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terça-feira, 13 de outubro de 2020

Se elegerem Biden, os americanos serão governados por Xi Jinping - Sérgio Alves de Oliveira

Só um cego de inteligência não enxerga  que o Partido Comunista Chinês, do ditador Xi Jinping, assinou  um pacto  com a Nova Ordem Mundial - a  “cara”moderna   dos “iluminatti”, do Século 17- no sentido de  ambos dominarem o mundo, política, militar  e economicamente.

Segundo conclusões claras do 19º Congresso do Partido Comunista Chinês, realizado em Pequim, de 18 a 24 de outubro de 2017, oportunidade em que “homologaram” a ditadura de Xi Jinping, ”retroativamente”, desde 2013, através  do Documento denominado “Pensamento de Xi Jinping sobre o socialismo com características chinesas para uma Nova Era”, o  objetivo central  dos “chinas”(inciso  13) será “Promover a construção de uma sociedade de futuro compartilhado com toda a  humanidade” . E mais: (a China será) “uma nova opção para outros países e nações que queiram acelerar o seu desenvolvimento...”, e também que “a China entrou em uma Nova Era  em que deveria ocupar os holofotes do mundo”.

Nesse Congresso do PCCh, Xi  obteve tantos ou mais poderes que o próprio ditador  Mao Tsé-Tung, o grande líder da Revolução Chinesa ,fundador da República Popular da China, que governou   esse país de 1949 a 1976, responsável pelo chamado  “Holodomor”, versão chinesa, uma espécie de “holocausto”, na época chamado ”O Grande Salto Adiante”, que matou por fome e “canibalismo” cerca de  45 milhões de chineses, entre 1958 e 1962. Hoje esse projeto foi rebatizado para “A Grande Fome de Mao”.

Apesar do silêncio (comprado)  da grande mídia, o PCCh também foi responsável pelo “Massacre da Praça da Paz  Celestial”, quando  em 1989 milhares de chineses, a maioria jovens estudantes, foram brutalmente assassinados a  tiros e atropelados por tanques de guerra, pelo fato de reclamarem liberdade e condenarem a corrupção. No seu “Regime de Crédito Social”, que monitora todos os passos dos chineses, cada pessoa tem um “cadastro” próprio, onde são anotados “pontos” para  os atos de “dignidade” e “indignidade”, conforme o caso, com “premiações” ou “retaliações” e “castigos”. As principais “armas” utilizadas nesse  controle são o “reconhecimento facial eletrônico” e  as facilidades da tecnologia “5 G”, da HUAWEI, e da XIAOMI.

“BGY” seria a sigla da dominação mundial chinesa, ”B” significando “blue”(azul),controlando a internet;  “G” traduzido em  “gold” (ouro), objetivando comprar influência; e “Y”, ”yellow”  (amarelo),sedução de pessoas-chave com sexo. O tal “BGY” corresponderia a 5% do volume total do comércio entre os países envolvidos, a título de suborno. Nos  Estados Unidos (2018) teria sido de US$ 36,8 bilhões (5% de US$ 737 bilhões),e na Austrália de US$ 10 bilhões (5% de US$ 200 bilhões). O “BGY” subornaria autoridades e políticos, comprando  mídia. Seriam os casos da Globo  e da Bandeirantes, no Brasil, entregues aos  chineses?                                        

Mas não pouparam nem o Vaticano, que mediante acordo secreto  com o PCCh, em  2018,este passaria a nomear  os bispos chineses. O Vaticano teria permitido ao PCCh  que reescrevesse  a bíblia segundo princípios socialistas e silenciaria sobre as atrocidades chinesas contra o povo de Hong Kong. Como a NOVA ORDEM MUNDIAL entra nessa “história”? E a eventual eleição  presidencial de Joe Biden, do Partido Democrata (esquerdista) ,nos Estados Unidos?

Ora, a “NOM”, uma espécie de “sociedade secreta”,  evoluiu a partir da ORDEM DOS ILLUMINATI, fundada em 1779,  pelo bávaro Adam Weishaupt (1748-1830),um ex-padre jesuíta que defendia princípios socialistas, hostil às  religiões, inclusive ao cristianismo, e que abominava a monarquia e a Igreja, as quais considerava obstáculos ao livre pensamento, fiel leitor dos iluministas franceses. Defendia uma nova sociedade, a “Novos Ordo Seclorum”, que tinha por objetivo abandonar  a religião. Tanto quanto “Lúcifer”, dizia-se opositor a Deus e à tradição cristã. 

