Geraldo
Alckmin, candidato do PSDB à Presidência, passou a fazer a coisa
tecnicamente correta — e não vai, não neste texto, juízo de valor sobre
este ou aquele — na disputa eleitoral que, até agora, tem se mostrado
bastante difícil para ele. Seu alvo instrumental passou a ser o deputado
Jair Bolsonaro (PSL), embora o alvo final seja mesmo o PT. Explico.
Segundo o
Datafolha, Bolsonaro é hoje o principal receptáculo do antipetismo.
Parte considerável do eleitorado o escolhe porque o vê como o mais duro
combatente contra o petismo. A tarefa do tucano é complexa: consiste em
dizer que Fernando Haddad já está no segundo turno e que deputado do PSL
pode ser o passaporte para a volta dos companheiros em razão das
rejeições que desperta. [Bolsonaro, podemos dizer que - exceto por decisão Divina, que o retire da disputa - já está no segundo turno, com possibilidades de vencer no primeiro;
O laranja do Lula, está em segundo lugar, só que sua posição resulta do crescimento de qualquer fato novo - a autorização do presidiário de Curitiba, para Haddad assumir oficialmente, a condição de candidato do 'perda total'.
Saiu a autorização, os devotos da Lula e da seita lulopetista, entraram no curral petista, mas, até agora o laranja inflado pelo impulso inicial, não atingiu sequer 20% - portanto, ainda tem que crescer muito para alcançar Bolsonaro.]
Só essa
pregação, no entanto, tem-se mostrado ineficiente. Ou inútil mesmo. Sem a
tentativa de desconstrução da imagem plasmada por seu adversário à
direita, nada feito. Nos primeiros dias de campanha, essa já era a
escolha, diga-se. Ocorre que Bolsonaro foi vítima da facada justamente
no sétimo dia do horário eleitoral, 6 de setembro. Apenas três deles
tinham sido dedicados aos presidenciáveis: 1º, 3 e 5. E aí foi preciso
suspender, por razões que dispensam explicação, a artilharia. Afinal,
não se sabia qual poderia ser a reação da população diante do ataque
político a uma figura que enfrentava uma situação bastante difícil no
hospital.
Ocorre
que, no período, Jair Bolsonaro cresceu e se consolidou no primeiro
lugar das intenções de voto. E, como já se disse aqui, a peça de
resistência de sua campanha é o antipetismo ou, mais genericamente, o
antiesquerdismo. Alckmin
não disputa o coração do eleitorado propenso a votar em Ciro Gomes ou no
PT — nesse caso, a identificação de Lula com Haddad é que acabará
determinando o que vai acontecer com o candidato petista. Já o
eleitorado dos candidatos do centro para a direita — Henrique Meirelles
(MDB), João Amoêdo (Novo) e Álvaro Dias (Podemos) — podem, do ponto de
vista ideológico, se identificar com a pauta de Alckmin. Há ainda os
eleitores indecisos e dispostos a votar em branco ou a anular seu voto.
Ora, se
Bolsonaro está no raio de visão desses eleitores, então é só deslocar um
pouco o binóculo e se vai achar o próprio Alckmin. Assim, a única coisa
que faz sentido ao tucano é a desconstrução da imagem de Bolsonaro:
para que não passe a atrair mais votos e para que perca a adesão dos que
ainda não estão convictos. E aí
Alckmin apelou para o cenário de caos, lembrando, inclusive, elogios de
Bolsonaro a Hugo Chávez quando este chegou ao poder. Afirmou o tucano no
horário eleitoral:
“Talvez esse seja um dos momentos mais
delicados da nossa democracia. O risco de o Brasil se tornar uma nova
Venezuela é real, a partir dos extremismos que estão colocados nessa
eleição”. E bateu no “extremismo de um deputado que já mostrou simpatia
por ditadores, como Pinochet e Hugo Chávez, que já defendeu o uso da
tortura, que acha normal que mulheres ganhem menos que os homens. Uma
pessoa intolerante e pouco afeita ao diálogo; que, em quase 30 anos de
Congresso, nunca presidiu uma comissão sequer. Nunca foi líder de nenhum
dos nove partidos a que foi filiado. Um despreparado, que representa um
salto no escuro.” [Alckmin, apesar de inspirar alguma confiança, demonstra uma propensão a um comportamento de um SEM NOÇÃO;
primeiro, quando ofende gravemente a memória do general Augusto Pinochet, comparando aquele Estadista a uma figura como Hugo Chavez e todos sabemos que a política de Venezuelização é cria do Foro de São Paulo, excrescência criada por Lula, Fidel Castro e outras coisas da esquerda.
Os mesmos que criaram a UNASUL em tentativa estúpida e felizmente fracassada de substituir a extinta URSS.
Se Haddad fosse eleito presidente da República, seria dado passo inicial para antes do final da década o processo de VENEZUELIZAÇÃO do Brasil ser iniciado e seus efeitos funestos começarem a destruir o Brasil - saiba mais, clicando aqui.]
Desconstrução
de imagem funciona? Funcionou em 2014. Marina Silva, que assumiu a
titularidade da chapa do PSB com a morte de Eduardo Campos, chegou a
empatar com Dilma Rousseff em primeiro lugar nas simulações de primeiro
turno e a vencer a petista nas de segundo. O PT percebeu o perigo e fez
picadinho da candidata, que acabou chegando em terceiro lugar. O rival
ideológico da legenda era Aécio Neves, como, no caso de Alckmin, é o PT.
Mas foi preciso um ataque a quem competia com o partido no mesmo
território.
A investida de Alckmin vai funcionar? Não sei. Mas sei de uma coisa: a única alternativa é também a melhor. [não sou político, não entendo de política e respeito muito a opinião do ilustre autor do POST acima transcrito;
mas, não consigo entender que seja viável tentar derrubar o segundo colocado atacando o primeiro;
Alckmin tem certeza (sua falta de noção não o impede de raciocinar) que jamais será eleito em primeiro turno em uma eleição presidencial. Portanto, seu único objetivo - com chances de ser alcançado - deve ser o de chegar ao segundo turno e disputar com Bolsonaro (que não sendo eleito no primeiro turno, estará no segundo) e para chegar ao segundo turno tem que remover quem estiver entre ele e Bolsonaro (no momento atual, o laranja de Lula).
Ultrapassando Haddad, Alckmin será o segundo, Bolsonaro o primeiro e havendo segundo turno a disputa será entre os dois.
Peço desculpas pelo excesso de falta de conhecimento político.]
Blog do Reinaldo Azevedo
[ talvez o general Eduardo Villas-Boas não tenha sido feliz na frase;
mas, foi extremamente feliz quando do forma oportuna se manifestou dizendo que 'Soberania Nacional é inegociável";
com tal frase sepultou qualquer ideia de alguém levar a sério a frase expelida pela dupla de pareceristas da ONU querendo soltar o presidiário de Curitiba.]