Com discurso mais liberal adotado nos últimos dias, o pré-candidato à Presidência e deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) não deixou as polêmicas de lado nesta segunda (27). Ele defendeu, por exemplo, a participação dos 20 policiais que estão envolvidos na morte de 356 pessoas no Rio de Janeiro. "Policial que não mata não é policial", disse Bolsonaro em evento promovido pela revista "Veja" ao comentar reportagem publicada pelo jornal "O Globo". Segundo ele, esses policiais devem ser condecorados. [os bandidos precisam ser convencidos, custe o que custar, a respeitarem a Policia; nos bons tempos do Brasil, a simples menção 'polícia' já era suficiente.
Hoje os bandidos desafiam, provocam a polícia.
Agem desta forma por saber que contam com o apoio das ONGs de direitos humanos - aquelas que sempre esquecem os DIREITOS HUMANOS dos HUMANOS DIREITOS -, do Ministério Público (que sempre começa qualquer investigação já considerando os policiais os culpados), não temem a polícia.
Havendo este processo de convencimento - e contamos que o presidente Bolsonaro cuidará do assunto com decisão e firmeza - a violência diminui e a autoridade policial volta a ser respeitada.]
Questionado por um espectador se criaria uma "bolsa-fuzil", o pré-candidato respondeu que essa seria uma boa ideia.
Quando perguntado se iria entregar metade dos ministérios aos militares, Bolsonaro ironizou. "Até pouco tempo, durante o governo PT, tínhamos ministros corruptos e guerrilheiros e ninguém falava nada", disse, arrancando risos e aplausos da plateia.
Segundo ele, o atual ministro da Defesa, Raul Jungmann, é desarmamentista, um fato que, segundo ele, é "inaceitável". "É a mesma coisa que você colocar em uma cirurgia um médico que tem nojinho de sangue".
MINISTRO DA FAZENDA
O deputado afirmou que conversa com o economista Paulo Guedes para ser o seu ministro da Fazenda, caso seja eleito em 2018. Segundo ele, ambos conversaram em duas oportunidades, em encontros que duraram aproximadamente oito horas. "Ainda não existe um noivado entre nós, mas um namoro", disse Bolsonaro. "Se a gente teve um segundo encontro é porque houve uma certa simpatia".
Bolsonaro disse que procurou alguém crítico a planos econômicos passados, como o plano cruzado e o real. Ele e Guedes conversaram sobre a Previdência, como arrecadar mais com menos impostos e diminuir a dívida pública, entre outros assuntos. O economista é um dos fundadores do banco Pactual e do grupo financeiro BR Investimentos.
Ainda sobre economia, Bolsonaro afirmou que terá como prioridade a manutenção do tripé econômico (regimes de metas de inflação, fiscal e câmbio flutuante). [Bolsonaro precisa colocar como prioridade o combate sem tréguas as fraudes contra a Previdência Social - por razões desconhecidas o presidente Temer e integrantes do seu governo evitam admitir que as fraudes na Previdência são as principais causas do déficit.]
QUESTÃO DE MOMENTO
O pré-candidato comentou também declarações antigas que, à época, tiveram grande repercussão, como por exemplo a afirmação de que, para se mudar a situação do país, é necessário "uma guerra civil", além de matar "uns 30 mil", incluindo inocentes e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Para Bolsonaro, entretanto, tudo foi "uma questão de momento".
"Se o [ditador norte-coreano] Kim Jong-Un lançasse uma bomba H em Brasília e só atingisse o Parlamento, você acha que alguém iria chorar?", justificou, provocando mais risos e aplausos do público.
Em relação ao fim do foro privilegiado, Bolsonaro afirmou o projeto é um "engodo" e que pretende votar a favor do privilégio aos políticos. Segundo ele, com o fim do foro, os parlamentares, ao recorrerem de seus processos em primeira instância, poderiam ganhar tempo até que se tenha uma decisão final. Sobre política externa, Bolsonaro criticou a relação do Brasil com a China dizendo que o que existe não é amizade, mas sim interesse. "A China não está comprando no Brasil, mas sim o Brasil".