Considerava-se um “iluminado” (portador de luz). Era bem  relacionado com o  filósofo Goethe e com  Mayer Roothschild, o banqueiro fundador de um dos maiores impérios econômicos do mundo, e que teria patrocinado inicialmente os  “Illuminati”. Essa teria sido a primeira aproximação entre a  elite econômica e os ideais socialistas. Seus ideais, como abolição dos governos, do patriotismo, da vida familiar, da soberania nacional, da propriedade e das religiões, marcaram presença forte no “Manifesto Comunista”, de Marx, e inspirou tanto a  Revolução Bolchevique (1917),quanto antes  a Revolução Francesa ,e  depois o próprio “Nazismo”. Aí começa a Nova Ordem Mundial.

Dentre os  principais nomes da Nova Ordem Mundial estão  David Rockfeller e George Soros, cuja fundação  tem bancado  ONGs,”coletivos” (mania do PT), movimentos da nova esquerda (new left), feminismo, ideologia de gênero, gaysismo, abortismo, drogas, livre imigração, desarmamentismo e descriminalização da pedofilia, valores políticos esses  “coincidentemente” defendidos pela nova esquerda.

[um único comentário: EXCELENTE o trabalho do mestre Sérgio,  entendemos conveniente fazer uma ressalva apenas ao uso do termo Illuminati  - usado em várias sociedades, seja como denominação da sociedade, seja como 'grau', condição que permite vários objetivos.

Assim, uni-lo á NOM exige um estudo cuidadoso de quem é quem?

Com este comentário, alcançando, sem pretensões de limitar sua abrangência, apenas em um ponto da matéria, publicamos na íntegra, com base de ser o mesmo o exercício do autor de expressar sua opinião.] 

São por essas razões que a eventual vitória de Joe Biden para a Presidência dos Estados Unidos, em novembro próximo, concorrendo pelo Partido Democrata, significaria o  mesmo que a vitória da Nova Ordem Mundial e do Partido Comunista Chinês, nos Estados Unidos, podendo, se isso acontecer, os americanos  darem “Bye Bye” às   suas conquistas históricas  e  liberdades, para se submeterem à uma nova “ordem”, a de terem todos os seus passos  controlados e limitados por essa  “ordem” a serviço  do comunismo e da escravidão.  E como o comunismo jamais conseguiu desenvolver nenhum país por onde passou, e  que teve o infortúnio de cair nas suas “garras”, o  fato inédito da eventual  vitória de Biden  nos Estados Unidos estaria no  comunismo ganhar de “graça” o país mais rico e desenvolvido do mundo, podendo por isso “desmanchá-lo”  à vontade  mediante  políticas predatórias para que fique igual aos “outros”.

Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e sociólogo

 

quarta-feira, 15 de abril de 2020

A DEMOCRACIA DO OCIDENTE DERROTADA PELO IMPERIALISMO COMUNISTA ? - Sérgio Alves de Oliveira


Karl Marx deve estar se revirando no túmulo em face do que os seguidores da sua doutrina  fizeram com o  seu “socialismo científico” que ,segundo o pensador alemão , seria o primeiro passo para chegar-se ao “comunismo”, à “vitória do proletariado”, à “abolição das classes sociais”, à superação  da “mais-valia”.

Mas apesar de Marx, os seus discípulos acabaram “multifurcando” (perdoem o neologismo) a sua teoria, fazendo uma verdadeira “salada-de-frutas” do socialismo/comunismo, originalmente concebido. É por isso que passados mais de um século da teoria de  Marx, os socialistas/ comunistas de todo o mundo estão divididos numa infinidade  de correntes, dentre as quais, o  “esquerdismo”, o “marxismo cultural”, o “gramscismo”,a “social democracia”, a “Escola de Frankfurt”, e outras de menor importância.

Mas ao que tudo indica o “gramscismo” estaria vencendo as demais correntes, especialmente no Brasil, adotando estratégias semelhantes ao que pregava a corrente “menchevique”, que num primeiro momento foi vencida pelos “bolcheviques”, liderados por  Lenine,  na vitória  da  Revolução russa de outubro de 1917. Tanto os mencheviques, quanto os gramscistas, sempre  rejeitaram a tomada do poder por métodos violentos, pela força.

