Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador Taiguara. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Taiguara. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 7 de outubro de 2019

A tesoura de dona Solange está de volta?

A tesoura de dona Solange está de volta?

Aposentada como delegada da Polícia Federal, a policial Solange Hernandes comandou a Divisão de Censura e Diversão Públicas do Ministério da Justiça durante o regime militar, entre 1981 e 1984, quando a ditadura agonizava sob o impacto da campanha das Diretas Já, que levou milhões às ruas por todo o Brasil. 

Dona Solange, como ficou conhecida, portava uma tesoura implacável contra críticos do regime e o espírito libertário dos artistas brasileiros, sobretudo letristas da MPB.  Agora a tesoura de Dona Solange parece estar de volta pelos mãos do capitão Jair Bolsonaro, que após vetar comerciais do Banco do Brasil que enaltecem a diversidade determinou que as peças publicitárias. 

Um dia depois de Jair Bolsonaro (PSL) vetar a divulgação de um vídeo publicitário do Banco do Brasil e exonerar o diretor de Comunicação e Marketing do banco, Delano Valentim, o governo informou a novidade às agências de publicidade contratadas (mais tarde, devido à repercussão negativa na mídia o Palácio do Planalto anunciou um recuo, sob o pretexto de que as empresas estatais têm autonomia, mas Jair Bolsonaro defendeu a censura e a demissão do publicitário que comandava o marketing do BB). .

Até então, somente os comerciais institucionais, ou seja, que visam a reforçar uma determinada marca, costumavam passar pela Comunicação do Planalto.  Ações mercadológicas, como a peça derrubada por Bolsonaro, cuja finalidade é ampliar participação da estatal no setor, na maioria das vezes, precisavam apenas da chancela da instituição que a encomendava. [os resultados em termos de clientela que seriam auferidos pelo Banco do Brasil - o  público do nicho que seria o alvo e foi usado como justificativa da campanha, seria pequeno, não compensando o investimento em publicidade.
Apesar da autonomia que as estatais possuem para publicidade, a regra não serve para o Banco do Brasil - que não é uma estatal e sim uma empresa de economia mista e seu maior acionista é a União Federal, comandada pelo Presidente Bolsonaro, que é o Presidente da República - até petista sabe que os lucros e prejuízos de um acionista são proporcionais a sua participação no capital da empresa.]
A campanha publicitária do Banco do Brasil, marcada pela diversidade, trazia atores e atrizes negros e jovens tatuados usando anéis e cabelos compridos. O objetivo era atingir a juventude. Durante a ditadura, além de Chico Buarque, Rita Lee, Taiguara, Raul Seixas, Gilberto Gil e Caetano Veloso, a censura prévia atingiu até cantores românticos como Odair José e o popular Chacrinha, provavelmente o mais famoso apresentador da TV brasileira.
Dona Solange inspirou uma música de Léo Jaime.

Clique aqui, para continuar lendo em CTB

LEIA TAMBÉM: General Heleno manda FHC calar a boca após crítica do ex-presidente ao governo



 


sexta-feira, 28 de julho de 2017

Contratação em Angola de empresa de Taiguara Rodrigues foi feita após pedido de Lula, o corrupto, diz Odebrecht

