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domingo, 31 de janeiro de 2016

É Lula, o momento da tua prisão se aproxima. Teus familiares já começam a perceber que tu e eles estão sujeitos aos ditâmes da LEI e da JUSTIÇA

Filho de Lula defende pai nas redes sociais e critica Operação Lava-Jato 

Lula é suspeito de ocultar imóveis e foi intimado a depor em 17 de fevereiro 

 Lulinha, você é biólogo, experiência como monitor do Jardim Zoológico e vai ser fácil sua adaptação na cadeia, lá tem muitos ratos, baratas, escorpiões, coisas que você já conhece

Fábio Luís Lula da Silva, vulgo Lulinha, filho mais velho do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, usou neste sábado (30) as redes sociais para defender o pai e criticar as investigações da Operação Lava-Jato, bem com a cobertura da imprensa. Lula é suspeito de ocultar imóveis e foi intimado a depor em 17 de fevereiro para explicar a relação com um tríplex na praia das Astúrias, no Guarujá (SP).

Fábio Luís compartilhou neste sábado diversas mensagens no Facebook que sugerem a espetacularização da operação. Uma delas tinha o título "O ´tríplex do Lula versus a casa dos Marinhos numa ilha". Reportagem publicada neste sábado pelo jornal "Folha de S.Paulo" revelou que a mulher de Lula, Marisa Letícia, comprou um barco e mandou entregá-lo em outro alvo da Operação Lava-Jato, um sítio em Atibaia. Ela e Lula são suspeitos de ocultar a propriedade, que teria sido alvo de reforma feita pela OAS e pela Odebrecht. 

Segundo a reportagem, na nota fiscal entregue pela fabricante do barco, a empresa Alumax, consta que a compra do barco foi em 27 de setembro de 2013, por R$ 4.126,oo. A embarcação, de alumínio, tem seis metros de comprimento,capacidade para cinco pessoas, sem motor e de modelo Squalus 600, da marca Levefort.

A aquisição reforça o elo do ex-presidente do local, admitido pelo próprio Instituto Lula em nota divulgada na sexta-feira. “Desde que encerrou o segundo mandato no governo federal, em 2011, o ex-presidente Lula frequenta, em dias de descanso, um sítio de propriedade de amigos da família na cidade de Atibaia”, diz a nota. Os donos do sítio são Fernando Bittar e Jonas Leite Suassuna Filho, sócios de Fábio Luís, filho de Lula. Já Fernando é filho de Jacó Bittar, um dos melhores amigos do ex-presidente e um dos fundadores do PT.

Fonte: Correio Braziliense
 

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Sobrinho de Lula admite contrato de US$ 2 mi com a Odebrecht



Taiguara Rodrigues afirmou à CPI do BNDES que recebeu o montante ao longo de quatro anos por meio de contratos firmados com a empreiteira

Considerado uma peça-chave para explicar o envolvimento do ex-presidente Lula com a empresa Odebrecht, alvo de investigação no esquema de corrupção na Petrobras, o empresário Taiguara Rodrigues dos Santos, sobrinho do petista, afirmou à CPI do BNDES nesta quinta-feira que, ao longo de quatro anos, recebeu de 1,8 milhão a 2 milhões de dólares em contratos firmados com a empreiteira em Angola. Taiguara negou a influência do petista nas obras, mas não convenceu os deputados ao tentar esclarecer como conseguiu firmar parceria com a gigante nacional.

Conforme reportagem de VEJA revelou, Taiguara ganhou contratos de obras após o ex-presidente Lula ter viajado, com dinheiro da Odebrecht, para negociar transações para a empreiteira. O empresário é filho de Jacinto Ribeiro dos Santos, o Lambari, amigo de Lula na juventude e irmão da primeira mulher do ex-presidente, já falecida. Foi na obra de ampliação e modernização da hidrelétrica de Cambambe, em Angola, que o sobrinho de Lula, como é conhecido no meio empresarial, firmou contrato milionário com a Odebrecht.  

O acerto entre as partes foi formalizado no mesmo ano em que a empreiteira conseguiu no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) um financiamento para realizar esse projeto na África. O episódio levou o Ministério Público a abrir inquérito para investigar a suspeita de tráfico de influência de Lula em benefício da empreiteira. O petista prestou depoimento ao MP nesta quinta-feira para dar explicações sobre o caso.

Aos deputados, Taiguara admitiu outros contratos com a Odebrecht, um de 280.000 dólares - não deu detalhes do serviço prestado -, e outro de 750.000 dólares, para a reforma de uma casa de alto padrão em Angola.

Questionado pelos membros da CPI, Taiguara negou as evidências e disse que o ex-presidente teve "influência zero" nos negócios. Para ele, a relação que mantém com o ex-presidente e o filho dele, Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, "não interfere em nada, nem positivamente nem negativamente". O empresário, por outro lado, não conseguiu comprovar as credenciais que lhe aproximariam dos contratos milionários com a Odebrecht, a maior empreiteira da América Latina. Ao detalhar o currículo, Taiguara afirmou ser vendedor desde os 14 anos e negou ter formação acadêmica. "Com o passar dos anos, foram aparecendo oportunidades, como a que me fez chegar aqui, a de trabalhar em Angola".

"O senhor tinha uma relação de parentesco com o Lula. Esse era o seu capital. É isso que lhe abriu portas", rebateu o deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA). "Que razões o senhor acha que levaria uma gigante como a Odebrecht a contratar a sua empresa, que ocupava uma parte de um prédio de Santos com cinco funcionários, jamais teria realizado uma obra em São Paulo para trabalhar numa obra de ampliação de hidrelétrica em Angola? Me dê essa receita para que todos nós possamos saber como se consegue um negócio desses", continuou o parlamentar. Não houve resposta convincente.

O empresário também confirmou uma mudança nos seus padrões de vida: de um morador de um apartamento de um quarto, ele passou a viver em um duplex de 255 metros quadrados em Santos e a andar de Land Rover. Taiguara, no entanto, tentou novamente desvincular a influência de Lula na sua ascensão social. Agora, ele narra estar passando por momentos difíceis: "Nesse período em que eu estava em um quarto e sala eu estava bem melhor. De meados de 2014 para cá, com essa queda brusca do petróleo, Angola não tem trabalho. Nossa empresa está há muito tempo sem contrato".

O empresário tentou escapar do depoimento à CPI alegando dificuldades para pagar passagem e hospedagem. Segundo ele, sua defesa viajou a Brasília arcando os próprios gastos por uma "gentileza".

Fonte: Revista VEJA