser vítima de um crime na internet mudou a minha vida para melhor. Não há nem um pingo de alegria em ser vítima de racismo.

RELEMBRANDO
Cristiane Damacena publicou, no dia 24 de abril, uma nova foto no Facebook e cinco dias depois passou a sofrer injúrias de cunho racial por ao menos 5 perfis diferentes. Ela foi chamada de “macaca” e “escrava” e sofreu zombarias por causa da cor da pele. Atualmente, a foto tem mais de 24 mil curtidas, 610 compartilhamentos e mais de 16 mil comentários que tratam de racismo no Brasil.

Segundo o advogado Renato Ópice Blum, especialista em crimes cibernéticos ouvido pelo R7 DF, a identidade de quem ataca pela Internet pode ser descoberta em menos de 48 horas no Brasil. A investigação começa pelo IP (espécie de registro que cada computador, -  ou smartphone, usa no acesso à rede) e chega ao endereço onde houve a conexão à Internet. De acordo com o advogado, mesmo se o acesso foi feito numa máquina instalada numa lan house é possível descobrir o agressor com a ajuda de câmeras de segurança.

Depois de identificados, os responsáveis podem responder pelo crime de injúria qualificada com pena que varia de um a três anos. Para a advogada Indira Quaresma, da Comissão de Direitos Humanos da OAB-DF, as vítimas de injúria racial devem tirar uma cópia da página em que as ofensas estão postadas e com ela fazer um boletim de ocorrência. A partir do boletim a investigação começa a ser feita pela Polícia mediante uma ação penal privada.

De acordo com a SEPPIR, Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República, a pasta recebeu 567 denúncias de racismo em 2014 (entre casos virtuais e não virtuais) e 200 só neste ano.

Nota do Blog Prontidão Total: pedimos desculpas aos nossos dois leitores – NINGUÉM e TODO MUNDO – pela não publicação de fotos da jornalista Cristiane Damasceno – é nossa política não dirigir holofotes sobre pessoas que buscam aparecer. 


quarta-feira, 13 de maio de 2015

Onde está o racismo?




DF registra 2 casos de preconceito contra mulheres negras na web em 15 dias
A Secretaria de Políticas para as Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos do DF (Semidh) informou que acompanha e investiga não só os casos que ganharam repercussão, e que vai à Justiça quando identificar os culpados

Comportamentos conservadoristas, unidos à sensação de anonimato que as redes sociais na internet proporcionam, estão fazendo aumentar os casos de racismo e injúria racial no Distrito Federal (DF), de acordo com a secretária de Igualdade Racial do DF, Vera Araújo, e de uma das vítimas do crime Raíssa Gomes. Em quinze dias, pelo menos dois casos semelhantes de preconceito contra mulheres negras foram registrados.

Na segunda-feira (11), a jornalista Raíssa Gomes denunciou à Polícia Civil que teve uma foto dela copiada no Facebook e divulgada por outro usuário em um grupo de compra e venda de objetos. A imagem, de quando estava grávida, trazia uma legenda incentivando o aborto: "Vende-se um bebê por R$ 50”.

“Registrei boletim de ocorrência, o post já foi retirado do ar, assim como o perfil da pessoa que postou, e estou vendo com advogado o que pode ser feito”, disse. A Polícia Civil está investigando o caso. “Nós, mulheres negras, somos preferencialmente vítimas desse tipo de caso. Além disso, é um caso machista, e que coloca a minha vida em risco. A minha imagem está sendo usada em um anúncio falso, que pode fazer com que pessoas acreditem nisso.”
[onde está o racismo no caso da Raissa? 
  
Uma análise franca e isenta mostra que o “caso Raissa” foi uma brincadeira feita por alguém atitude que pode ser considerada de péssimo gosto, mas nunca racista ou criminosa -  que, provavelmente,  conhecia a jornalista e teve a ideia de postar uma foto da jornalista com uma mensagem desagradável. 

Lendo a matéria de hoje do Correio podemos ser induzidos a considerar a origem da questão ser racista.

 Mas, lendo a primeira matéria, Correio Braziliense de ontem  -

Fica fácil perceber que tudo foi uma brincadeira de mau gosto, especialmente pelo risco de algum desavisado pensar ser anúncio da ‘venda de uma criança’.  A própria reportagem informa que a Policia Civil deve caracterizar o  caso como crime virtual.

De tudo se conclui que houve a união da má idéia do autor da piada indigesta, com a tendência da Raissa a se vitimizar e dar conotação racista a uma brincadeira infeliz, tudo somado a um desejo exagerado da mesma em aparecer = que transformou uma notícia de um fato em que não há, nem houve, indícios de racismo,  transformado  em uma verdadeira agressão motivada por questões raciais.

Quanto ao outro caso –
 

o da jornalista Cristiane Damacena que postou uma foto e recebeu comentários desagradáveis, que podem caracterizar injúria racial -   é mais resultado do risco que corre qualquer pessoa quando decide postar uma foto em rede social se expondo.

A Raissa concluiu, sem elementos de apoio, que foi vítima de racismo; já a Cristiana Damacena, jornalista, sofreu agressões verbais, apresentadas sobre a forma de comentários negativos em função de sua cor e que pode caracterizar injúria racial.]

Mesmo diante do pedido do pai, a Polícia Civil deve caracterizar o caso como crime virtual. A ocorrência só será analisada pelo delegado nesta terça-feira (12/5). 

Na semana passada, outro caso, também envolvendo uma jornalista negra repercutiu no DF. A mulher, que não está falando com a imprensa, postou uma foto dela no perfil do Facebook e foi alvo de comentários ofensivos devido a cor da pele. Ela registrou ocorrência na polícia. “A sociedade acredita muito no anonimato da internet e na possibilidade de fazer o que quiser e não ser visto, o que potencializa isso”, destacou Raíssa.

A Secretaria de Políticas para as Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos do DF (Semidh) informou que acompanha e investiga não só os casos que ganharam repercussão, e que vai à Justiça quando identificar os culpados.

“Há um inconformismo de alguns com presença dos negros em ambientes antes predominantemente brancos. Para nós, que atuamos no âmbito da secretaria e participamos do movimento negro, é muito sintomático: na mediada que vão consolidando alguns avanços da população negra, com mais espaço e visibilidade social, as reações ocorrem de forma sistemática e significava”, disse a secretária de Igualdade Racial do DF, Vera Araújo.

Fonte: Correio Braziliense