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terça-feira, 5 de outubro de 2021

A mulher de 3,5 trilhões de dólares: senadora americana trava Biden - Blog Mundialista

O programa de gigantescos projetos sociais do presidente depende de dois senadores - e Kyrsten Sinema é o mais inesperado obstáculo

Kyrsten Sinema é bissexual. Pronto, tiramos o assunto do caminho. Muito mais incomum é a trajetória política que ela fez: foi da esquerda do Partido Verde para a direita do Partido Democrata.

A senadora pelo estado do Arizona e o colega Joe Manchin são os dois maiores obstáculos à gastança que Joe Biden quer liberar, com o apoio entusiasmado da ala de esquerda do partido, louca para ver 3,5 trilhões de dólares jorrando sobre vastos projetos sociais, de creches a projetos de transição para a economia verde.

Manchin sempre foi um moderado defensor do bom comportamento fiscal. A surpresa  é Sinema nessa dança pelos votos no Senado, onde o governo precisa dos 50 senadores que votam com os democratas, mais o desempate da vice-presidente Kamala Harris, para aprovar os projetos que têm apoio zero do Partido Republicano. Além de achar que o pacote de 3,5 trilhões é excessivamente gastador, ela também é contra aumento de impostos para as faixas de renda mais altas, outra heresia para os progressistas.

Tendo se transformado em alvo preferencial de múltiplas correntes esquerdistas, Kyrsten Sinema sentiu na pele o que é virar vilã: foi seguida, cobrada e filmada por um grupo de jovens militantes que a abordaram na saída da classe onde dá aulas para o curso de assistência social da Universidade do Estado do Arizona. Os ativistas entraram com ela no banheiro feminino e não largaram do celular nem no momento de intimidade que deveria ser protegido pelo direito à privacidade garantido a qualquer cidadão.

O vídeo viralizou e a senadora de 45 anos ganhou mais pontos com a direita, uma posição altamente improvável para uma política que gosta de usar roupas espalhafatosas, botas pelo meio da coxa, bijuterias gigantescas, perucas em tons de verde ou rosa, vestidos cavados e decotados, mostrando o corpo moldado em maratonas e competições de triatlo.

E na cabeça, o que vai?  “Às pessoas que gostam de achar que podem entendê-la, eu gostaria de dizer: não podem”, disse um integrante de seu círculo próximo a Maureen Dowd, que escreveu uma coluna no Times inevitavelmente fazendo um trocadilho com o sobrenome dela, de origem holandesa: Sinema estrela seu próprio filme. “Ela não pensa de modo linear, tipo ‘Ok, como isso pode impactar minha reeleição’. Ela simplesmente dança conforme sua própria música. Quando diz ‘Tenho coisas para fazer’, é porque tem planos. Às vezes, ela só está mais interessada em treinar para mais um Ironman. Palmas para ela. É como assistir um filme”, elogiou o confidente.

Na mesma linha, Sinema (pronuncia-se cínema) já foi chamada de esfinge e de Greta Garbo do Congresso. O Los Angeles Times disse que ela “faz a cabeça dos liberais explodir”, lembrando que sua “heresia” vai além de bloquear o pacotão de 3,5 trilhões: votou contra o aumento do salário mínimo para 15 dólares a hora e a favor da manutenção dos processos de obstrução no Senado, outra causa progressista que largou sem pestanejar os cílios postiços.

O espírito independente – ou qualquer outra coisa que explique o que vai pela cabeça de Sinema – já havia sido demonstrado quando ela era deputada e votou contra o acordo nuclear com o Irã. Joe Biden hoje está dando um duro danado para reativar o acordo renegado por Donald Trump e é difícil prever o que acontecerá se ele vier a ser novamente votado no Senado. Como mulher, com uma prática sexual minoritária, Kyrsten Sinema foi relativamente poupada pelos progressistas e ganhou elogios quando levou o lugar no Senado, um feito no Arizona.

