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quinta-feira, 31 de maio de 2018

Greve de caminhoneiros deixa rastro de prejuízos bilionários em todo o País

Com protestos no fim, crise de desabastecimento começa a ser revertida, mas efeitos na economia ainda vão perdurar por muito tempo; perdas com a greve superam R$ 75 bi



Apesar de alguns pontos de manifestação ainda espalhados pelo País, a paralisação dos caminhoneiros dá claros sinais de que chegou ao fim. Em todos os Estados, a vida começa a voltar ao ritmo normal. O quadro de desabastecimento inicia sua reversão: o combustível está chegando aos postos, os alimentos voltam aos supermercados. Os reflexos da crise provocada pelos protestos, porém, ainda devem perdurar por bastante tempo. Nem todos os setores têm um levantamento das perdas. Quem já fez essas contas mostra que o prejuízo será contabilizado na casa dos bilhões. O número dos setores consultados pelo Estado já chega a pelo menos R$ 75 bilhões em perdas.
Mas o impacto na economia será bem maior. Economistas já levam em conta os efeitos da greve nas revisões, para baixo, que vêm fazendo para o desempenho do PIB. O número, que era próximo de 3% no início do ano, agora é de 2%. E há outros efeitos. O governo teme que a paralisação dos motoristas abra caminho para outras greves de forte impacto no País. Os petroleiros já seguiram esse caminho. [atualizando: petroleiros amarelaram e suspenderam o motivo por tempo indeterminado - o 'indeterminado' tem o sentido mais de ano que vem do que próximos dias.].]

Perdas. As projeções preliminares de diversos segmentos da economia após dez dias de greve dos caminhoneiros apontam para perdas de mais de R$ 75 bilhões. Em alguns casos, os prejuízos ainda podem aumentar mesmo após o fim do movimento, pois, dependendo do tipo de atividade, a retomada poderá levar de uma semana a 20 dias.
Também há preocupação sobre como será a volta das atividades. “Não sabemos ainda, por exemplo, como será precificado o aumento do frete”, afirma José Carlos Martins, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic). “Dá arrepios só de pensar.”  O setor calcula que deixou de gerar, até agora, R$ 3,8 bilhões, e precisará de duas a três semanas para retomar totalmente as atividades.

A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) estima que as áreas de comércio e serviços deixaram de faturar cerca de R$ 27 bilhões entre os dias 21 e 28.  “São nítidos os transtornos causados pelo desabastecimento generalizado, que pode provocar danos ainda maiores ao País, como aumento do desemprego, falta de gêneros alimentícios, estoques, baixo fluxo de vendas e prejuízo ao desenvolvimento econômico”, diz o presidente da Fecomércio de Minas Gerais, Lúcio Emílio de Faria Júnior.  Os supermercados contabilizam R$ 2,7 bilhões em prejuízos. Para os distribuidores de combustível, as perdas já atingem R$ 11,5 bilhões.

Volta lenta
Com menos bloqueios nas estradas e a volta, lentamente, do abastecimento de combustíveis, algumas empresas estão retomando operações. Das 167 unidades produtoras de aves, ovos e suínos que estavam paradas em todo o País, 46 reiniciaram atividades nesta quarta-feira, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). As empresas do setor acumulam prejuízos de R$ 3 bilhões e perderam 70 milhões de aves, mortas por falta de ração. Com parte do abastecimento retomado, a mortandade deve acabar.

Segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), a cadeia produtiva da pecuária de corte deixou de movimentar entre R$ 8 bilhões e R$ 10 bilhões. Os produtores de leite perderam R$ 1 bilhão, parte disso com o descarte de mais de 300 milhões de litros de leite. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) calcula que produtores em geral devem levar de seis meses a um ano para se reestruturarem.

O setor têxtil estima perdas de R$ 1,8 bilhão e, até quarta-feira, ainda tinha cerca de 70% das empresas paradas ou prestes a parar. A previsão da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) é de que serão necessários pelo menos 20 dias para que a situação seja normalizada.  Carros. Na indústria automobilística quase todas as fábricas estão paradas desde sexta-feira. O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Antonio Megale, diz que “a maioria retomará a produção, de maneira gradual, a partir de segunda-feira”. As unidades da Fiat em Minas Gerais e da Jeep em Pernambuco voltam a operar nesta quinta-feira.

