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terça-feira, 31 de outubro de 2023

‘O arcabouço [CALABOUÇO} fiscal bateu um recorde: está desfeito antes de começar a operar' - O Estado de S. Paulo

O ex-diretor do Banco Central diz que sinalizações do governo na área fiscal vão levar País a cenário de inflação mais alta, juros elevados e crescimento menor [alguém, exceto entre os idiotas que fizeram o L, realmente chegou a achar que que o CALABOUÇO daria certo?  -  agora é a hora da da ministra 'estepe' e outros da mesma laia, levarem o pé na bunda.]


Alexandre Schwartsman - Ex-diretor do Banco Central

Ex-diretor do Banco Central, Alexandre Schwartsman avalia que as últimas sinalizações do governo na área fiscal vão deixar o Brasil “mais medíocre” do que já é. “Vamos trabalhar com inflação mais alta, juros mais altos e crescimento mais baixo”, diz.

A preocupação com o rumo das contas públicas ganhou corpo na sexta-feira, 27, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o governo não atingirá o resultado primário zero no ano que vem. Na segunda-feira, 30, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se negou a responder se a gestão atual está comprometida com a meta de acabar com o déficit.

“Foi uma mensagem muito ruim. Eu acho que colabora no sentido de mostrar que o fundamento fiscal do País é ruim”, afirma.

Fundamento fiscal do País é ruim, afirma Alexandre Schwartsman Foto: Gabriela Biló/Estadão

A seguir trechos da entrevista concedida ao Estadão.

Qual é o impacto da fala sobre o não cumprimento da meta de resultado primário zero no ano que vem?

É um reconhecimento de um fato que a gente já vem falando há algum tempo, de que as contas não fecham. Agora, uma coisa é a gente, do lado de fora, dizer que tem problema. No melhor cenário, a gente imagina que, se tem problema, (o governo) vai adotar medidas para corrigir. Mas o que vemos é: ‘tem problema, mas a gente não vai fazer.’ E, no caso, desautorizando diretamente o ministro da Fazenda. Não é à toa que Fernando (Haddad) teve uma reação tão ruim como a que ele teve hoje (segunda) de manhã. Eu estava vendo o vídeo (da entrevista coletiva), e ele estava profundamente irritado. Não respondeu. Porque ele não tem uma resposta para isso. Foi uma mensagem muito ruim. Eu acho que colabora no sentido de mostrar que o fundamento fiscal do País é ruim e o impacto foi imediato no mercado de juro.

Poderia detalhar esse impacto?

Não vai alterar o resultado do Copom desta semana, mas a gente já começa a discutir qual mensagem que vai sair dessa história. Corremos o risco de ver o Banco Central colocar no balanço de riscos alguma coisa acerca de que a firmeza quanto ao compromisso fiscal já não é a mesma e isso acaba tendo algum impacto na política monetária lá na frente.

E já num cenário que estava mais difícil por causa do ambiente internacional...

Eu até acho que um mundo em que o juro lá fora é mais alto traz uma dificuldade adicional. Mas, concretamente, não tem uma relação tão direta entre o juro lá fora e o juro aqui dentro. 
Se pegar as taxas longas de juros, o (juro de) 10 anos real norte-americano e o de 10 anos real brasileiro, não tem uma relação de um para um. 
Você pode contornar essa restrição, desde que se tome medidas para reduzir o risco percebido. A diferença do juro real brasileiro relativamente ao juro real norte-americano pode ser pensada também como uma medida de risco fiscal. Se você tomar medidas nessa linha, não chega a virar um imperativo de que não pode baixar (a Selic) porque lá fora está subindo. Desse ponto de vista, mais sério do que os juros lá fora subindo, é que não estamos tomando os passos concretos para a redução do risco aqui dentro.

Podemos ver juros mais altos por um período maior, então?