E tudo leva a crer que o estágio  mais avançado da experiência  gramscista  teria sido  alcançado justamente no Brasil, que a essa altura dos acontecimentos  poderia ser considerado   o principal “laboratório” político/social  dessa “experiência”,no mundo.  Na terra “tupiniquim”, o gramscismo  se apossou, por vias pacíficas, inclusive “eleitoralmente”,  após o término do Regime Militar, em 1985,de praticamente todas as universidades públicas federais, de muitos outros estabelecimentos públicos de ensino, dos principais  veículos de comunicação de massa, das maiores instâncias  da Igreja Católica Apostólica Romana (CNBB,etc.), muito “chegadas” ao Papa Francisco, reconhecidamente  um esquerdista,  dos Tribunais Superiores da  Justiça Brasileira, e do Ministério Público, ”fincando pé” em quase todas as´demais organizações públicas e privadas. Só “pouparam” se instalar no “fiofó”da cachorrada criada nas suas  em virtude dos seus rabos  “atrapalharem” essa manobra. 

Modernamente, o socialismo/comunismo, por todas as suas vertentes, se converteu numa nova modalidade IMPERIALISTA.  Imperialismo  esse, aliás, considerado  o “inimigo número 1”,do comunismo, conforme Marx, no que pertine às  relações  entre os diversos  países. Mas enquanto o chamado “mundo livre”, "ocidental”,”democrático”, ou”capitalista”,se dedicou a produzir a maior parte das suas riquezas para satisfazer as  necessidades dos seus  povos, colocando  o Estado a serviço da  Sociedade, pelo  contrário, os países que optaram  pelo  socialismo/ comunismo INVERTERAM essa correlação, colocando  o  HOMEM A SERVIÇO DO ESTADO, num novo e mais cruel regime “escravista”. Isso significa, trocando em miúdos, que em relação ao problema finalístico do Estado, no socialismo/comunismo, É  O HOMEM QUE SERVE O  ESTADO, enquanto, inversamente, no mundo livre, O FIM ÚLTIMO DO ESTADO É  SERVIR AO HOMEM. É o Estado que serve o homem, não o contrário.                                                                                                                                    
Dessa maneira, o “crime” da “mais-valia”, na visão de  Marx, que seria a apropriação “indevida” que o patrão faz de parte do salário do trabalhador, pela qual ele não é remunerado, se  torna absolutamente irrelevante, mesmo “brinquedinho-de-criança”, perto da apropriação TOTAL, ABSOLUTA, SEM LIMITES, dos esforços produtivos do trabalhador pelo Estado-Patrão. Portanto , essa “mais-valia” estatal   que vai a extremos jamais concebidos nem praticados  no regime capitalista, é totalmente “embolsada” pelo Estado-Explorador. E nessas condições o trabalhador deixa de ser considerado um ser humano, e passa a ser “coisa”,mero  instrumento da produção,uma “ferramenta”,só mantido vivo e com a saúde  necessários  para poder trabalhar e produzir para o Estado, como “coisa” sua, sem   NENHUM DIREITO  correspondente aos seus esforços.

Nessas condições, a extraordinária “poupança” que foi feita através do tempo pela República Popular da China, um dos  países comunistas mais importantes da atualidade, ”ombreando” com a Rússia, por exemplo, às custas dos seus oprimidos trabalhadores, permitiu-lhe montar um dos  aparatos bélicos mais expressivos do mundo, além de obter os recursos  necessários para adquirir uma infinidade de bens de capital, de produção, nos países a serem conquistados pelos “capitais” chineses, o que está fazendo com bastante  competência e celeridade, especialmente  na África e América Latina.                                                              
Particularmente no Brasil, a China entrou de “sola”. Já comprou quase metade das terras brasileiras, investindo pesado em “ capital fundiário”, provavelmente para abastecer de alimentos a “matriz”. Inúmeras outras empresas foram incorporadas ao “patrimônio chinês”. Além disso, os “chinas” deverão preponderar na aquisição  dos ativos,das mais importantes e lucrativas empresas estatais do Brasil, que brevemente serão privatizadas, provavelmente num novo ciclo de  “privataria”,a partir de subavaliações, como já foi antes.

Preocupados em fazer a “cabeça” do povo brasileiro, os chineses tiveram a cautela de adquirir grande parte dos direitos sobre duas das principais redes de televisão do Brasil: a Globo e a Bandeirantes. Preparem-se, meu povo, para a lavagem cerebral que breve estará no ar!!!  O ânimo de conquista mundial dos comunistas chineses pode ser resumido nas palavras do seu Presidente, Xi Jinping,do Partido Comunista da China ,que a partir de Mao Tsé-Tung,desde   1949, governa o país, ininterruptamente, e que declarou para todo o mundo ouvir, em 2017: “chegou a hora da China liderar o mundo”.

