Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador Pentágono. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Pentágono. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 21 de setembro de 2023

Sumiço da aeronave F-35 levanta debate sobre os limites da ciberguerra - Gazeta do Povo

Vozes - Daniel Lopez

F-35B Lightning II
Um F-35B Lightning II Joint Strike Fighter – que custa 150 milhões de dólares e é capaz de realizar decolagens curtas e pouso vertical – simplesmente desapareceu.| Foto: Donald R. Allen/ U.S. Air Force

Geopolítica cibernética

Alguns especialistas levantaram a hipótese de que o avião dos fuzileiros navais desaparecido pode ter sido hackeado

Novamente a Lockheed Martin retorna a esta coluna
Desta vez, a causa não é sua divisão Skunk Works, seu setor de armamentos avançados e de fabricação de “aeronaves de plataformas exóticas”. 
Nesta semana, um F-35B Lightning II Joint Strike Fighter – que custa 150 milhões de dólares e é capaz de realizar decolagens curtas e pouso vertical – simplesmente desapareceu após o piloto se ejetar do avião no último domingo. Foi reportado que, como o aparelho estava em piloto automático, ele continuou voando e desapareceu.
 
Mas como poderia uma aeronave como essa “desaparecer”?  
Segundo informado, o transponder do avião não estava funcionando, por uma razão misteriosa. 
Além disso, ela possui tecnologia stealth, que a torna “invisível” aos radares
E isso gerou uma situação um tanto quanto vexatória: a Base Aérea Conjunta Charleston, na Carolina do Sul, pediu ajuda ao público para localizar o avião. Além disso (o que foi ainda mais estranho), os EUA ordenaram que todas as aeronaves dos fuzileiros navais ficassem em solo por 48 horas, tanto dentro quanto fora dos Estados Unidos.

    Abandonar os sistemas analógicos e tornar máquinas de guerra completamente dependentes da tecnologia pode trazer perigos inimagináveis.

O mistério terminou quando os destroços do avião foram encontrados na tarde desta segunda-feira (18), na região de Indianatown, também na Carolina do Sul. Vejam a que ponto chegamos: um equipamento de última geração entra em pane e simplesmente desaparece. 
Parece que abandonar os sistemas analógicos e tornar máquinas de guerra completamente dependentes da tecnologia pode trazer perigos inimagináveis.
 
Não é a primeira vez que um F-35 apresenta problemas. Em 2018, houve uma queda também na Carolina do Sul devido a problemas no tubo de combustível. 
Porém, no caso atual, alguns analistas estão apontando a possibilidade do avião ter sido hackeado.  
Seria possível invadir o sistema de uma aeronave tão cara e avançada? Teria sido esse o motivo de o Pentágono levar 28 horas para encontrar o aparelho?

    Se realmente uma aeronave como esta puder ser hackeada, uma série de desdobramentos podem surgir.

No meio de tanto mistério e especulação, o que sabemos até agora? 
Dez anos atrás, uma matéria da Reuters afirmou que o Pentágono confirmou que foram roubadas informações sensíveis sobre o projeto de construção do F-35. 
Em 2014, o Business Insider noticiou que o FBI havia confirmado que um hacker chinês havia roubado uma enorme quantidade de dados sobre 32 projetos milhares norte-americanos. 
Em 2016, o site Vice noticiou que um homem que roubou informações sobre o F-35 e as repassou para a China havia se declarado culpado. 
Além disso, muitos analistas defendem que essas informações sigilosas ajudaram os chineses a construírem seus caças furtivos J-20 e J-31.
 
Em 2022, o diretor do FBI se disse surpreso com a quantidade de ações de espionagem chinesas contra os EUA, de maneira que a agência abre cerca de uma investigação a cada 12 horas sobre esses casos. 
Segundo o site Military.com, chineses se passando por turistas têm acessado bases norte-americanas e outros locais sensíveis. 
Não podemos esquecer dos balões chineses que sobrevoaram inúmeras instalações militares dos Estados Unidos alguns meses atrás. 
Além disso, é estranho fato de que empresas chinesas comparam mais de 153 mil hectares de terras perto de bases militares nos EUA.

    É muito estranho pensar que uma aeronave avançada como esta possa ter vulnerabilidades a hackers.