A Anfavea não divulgou prejuízos, mas, com base na produção média de veículos em abril, cerca de 51 mil veículos deixaram de ser fabricados. O resultado deste mês poderá interromper uma sequência de 18 meses de alta na comparação interanual.  Até terça-feira as vendas do setor tinham caído 11% em relação a abril (para 192,8 mil unidades), mas ainda devem superar o volume de maio de 2017, de 195,6 mil unidades.
A indústria química soma R$ 2,5 bilhões em perda de faturamento e calcula em dez dias o período para retomada de atividades. 

Economia - O Estado de S. Paulo 

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Paes fosse menos boquirroto seguiria o exemplo da Rio 2016 - Jungmann chama de amador grupo de suspeitos presos por terrorismo



Após prisões, Paes diz estar tranquilo em relação a terrorismo no Rio - Prefeito disse que ação da polícia demonstra preparo
Após a prisão de dez suspeitos acusados de integrarem uma célula que planejava ações terroristas na Olimpíada, o prefeito Eduardo Paes voltou a afirmar que a cidade não corre risco de ataque durante os Jogos. Paes falou sobre o assunto durante a inauguração da segunda galeria do túnel da Via Expressa, no início da tarde desta quinta-feira.  — É uma notícia que me alivia. Eu estava tranquilo e continuo da mesma maneira. Essa é uma área que eu não interfiro, mas estou sempre acompanhando de perto o trabalho das forças de segurança do país. A gente não corre risco, e essas prisões demonstram o preparo de nossos agentes — disse Paes.

Por ora, a Rio 2016 informa que não vai se pronunciar sobre a operação da Polícia Federal. Na manhã desta quinta-feira, dez brasileiros suspeitos de preparem atos terroristas durante a Olimpíada do Rio foram presos pela Polícia Federal, de acordo com o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, em entrevista coletiva. Foram expedidos 12 mandados de prisão temporária por 30 dias, em dez estados. As prisões, feitas no Amazonas, Ceará, Paraíba, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul, segundo adiantou o colunista do GLOBO, Lauro Jardim. Um menor foi apreendido na operação.

Ministro diz que mulher de um dos detidos teria colocado informações no Facebook
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, classificou de amador o grupo terrorista preso nesta quinta-feira. Segundo ele, o grupo passou de uma possibilidade (de ameaça) para uma probabilidade ao começar a preparar um ato terrorista. O ministro afirmou que os serviços de segurança já vinham monitorando os suspeitos há algum tempo. - Vocês chegaram a ver o vídeo que eles divulgaram? É de um amadorismo... E me permitam o linguajar um tanto vulgar: uma “porralouquice”. De fato, é um grupo que não tem nenhuma tradição, preparativos históricos, nada. São jovens e nós sabíamos quantos eram, quem eram e não podíamos postergar - afirmou.

O ministro disse que o grupo já vinha sendo monitorado há algum tempo. E que seus membros se comunicavam entre si e com membros do Estado Islâmico através da internet, pelo canal Telegram. - O grupo passou aquela linha que nós não admitimos que passe. Ou seja, começaram a fazer preparativos para um ato terrorista. Eu fui o redator da lei que tipifica o ato de terrorismo. E o preparativo é crime, e a legislação é muito dura. Quando eles transpuseram o limite entre uma conversação com o Estado Islâmico e começaram a tomar algumas medidas de preparação, a partir desse instante, nós buscamos uma ordem judicial, e todos eles foram detidos. E devem assim permanecer. O juiz da vara cobrou sigilo para todas essas questões. Mas tive informações de que a mulher de um deles teria colocado a questão no Facebook - contou. 

Jungmann também ressaltou a preocupação que todo mundo viver hoje em razão dos atentados do Estado Islâmico. - Preocupação hoje no mundo, indistintamente, todos têm. Está provado e comprovado pelos últimos acontecimentos em Nice. O que aconteceu em Orlando, na Bélgica, em Istambul. Em todo lugar, evidentemente temos que ter essa preocupação. Seria ilegítimo alguém dizer que não tem.

As declarações foram feitas nesta quinta-feira durante visita à estrutura de comunicação do Comando de Defesa Setorial (CDS) Deodoro, composta por dois módulos, um móvel e um fixo: o Centro de Coordenação de Operações Terrestres Interagências (CCOTI), que integra o Projeto Estratégico do Exército (PEE) Proteger e o Centro de Operações do CDS local. Os oito Jeeps e cinco caminhões vindos de quatro estados além do Rio possuem câmeras que podem dar suporte ao controle fixo em casos extremos como combate ao terrorismo, situações de calamidade pública e apoio a grandes eventos. A conexão é via satélite. O aparato custou R$ 25 milhões.



Fonte: O Globo