Essas novas conquistas almejadas pelos  chineses certamente partem de um plano de AMPLIAÇÃO “geográfica” ambiciosa, a partir  da antiga ROTA DA  SEDE, que consistia numa série de rotas  interligadas para comercialização  da seda produzida com exclusividade  pelos chineses, entre o Oriente e a Europa, usada desde 200 a.C, e que foi percorrida por Marco  Polo, no Século XIII, aventura essa  narrada no seu livro “As Viagens de Marco Polo”,  que inclusive teria inspirado o explorador /navegador Cristovão  Colombo, na sua viagem à América, em 12 de outubro de 1492.

Sérgio Alves de Oliveira -  Advogado e Sociólogo







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quarta-feira, 25 de março de 2020

OS BRASILEIROS ACABARÃO LAVANDO OS PÉS DOS CHINESES... - Sérgio Alves de Oliveira


Certamente todos já leram ,disseram, ou ouviram,ao menos uma  vez na vida, a expressão “ironia do destino”.

Pois bem,  a maior “ironia do destino”,  todos os tempos e lugares, acabou sendo o  fato  dos  comunistas, que “antes” tripudiavam o IMPERIALISMO, principalmente dos Estados Unidos , sobre as nações menos desenvolvidas, terem se tornado mais “imperialistas” do que aqueles (imperialistas) que eles censuravam todo o tempo. A antiga luta contra a exploração do trabalho pelo capital, bem como a “mais-valia”, que motivaram  toda a vida obra de Karl Marx, perdeu  totalmente o seu verdadeiro  sentido e “status social”, frente à nova  realidade do mundo, construída a partir da  segunda metade do Século XX, quando  o antigo “imperialismo” passou a ser um verdadeiro “brinquedo de criança” frente ao novo “imperialismo”,  estabelecido pelos comunistas.

Tanto a Rússia, quanto a China, mais esta, estão investindo pesado na “compra” de um sem número de países, das suas empresas, e de todas as suas riquezas, inclusive naturais, que por isso paulatinamente vão “vendendo ” as suas  próprias soberanias aos  novos imperialistas. Após terem “comprado” quase todos os países africanos, os chineses atravessaram o Oceano Atlântico e fixaram o seu “acampamento-de-compras” na América do Sul, com a finalidade de comprarem o que ainda não foi comprado, estando atentos  especialmente na  nova “privataria” que o Brasil fará brevemente, dos seus ativos públicos, onde provavelmente  comprarão a preço  de banana as maiores estatais ,sempre subavaliadas,como antes foi na “privataria tucana”.

A China, portanto, entrou de “sola” no Brasil. O seu caminho de dominação “imperialista” começou a ser incrementado e facilitado pelos grandes investimentos que está fazendo na área das comunicações, já tendo se “infiltrado” em dois grandes grupos de comunicação, um deles o mais poderoso (Globo e Bandeirantes). Certamente os chineses têm plena consciência da importância do domínio das comunicações no comando do mundo. A “Lenda dos Nove Desconhecidos” pode fornecer alguns subsídios que comprovam que os chineses estão absolutamente certos ao investirem prioritariamente na “central” das comunicações do Brasil ,para depois “dominarem tudo”.    

Essa “lenda” remonta à época do Imperador Asoka, que governou as Índias, de 373 a.C / 232 a.C, e se relaciona à mais poderosa “Sociedade Secreta” que já existira no  mundo. Cada qual desses “Nove Desconhecidos”, segundo essa lenda, possuiria um determinado   Livro, contendo o relatório pormenorizado de uma ciência “x”. O primeiro desses livros era dedicado às técnicas da propaganda e da guerra psicológica. Era considerada a ciência e o livro mais importante de todos. Essa “lenda” tornou-se pública em 1927, com um Livro de Talbot Mundy, da Polícia inglesa nas Índias, segundo o qual: “ De todas as ciências, a mais perigosa é a do controle do pensamento dos povos, pois permite governar o mundo inteiro”.

As recentes atitudes “desaforadas” do Embaixador Chinês no Brasil, Yang Wanming, contra autoridades do Governo Brasileiro, parecem “sintomáticas” de quem já se sente psicologicamente “dono” de uma situação, ou de um país, achando-se no direito e no poder de partir para esse enfrentamento, ferindo a ética diplomática.


Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo


domingo, 17 de novembro de 2019

Os invisíveis - Merval Pereira

O Globo

O mais recente invisível a se tornar visível foi o porteiro do condomínio de Bolsonaro e do miliciano Ronnie Lessa [logo após mentir, o porteiro voltou à invisibilidade.]