Se você vem com uma política fiscal mais frouxa, a monetária tem de ser mais apertada. Não tem muito segredo. 
Não é por outro motivo que a gente viu a mudança no Focus. 
Estava trabalhando com 9% e puxou para 9,25%. 
O Banco Central já vai usar 9,25% nas suas simulações. 
Também é uma questão de governança. 
Ele pega a trajetória da Selic da sexta-feira anterior ao Copom. 
Já vai incorporar isso. Obviamente, não é esta semana que eles vão mudar o ritmo, provavelmente não é na próxima reunião que eles vão mudar o ritmo, mas eu acho que a gente pode ver alguma sinalização a este respeito.

E como fica a percepção entre os congressistas? O governo depende da aprovação de medidas arrecadatórias para alcançar o déficit zero no ano que vem.

Como de hábito, os governos do PT querem que alguém tire a castanha do fogo, mas jamais eles. 
O Congresso, que só tem raposa, pensa: ‘se o presidente da República não quer, por que eu vou tirar a castanha do fogo para ele?’ 
Então, o que a gente vai ver é que isso vai dificultar a capacidade do governo de obter do Congresso medidas que reduzam (o déficit). Se você (o governo) não está interessado, já declarou que não é o seu problema, por que eu (Congresso) vou me queimar fazendo isso?

Já havia uma série de incertezas em relação ao arcabouço. Muitas economistas apontavam que teria de ser revisto antes do fim do governo. Como fica a política fiscal do País agora?

Tem um prazo de validade nessas tentativas de segurar o gasto de cima para baixo, mas esse prazo está encolhendo. 
As metas fiscais aguentaram até 2007, 2008. 
O teto de gastos foi criado em 2016, implementado em 2017, e aguentou alguns anos.  
O novo arcabouço fiscal bateu recorde: está desfeito antes de começar a operar. O prazo de validade dele foi negativo. É um novo recorde para o País. Pode hastear a bandeira e cantar o hino. É um motivo para sentir orgulho de ser brasileiro.

E o País sobrevive sem uma regra fiscal, então? Como chega até 2026?

Até a Argentina sobrevive. A questão é como. Não vai ser muito legal. 
A gente vai trabalhar com inflação mais alta, juros mais altos e crescimento mais baixo. Vamos ficar mais medíocres do que já somos. 
 Agora, vai acabar o País? Não. Precisa fazer muito mais força.  
 
Olha a Argentina tentando há gerações e ainda não conseguiram acabar com o país de vez.
 
Alexandre Schwartsman, entrevista - O Estado de S. Paulo



quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

Há um déficit de investigação no caso do porteiro - Blog do Josias






 Há um déficit de investigação no caso do porteiro que enfiou indevidamente o nome de Jair Bolsonaro no inquérito sobre a morte de Marielle Franco. Juntando aos fatos já divulgados o resultado da perícia feita nos áudios da portaria, há sobre a mesa um lote de informações que já estavam disponíveis no final de outubro do ano passado. Está entendido que, ao contrário do que dissera o porteiro, a voz do "seu Jair" não pode ter soado no interfone da casa 58 do condomínio Vivendas da Barra, no Rio, no dia 14 de março de 2018. O proprietário do imóvel, Jair Bolsonaro, dava expediente na Câmara, em Brasília.







Bolsonaro não teria como autorizar a entrada de Élcio Queiroz, hoje preso sob a acusação de matar Marielle e seu motorista Anderson Gomes. [atualizando: Queiroz e Lesss estão presos, não pela suspeita de que participaram do homicidio da vereadora e sim acusados de tráfico de armas.] A voz que soa no sistema de áudio da portaria, como confirma a perícia, é a do morador da casa 65, Ronnie Lessa, outro suspeito preso pelo mesmo crime. Falta esclarecer duas coisas: Primeiro: Quem colocou na tuba do inquérito um porteiro capaz de inventar em dois depoimentos à polícia que falou com "seu Jair"? Segundo: por que a polícia civil do Rio demora tanto a responder a essa pergunta?