Delatores da Odebrecht relataram à Procuradoria-Geral da República que a contratação e os pagamentos feitos em Angola ao empresário Taiguara Rodrigues, sobrinho da primeira mulher do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foram para “agradar” ao petista. O Estado teve acesso aos depoimentos e aos anexos de três executivos, ainda mantidos em sigilo, que citam a participação do ex-presidente no caso investigado na Operação Janus.
Lula e Taiguara são réus por lavagem de dinheiro e tráfico de influência em processo originado na investigação da Janus. A filial da Odebrecht em Angola contratou a Exergia, da qual o empresário se tornou sócio. O ex-diretor de Relações Institucionais da empreiteira Alexandrino Alencar afirmou que o ex-presidente pediu a contratação da empresa. Ernesto Sá Baiardi, ex-diretor da construtora em Angola, relatou solicitação do petista para que a construtora ajudasse o empresário. Antonio Carlos Daiha Blando, sucessor de Baiardi, disse ter adiantado pagamentos à Exergia para “agradar” a Lula.
Baiardi foi o diretor da Odebrecht responsável pelo mercado de Angola até 2013. Ele afirmou que foi procurado pela primeira vez por Taiguara em 2011. O primeiro contato não foi respondido e, por causa disso, Alexandrino teria ligado para pedir que o empresário fosse recebido. “Entendi que essa solicitação era de interesse da companhia para atender a pedido de Lula e, imediatamente, chamei Taiguara para uma reunião”, relatou o executivo no anexo.
A intervenção direta de Lula teria ocorrido no mesmo ano, quando o ex-presidente visitou Angola e participou de um café da manhã com Emílio Odebrecht, no qual estava presente Taiguara. Baiardi disse em depoimento que, após o café, o petista o chamou de lado e falou que Taiguara era honesto, trabalhador, que estava iniciando carreira empresarial e que, se possível, era para ajudá-lo.  Blando disse que, após assumir a diretoria em Angola, Baiardi lhe pediu que recebesse Taiguara. O delator relatou que recebeu o empresário quando chegou ao país africano e que a “atenção diferenciada” com que tratou “os assuntos da Exergia tinha por finalidade agradar ao ex-presidente Lula”.
Adiantamento’. Ainda segundo Blando, em 2014, Taiguara pediu “adiantamento contratual” a que sua empresa “não tinha direito”, mas, mesmo assim, os repasses foram realizados em duas parcelas. Uma de US$ 500 mil e outra de US$ 200 mil. O delator declarou que a “necessidade” de “agradar a Lula” resultou em ordem aos diretores da filial angolana para adiantar o pagamento.
Segundo Alexandrino, apontado como um dos executivos mais próximos ao ex-presidente, Lula apresentou seu sobrinho em um café da manhã no hotel HCTA, em Luanda, capital de Angola. O ex-executivo disse ainda que o petista teria pedido que a Odebrecht avaliasse a possibilidade de contratar as empresas de Taiguara. A solicitação teria sido levada ao patriarca do grupo, Emílio Odebrecht, que, segundo ele, “concordou prontamente”.
Janus. O juiz Vallisney de Souza Oliveira aceitou em outubro de 2016 a denúncia criminal do Ministério Público Federal em Brasília contra o ex-presidente e Taiguara no caso. A acusação tem origem na Operação Janus, que chegou a levar Taiguara coercitivamente para depor. A acusação afirma que a Exergia não prestou os serviços para os quais foi contratada. O trabalho teria sido executado pela própria Odebrecht em retribuição ao fato de ter sido contratada pelo governo angolano com base em financiamento para exportação de serviços, concedido pelo BNDES. A acusação feita pelo MPF é de que Lula recebeu propina nesse caso por meio de terceiros.
Procurada desde quarta-feira, 26, a defesa de Lula não respondeu ao Estado. À época da Operação Janus, o petista afirmou que já esclareceu os fatos sobre Taiguara. Ainda conforme a defesa, Lula “nunca fez lobby”, “nunca apresentou Taiguara a nenhum dono de empresa” e, quando Lula foi fazer palestra em Angola, “Taiguara já estava naquele país trabalhando com empresa portuguesa”.
A reportagem não conseguiu contato com o advogado Fabio Souza, que representa as empresas de Taiguara. Após a Janus, o advogado negou que a Exergia tenha sido usada para lavar dinheiro. Em depoimento à CPI do BNDES, o próprio Taiguara confirmou a contratação pela empreiteira e disse que os valores recebidos são referentes a serviços de sondagem, avaliação da topografia e gerenciamento de obras prestadas pela empresa. Segundo ele, todos os contratos foram obtidos por meio de licitações.
Fonte: O Estado de S. Paulo
 
 

sábado, 15 de abril de 2017

Lula, você é a TRAIÇÃO - Lula desde os anos 70 já traía os trabalhadores

Emílio Odebrecht conta como Lula já defendia interesses da empreiteira desde os anos 70

Delator diz que empresa contribuiu para todas as campanhas do petista

Próximo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva há mais de trinta anos, o empresário Emílio Odebrecht relatou, em seu depoimento de delação premiada, como o ex-sindicalista que se tornou presidente da República ajudou, durante décadas, a empreiteira que leva seu sobrenome. 
Emílio conheceu Lula no fim da década de 1970, apresentado por Mário Covas, já falecido. Na época, o empresário enfrentava uma greve geral no Polo Petroquímico de Camaçari, na Bahia, e precisava de ajuda para aplacar os ânimos de seus funcionários. “Ele (Lula) criou as condições para que eu pudesse ter uma relação diferenciada com os sindicatos”, relata Emílio. [Lula era, foi e sempre será, um traidor nato. além das traições que fazia aos 'companheiros' filiados a sindicatos - durante a assembleia agitava para os operários optarem pela greve e após ia beber whisky com os patrões e combinar formas de neutralizar o movimento grevista.
Lula também foi informante do delegado Romeu Tuma, chefe do DOPS durante o Governo Militar.
Lula é o Silvério dos Reis dos tempos modernos. 
Seu codinome quando informante do DOPS era 'boi'] 