Para se eleger em 2018, Bolsonaro disse que tem como premissas a verdade acima de tudo, o patriotismo e a honestidade, além de "Deus no coração".
Folha Press
Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
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segunda-feira, 27 de novembro de 2017
"Policial que não mata não é policial", diz Bolsonaro
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domingo, 26 de novembro de 2017
Reino do terror: Desertores relatam a vida sob o regime de Kim Jong-un
Poucos escapam do país mais isolado do mundo. Mas quem foge revela uma rotina sob vigilância, na qual as ilegalidades tentam contornar o que o Estado já não oferece
Quando
Kim Jong-un se tornou o líder do país, há quase seis anos, muitos
norte-coreanos pensaram que suas vidas melhorariam. Ele ofereceu a esperança de
uma mudança geracional na dinastia comunista mais longeva do mundo. Além disso,
era um millennial com experiência no mundo exterior.
Porém, o
Grande Sucessor, como é chamado, acabou sendo tão brutal quanto o pai e o avô.
Apesar da maior liberdade econômica, Kim tentou fechar a nação mais do que
nunca, reforçando a segurança na fronteira com a China e intensificando os
castigos para os que se atrevem a tentar atravessá-la. Na Coreia do Norte, a
liberdade de expressão e de pensamento ainda é miragem.
O
“Washington Post” entrevistou mais de 25 norte-coreanos que escaparam. Eles
contaram sobre a vida no país e como ela mudou, ou não, desde que Kim assumiu o
poder em 2011. Muitos moravam perto da fronteira com a China — onde a vida é
mais difícil e o conhecimento do exterior mais difundido — e são parte de um
pequeno grupo pronto para assumir os riscos de uma fuga.
- Dinheiro fala mais alto
- Repressão e desilusão
- Relatos de quem fugiu
- O vendedor de drogas
- Construtor na Rússia
- O telefonista clandestino
- A universitária
- A menina rica
- O magnata em silêncio
- O vendedor de feijões
- O médico
Ao
relatar suas experiências pessoais, que incluem a tortura e a cultura de
vigilância, os refugiados pintam um quadro de um Estado outrora comunista em
que tudo está quebrado, e a economia estatal paralisada. Hoje, os
norte-coreanos fazem seu próprio caminho, ganhando dinheiro de forma
empreendedora e frequentemente ilegal. Há poucos problemas hoje na Coreia do
Norte que o dinheiro não pode resolver.
Assim
como a vida no país mudou, também mudaram as razões para fugir. Cada vez mais,
as pessoas deixam o país não pela miséria, como faziam após a fome nos anos
1990. Agora, escapam por desilusão. A
atividade do mercado está explodindo, e com isso vem o fluxo de informação,
seja com comerciantes que atravessam a China ou com novelas salvas em
pendrives, o que leva muitos a sonharem como não sonhavam antes. Alguns deixam
o país porque querem que os filhos tenham uma educação melhor. Há aqueles que
escapam porque seus sonhos de sucesso e riqueza são frustrados pelo sistema.
Outros fogem porque querem falar.
Na
teoria, a Coreia do Norte é um bastião do socialismo, onde o Estado dá casa,
saúde, educação e emprego. Na prática, a economia estatal raramente opera. As
pessoas trabalham em fábricas ou campos, mas há pouco a fazer, e elas não
recebem quase nada. Uma vibrante economia privada surgiu por necessidade, na
qual os norte-coreanos encontram meios de faturar por conta própria, seja
vendendo drogas ou tofu caseiro, através de suborno ou contrabando de pequenos
DVD players.
A
população aprendeu a empreender com a fome. Enquanto os homens iam trabalhar
nas fábricas, as mulheres faziam macarrão, ficavam com um pouco e vendiam o
restante para comprar mais milho no outro dia. Crianças sem casa roubavam
tampas de bueiro para vender como sucata. Os mercados começaram a aparecer e se
fortalecer. Das grandes cidades aos pequenos vilarejos, há algum mercado onde
as pessoas vendem suas mercadorias e ganham dinheiro. Alguns são estatais,
outros independentes.
