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domingo, 7 de agosto de 2016

Paes, um prefeito bem trapalhão

Paes sempre ardeu na tocha das vaidades. Pelo bem do Brasil e dos atletas, desejo toda a sorte a ele 

O sapato furado do prefeito Eduardo Paes, flagrado na entrevista ao jornal O Globo, mostra que ele vem gastando muita sola nas ruas. O prefeito hiperativo do Rio olímpico estava de terno sem gravata, como de hábito, disse estar dormindo só três horas por noite, e pediu trégua. “Não para mim, mas para a cidade.”

A trégua será automática se a Olimpíada transcorrer em relativa paz e com poucas falhas de organização. Não há implicância pessoal com o Rio de Janeiro. Ao contrário. Existe até benevolência. Se fizer sol, então, o carioca e o turista aproveitarão cada minuto de luz, beleza e festa nesse cenário de águas e montanhas. Já é assim no Porto Maravilha, na Praça Mauá, no Museu do Amanhã, no VLT (Veículo Leve sobre Trilhos). São legados positivos de um prefeito que às vezes lembra o comediante Peter Sellers, no filme Um convidado bem trapalhão (The party).

Paes espera ser vaiado na festa de encerramento da Olimpíada 2016. Foi o que disse ao presidente interino, Michel Temer: “Fique tranquilo que o senhor receberá a vaia da largada, e eu recebo a da saída”. Por que tudo mudou tão rápido? Em 2012, Paes foi reeleito no primeiro turno com votação recorde: 64,60% dos votos válidos. Mais de 2 milhões de eleitores renovaram a confiança nele. Era um dos prefeitos mais populares do Brasil. 

Elogiado pela capacidade de trabalho, pelo amor ao Rio, pela visão de administrador. “Vou trabalhar muito. Dar a cara a tapa, sem receio de voltar atrás caso tome alguma atitude errada”, disse ao ser reeleito. Trabalhou muito – ninguém nega – e hoje leva tapas a torto e a direito. Pede desculpas a toda hora pela verborragia e por “imprevistos”. A queda da ciclovia, o ápice dessa onda negativa, ele chama de “a cereja ruim do bolo”. Paes foi atropelado pela crise nacional. Seus maiores parceiros eram o “padrinho” Sérgio Cabral e a “presidenta” Dilma Rousseff. Ambos caíram em desgraça, ele ficou sem pai nem mãe.

Paes não cumpriu uma série de promessas de campanha, da habitação popular à educação e saúde públicas. As Clínicas da Família e as UPAs carecem de eficiência, nada de ensino integral, cadê as 50 mil novas casas populares? A plataforma de Paes era incrível! Cultura, lixo, esgoto, produções culturais, UPP social, asfalto liso, iluminação. Não deu. Ele dirá que deu e apresentará números verdadeiros e fantasiosos.

Mas Paes teve a coragem de derrubar aquele viaduto horrendo, o Elevado da Perimetral, e revitalizar a zona portuária a decadência daquele lugar lindo não fazia jus ao Rio. Nenhum outro prefeito teria peitado a enxurrada de críticas que se seguiu. Nenhum. E hoje fica todo mundo maravilhado com o novo espaço. O BRT – corredor exclusivo dos ônibus – era uma necessidade óbvia e antiga para o transporte no Rio. Óbvia, mas quem fez foi Paes. Então, não dá para achar que tudo foi obra divina.

Sempre foi falastrão e presepeiro. Em 2016 se superou. Seu diálogo gravado com Lula, dizendo que o ex-presidente tinha “alma de pobre” por ter sítio e barquinhos em Atibaia, menosprezando a cidade fluminense de Maricá naquela linguagem de falso malandro carioca, foi uma mancha indelével. Brincadeira de mau gosto, disse. Pediu desculpas, envergonhado. Mas não parou de ser Paes.

Já na pré-Olimpíada, disse que ia botar um canguru pulando para a delegação australiana se sentir em casa. Reagia com uma piadinha inadequada à justa queixa do mau estado dos apartamentos da Vila dos Atletas. Pediu desculpas, deu a chave da cidade para a delegação. Ganhou um canguruzinho de presente.  Disse agora que o Rio “não pode pagar conta de caviar para os outros” – os integrantes do Comitê Olímpico Internacional. O presidente do COI, Thomas Bach, ficou irritado. Brincadeira. Paes ainda não pediu desculpas. Para a surpresa de todos, o prefeito pegou a tocha olímpica e saiu correndo com ela, quebrando a regra internacional que proíbe esse privilégio a políticos no cargo.

Paes sempre ardeu na tocha das vaidades. Durante a campanha de reeleição, em julho de 2012, ao inaugurar a primeira fase das obras da zona portuária, ele chegou a pensar em se fantasiar de Pereira Passos, prefeito do Rio entre 1902 e 1906, responsável pela maior reforma urbana da cidade. Assessores convenceram Paes a desistir da pataquada. Um ator representou Pereira Passos.

