Karl Marx deve estar se revirando no túmulo em face do que os seguidores da sua doutrina fizeram com o seu “socialismo científico” que ,segundo o pensador alemão , seria o primeiro passo para chegar-se ao “comunismo”, à “vitória do proletariado”, à “abolição das classes sociais”, à superação da “mais-valia”.
Mas apesar de Marx, os seus discípulos acabaram
“multifurcando” (perdoem o neologismo) a sua teoria, fazendo uma verdadeira
“salada-de-frutas” do socialismo/comunismo, originalmente concebido. É por isso
que passados mais de um século da teoria de Marx, os socialistas/ comunistas de todo o
mundo estão divididos numa infinidade de
correntes, dentre as quais, o “esquerdismo”, o “marxismo cultural”, o “gramscismo”,a
“social democracia”, a “Escola de Frankfurt”, e outras de menor importância.
Mas ao que tudo indica o “gramscismo” estaria vencendo as
demais correntes, especialmente no Brasil, adotando estratégias semelhantes ao
que pregava a corrente “menchevique”, que num primeiro momento foi vencida
pelos “bolcheviques”, liderados por
Lenine, na vitória da Revolução russa de outubro de 1917. Tanto os
mencheviques, quanto os gramscistas, sempre
rejeitaram a tomada do poder por métodos violentos, pela força.
E tudo leva a crer que o estágio mais avançado da experiência gramscista
teria sido alcançado justamente
no Brasil, que a essa altura dos acontecimentos
poderia ser considerado o
principal “laboratório” político/social
dessa “experiência”,no mundo. Na terra “tupiniquim”, o gramscismo se apossou, por vias pacíficas, inclusive
“eleitoralmente”, após o término do
Regime Militar, em 1985,de praticamente todas as universidades públicas
federais, de muitos outros estabelecimentos públicos de ensino, dos
principais veículos de comunicação de
massa, das maiores instâncias da Igreja
Católica Apostólica Romana (CNBB,etc.), muito “chegadas” ao Papa Francisco,
reconhecidamente um esquerdista, dos Tribunais Superiores da Justiça Brasileira, e do Ministério Público, ”fincando
pé” em quase todas as´demais organizações públicas e privadas. Só “pouparam” se
instalar no “fiofó”da cachorrada criada nas suas em virtude dos seus rabos “atrapalharem” essa manobra.
Modernamente, o socialismo/comunismo, por todas as suas
vertentes, se converteu numa nova modalidade IMPERIALISTA. Imperialismo esse, aliás, considerado o “inimigo número 1”,do comunismo, conforme
Marx, no que pertine às relações entre os diversos países. Mas enquanto o chamado “mundo livre”, "ocidental”,”democrático”, ou”capitalista”,se
dedicou a produzir a maior parte das suas riquezas para satisfazer as necessidades dos seus povos, colocando o Estado a serviço da Sociedade, pelo contrário, os países que optaram pelo
socialismo/ comunismo INVERTERAM essa correlação, colocando o HOMEM
A SERVIÇO DO ESTADO, num novo e mais cruel regime “escravista”. Isso significa,
trocando em miúdos, que em relação ao problema finalístico do Estado, no
socialismo/comunismo, É O HOMEM QUE
SERVE O ESTADO, enquanto, inversamente,
no mundo livre, O FIM ÚLTIMO DO ESTADO É
SERVIR AO HOMEM. É o Estado que serve o homem, não o contrário.
Dessa maneira, o “crime” da “mais-valia”, na visão de Marx, que seria a apropriação “indevida” que o
patrão faz de parte do salário do trabalhador, pela qual ele não é remunerado,
se torna absolutamente irrelevante, mesmo
“brinquedinho-de-criança”, perto da apropriação TOTAL, ABSOLUTA, SEM LIMITES, dos
esforços produtivos do trabalhador pelo Estado-Patrão. Portanto , essa “mais-valia” estatal que
vai a extremos jamais concebidos nem praticados no regime capitalista, é totalmente
“embolsada” pelo Estado-Explorador. E nessas condições o trabalhador deixa de
ser considerado um ser humano, e passa a ser “coisa”,mero instrumento da produção,uma “ferramenta”,só
mantido vivo e com a saúde necessários para poder trabalhar e produzir para o Estado,
como “coisa” sua, sem NENHUM DIREITO correspondente aos seus esforços.
Nessas condições, a extraordinária “poupança” que foi feita através
do tempo pela República Popular da China, um dos países comunistas mais importantes da
atualidade, ”ombreando” com a Rússia, por exemplo, às custas dos seus oprimidos
trabalhadores, permitiu-lhe montar um dos
aparatos bélicos mais expressivos do mundo, além de obter os recursos necessários para adquirir uma infinidade de
bens de capital, de produção, nos países a serem conquistados pelos “capitais”
chineses, o que está fazendo com bastante competência e celeridade, especialmente na África e América Latina.
Particularmente no Brasil, a China entrou de “sola”. Já
comprou quase metade das terras brasileiras, investindo pesado em “ capital
fundiário”, provavelmente para abastecer de alimentos a “matriz”. Inúmeras
outras empresas foram incorporadas ao “patrimônio chinês”. Além disso, os “chinas”
deverão preponderar na aquisição dos
ativos,das mais importantes e lucrativas empresas estatais do Brasil, que
brevemente serão privatizadas, provavelmente num novo ciclo de “privataria”,a partir de subavaliações, como
já foi antes.
Preocupados em fazer a “cabeça” do povo brasileiro, os
chineses tiveram a cautela de adquirir grande parte dos direitos sobre duas das
principais redes de televisão do Brasil: a Globo e a Bandeirantes. Preparem-se,
meu povo, para a lavagem cerebral que breve estará no ar!!! O ânimo de conquista mundial dos comunistas chineses pode
ser resumido nas palavras do seu Presidente, Xi Jinping,do Partido Comunista da
China ,que a partir de Mao Tsé-Tung,desde
1949, governa o país, ininterruptamente, e que declarou para todo o mundo
ouvir, em 2017: “chegou a hora da China liderar o mundo”.
Essas novas conquistas almejadas pelos chineses certamente partem de um plano de
AMPLIAÇÃO “geográfica” ambiciosa, a partir
da antiga ROTA DA SEDE, que
consistia numa série de rotas interligadas para comercialização da seda produzida com exclusividade pelos chineses, entre o Oriente e a Europa,
usada desde 200 a.C, e que foi percorrida por Marco Polo, no Século XIII, aventura essa narrada no seu livro “As Viagens de Marco
Polo”, que inclusive teria inspirado o
explorador /navegador Cristovão Colombo,
na sua viagem à América, em 12 de outubro de 1492.
Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo
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