A
Folha afirma em editorial que Lula sabota o país, ao anunciar que o
governo deixará de cumprir a meta fiscal, uma postura "incompreensível",
segundo o jornal.
Em primeiro
lugar, é preciso lembrar do papel da Folha, e de praticamente toda a
"imprensa", que se transformou em mero aparelho de esquerda, cujo único
propósito é militar pela agenda socialista, ao mesmo tempo que promove a
censura e a perseguição aos não alinhados.
Fazem isso
por ideologia, já que os jornalistas são formados em universidades
dominadas pela esquerda há décadas, e por incentivos econômicos, pois
recebem gordas verbas publicitárias dos governos esquerdistas, enquanto
passaram fome durante o governo Bolsonaro.
Por conta
disso, a militância de redação de Globo, Folha, Estadão e afins atacaram
sistematicamente o governo anterior, e chancelaram a operação de
retirada de Lula da cadeia, alçando o descondenado pelo maior escândalo
de corrupção da história à presidência, sob o absurdo argumento de
"defesa da democracia".
Ora, o grande
promotor de ditaduras pela América Latina é o próprio Lula. Em parceria
com o carniceiro Fidel Castro, ele fundou o Foro de São Paulo, cujo
objetivo manifesto é recriar no continente "o que foi perdido no Leste
Europeu", ou seja, ditaduras socialistas.
Cuba é o
modelo, exportado com sucesso para países como Venezuela e Nicarágua, e
parcialmente implementado em outros países, como Bolívia e Argentina.
Não fosse o
suporte diplomático, político e econômico do Brasil, durante os governos
petistas, não haveria o desastre venezuelano, que produziu a maior
crise imigratória da história da América Latina, com 7 milhões de
pessoas deixando o país (de uma população total de 30 milhões). Já os
que ficaram, enfrentam o inferno, menos os integrantes do partido e seus
parceiros, enriquecidos além da imaginação.
Essa é a
deixa para ajudar a Folha a entender a postura do descondenado Lula.
O
objetivo de qualquer socialista não é promover o bem do povo, ou mesmo
de redistribuir a riqueza entre os pobres.
Infelizmente, muitos
militantes de redação acreditam nessa falácia, além de outros idiotas
úteis na esquerda.
O objetivo do
movimento socialista é EMPOBRECER a população, para facilitar o
controle político absoluto.
É muito mais fácil se eternizar no poder
quando a população é dependente do estado.
É exatamente por isso que a
esquerda domina o Nordeste, por exemplo.
Só que esse
movimento de empobrecer completamente a população não é fácil de ser
promovido, especialmente num país de dimensões continentais, como o
Brasil.
Na Argentina, em que o processo está bem avançado, surgiu Javier
Milei como resposta, arriscando colocar água no chopp peronista.
A última
tentativa do PT nesse sentido foi rechaçada pelo povo, resultando na
queda da Dilma, e na prisão "do chefe do esquema", segundo o Ministério
Público.
Com ajuda determinante da militância de redação, a operação
Lava-Jato foi desfeita, e o descondenado está "de volta à cena do
crime", junto com Alckmin, que cunhou a frase durante a campanha em que
fazia de conta que era oposição, no famigerado Teatro das Tesouras que
envolveu a cena política brasileira desde a redemocratização.
Seguro de que
NUNCA mais acontecerá nada parecido com a Lava-Jato, Lula acredita que o
país está pronto para que o projeto socialista avance. Logo, ele acha
que conseguirá destruir parcialmente a economia brasileira para
eternizar seu grupo no poder.
Esse sempre foi o projeto de longo prazo,
apesar de eventual aceitação estratégica das regras de mercado, pelas
circunstâncias favoráveis.
Para fazer
avançar o processo, o PT apresenta o jogo dialético, a especialidade da
esquerda. Enquanto o companheiro Haddad faz o jogo de "amigo do
mercado", fazendo de conta que busca a responsabilidade fiscal, Lula
joga para a galera, dinamitando as contas do governo, sob a desculpa de
"ajudar os pobres", contra "a ganância do mercado".
Assim, vai se
criando uma dinâmica em que Lula empurra o país para o desastre
planejado, enquanto o companheiro Haddad promove os dois passos para
trás, quando há exageros, evitando que a corda arrebente e seja
produzido um novo desfecho Dilma.
A coisa só
não avança tão rápido porque o Centrão, que faz o contra-peso à busca da
hegemonia política petista, não embarcou no projeto.
Não por falta de
interesse numa ditadura chavista à la brasileira, mas porque não confia
que o PT iria de fato dividir o poder num arranjo desses.
O Centrão,
diferentemente do PT, enxerga um certo nível de liberdade econômica como
a galinha dos ovos de ouro para alimentar os cofres públicos, mantendo
de pé os milhares esquemas de corrupção que opera, evitando assim uma
revolta das massas, como ocorreu durante o desastre econômico de Dilma,
que colocou todo o sistema corrompido sob risco de morte.
Por sua vez, o
grande empresariado faz um jogo duplo, em que mantém certo apoio ao
governo petista, enquanto pressiona pela manutenção dos pilares da
economia, entre eles, a responsabilidade fiscal. Esse grande
empresariado depende, direta ou indiretamente, do governo, seja por
receita direta, seja por regulações que podem fazer seus negócios
prosperarem, ou serem destruídos.
Todos os
agentes citados concordam em apenas um aspecto da agenda totalitária em
curso no Brasil: a necessidade de criminalizar a direita, cuja agenda
moralizante, e de diminuição do estado obeso, representa a grande ameaça
ao establishment corrupto.
Já em relação à economia, há profunda discordância e oposição à agenda petista de destruir para conquistar.
Logo, o
cenário mais provável é a manutenção de um processo de diminuição das
liberdades políticas, e de perseguição aos não alinhados, enquanto a
economia ficará em banho-maria, pois, ao mesmo tempo que os petistas não
tem força para promover a terra arrasada, proponentes do liberalismo
econômico (meia bomba) tampouco tem meios de impor essa agenda.
Resumindo, o
Brasil está entre o chavismo sonhado pelos petistas, e o capitalismo de
estado chinês, em que o traço em comum é o fim das liberdades
individuais, com o segundo oferecendo algum nível de prosperidade
financeira. A esperança é que os agentes de poder sigam discordando.
Não é nada animador, mas é o que temos para o momento.
* Enviado pelo autor. Original em https://leandroruschel.substack.com/p/por-que-lula-sabota-a-economia-brasileira
Transcrito do site Percival Puggina