Afora os depoimentos, o áudio da portaria e os rastros de Bolsonaro em Brasília há também sobre a mesa a planilha com os lançamentos feitos pelo porteiro naquele fatídico 14 de março de 2018, dia da execução de Marielle. Nesse documento, está anotado o nome do visitante Élcio Queiroz e o número da casa 58 de Bolsonaro, não do imóvel 65 de Ronnie Lessa. Tudo isso já era conhecido há pelo menos quatro meses. A perícia adicionou um mistério novo à trama: a voz do porteiro que liberou a entrada do miliciano Élcio não é a daquele funcionário do condomínio que citou Bolsonaro em depoimentos prestados nos dias 7 e 9 de outubro. Na noite do dia 7 de outubro, data do primeiro depoimento do porteiro, soube-se que Bolsonaro disputaria o segundo turno da eleição com Fernando Haddad.




Cabe perguntar: por que o interesse em meter Bolsonaro nessa encrenca? Ou, de novo: quem colocou o porteiro na tuba? O déficit de respostas nesse caso é tão desmoralizante para a polícia quanto o excesso de interrogações que ainda ronda a apuração sobre o próprio assassinato de Marielle Franco.[apenas um registro: além de enfatizar a inutilidade de toda o procedimento de perícia para identificar as razões do porteiro ter mentido (buscando identificar a origem de - eventual, talvez - tenttiva envolver o presidente Bolsonaro - na ocasião, comprovadamente, a mais de 1.000km de distância do condomínio - insistimos em questionar: qual a razão do homicidio da vereadora Marielle Franco ter prioridade sobre a investação de milhares de assassinatos que ocorreram no mesmo ano? grande parte deles no Rio.]

Blog do Josias - Josias de Souza, jornalista - UOL










quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Só pensam naquilo - Merval Pereira

O Globo

A vitória do petista Fernando Haddad sobre Bolsonaro num terceiro turno hipotético proposto pela recente pesquisa do Datafolha vem comprovar que o embate entre os extremos da política brasileira é o que mais atende ao anseio dos dois.   O resultado não tem maior importância, pois o momento atual não é favorável ao presidente, como mostram diversas pesquisas. Mas confirma o arrependimento de segmentos de eleitores que escolheram o antipetismo em 2018, e hoje já aceitariam Haddad, diante da situação conturbada que vivemos, graças ao caráter belicoso do presidente, e da estagnação econômica.

Mas colocar apenas essas opções para o eleitor é aceitar que essa disputa continuará permanentemente, quando o objetivo de muitos é justamente sair dessa polarização. As pesquisas recentes mostram que existem opções par o centro político, embora muitas potenciais alternativas estejam em dificuldades no momento. O ministro da Justiça Sérgio Moro continua sendo o mais popular ministro em atuação, seguido do ministro da Economia Paulo Guedes.  Mas, na oposição, Bolsonaro se beneficia da estagnação ou queda de adversários, como o governador de São Paulo João Doria, até agora visto como a opção mais competitiva da centro-direita. Na pesquisa do Atlas Político, Doria teve a imagem negativa elevada a nível recorde: 58,3%, quando em julho era de 42,5.

Não é à toa que Bolsonaro outro dia fez um comentário sarcástico a respeito de uma eventual candidatura presidencial de Dória: “Esse está morto para 2022”.  O ex-presidente Lula continua com uma imagem negativa superior à positiva: 57,8% e 34%. E o ex-candidato Fernando Haddad tem imagem negativa ainda maior que o seu líder, desaprovado por 58,4%. Justamente por isso a suposta vitória de Haddad hoje é apenas uma curiosidade, não servindo para definir tendências. Que só  será essa se a polarização dos extremos não for quebrada. Todas as pesquisas de opinião mostram que o índice de desaprovação do governo do presidente Bolsonaro está maior do que o de aprovação, o que indica que o eleitorado de centro começa a abandoná-lo. Mas nenhum candidato oposicionista surge como alternativa.

Essa polarização agrada ao PT, que está completamente sem rumo, sem conseguir assumir o controle da oposição como pretendia.  A presidente do partido nomeada por Lula, deputada Gleisi Hoffman, por isso mesmo considera que o centro político não existe. Ou melhor, que quem não está do lado do PT está no lado de Bolsonaro, uma extrema-direita que não tem coragem que assumir sua posição e finge ser de centro.No máximo centro-direita.