Uma matéria desta terça-feira (19) no Daily Mail  trouxe uma série de estudos e depoimentos de especialistas afirmando que o sistema operacional do F-35 possui uma série de vulnerabilidades que poderiam ser usadas como portas de acesso para hackers. 
Ainda segundo a referida matéria, os relatos de falhas sobre o F-35 remontam a 2007, citando uma ocasião em que hackers invadiram o programa de construção da aeronave e roubaram dados sensíveis sobre seu sistema eletrônico. 
O texto afirmou também que, de acordo com a lei federal norte-americana, o projeto de construção do F-35 deveria ter sido cancelado após essa invasão hacker. 
Entretanto, o senador Robert Gates teria conseguido aprovar uma renúncia à segurança nacional para mantê-lo funcionando, não apenas dobrando o orçamento, mas também estendeu o cronograma. Conclusão: o projeto apenas continuou a existir devido a um enorme lobby político.


Alguns veículos de mídia nos Estados Unidos já estão afirmando que, caso os chineses estejam envolvidos neste caso, isso já poderia ser considerado um ato de guerra. Vejam o nível de tensão cada vez mais crescente.

Veja Também:

    Voltamos a 1962, mas com risco de um final catastrófico

    Professor na Universidade de Nova York quer mudar seu DNA para salvar o mundo

    “Haverá uma guerra direta entre EUA e Rússia ano que vem”, afirma Tucker Carlson

Se realmente uma aeronave como esta puder ser hackeada, uma série de desdobramentos podem surgir. 
Controlada a distância, seria possível facilmente criar um evento de bandeira falsa, fazendo com que o avião realizasse alguma ação reprovável e toda a opinião pública internacional se voltasse contra os EUA. Num caso mais extremo, a aeronave poderia ser levada a realizar um ato de provocação que poderia levar o mundo à 3ª Guerra Mundial.

É muito estranho pensar que uma aeronave avançada como esta possa ter vulnerabilidades a hackers. Agora, imagine comigo: se isso acontece com um aparelho bélico de última geração dos EUA, imagine as aeronaves comerciais?

O que você acha? O F-35 foi hackeado ou trata-se apenas de um problema técnico.

Conteúdo editado por: Jocelaine Santos

Daniel Lopez, - Jornalista e teólogo,
autor de ‘Manual de Sobrevivência do Conservador no Séc. XXI’. É doutor em linguística pela UFF


sexta-feira, 21 de julho de 2023

O sinistro submundo do Discord, plataforma em alta entre crianças e jovens

Rede mobiliza conversas em família e já é objeto de reuniões escolares, onde a ideia é evitar que a garotada vire alvo de marginais

 Visto em tempos passados como uma bolha segura, o quarto dos filhos requer agora, nesta era de muita navegação na internet, cuidados redobrados.  
O motivo reside nas várias telas que se abrem no computador ou no celular, descortinando infinitas portas para o mundo exterior — com tudo o que há de bom, mas também de preocupante, no voo virtual. De todas as redes, a que mais tem causado inquietação a pais de crianças e adolescentes mundo afora é o Discord, criado nos Estados Unidos em 2015 para agilizar a comunicação em tempo real entre gamers. 
Mais recentemente, tornou-se onipresente na vida da ala jovem, com seus 150 milhões de usuários, incluindo uma multidão de brasileiros, que entram ali para engatar em chats e participar de comunidades alimentadas por recursos multimídia. 
Uma parte é fisgada no TikTok e no Twitter, onde recebe convites para ingressar nas chamadas “panelinhas”, salas de bate-papo de acesso exclusivo. E é aí que mora o perigo, já que nesses espaços aparentemente inofensivos grassa um leque de crimes que se valem da falta de filtros e da inocência das pessoas.
(...)

O assunto ganhou tamanha envergadura que motivou uma força-tarefa Brasil afora sob o comando da Polícia Federal em parceria com os estados, e acompanhada pelo Ministério da Justiça. Em 13 de julho, integrantes da pasta se reuniram em Brasília com executivos americanos do Discord, que se comprometeram a tomar medidas práticas. Os representantes da empresa afirmaram, na ocasião, que 65 000 contas brasileiras haviam sido fechadas desde o início do ano por violarem políticas de segurança. A PF tem mantido contato permanente com órgãos dos Estados Unidos que vêm reportando crimes na plataforma, como o FBI, que dissecou o modus operandi das engrenagens criminosas nessa vasta nuvem. A iniciativa já rendeu quinze prisões entre Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo e Santa Catarina. Há uma sabida subnotificação no número de casos, uma vez que a vergonha freia as vítimas. Mesmo assim, em São Paulo, cerca de cinquenta delas relataram ao Ministério Público estadual terem penado no Discord. “Provavelmente, muito mais gente sofreu ali”, afirma o promotor Danilo Pugliesi.

arte discord

Não há, evidentemente, redes totalmente blindadas, mas os especialistas

Não por acaso, o americano Jack Teixeira, um ex-militar de 21 anos, encontrou no Discord a brecha perfeita para vazar uma batelada de documentos secretos sobre a guerra da Ucrânia pertencentes ao Pentágono, onde trabalhava. A impunidade, felizmente, não durou para sempre: hoje ele está preso. As denúncias, porém, continuam a aparecer. De acordo com o Centro Nacional para Crianças Desaparecidas e Exploradas dos Estados Unidos, os crimes no Discord escalaram 474% de 2021 a 2022, abrangendo até sequestro.