Além de vaidoso, teimoso. Talvez pague pela insistência em apoiar Pedro Paulo como seu sucessor na prefeitura do Rio. Não há como engolir toda a história cabulosa das agressões do deputado à ex-mulher. Não engulo. Desejo a Paes toda a sorte do mundo na Olimpíada. Pelo bem do Rio, do Brasil, dos atletas e dos amantes dos Jogos. O prefeito já disse o que fará depois. “Vou tomar um porre. Vou ouvir samba e beber cerveja.” Cuidado com a ressaca.

Fonte: Ruth de Aquino - Época 
 

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Paes fosse menos boquirroto seguiria o exemplo da Rio 2016 - Jungmann chama de amador grupo de suspeitos presos por terrorismo



Após prisões, Paes diz estar tranquilo em relação a terrorismo no Rio - Prefeito disse que ação da polícia demonstra preparo
Após a prisão de dez suspeitos acusados de integrarem uma célula que planejava ações terroristas na Olimpíada, o prefeito Eduardo Paes voltou a afirmar que a cidade não corre risco de ataque durante os Jogos. Paes falou sobre o assunto durante a inauguração da segunda galeria do túnel da Via Expressa, no início da tarde desta quinta-feira.  — É uma notícia que me alivia. Eu estava tranquilo e continuo da mesma maneira. Essa é uma área que eu não interfiro, mas estou sempre acompanhando de perto o trabalho das forças de segurança do país. A gente não corre risco, e essas prisões demonstram o preparo de nossos agentes — disse Paes.

Por ora, a Rio 2016 informa que não vai se pronunciar sobre a operação da Polícia Federal. Na manhã desta quinta-feira, dez brasileiros suspeitos de preparem atos terroristas durante a Olimpíada do Rio foram presos pela Polícia Federal, de acordo com o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, em entrevista coletiva. Foram expedidos 12 mandados de prisão temporária por 30 dias, em dez estados. As prisões, feitas no Amazonas, Ceará, Paraíba, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul, segundo adiantou o colunista do GLOBO, Lauro Jardim. Um menor foi apreendido na operação.

Ministro diz que mulher de um dos detidos teria colocado informações no Facebook
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, classificou de amador o grupo terrorista preso nesta quinta-feira. Segundo ele, o grupo passou de uma possibilidade (de ameaça) para uma probabilidade ao começar a preparar um ato terrorista. O ministro afirmou que os serviços de segurança já vinham monitorando os suspeitos há algum tempo. - Vocês chegaram a ver o vídeo que eles divulgaram? É de um amadorismo... E me permitam o linguajar um tanto vulgar: uma “porralouquice”. De fato, é um grupo que não tem nenhuma tradição, preparativos históricos, nada. São jovens e nós sabíamos quantos eram, quem eram e não podíamos postergar - afirmou.

O ministro disse que o grupo já vinha sendo monitorado há algum tempo. E que seus membros se comunicavam entre si e com membros do Estado Islâmico através da internet, pelo canal Telegram. - O grupo passou aquela linha que nós não admitimos que passe. Ou seja, começaram a fazer preparativos para um ato terrorista. Eu fui o redator da lei que tipifica o ato de terrorismo. E o preparativo é crime, e a legislação é muito dura. Quando eles transpuseram o limite entre uma conversação com o Estado Islâmico e começaram a tomar algumas medidas de preparação, a partir desse instante, nós buscamos uma ordem judicial, e todos eles foram detidos. E devem assim permanecer. O juiz da vara cobrou sigilo para todas essas questões. Mas tive informações de que a mulher de um deles teria colocado a questão no Facebook - contou. 

Jungmann também ressaltou a preocupação que todo mundo viver hoje em razão dos atentados do Estado Islâmico. - Preocupação hoje no mundo, indistintamente, todos têm. Está provado e comprovado pelos últimos acontecimentos em Nice. O que aconteceu em Orlando, na Bélgica, em Istambul. Em todo lugar, evidentemente temos que ter essa preocupação. Seria ilegítimo alguém dizer que não tem.

As declarações foram feitas nesta quinta-feira durante visita à estrutura de comunicação do Comando de Defesa Setorial (CDS) Deodoro, composta por dois módulos, um móvel e um fixo: o Centro de Coordenação de Operações Terrestres Interagências (CCOTI), que integra o Projeto Estratégico do Exército (PEE) Proteger e o Centro de Operações do CDS local. Os oito Jeeps e cinco caminhões vindos de quatro estados além do Rio possuem câmeras que podem dar suporte ao controle fixo em casos extremos como combate ao terrorismo, situações de calamidade pública e apoio a grandes eventos. A conexão é via satélite. O aparato custou R$ 25 milhões.



Fonte: O Globo