Rapidamente, a relação entre os dois se fortaleceu. Emílio diz que ficou impressionado com o petista: “Ele pega as coisas rápido. Ele percebe aquilo que tem a ver com intuição pura. É um animal político, um animal intuitivo”, diz o empresário.

E conta que sempre “apoiou Lula”, com conselhos e financeiramente. Um dos pontos em que o empreiteiro teria ajudado a orientar a visão de mundo do petista foi na confecção da famosa “Carta ao Povo Brasileiro”, o documento divulgado durante a campanha de 2002 por Lula para serenar os ânimos do mercado financeiro em relação a sua possível eleição.

Emílio diz que a Odebrecht contribuiu para todas as campanhas de Lula, mas que o petista nunca tratou de valores. Por outro lado, quando Lula finalmente virou presidente, qualquer que fosse o problema enfrentado pela empresa, Emílio ia até o Palácio do Planalto pedir a intervenção do chefe da República. E era quase sempre atendido.

Em alguns casos, Emílio precisou transpor obstáculos colocados pela ex-presidente Dilma Rousseff, quando ministra de Minas e Energia e depois da Casa Civil, e Lula deliberou pelo menos em uma ocasião em prol do amigo. Emílio só chamava Lula de “chefe”, mas parece se gabar de, apesar da proximidade, nunca ter tido relação íntima, ou ter frequentado a casa do petista: “Só estive uma vez no apartamento de Lula quando era sindicalista. E foi a melhor coisa que eu fiz. Pra ele e pra mim. A nossa relação, eu sou muito transparente. Eu gosto do Lula, confio nele, valorizo ele”, conta.

“BON VIVANT"
Uma preocupação grande de Emílio era quanto à possibilidade de “reestatização” da Petrobras. Um dia, quando já era real a chance de Lula se eleger, o empreiteiro procurou o petista e ele garantiu que não estatizaria o setor petroquímico. O empresário relembra uma conversa com o general Golbery Couto e Silva sobre Lula para dar sua visão sobre o ex-presidente:

“‘Emílio, Lula não tem nada de esquerda. Ele é um ‘bon vivant(teria dito o general). E é verdade. Ele gosta da vida boa, gosta de uma cachacinha, gosta de fazer as coisas e gosta de ver os outros, efetivamente, a coisa que ele mais quer é ver a população carente sem prejuízo, essa que é a versão mais correta, sem prejuízo de quem tem. Não é aquele negócio de tirar de um pra dar pro outro. Essa é a minha visão, por isso teve um alinhamento muito grande”.

Com Lula instalado no Planalto, Emílio tinha a liberdade de ir até o presidente e reivindicar que negócios feitos pela Petrobras em prejuízo da Braskem (braço da Odebrecht) fossem desfeitos, o que acabou acontecendo. Em outro momento, foi a Lula impedir que a Petrobras comprasse os ativos da Petroquímica Ipiranga, o que detonaria os planos da subsidiária da Odebrecht de espraiar seus mercados. “Como negócio, seria um desastre”, resume Emílio aos procuradores. Dois anos depois de conseguir impedir o negócio, a própria Braskem comprou a Petroquímica Ipiranga.

Mais adiante, já no segundo mandato de Lula, em 2007, Emílio precisou dele devido a um problema na hidrelétrica de Santo Antônio, no rio Madeira, obra tocada pela Odebrecth.  Uma das licenças ambientais que deveriam ser dadas ao empreendimento pelo Ibama estava travada por conta da reprodução dos bagres, que ocorria justamente no local previsto para a barragem. “Eu disse: ‘O país precisa de energia e vai ser paralisado por causa do bagre? O senhor precisa tomar uma decisão’. Ele perguntou se eu já tinha falado com a ministra Dilma eu disse que sim, mas que era inócuo. ‘O senhor já deve ter percebido que eu não tenho simpatia por ela, que é muito dona da verdade. É uma pessimista em tudo’”, relatou Emílio ao procurador, revelando que não estendeu a relação que mantinha com Lula à sua sucessora.