Hoje, ela é mais popular em seu Estado entre as mulheres que normalmente votam em republicanos. Seus antigos adeptos a chamam de traidora e narcisista. Os assessores de Sinema gostam de plantar que ela se inspira no estilo de John McCain, o senador republicano pelo Arizona que, depois de ser impiedosamente chicoteado pela imprensa liberal quando disputou a presidência com Barack Obama, tornou-se objeto de culto ao se estranhar com Donald Trump.

Sinema diz que McCain é um “herói pessoal” e tenta imitar o estilo cáustico do senador.  A um repórter que, numa entrevista de corredor do Congresso, perguntou o que diria aos progressistas frustrados por não saber de que lado ela está, Sinema respondeu: “Estou no Senado”. O repórter insistiu que também no Senado havia progressistas frustrados por não saber onde exatamente ela se situa.“Estou claramente em frente do elevador”.

O estilo esfinge da senadora vai resistir às realidades da política? 
Ela aceitará uma solução negociada para o pacotão? 
Até que ponto está disposta a comprar briga ou a ceder?
E quando disputará o próximo Ironman?
O filme de Kyrsten Sinema por enquanto é de suspense.
 
Blog Mundialista - Vilma Gryzynski - VEJA
 
 

segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Ancine se curva a Bolsonaro e rescinde apoio a filmes com temáticas gay e negra - O Globo



Por Lauro Jardim
Apenas três semanas após a Ancine aprovar a “concessão de apoio financeiro” para que dois filmes nacionais participassem do Festival Internacional de Cinema Queer, a agência mudou de ideia  — e rescindiu o termo de permissão, que dava aos produtores de "Greta" e “Negrum3”, uma ajuda de custo de R$ 4,6 mil para cada um participar do evento que se realiza a partir desta sexta-feira, em Lisboa. [esse tal de Queer realizou atividades no Brasil, foi tão imoral em sua apologia a zoofilia, pedofilia, ideologia de gênero e temas assemelhados que o Banco Santander, que iniciou o patrocínio, foi pressionado por seus clientes e desistiu de financiar a pouca vergonha.
Debochou dos valores cristãos - mas são tão covardes, que em momento algum fizeram qualquer referência aos valores muçulmanos, entre eles o profeta Maomé.]
A temática dos dois filmes tem tudo o que Jair Bolsonaro manifestamente não gosta de ver nas telas: negritude e homossexualidade.
*“Negrum3” tem este resumo oficial:
  “Entre melanina e planetas longínquos, Negrum3 propõe um mergulho na caminhada de jovens negros da cidade de São Paulo. Um filme‐ensaio sobre negritude, viadagem e aspirações espaciais dos filhos da diáspora”.
*“Greta”, estrelado por um dos maiores atores do Brasil,  Marco Nanini, foi selecionado para o Festival de Berlim deste ano. No filme, Nanini interpreta um enfermeiro homossexual que é fã ardoroso de Greta Garbo.

A marcha a ré da Ancine no caso destes dois filmes revela que a recente troca de comando na agência — Christian de Castro foi afastado da presidência por força de decisão judicial e Alex Braga assumiu parece não ter afetado a caminhada da agência para a rota conservadora.

Lauro Jardim - Blog em O Globo



quarta-feira, 11 de julho de 2018

‘A Dama das Camélias’

Como ouvidoria de luxo de privilegiados, o Supremo ameaça a ordem democrática...

Toninho Drummond, jornalista admirado de quem fui amigo, contou-me certa vez que em 1937 o Cine Glória, da sua Araxá, anunciou a apresentação do filme A Dama das Camélias, dividido em duas partes. Sucesso total, e antes da segunda sessão na mesma semana, a mulher mais cobiçada da cidade confessou, sedutora, ao jovem operador do cinema que seria a pessoa mais feliz do mundo se Marguerite, a heroína, não morresse no final. Seduzido, o operador foi à luta munido de uma tesoura: reeditou o drama para fazer a vontade da insinuante dama. Cortou as cenas finais, substituiu-as por outras e assim Greta Garbo termina aos beijos com Robert Taylor, transformando a tragédia em farsa. Terminada a segunda sessão choveram protestos de leitores da obra original de Alexandre Dumas. O prefeito Antônio Vilas Boas, nomeado depois ministro do STF, estimulou a ira do promotor Christiano Barsante a agir contra o manipulador apaixonado. Chamaram o projecionista. “Semana passada assisti a este mesmo filme em Uberaba. A atriz morre tuberculosa no final. E aqui não?”, interpelou ameaçador, como é costume entre promotores aliados de juízes. “Uai, doutor" fulminou o responsável pela projeção, “ela sarou, todo mundo sabe que o clima de Araxá é muito melhor do que o de Uberaba”.