O
dinheiro agora é necessário para quase tudo — até para o que o regime se
vangloria de dar, como casa e escola. O suborno e a corrupção são endêmicos,
enfraquecendo o governo, afrouxando os controles e criando incentivos que nem
sempre estão de acordo com as prioridades de Kim. A capacidade de ganhar
dinheiro levou a uma visível desigualdade num país que se promovia como
socialista e igualitário. Aqueles que trabalham só em empregos oficiais ganham
pouco por mês e provisões para complementar os salários.
É
impossível exagerar o culto ao redor da família Kim. O fundador da dinastia,
Kim Il-sung, seu filho, Kim Jong-il, e seu neto, Kim Jong-un, formam uma
santíssima trindade no país. Não há críticas a eles ou questionamentos ao
sistema — ao menos sem arriscar a sua liberdade e a da família inteira. Até a
vida pode correr jogo. A Coreia
do Norte opera num estado de vasta vigilância, com um Departamento de Segurança
ameaçador. Seus agentes estão por todos os lados e trabalham impunes. O regime
também tem um sistema de observação entre vizinhos. Os distritos de cada cidade
são divididos em grupos de até 40 famílias, cada um com um líder que coordena a
vigilância local e incentiva as pessoas a delatar.
Para
aqueles que se afastam do regime de uma forma que dinheiro não consegue
resolver, a punição é dura. Os fugitivos das prisões políticas relatam
tratamento brutal, como tortura medieval com grilhões e fogo, forçados até a
abortos sob métodos cruéis. Ativistas dizem que isso teria diminuído levemente
com Kim. Porém, ataques e tortura são comuns, assim como execuções públicas. A
fome é parte da punição, até para crianças. Um adolescente de 16 anos perdeu
cinco quilos na prisão, pesando 39 quilos ao ser libertado.
São as
prisões, campos de concentração e ameaças que impedem as pessoas de falar. Não
há dissidência e nem oposição. Alguns fogem, mas não são tantos. Milhares
cruzam a fronteira com a China. Alguns continuam lá, quase sempre mulheres
vendidas para chineses pobres que não conseguem esposas. Outros são mandados de
volta. Porém, a cada ano, mais de mil chegam à Coreia do Sul. Nos últimos 20
anos, apenas 30 mil conseguiram ir para o lado sul da península.
Sobrinho
da ex-mulher do líder norte coreano Kim Jong-il, Lee Han-young foi morto a
tiros em frente ao seu apartamento em Seul, na Coreia do Sul, em 1997.
Desertor, ele era um crítico ferrenho ao tio e ao seu país. As investigações
apontaram que Lee foi morto por agentes norte-coreanos, que fugiram antes que
pudessem ser capturados.
Detida e
forçada a trabalhar, adolescente que agora tem 22 anos fugiu de Heysan em 2013:
“Fui
interrogada pela polícia. Eles queriam saber sobre o trabalho de minha mãe.
Eles estapearam meu rosto e me empurraram tão forte contra a parede que minha
cabeça sangrou. Enquanto estava lá, me faziam sentar com pernas cruzadas,
braços e cabeça abaixados. Se eu me movesse, me batiam. Tinha que ficar assim
por horas. Eu acordava às 6h todos os dias e dormia às 23h, trabalhando. Não
queria mais viver.”
Um
fazendeiro de Hoeryong, de 46 anos, escapou em 2014. Ele exercia várias
atividades ilegais:
“Meu trabalho
era vender metanfetamina. Mais de 70% da cidade usava, até minha mãe de 76
anos, pois tinha pressão baixa e melhorava. Muitos policiais vinham fumar na
minha casa, o chefe da polícia secreta quase vivia lá. Fazia conexões com a
Coreia do Sul e a China, e vendi antiguidades e aves do meu país. Criei uma
fantasia sobre Kim. Ele era jovem e pensei que abriria as portas, mas a vida
ficou mais difícil.”
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