No auge do PT, todo mundo se dizia de esquerda, [todo mundo é muita gente, mas não é tudo.] com vergonha de ser de direita. O Brasil era então o único país do mundo que não tinha uma direita política organizada. Na eleição de 2018 essa direita, que vinha se mostrando desde as manifestações de 2013, assumiu a candidatura de Bolsonaro, e o choque dos extremos esmagou o centro político.  Manter essa situação é o melhor dos mundos tanto para Bolsonaro quanto para o PT, na esperança de que o medo e o desapontamento continuem a empurrar os eleitores para um lado e para o outro.

Mas há grupos trabalhando para gestar uma candidatura de centro-direita que possa agregar a esquerda não dogmática numa eventual disputa futura contra os dois extremos. O ministro Sérgio Moro continua sendo uma aposta viável, embora essa condição lhe traga dificuldades no entorno do presidente Bolsonaro, e com o próprio presidente.  O apresentador Luciano Huck continua como potencial candidato, [eleitores, por favor, não esqueçam que ser um bom animador de auditório,  um bom palhaço, humorista, cantor não significa que tem condições de ser um bom presidente.] num trabalho de bastidores de preparação de futuros candidatos ao Congresso e às Câmaras de Vereadores. Desse trabalho, em que é auxiliado pelo ex-governador do Espírito Santo Paulo Hartung, pode sair uma candidatura de centro.

Huck aparece na pesquisa do Atlas Político como das mais bem avaliadas personalidades. Não é por acaso, portanto, que o presidente Bolsonaro começa a bombardeá-lo, e ao governador João Dória, com supostas irregularidades, como utilizar financiamentos do BNDES para a compra de jatos particulares. [bobagem falar sobre: eles apenas compraram jatinhos com juros de 4% ao ano, claro que os contribuintes, nós povão, bancamos a benesse.]
Negócios perfeitamente normais, e estimulados pelo banco de desenvolvimento para dar apoio à Embraer, que disputa um mercado mundial competitivo. O presidente Bolsonaro escreveu em seu twitter que ainda é cedo para pensar na eleição municipal do ano que vem.  Mas só pensa na reeleição, embora tenha prometido que não se candidataria. Assim como prometeu que não daria mais indulto a presos, e já especula sobre o tema de maneira temerária, anunciando perdão para policiais civis e militares condenados. [condenados em primeira instância, sem trânsito em julgado, destacando-se que em alguns casos outros acusados pelo mesmo crime, foram absolvidos a pedido do Ministério Público e outros tiveram julgamento anulado.]

Merval Pereira, jornalista - O Globo


sábado, 27 de julho de 2019

Erika Kokay morre de saudade do tempo em que a Petrobras era saqueada diariamente pelos quadrilheiros de Lula - Augusto Nunes - Veja

#SanatórioGeral: Nostálgica da bandidagem





“Bolsonaro avança na entrega do patrimônio nacional e no fim da soberania ao vender ações da BR Distribuidora. Agora a subsidiária tem mais capital privado do que estatal!”
(Erika Kokay, deputada federal pelo PT do Distrito Federal, ao criticar no Twitter a venda de ações da BR Distribuidora, que gerou lucro de R$ 8,6 bilhões aos cofres públicos, confessando que tem muita saudade dos tempos em que todos os cofres da estatal eram saqueados diariamente pelos quadrilheiros de Lula)

