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sexta-feira, 3 de maio de 2019

Cúmplices de Maduro


Ambição do Brasil é se descolar do fracasso da operação amadora de Guaidó

Além do próprio Juan Guaidó, os grandes derrotados com a operação estabanada da oposição na Venezuela foram os serviços de inteligência dos EUA. Guaidó agiu e o governo Trump avalizou tudo com base na informação errada de que haveria uma deserção em massa da cúpula das Forças Armadas. Como tristemente se viu, não foi o que ocorreu. Pelo contrário.  Guaidó se aquartelou na Base Aérea, o presidente oficial Nicolás Maduro trocou o Palácio de Miraflores pelo Forte Tiuna, sede do Ministério da Defesa. Assim, a guerra virou uma disputa pelos militares. Guaidó perdeu, Maduro ganhou. Pelo menos por ora, porque a situação política, econômica e social é insustentável.

Nenhum dos milhares de generais declarou apoio à oposição, enquanto Maduro exibiu fotos marchando com militares e manifestações de comandantes e das ruas. Manteve apoio militar e mostrou força popular. A Casa Branca está tonta, o Planalto está pessimista e tudo é incerto. O chanceler Ernesto Araújo estava em Washington na véspera do blefe de Guaidó, conversando com o secretário de Estado, Mike Pompeo, e com o conselheiro de Segurança, John Bolton. Vêm a ser, exatamente, os dois representantes do governo dos EUA mais diretamente envolvidos com a Venezuela e a derrubada de Maduro.

Os generais brasileiros, porém, não dependem só de informações da Secretaria de Estado e do Pentágono (que, aliás, não se entendem), pois têm contato direto, apesar de informal, com militares venezuelanos. Na terça-feira, enquanto todos se perguntavam onde Maduro havia se metido, o vice-presidente Hamilton Mourão já sabia que ele estava em Tiuna. O problema, para eles, é que os militares venezuelanos são “cúmplices” e não vão ceder só com promessa de anistia. Sabem que, se Maduro cair, lá se vai a promessa.

O regime Chávez-Maduro segue cegamente Cuba, onde não existem duas palavras: negociação e recuo. Logo, tudo é no “vai ou racha”. E, além de não arredar pé, Maduro usou o blefe da oposição a seu favor: Guaidó sai mais fraco do que entrou; Maduro ganhou sobrevida e tende a aumentar a repressão.  mais preocupante é que Guaidó parece ter perdido gás, fôlego, jogando dúvidas sobre o futuro da oposição venezuelana, que já entrou em campo com Henrique Capriles, depois com Leopoldo López e tenta desesperadamente viabilizar Juan Guaidó, sem sucesso. Um atrás do outro, eles vão perdendo as condições para liderar uma saída para o país, pobre país.

Nos EUA, fala-se que “todas as alternativas estão sobre a mesa” e admite-se uma intervenção militar “como último recurso”. No Brasil, o tom é mais cauteloso, mas uma coisa é certa: os militares agem diplomaticamente e recusam qualquer aventura armada contra Maduro, enquanto o presidente Jair Bolsonaro, seus filhos e os tais olavistas sempre dão um jeito de deixar essa solução no ar. Até mesmo quando Bolsonaro abriu o território nacional para os EUA enviarem ajuda humanitária à Venezuela – o que Maduro chamou de “cavalo de Troia–, os militares já reagiram mal: “Entramos numa fria”, dizia uma alta patente.

Agora, enquanto Bolsonaro nega que Guaidó tenha sido derrotado, um general atrás do outro diz o que todo mundo sabe: a operação desta semana foi um fracasso, Guaidó foi o grande fracassado e o cenário é totalmente incerto. A oposição age no escuro, a inteligência americana falhou, não há informações confiáveis e Maduro vai ficando. A esta altura, o Brasil só tem uma ambição: descolar-se do desastre e do amadorismo da terça-feira.

Medalha
 

[o condecorado tem o condão de apequenar uma medalha e, infelizmente, no Brasil isto é rotina.
Basta dizer que Zé Genoíno, Zé Dirceu e outros bandidos chegaram a ser condecorados com a MEDALHA DO PACIFICADOR - a, na época, a mais alta condecoração conferida no Brasil em tempos de paz.
Destacamos o fator temporal por haver dúvidas se após tais criminosos serem condecorados, não ocorreu um 'apequenamento' da honraria.
O mesmo entendimento vale para medalha conferida ao Olavo.]  
Grau máximo da Ordem do Rio Branco para quem chama o vice de “idiota” e trata os generais aos palavrões?! Eu, hein!


Eliane Cantanhêde - O Estado de S. Paulo


 

domingo, 24 de fevereiro de 2019

Militares venezuelanos desertam e pedem refúgio no Brasil

Dois membros da Guarda Nacional Bolivariana da Venezuela desertaram e pediram refúgio no Brasil, em meio à tensão nas fronteiras por conta da tentativa de entrada de ajuda humanitária.   

Segundo o coronel do Exército brasileiro Georges Feres Kanaan, os dois militares chegaram em Pacaraima na noite deste sábado (23) e estão alojados em um abrigo para refugiados. Eles são os primeiros membros da Guarda Nacional Bolivariana a fugir para o Brasil – a Colômbia contabiliza pelo menos 61 desertores desde sábado.  

“Estamos aqui no posto de triagem da Operação Acolhida, e ontem à noite dois militares da guarda nacional venezuelana se apresentaram como refugiados”, disse Kanaan, coordenador-adjunto da operação de acolhimento de refugiados venezuelanos, ao portal G1.  

Os militares estavam desarmados e cruzaram a fronteira a pé. No último sábado, ao menos três civis morreram em confrontos em Santa Elena de Uairén, a 15 quilômetros da fronteira brasileira, por causa da resistência do regime de Nicolás Maduro em permitir a entrada de ajuda humanitária.

ANSA