Lula encampou a tese da empreiteira e transformou o episódio do bagre em uma referência frequente em seus discursos sobre como havia demora excessiva na concessão de licenças ambientais. O caso marcou o enfraquecimento da então ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que acabou deixando o governo. As ajudas de Lula a Emílio foram recompensadas não apenas com as doações, que Emílio garantiu que ocorreram por meio de caixa um e caixa dois: “Fique certo: Lula não conversava comigo sobre isso, sobre os valores. Mas quero deixar uma coisa muito clara. Eu quando falava com (Pedro) Novis (presidente da Odebrecht antes de Marcelo Odebrecht assumir) e com Marcelo eu não dava a opção de dar ou não dar. Eu dizia: negociem, mas é para dar”.

SÍTIO DE ATIBAIA
Já no fim de 2010, quando Lula estava se despedindo da Presidência, Emílio relatou que o executivo da Odebrecht Alexandrino Alencar, que o ajudava a fazer a interface com Lula, contou que a ex-primeira-dama Marisa Letícia pediu um favor: que o empreiteiro ajudasse a concluir as obras do sítio de Atibaia para fazer uma surpresa ao presidente assim que seu período no comando do governo terminasse.

O empreiteiro explicou aos procuradores a sofisticada logística montada para executar a missão, tirando gente de várias obras da Odebrecht, mas sem que a empresa parecesse envolvida institucionalmente na empreitada. Ao todo, disse, a reforma custou mais de R$ 700 mil. Mas nem Lula nem Dona Marisa procuraram saber esse valor. “Ele (Alexandrino) me falou isso em outubro e se eu não me engano no penúltimo dia do ano, dia 30, eu estive com ele (Lula) no Palácio do Planalto e eu disse: ‘olha, chefe, o senhor vai ter uma surpresa e nós vamos garantir o cumprimento do prazo naquele programa do sítio’. Ele não fez nenhum comentário, mas também não botou nenhuma surpresa, coisa que eu entendi não ser mais surpresa. Quando foi que ele soube eu não sei. Por quem que ele soube, não sei. Por mim não foi”, explicou.

Emílio Odebrecht também disse que a empresa dele financiava palestras do ex-presidente Lula em países africanos para que a imagem da Odebrecht ficasse atrelada ao carisma do petista, como forma de impulsionar os negócios. Segundo Emílio, a empreiteira custeava o transporte, em aviões fretados, hospedagem e demais gastos do ex-presidente durante esses eventos. 

Os honorários era o próprio presidente quem definia: variavam entre US$ 150 mil e US$ 200 mil por palestra. Em troca, a empreiteira pegava carona na imagem de Lula e estampava seu logotipo nos eventos dos quais ele participava. O empreiteiro contou que apresentou Lula à elite e às autoridades africanas — e, a partir disso, passou a financiar as palestras que o petista fazia. “Quem introduziu o Lula fomos nós, em todos os países (da África) que nós levamos ele.”

INSTITUTO LULA
Emílio também disse que comprou um terreno em São Paulo, por meio de uma empresa de um laranja, para Lula instalar uma nova sede de seu instituto. No fim, o petista quis manter a sede onde ela já estava instalada, e o dono da Odebrecht vendeu o terreno.  Emílio Odebrecht também disse que Taiguara Rodrigues dos Santos, sobrinho de Lula, recebeu “cerca de US$ 200 mil” da empreiteira em Angola sem ter prestado nenhum serviço em troca. Segundo o delator, a empresa de Taiguara foi contratada a pedido de Lula para prestar serviço para a Odebrecht no país africano.


Depois de uns meses de trabalho, com a crise do petróleo em Angola, as oportunidades diminuíram para Taiguara e ele escreveu uma carta ao ex-presidente para reclamar da situação. Emílio soube da carta e logo providenciou um adiantamento para o sobrinho, por “serviços futuros”. Ainda segundo o delator, a contratação da empresa de Taiguara foi um pedido expresso de Lula a Alexandrino – que, por sua vez, pediu autorização ao dono da empresa para fazer o contrato e recebeu o aval dele. Emílio não soube dizer quanto o sobrinho do ex-presidente faturou durante o tempo que prestou serviço efetivamente.

“Numa viagem dessa para o exterior, Lula falou com o Alexandrino: ‘olha, eu tenho um sobrinho, que tem uma sociedade em Portugal, com um sócio português, e, se vocês puderem dar uma oportunidade de trabalho...’”, relatou Emílio Odebrecht.