sábado, 9 de fevereiro de 2019

O apagão da esquerda

Sem rumo

A extrema esquerda – PT, PSol, PcdoB – vive um momento autofágico, agravado pela segunda condenação de Lula. O primeiro conflito foi em decorrência da eleição à presidência da Câmara. PT e Psol decidiram ser pragmáticos e apoiaram Rodrigo Maia, do DEM, provocando forte reação do PcdoB. Manuela Dávila e amigos consideraram o gesto uma traição – e uma capitulação.
Na quarta-feira, Ciro Gomes, do PDT, foi vaiado num encontro com a UNE, em Salvador, ao ponderar a inutilidade de a esquerda reduzir sua atuação a slogans inúteis do tipo “Lula livre!”. E, ao reagir às vaias, e após lembrar que é um velho colaborador do PT, repetiu o mantra de seu irmão, Cid Gomes: “Lula está preso, babaca!”.
Ciro – e isso é um fato raríssimo – tem razão. A esquerda, conforme seu raciocínio, precisa descer do palanque e se conformar com o fato concreto de que perdeu as eleições – “e perdeu feio”. Nesse sentido, está de acordo com José Dirceu, que reconheceu que Bolsonaro tem, sim, lastro social e que não será derrotado tão facilmente, muito menos a partir de meras ofensas e ameaças. Ao insistir, por exemplo, que a Venezuela é uma democracia e que suas dificuldades são obra dos EUA, investe no irracional.
É preciso exercer a oposição com critério e conteúdo. Neste momento, não há nem uma coisa, nem outra. A rigor, nunca houve. Fazer oposição ao tempo em que o PSDB era governo era bem diferente, a começar pelo fato de que os tucanos não eram exatamente adversários. Fernando Henrique disse mais de uma vez que PT e PSDB não brigavam por ideias, mas por cargos. A luta hoje está em outro patamar. Os conflitos têm fundo doutrinário, que colocam em confronto valores e princípios – e sobretudo a conduta moral da esquerda, exposta pela Lava Jato.
Ao tempo dos tucanos, o PT ostentava a mística de instância moral da nação, uma espécie de sucursal do juízo final, investindo pesado em denunciar adversários e propor CPIs a cada 15 minutos. “Quanto mais CPIs, melhor”, dizia Lula. E assim, por cima dos cadáveres dos adversários difamados (uns com razão, outros não – e isso era um detalhe), o partido construía sua reputação de vestal da República. Com a leniência de FHC, que dizia que “a vez agora é de Lula”, o partido chegou ao poder, com ânimo de jamais deixá-lo.

Não se preparou para este momentoe muito menos para a circunstância (que ele mesmo construiu) de ter sua reputação virada do avesso. Não preparou lideranças para a eventualidade de perder Lula. E não foi a única perda: o que havia de respeitabilidade intelectual no partido já saiu de cena faz tempo. Além de Lula, as lideranças que lhe restaram estão às voltas com a Justiça: José Dirceu, condenado em segunda instância a 40 anos de prisão, deve retornar ao xadrez a qualquer momento; Gleisi Hoffmann, Fernando Haddad, Dilma Roussef são réus em múltiplos processos
Lindbergh Faria acaba de ser condenado em segunda instância por improbidade administrativa. E assim por diante.
O partido está sem rumo e sem credibilidade para propor o que quer que seja. Resta-lhe atirar pedras, sem a necessária autoridade moral para fazê-lo, como nos tempos que precederam sua chegada ao poder. É preciso zerar tudo e recomeçar, dizem alguns petistas. Sim, mas de onde? Da cadeia? Antes de encontrar um meio de reconectar-se com a sociedade, será preciso fazê-lo internamente. E pelo que se viu da tentativa de Ciro Gomes, vai levar algum tempo.

Ruy Fabiano, jornalista- Blog do Noblat - Veja


terça-feira, 29 de janeiro de 2019

#SanatórioGeral: Estafeta de presidiário

Haddad teria nomeado Fernando Pimentel para o cargo de ministro do Meio Ambiente


“Má escolha: o governo errou ao nomear para ministro do Meio Ambiente alguém cujas posições estão na contramão do que o país precisa. Bolsonaro, até ontem, só fala em afrouxar a fiscalização e facilitar o licenciamento. Veremos agora”. 
(Fernando Haddad, estafeta de presidiário, ao comentar no Twitter o rompimento da barragem em Brumadinho, garantindo que o crime ambiental não teria ocorrido se Bolsonaro instalasse no Ministério do Meio Ambiente um dos presidentes da Vale indicados por Lula ou o ex-governador Fernando Pimentel, um dos arquitetos da tragédia de Mariana)


