DF registra 2 casos de preconceito contra mulheres
negras na web em 15 dias
A
Secretaria de Políticas para as Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos
do DF (Semidh) informou que acompanha e investiga não só os casos que ganharam
repercussão, e que vai à Justiça quando identificar os culpados
Comportamentos
conservadoristas,
unidos à sensação de anonimato que as redes sociais na internet proporcionam, estão fazendo aumentar os casos de racismo e injúria racial
no Distrito Federal (DF), de acordo com a secretária de Igualdade Racial
do DF, Vera Araújo, e de uma das vítimas do crime Raíssa Gomes. Em quinze dias,
pelo menos dois casos semelhantes de preconceito contra mulheres negras foram
registrados.
Na
segunda-feira (11), a jornalista Raíssa Gomes denunciou
à Polícia Civil que teve uma foto dela copiada no Facebook e divulgada por
outro usuário em um grupo de compra e venda de objetos. A imagem, de
quando estava grávida, trazia uma legenda incentivando o aborto: "Vende-se um bebê por R$ 50”.
“Registrei boletim de ocorrência, o post já foi retirado do ar, assim como o perfil da pessoa que postou, e estou vendo com advogado o que pode ser feito”, disse. A Polícia Civil está investigando o caso. “Nós, mulheres negras, somos preferencialmente vítimas desse tipo de caso. Além disso, é um caso machista, e que coloca a minha vida em risco. A minha imagem está sendo usada em um anúncio falso, que pode fazer com que pessoas acreditem nisso.” [onde está o racismo no caso da Raissa?
“Registrei boletim de ocorrência, o post já foi retirado do ar, assim como o perfil da pessoa que postou, e estou vendo com advogado o que pode ser feito”, disse. A Polícia Civil está investigando o caso. “Nós, mulheres negras, somos preferencialmente vítimas desse tipo de caso. Além disso, é um caso machista, e que coloca a minha vida em risco. A minha imagem está sendo usada em um anúncio falso, que pode fazer com que pessoas acreditem nisso.” [onde está o racismo no caso da Raissa?
Uma análise franca e isenta mostra que o “caso
Raissa” foi uma brincadeira feita por alguém – atitude que pode
ser considerada de péssimo gosto, mas nunca racista ou criminosa - que, provavelmente, conhecia a jornalista e teve a ideia de postar uma foto da jornalista com uma
mensagem desagradável.
Lendo a matéria de
hoje do
Correio podemos ser induzidos a considerar a origem da
questão ser racista.
Mas, lendo a primeira matéria,
Correio Braziliense de ontem -
Fica fácil perceber que tudo foi uma
brincadeira de mau gosto, especialmente pelo risco de algum desavisado pensar
ser anúncio da ‘venda de uma criança’. A própria reportagem informa que a Policia Civil deve caracterizar o caso como crime virtual.
De tudo se conclui que houve a união da má idéia
do autor da piada indigesta, com a tendência da Raissa a se vitimizar e dar conotação racista a uma
brincadeira infeliz,
tudo somado a um desejo exagerado da
mesma em aparecer = que transformou uma notícia de um fato em que não há, nem
houve, indícios de racismo, transformado
em uma verdadeira agressão motivada por questões raciais.
Quanto ao outro caso
–
o da
jornalista Cristiane Damacena que postou uma foto e recebeu comentários
desagradáveis, que podem caracterizar injúria racial - é mais
resultado do risco que corre qualquer pessoa quando decide postar uma foto em
rede social se expondo.
A Raissa
concluiu, sem elementos
de apoio, que foi
vítima de racismo; já
a Cristiana Damacena, jornalista, sofreu agressões verbais, apresentadas sobre
a forma de comentários negativos em função de sua cor e que pode caracterizar
injúria racial.]
Mesmo diante do pedido do pai, a
Polícia Civil deve caracterizar o caso como crime virtual. A ocorrência só será analisada pelo delegado nesta
terça-feira (12/5).
Na semana passada, outro caso, também envolvendo uma jornalista negra repercutiu no DF. A mulher, que não está falando com a imprensa, postou uma foto dela no perfil do Facebook e foi alvo de comentários ofensivos devido a cor da pele. Ela registrou ocorrência na polícia. “A sociedade acredita muito no anonimato da internet e na possibilidade de fazer o que quiser e não ser visto, o que potencializa isso”, destacou Raíssa.
A Secretaria de Políticas para as Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos do DF (Semidh) informou que acompanha e investiga não só os casos que ganharam repercussão, e que vai à Justiça quando identificar os culpados.
“Há um inconformismo de alguns com presença dos negros em ambientes antes predominantemente brancos. Para nós, que atuamos no âmbito da secretaria e participamos do movimento negro, é muito sintomático: na mediada que vão consolidando alguns avanços da população negra, com mais espaço e visibilidade social, as reações ocorrem de forma sistemática e significava”, disse a secretária de Igualdade Racial do DF, Vera Araújo.
Fonte: Correio
Braziliense
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