A invisibilidade social é objeto de diversos estudos acadêmicos. Há profissões que têm utilidade no cotidiano, mas são consideradas subalternas, como lixeiros e coveiros, que tornam invisíveis quem as exerce.  Um caso clássico desse preconceito aconteceu com o âncora Boris Casoy que, ao ver uma mensagem de fim de ano de dois lixeiros, comentou na Bandeirantes, sem saber que o microfone estava aberto: “Que merda, dois lixeiros desejando felicidades do alto de suas vassouras. O mais baixo da escala de trabalho”. Casoy pediu desculpas ao saber que o áudio havia vazado, mas o estrago estava feito.

Outras profissões, como porteiro, motorista, secretária, garçom, empregada doméstica, fazem parte do dia a dia das famílias e empresas e frequentemente ouvem e vêem coisas que não deveriam ouvir nem ver, mas de tão invisíveis, dão liberdade às pessoas para falarem o que não pode ser ouvido em público. O embaixador Marcos Azambuja, com sua ironia cortante, diz que não há nada mais perigoso do que secretária.
Os personagens invisíveis estão em torno de nós e são temas de trabalhos acadêmicos, filmes e livros. Professores já experimentaram trabalhar de garis e constaram essa invisibilidade social, fruto de preconceito e desprezo. 

 “A Vida Invisível de Euridice Gusmão”, filme de Karim Ainouz que representa o Brasil na disputa do Oscar de melhor filme estrangeiro, trata de outra tipo de invisibilidade, das pessoas que não podem ter sonhos, esmagadas pela realidade. Esses são também os personagens do poeta gaúcho da Academia Brasileira de Letras Carlos Nejar, que acaba de publicar o livro “Os invisíveis (Tragédias brasileiras)”, que trata dos flagelados de Brumadinho, dos desalojados pelo desastre do Rio Doce em Mariana, dos índios, do incêndio do Museu Nacional. Nejar, com razão, identifica o livro com “o terrível Brasil contemporâneo”.


A vida política não poderia estar imune a essa invisibilidade, dando proeminência ocasional a porteiros, caseiros, secretárias, motoristas. O mais recente invisível a se tornar visível devido a uma crise política foi o porteiro do condomínio Vivendas da Barra, onde têm casa o presidente Bolsonaro e o miliciano Ronnie Lessa, acusado de ter assasinado a vereadora Marielle.

Ele registrou à mão no livro da portaria que, no dia do assassinato, o ex-PM Elcio Queiroz, outro dos acusados, entrou no Condomínio dizendo estar indo para a casa 58, residência da família Bolsonaro. No relato ao Ministério Público do Rio, o porteiro disse que ligou para a casa 58 e o “doutor Jair” autorizou a entrada.  Depois, ao ver no monitor que ele se dirigia à casa de Ronnie Lessa, avisou pelo interfone a mudança de trajeto, e a pessoa, que ele identificou mais uma vez como sendo o “doutor Jair”, disse que sabia para onde ia o visitante.
Como o então deputado Jair Bolsonaro estava em Brasília naquele dia, ficou constatado que o porteiro mentiu, segundo a investigação. Há muitas interrogações ainda no ar, pois um outro porteiro apareceu na história, falando com Lessa, que autorizou a entrada de Queiroz.

O porteiro está escondido desde o dia da revelação, pelo Jornal Nacional, e recentemente, encontrado pela revista Veja, recusou-se a falar sobre o caso, alegando que estava proibido. Mas tampouco renegou as primeiras informações.
Outro invisível que fez história foi o caseiro Francenildo Santos Costa, da República de Ribeirão, casa em que o então ministro Antonio Palocci se reunia em Brasília com lobistas. O caseiro reconheceu o então ministro como a pessoa que frequentava a casa e era chamado de “chefe”, desmentido Palocci, que negava ter estado lá.
Seu sigilo bancário foi quebrado, o que adicionou um escândalo a mais no caso, que resultou na demissão de Palocci. Francenildo, de 2006 até hoje, tenta receber na Justiça uma indenização pela quebra de sigilo.

Outra figura importante na vida política recente foi Eriberto França, motorista da presidência da República, que denunciou o então presidente Fernando Collor de ter suas despesas pessoais e da família pagas pelo tesoureiro de sua campanha presidencial PC Farias, homem forte do governo. Seu depoimento foi fundamental para o impeachment de Collor. 

Merval Pereira, colunista - O Globo