Blog do Augusto Nunes - Veja

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

#SanatórioGeral: Distúrbio mental e Cadeia faz bem

[Comportamento do presidiário Lula e do 'jaiminho' reforça que distúrbio mental cresce no perda total = pt

Haddad reforça a suspeita de que Lula vai começar a dizer que é Bolsonaro]

Distúrbio mental

“Defender os direitos humanos é lembrar que, neste dia, Lula estaria sendo diplomado pela 3ª vez como presidente do Brasil”. (Fernando Haddad, candidato derrotado do PT à Presidência, reforçando a suspeita de que os devotos da seita, depois de serem informados que o chefão já foi Juscelino Kubitschek, Getúlio Vargas, Nelson Mandela e Jesus Cristo, daqui a pouco vai avisar que virou Jair Bolsonaro)

Cadeia faz bem

Lula dá mais um motivo para que seus advogados parem de exigir a libertação do famoso presidiário


“Hoje tenho certeza de que tenho o sono mais leve e a consciência mais tranquila do que aqueles que me condenaram. Não quero favores; quero simplesmente justiça. Não troco minha dignidade pela minha libertação”. (Lula, informando que, além de escrever, ler e rezar, também aprendeu na cadeia a dormir melhor)


Blog do Augusto Nunes - Veja
 

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Ibope: Bolsonaro tem 57% dos votos válidos e Haddad, 43%

A diferença entre os dois presidenciáveis que disputam o segundo turno passou de 18 pontos porcentuais para 14 pontos desde o último dia 15

[oito dias para uma movimentação dentro da margem de erro: 2% - agora será necessário que em menos de quatro dias Haddad receba oito pontos (só terão impacto se tais pontos forem retirados dos 57% do Bolsonaro.

Ainda que todos os indecisos decidissem votar em Haddad e igual decisão fosse adotada pelos que vão votar brancos e nulos, Bolsonaro venceria - isso em um quadro pessimista para o capitão, já que considera que todos que decidisse mudar o voto, iria para o poste petista.]

O Ibope divulgou na noite desta terça-feira, 23, uma nova pesquisa eleitoral para o segundo turno da disputa pela Presidência da República. A cinco dias de os brasileiros voltarem às urnas, o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, tem 57% das intenções de votos válidos, enquanto o candidato do PT, Fernando Haddad, aparece com 43%. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos.
Os votos válidos são calculados excluindo-se os eleitores que declaram votar nulo, em branco e os indecisos. Para vencer a eleição, um candidato deve obter 50% dos votos válidos mais um.

Em relação ao Ibope anterior, divulgado no último dia 15 de outubro, Bolsonaro teve oscilação negativa de dois pontos porcentuais e Haddad cresceu dois pontos. A diferença entre os dois passou de 18 pontos porcentuais para 14 pontos. O pesselista ficou em primeiro lugar no primeiro turno das eleições, no último dia 7 de outubro, com 46,03% dos votos válidos. Haddad, o segundo colocado, teve 29,28% da votação.

Em votos totais, Jair Bolsonaro tem 50% e Fernando Haddad, 37%. Votos brancos e nulos somam 10% e os indecisos são 3%.  Bolsonaro é rejeitado por 40% do eleitorado, variação de cinco pontos porcentuais em relação ao levantamento anterior. O número é de 41% para Haddad, oscilação de seis pontos porcentuais.   A nova pesquisa Ibope foi encomendada pela TV Globo e pelo jornal O Estado de S. Paulo e está registrada junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-07272/2018. O instituto de pesquisas entrevistou 3.010 eleitores. O nível de confiança do levantamento é de 95%, ou seja, há uma probabilidade de 95% de os números retratarem a realidade, considerada a margem de erro.

Revista VEJA

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

O programa que evapora



O eleitor terá como opções um plano de governo que não vale o papel em que está escrito e um plano de governo que não existe



O eleitor que no primeiro turno votou no demiurgo petista Lula da Silva, presidiário representado na eleição por um preposto, sufragou um programa de governo que já não existe mais. Agora, para o segundo turno, o PT está a reescrever freneticamente suas propostas, na tentativa de acomodá-las a uma clientela indisposta a apoiar a estatolatria e o pendor bolivariano do partido que estavam expressos na primeira versão do programa. 