Não precisamos mexer na fita, caçar vilões com impropérios, manipular sonhos, usar o humor para acostumar o País a cretinos. Não queremos um leão, tigre, águia ou abutre que domine por violência e medo. Precisamos de um cisne que atravesse as águas com grandeza e coragem, a majestade de saber que não fará mau uso do seu poder. Não precisamos de uma geração de vingadores, nem de inimigos arrogantes do mal. Precisamos de uma República tranquila onde o povo não tema seu governante e veja nele sinceridade, concórdia e compromisso.

O País segue joguete da marca de Caim. Não há conflito elevado entre concepções do Direito e sua relação com as questões morais. Há soberba de infelizes juízes que, devendo obséquios a culpados, levam a magistratura a contribuir para a radicalização política aceitando petições atravessadas por poderosos como se a toga fosse traje de bordel sem alvará.

Há um dilaceramento provocado pela política na alma do brasileiro que o fez deixar de acreditar na superioridade do trabalho e na simplicidade do dever. A população não está conseguindo acompanhar o ritmo da vida cada vez mais dura, ostensivamente miserável para o batalhador, suntuosamente privilegiada para o jogador. A riqueza sem lastro ou refinamento desmoraliza a vocação e o esforço para a produtividade. Todo dia quem trabalha é assediado por jogos obscuros promovidos pelo tumulto de personalidades malévolas que ocupam postos muito altos nas principais instituições. Autoridades incapazes de enfrentar a batida do tempo deixam desconsolada e confusa a juventude, que se agride, se mata, se droga, diante deste naufrágio que virou a vida normal entre nós.

A popularidade de um político preso por corrupção beira o obsceno. Manipula o filme da cadeia seguro de que fundou novo conceito do uso do Estado e da Justiça. Deu identidade política ao desprezo pelo plausível e ancorou a farsa no governo como se fosse indignação. Impôs a improvisação e o privilégio como política pública e viu todas as classes se adaptarem sem dificuldade. Criou outra pele para a Nação, sob o açoite do interesse pessoal.  Assim, sem fundamentar a reunificação nacional num plano altamente espiritual em que as instituições públicas renunciem a esse poder viciado que receberam quase como cúmplices, não será possível mudar o timbre de ódio, inveja e bajulação que prevalece. O privilégio é a causa da pane do nosso boletim civilizatório.

Para outubro a confusão ampliada por juízes impunes já apresenta 18 candidatos a presidente com destaque para um falacioso destrutivo, um experiente meio bravo, um eficiente gestor traído, uma solitária de bom espírito, um preso que amedronta o Supremo com seus segredos e usa esse medo para solidificar a versão de que o cálculo político da sua condenação é superior à sua desonestidade como encarcerado. A perda de élan da Justiça diante do réu tornou-se um caso pejorativo. Parem, o Brasil não tem mais força para revidar a esse carrasco sem dó que é a corrupção velada pela Justiça.

São 35 partidos em campanha, incapazes de dar consistência partidária às ideias dos candidatos. Nenhuma preocupação com a articulação parlamentar para produzir a maioria política que estabilize um governo no presidencialismo. Candidato sério não se pode considerar independente da desordem partidária. Quem não estrutura sua base de apoio desde já, para legitimá-la pela urna, terá de fechar negócios depois de eleito, na feira que é a elefantíase do sistema político.  A verdade é um patrimônio da tradição. E faz parte da verdade que onde há reeleição é fundamental a função presidencial no concerto do processo sucessório, ou como candidato, ou como maestro. Especialmente agora que a eleição, garantida pela serenidade do presidente, se tornou a única premissa para que a ordem constitucional continue sendo considerada.