Fonte: O Globo


terça-feira, 11 de outubro de 2016

O fim da bonança

Queda do preço do petróleo desmontou caixa de corrupção. Inquéritos começam a demonstrar que operações em Angola (e Venezuela) financiavam subornos da Odebrecht.

Passava da meia noite quando Taiguara Rodrigues chamou seu amigo Fábio Del Agnollo no WhatsApp: “Hoje, quando o HOMEM me ligou fiquei felizão”, escreveu. “Mandei SMS e 05 segundos ele me ligou... Quarta estarei com ele”.

Velhos amigos, eles seguiram rotas diferentes no mesmo ramo, o comércio, a partir da mesma cidade, Santos, no litoral paulista. Taiguara atravessou o Atlântico em 2004 e foi ganhar dinheiro em Angola, aproveitando a bonança do petróleo e a circunstância de ser identificado como “sobrinho” do então presidente do Brasil os laços não eram de sangue, mas de família, pois era sobrinho da primeira mulher do presidente.
“Que show. Ele gosta de vc bastante, nem”, respondeu-lhe Fábio. “Foi online”, contou Taiguara, “Ficou um puta tempo no telefone... Aí ele falou: ‘O que é que está acontecendo, companheiro?’”
“Contei em partes”, continuou Taiguara, “e pedi a reunião.”
“Vai mexer os pauzinhos a teu favor.”
“Vai! Sempre fez.”
“Mesmo tendo muita coisa, África, não pode parar assim, neh”
“Foi o que eu falei pro Presidente de lá... E falei pra ele: ‘Chefe, não me deixa morrer agora! Não estava preparado pra coisas pararem assim de repente... Ele entendeu e vai ajudar ...tenho certeza...”
"E o TIO dando um empurrãozinho... Vai andar...”
“Não tem um cara igual a esse na minha vida. Ele me trata melhor que os filhos”.

No verão daquela sexta-feira de verão, 31 de janeiro do ano passado, o petróleo caíra a um terço do que custava quando Taiguara, o “sobrinho” do presidente, sócio de uma empresa que nunca teve um único empregado, faturou US$ 20 milhões como contratada do grupo Odebrecht em obras do governo de Angola, financiadas com dinheiro do BNDES. 

Durante o ciclo de valorização do petróleo, a Odebrecht extraiu lucros anuais de US$ 1 bilhão na Petrobras e de US$ 500 milhões por ano em Angola e Venezuela. Entre 2004 e 2013, as empreiteiras brasileiras exportaram US$ 13 bilhões (R$ 42,9 bilhões) com apoio do banco estatal. O grupo Odebrecht ficou com US$ 7 de cada US$ 10 vendidos, somando US$ 9,8 bilhões, (equivalentes a R$ 32,3 bilhões). Concentrou 96% de todo o crédito público dado às exportações de engenharia.

O fim da bonança petrolífera deixou expostos buracos nas finanças dos governos de Angola e Venezuela, da Odebrecht e da Petrobras. As investigações sobre corrupção no Brasil começam a demonstrar que operações em Angola (e também na Venezuela) sustentavam os pagamentos de subornos da Odebrecht, em operações cruzadas entre Brasil-Portugal-Angola. 

Procuradores brasileiros indicam uma rede de negócios obscuros capitaneada pelo empreiteiro Marcelo Odebrecht, em parceria com o ex-presidente Lula e seu antigo ministro da Fazenda Antonio Palocci. As investigações estendem-se por três países. No Brasil concentra-se em Odebrecht, Lula e Palocci. O ex-ministro da Fazenda, por exemplo, foi preso sob a acusação de intermediar repasses ilegais de R$ 128 milhões, o equivalente a US$ 38,7 milhões, já identificados.

O “sobrinho” de Lula, Taiguara, e seus parceiros João Germano, empresário português, e Helder Beji, funcionário público angolano, são personagens de inquérito no Brasil e em Portugal, assim como os diretores do grupo Asperbras, de Penápolis (SP), cujos contratos em Angola teriam sido intermediados por Palocci. Dois diretores da Asperbras estão presos em Portugal. Seus acionistas, os irmãos Colnaghi, também são investigados na Suíça.
Depois da bonança, sobram agonias.

