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segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

Almanaque Bolsonaro

Um guia para entender o país que vem por aí, a partir da posse, em 1º de janeiro






Todo início de governo é um mar de novidades, com a revelação de novos nomes, novos gostos, novos estilos e, quase sempre, velhos hábitos. Na recente história da democracia brasileira houve a República de Alagoas, de Fernando Collor. Depois do impeachment de 1992, o Brasil apressou-se para conhecer a República mineira do pão de queijo de Itamar Franco. Com Fernando Henrique Cardoso e Lula, o país primeiramente entrou no bairro paulistano de Higienópolis para depois flanar pelas ruas de São Bernardo do Campo, e em cada região teve de aprender a reconhecer gestos inéditos.

Veio Dilma, deu-se um outro impeachment, veio Michel Temer e a velocidade das mudanças impôs uma corrida para intuir o que se veria pela frente. É o que viveremos a partir da próxima terça-feira, com a posse de Jair Bolsonaro. VEJA preparou um almanaque para começar a entender o cotidiano do presidente eleito e seu círculo. É o modo mais eficaz e divertido de navegar no ineditismo — e sobretudo o mais rápido. Em 1890, Machado de Assis publicou um conto, Como Se Inventaram os Almanaques, um texto de apresentação e defesa daquele tipo de publicação divertida e rica importada da Europa. Escreveu Machado, louvando a agilidade dos livretos de variedades: “O Tempo inventou o almanaque”.

OS PENSADORES

Três autores celebrados pelo chanceler Ernesto Araújo, o homem das relações exteriores
OSWALD SPENGLER (1880-1936) do século XX”. De um dos textos de Evola: “A mulher tradicional, a mulher absoluta, ao dar-se, ao não viver para si, ao querer ser toda para outro ser com simplicidade e pureza, realizava-­se, pertencia a si mesma, tinha um heroísmo todo seu — e, no fundo, tornava-se superior ao homem comum. A mulher moderna, ao querer ser por si mesma, destruiu-se”.

PEQUENÍSSIMO DICIONÁRIO

A origem de duas expressões que estão em voga
 (Caio Borges/.)
O.K. (“TALQUEI”, EM BOLSONARÊS) interj. Do inglês, expressa aprovação, concordância; a origem etimológica mais aceita é curiosa: seria uma abreviação de orl korrekt, um erro ortográfico de all correct (tudo certo), em voga nos Estados Unidos nos anos 1830; as referências escritas mais antigas datam de seu uso como slogan do Partido Democrata americano nas eleições de 1840. O candidato e futuro presidente Martin van Buren (1782-1862) foi apelidado de Old Kinderhook, numa referência à sua cidade natal, Kinderhook. Não demorou para se formar o OK Clube, tá o.k.?
 (Arte/VEJA)
COLOSTOMIA s.f. “Abertura cirúrgica do abdome ligada à terminação do cólon, com a finalidade de criar um ânus artificial para a eliminação das fezes”, na definição do Dicionário Houaiss; Bolsonaro deve retirar a bolsa de colostomia, colocada depois do atentado em Juiz de Fora, ainda no primeiro mês de seu mandato.
 O  ESTILO MICHELLE
 (Caio Borges/.)
Uma avaliação do vestuário e do jeito de ser da primeira-dama do 38º presidente do Brasil
André Lima, estilista paraense
“A nova alfaiataria pede um estudo de proporções menos careta: tanto o blazer quanto a calça podem ficar mais longe do corpo e menos colados, ...
 
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