O Supremo, como ouvidoria de luxo de privilegiados, ameaça a ordem democrática ao querer harmonizar moralismo com autointeresse. Nada teme, “sobe aos céus e joga Deus por terra” para seguir na sua atmosfera de fogueteiro cuja função é agravar o desalinho do eixo gravitacional do governo.

De forma engenhosa, Temer construiu um modelo de equilíbrio entre uma agenda reformista na economia e uma postura conservadora na política, e se tornou o mais barato presidente do País em relação aos mecanismos tradicionais de obtenção de apoio parlamentar para fazer reformas. O que incomodou os que não querem mudança e partiram para manipular o andamento do filme sucessório, estimulados pelo fantasma regressivo que intimida maus juízes.
 

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Nelma Kodama: ‘A tornozeleira eletrônica me dá alergia’



Doleira relembra a vida na prisão e, com dívida de 15 milhões de reais, afirma: 'Sou devedora, mas vou pagar tudo. Prometo'

Em entrevista a VEJA, a doleira Nelma Kodama – a quem o juiz Sergio Moro atribuiu uma “personalidade voltada para o crime” — afirma que a sua desgraça começou quando se apaixonou desconcertantemente por Alberto Youssef, mas não o culpa por isso. Diz ter alergia à tornozeleira e, com uma dívida de 15 milhões de reais, jura que nunca mais vai cometer crimes.
A doleira Nelma Kodama em seu apartamento (Jefferson Coppola/VEJA)

A senhora imaginou que um dia seria presa? Sim. Sempre pensava que podia sair de casa e não voltar mais, pelo risco de ser presa ou assassinada. Vivia na sombra. Quando conhecia alguém, não podia dizer o que eu fazia. Por isso, acabava me relacionando só com quem era do ramo. Usava pseudônimos: era Maria Eugênia, Greta Garbo, Angelina Jolie, Cameron Diaz… Saí de casa para pegar um avião rumo à Itália há dois anos, fui presa em flagrante e só voltei para casa há três semanas.

A senhora namorou três doleiros. Foi o amor que a arrastou para o crime? Não. O amor é uma coisa boa. Não posso dizer que algo tão bonito leve alguém para trás das grades. Fui presa porque sou uma criminosa.

Logo que começou a namorar o doleiro Alberto Youssef, a senhora intensificou suas atividades. Ele tem responsabilidade pela sua situação atual? De fato, quando o conheci, prosperei no crime, mas já estava nele. A minha paixão era uma coisa à parte e me fez perder a noção. De fato, quando me envolvi com ele, prosperei no crime. Mas não posso por a culpa só nele porque eu não agia com uma arma apontada para a minha cabeça.

Na sua sentença, o juiz Sergio Moro escreveu que a senhora tem a personalidade voltada para o crime. Isso é verdade? Sim. Mas um desembargador disse em outro despacho que ninguém pode ser condenado pela personalidade.

Por que a senhora diz que chega a ter saudade da cadeia? Porque lá dentro todo mundo é igual. Não importa se você é empresário, empreiteiro, deputado, tesoureiro, homicida, lobista, traficante. Por isso usamos uniforme. Aqui fora somos diferentes.

A Justiça deve tomar tudo o que é seu. Tem medo da queda no padrão de vida? Que padrão? Na cadeia, eu dormia numa cama de alvenaria em uma cela menor do que o meu closet. Vou recomeçar minha vida do zero.

Se conseguisse voltar no tempo, o que faria de diferente? Não me envolveria com o Alberto Youssef. Fui cega de paixão por ele.

O Ministério Público sugeriu que a senhora fosse condenada a 47 anos de cadeia, mas a Justiça lhe deu uma sentença só de 12 anos. Acha a sua pena justa? Eu acho que foi justa sim, porque eu cometi crimes e estou pagando por eles. Fiquei mais de dois anos no regime fechado e agora estou presa em casa sem nada. Estou pagando por tudo o que eu fiz. Nada mais justo.