Ou seja, o PT inovou ao antecipar o estelionato eleitoral, renegando muitas de suas promessas e ideias antes mesmo do desfecho da eleição.  É o estado da arte da empulhação petista, cuja reincidência reflete a personalidade gelatinosa de seu chefão Lula da Silva. Como esquecer que Lula, na condição de presidente, em 2007, abandonou sua feroz oposição à CPMF e passou a defender o famigerado imposto do cheque, dizendo que não via problema em “ser considerado uma metamorfose ambulante”? E como esquecer que a presidente Dilma Rousseff passou toda a campanha eleitoral de 2014 a negar a crise que já despontava no horizonte e a prometer mundos e fundos aos eleitores sabendo perfeitamente que a promessa era falsa, para em seguida, assim que sua reeleição foi confirmada, recorrer a um mambembe ajuste fiscal contra a catástrofe econômica que ela jurava não existir?

Portanto, de estelionato eleitoral o PT entende muito bem, razão pela qual não deveria espantar o contorcionismo retórico dos petistas para tentar ampliar sua votação no segundo turno. Após passar anos a acusar os não petistas de “golpistas” e “fascistas”, o partido agora pretende convencê-los a votar em Lula da Silva, que na cédula aparecerá com o nome de Fernando Haddad, só porque essa candidatura seria a garantia de continuidade da democracia, alegadamente ameaçada pelo candidato Jair Bolsonaro.  Para dar ares de credibilidade a essa “frente democrática” que pretende liderar, o PT aceitou apagar de seu programa a ideia de convocar uma Assembleia Constituinte – proposta que, vinda dos petistas, só poderia significar um passo para a instauração do modelo chavista de governo, em que “soberania popular” deve ser lida como “soberania do partido”.

Além disso, o metamórfico programa petista vai abandonar a defesa do regime dual para o Banco Central controle da inflação e geração de empregos. Segundo apurou o Estado, auxiliares do preposto de Lula da Silva disseram que ele discorda dessa proposta e que é “conservador” em política macroeconômica, esquecendo inclusive a ideia de fortalecer o setor estatal para liderar a “reindustrialização” do País, prevista do programa original.

O processo de higienização da candidatura petista no segundo turno passa até mesmo pela tentativa de afastar Fernando Haddad do próprio Lula, fingindo que o candidato do partido é mesmo o ex-prefeito de São Paulo, e não, como todos sabem, o ex-presidente. “Lula me disse: manda o Haddad fazer campanha, não precisa mais vir aqui”, disse a presidente do PT, Gleisi Hoffmann. O “aqui” da frase, todos sabem, é a cela de Lula em Curitiba, de onde partem e continuarão a partir todas as ordens da campanha. Assim, Haddad vai fingir que não é Lula e que o programa do PT não é do PT. Caberá aos eleitores decidir se acreditam na primeira ou na segunda versão dessa candidatura que já nasceu sob o signo do embuste.

Do outro lado da disputa, o eleitor não tem melhor sorte. A equipe do candidato Jair Bolsonaro recusa-se a se posicionar mais claramente a respeito dos temas mais importantes da economia. Ao contrário, faz questão de informar que não sabe ainda muito bem o que fazer caso Bolsonaro chegue lá. Segundo o coordenador da campanha, deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), não há até o momento um projeto para a Previdência. “Por que no plano de governo do Jair não tem plano específico? Porque isso é uma armadilha que os marqueteiros impuseram aos políticos. Se o Jair for escolhido, nossas ações iniciam só em 2019”, disse o parlamentar. [se a posse ocorre em 1º de janeiro de 2019, é óbvio que o Governo Bolsonaro só começará em 2019.]
Como se vê, o eleitor que votará no dia 28 terá como opções um plano de governo que não vale o papel em que está escrito e um plano de governo que não existe.

Editorial - O Estado de S. Paulo