Fonte: José Casado, jornalista - O Globo

 

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

PF indicia Lula por suspeita de propina da Odebrecht a sobrinho - Lula é indiciado pela PF por contratos de sobrinho em Angola



Conforme o relatório dos investigadores aponta que "há indícios de vantagens auferidas pelo ex-presidente e seus familiares"

Valor da propina, segundo as investigações, é de R$ 20 milhões.
Indiciamento do ex-presidente é pelo crime de corrupção.
A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo crime de corrupção passiva, por ele ter, segundo as investigações, usado da influência do mandato que exercia  para favorecer o pagamento de propina da Odebrecht a um sobrinho, Taiguara Rodrigues. De acordo com a PF, a propina foi de R$ 20 milhões.

Além do ex-presidente Lula ser indiciado, Taiguara , Marcelo Odebrecht e mais sete executivos da empreiteira também foram indiciados por corrupção e lavagem de dinheiro. O indiciamento teve como base investigações da Operação Janus, que apura irregularidades no financiamento do BNDES para obras da Odebrecht em Angola. De acordo com as investigações, a empresa da qual Taiguara é sócio, a Exergia, fechou contrato com a Odebrecht em Angola graças à influência de Lula.

Por telefone, a assessoria do Instituto Lula informou que a defesa não teve acesso ao documento de indiciamento, e negou irregularidades nas contas do ex-presidente.  "A defesa do ex-presidente Lula não teve, ainda, acesso ao documento. O ex-presidente não ocupa cargo público desde 1º de janeiro de 2011, sempre agiu dentro da lei, antes, durante e depois de exercer dois mandatos eleito de presidente da República, tem todas as suas contas e as de seus familiares devassadas e não há nenhum centavo de irregularidade nas contas do ex-presidente. A defesa do ex-presidente vai analisar o indiciamento e considera que o ex-presidente é vítima de uma campanha que visa não a investigar fatos com seriedade, mas sim a gerar manchete difamatórias na imprensa",  afirmou a assessoria do ex-presidente.

A Operação Janus é um desdobramento do inquérito aberto em julho de 2015, a pedido da Procuradoria da República no Distrito Federal para apurar suposto tráfico de influência internacional do ex-presidente. Os investigados na operação são suspeitos de terem cometido crimes de tráfico de influência e lavagem de dinheiro, informou a assessoria da PF.

Fonte: O Globo

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Estrategista de araque



O chefão diz que quem iludiu milhões de eleitores conseguirá tapear seis senadores
“Dilma depende de mudar a cabeça de seis senadores. Não é uma missão impossível. Quem convenceu 54 milhões de brasileiros a votar nela, não vai ter dificuldade, se houver dedicação, de convencer seis senadores”. (Lula, na entrevista a jornalistas estrangeiros, sem explicar como vai tirar da cadeia o marqueteiro João Santana para fazer o que fez com o eleitorado na campanha de 2010 e tapear meia dúzia de senadores que acreditam em qualquer vigarice)

 O sobrinho de Lula transformou o parentesco num tipo de gazua

O sobrinho de Lula transformou o parentesco num tipo de gazua
Taiguara Rodrigues é uma prova ambulante de que a política externa da cafajestagem foi um grande negócio para a família do camelô de empreiteira

Em 2012, a Odebrecht descobriu que Taiguara Rodrigues era mais que um pequeno empresário que sobrevivia fechando varandas no litoral paulista. Ele era também sobrinho de Lula ─ e, portanto, um trunfo que a maior empreiteira do país não poderia desperdiçar.

Nos anos seguintes, Taiguara descobriu que certos parentescos são muito mais eficazes que qualquer gazua. E enriqueceu com negociatas bilionárias em Cuba, Angola e outros países controlados por ditadores amigos de Lula. Nenhum deles poderia recusar propostas apresentadas por um sobrinho do ex-presidente a quem tantos favores deviam.

Deviam a Lula, por exemplo, aqueles contratos que aumentaram em muitos milhões a própria fortuna e, simultaneamente, aumentar a popularidade com obras financiadas pelo BNDES e executadas pela Odebrecht. Se soubessem que Lula seria devidamente recompensado pela empreiteira, talvez fossem menos generosos com o sobrinho.

Nesta sexta-feira, Taiguara foi levado coercitivamente para contar a investigadores da Polícia Federal o que fez e o que sabe. O sobrinho guloso é mais uma prova ambulante de que a política externa da canalhice melhorou notavelmente a vida de alguns brasileiros. A Famiglia Lula, por exemplo, lucrou como nunca.

Fonte: Coluna do Augusto Nunes