Apesar disso, ainda responde a 15 inquéritos. Tem medo de voltar para a cadeia? Eu só teria medo de voltar para a cadeia se cometesse um novo crime. Como eu não vou fazer isso, não tenho esse receio. Vou reestabelecer a minha vida com a ajuda de Deus.

A tornozeleira incomoda? Incomoda porque eu não posso tirar. Também me deu alergia e fico com a perna coçando. Mas não posso reclamar. Melhor estar com ela aqui em casa do que sem ela e na prisão.

Vai voltar a cometer crimes? Não. Vou recomeçar a minha vida de outra forma. Só não sei como porque tudo é muito recente. Acabei de sair da cadeia. A ficha ainda não caiu. Vivo um dia de cada vez. Só sei que não vou voltar ao crime porque não quero prejudicar ninguém, nem magoar ainda mais a minha família.

Qual a maior lição que tirou da cadeia? Saí da cadeia uma pessoa melhor do que entrei. Todo dia eu aprendia coisas novas, como limpar um chão, um banheiro. Hoje, faço uma faxina como ninguém.

Com encara a sua condenação do ponto de vista espiritual? Deus me deu o livre arbítrio e eu me desviei para o mundo do crime. Ele viu tudo lá do alto e disse: “Para, Nelma!”. Mas eu não parei. Aí Ele disse: “Ah é? Vou te guardar dentro da cadeia para você ficar sem contato com a vida aqui fora”. Foi o que aconteceu. Na cadeia, eu morava dentro de um banheiro, numa cela de três por dois metros quadrados. O vaso sanitário fica ao lado da cama.

Logo que chegou à cadeia, a senhora reclamou da comida. Conseguiu se adaptar ao bife com arroz e feijão? Demorei a me adaptar não à comida, mas ao fato de não poder mais escolher o que comer. Com o tempo, passei a aceitar. Na cadeia, se o preso não comer o que é servido, ele morre de fome.

Assim que saiu da cadeia, qual foi a primeira coisa que a senhora fez? Na prisão, quando eu tomava banho de sol, tentava olhar o céu pela grade do teto. Mas a imagem era sempre quadrada. Quando eu saí, a primeira coisa que fiz foi olhar para o alto para ver o firmamento completo, com sol e horizonte. À noite, vi a lua e as estrelas pela primeira vez em dois anos.

A senhora está fora da cadeia, mas tem uma dívida de 15 milhões de reais. Está conseguindo dormir? Estou desesperada. Nem sei como vou pagar as minhas dívidas. É muito ruim dever, seja 15 milhões ou 5 reais. Se eu tivesse essa dívida na época que mexia com dólar, pagaria rápido. Mas não posso mais operar com câmbio.

Em sua delação, a senhora entrega gente criminosa envolvida até com tráfico de drogas. Não tem medo de ser assassinada? Se eu morrer assassinada, não terei tempo para ter medo. Aliás, a gente pode morrer a qualquer momento. Basta estar vivo para isso. Posso morrer atravessando a rua ou de ataque cardíaco.

Um médico de Curitiba diz que senhora deve 60 000 reais a ele. O seu ex-advogado lhe cobra 1 milhão em honorários. Como vai pagar? Não tenho dinheiro nem para comprar um pão na padaria. Mas, se eu devo, vou ter de pagar. Basta provar que tenho a dívida. Queria que as pessoas entendessem que minha vida financeira está zerada, ou melhor, negativa. Sou devedora, mas vou pagar tudo. Prometo.

Como a senhora conseguiu esconder 200 000 euros na calcinha? Não sei de onde inventaram isso. Acho que foi algum jornalista criativo. Duzentos mil euros divididos em dois pacotinhos fazem um volume bem pequeno. Eles estavam guardados nos bolsos de trás da minha calça. Sem falar que por dinheiro nas partes íntimas não é legal. É anti-higiênico e nada sensual.

Fonte: Revista VEJA