LIÇÃO - O tema chegou às escolas: debates para informar pais e alunos
LIÇÃO - O tema chegou às escolas: debates para informar pais e alunos (Miljko/E+/Getty Images)

O maior de todos os grupos já registrado no Brasil, com 7 000 membros, era conhecido como System X, capitaneado por um tal Pedro da Rocha, o King, de 19 anos. Preso no início do mês no Rio, ele atingiu meninas como A.S., 13 anos, desde os 9 no Discord, onde jogava e papeava. Até hoje visivelmente mexida ao reviver o pesadelo, a garota relata a VEJA que Pedro a abordou dizendo ter um punhado de dados sobre ela e sua família e que, se não o obedecesse, ele os disseminaria. “Não o conhecia, mas, quando a gente começou a conversar, gostei dele”, relembra a vítima, que, como todas, mantém o anonimato. “Não sei como obteve meus dados, tinha até endereço, e disse que divulgaria tudo se não mandasse uma foto nua. Eu tinha medo, então mandava”, diz. E assim ficou atada a um ciclo vicioso — caso se recusasse a abastecer o rapaz com imagens íntimas, as anteriores ganhariam os holofotes.

(...)

Para tentar evitar mais casos, o Discord anunciou a criação de uma nova ferramenta justamente para vigiar a navegação dos filhos no detalhe — é possível saber quando e com quem eles interagem. “Temo ser excessiva no controle, mas crianças não estão preparadas para operar on-line de forma irrestrita”, enfatiza a psicóloga carioca Ana Paula Cordeiro, 42 anos, mãe de João, 13, a quem supervisiona nas redes. O debate desembarcou nas escolas, que assistiram à maciça migração para o Discord nos tempos de pandemia, e contam que a adesão só cresce. Em São Paulo, o Porto Seguro, como outros colégios, tocou no vespeiro em reuniões de professores. “Resolvemos entrar em contato com os alunos para investigar se estavam enfrentando problemas no aplicativo”, diz Joice Leite, diretora de tecnologias educacionais. Não detectaram vítimas. No também paulista Dante Alighieri, uma palestra já dada aos pais iluminou o passo a passo para que crianças e adolescentes não mergulhem no sinistro submundo do Discord. “É urgente discutir como tornar a plataforma um lugar seguro para a garotada”, afirma a coordenadora Valdenice de Cerqueira. Não há outra maneira de espantar o perigo que mora na tela ao lado.

Publicado em VEJA, edição nº 2851,   de 26 de julho de 2023, 

 Comportamento - Revista VEJA - ÍNTEGRA DA MATÉRIA


sábado, 24 de setembro de 2022

‘A vitória de Lula seria a falência moral do país’

Revista Oeste

O general da reserva falou sobre as mudanças geopolíticas pós-invasão russa à Ucrânia e a atuação da Defesa nas eleições 

Poucas pessoas têm o privilégio de descobrir a sua vocação logo cedo. O general da reserva Luiz Eduardo Rocha Paiva encaixa-se nesse grupo seleto. Desde pequeno, já queria seguir carreira militar. “Vim desse meio porque meu pai já servia ao país”, disse o homem com semblante sério, cabelos grisalhos e óculos cuja armação discreta faz com que as lentes quase desapareçam em seu rosto. O tom de voz suave adquire entonação bem diferente ao tratar de questões de Estado.

 General Luiz Eduardo Rocha Paiva | Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

General Luiz Eduardo Rocha Paiva | Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados 

A relação com a carreira militar também está impressa em sua certidão de nascimento: o general veio ao mundo em 7 de setembro de 1951, em Niterói (RJ). “Foram chamar o meu pai, e, quando ele chegou, por volta de 12 horas, minha mãe não havia me dado à luz”, lembrou o general. “Acho que eu estava esperando a hora da Independência (declarada às 16 horas e 30 minutos).”

Durante a trajetória acadêmica, Rocha Paiva acumulou vários títulos, entre eles, o de doutor em Aplicações, Planejamento e Estudos Militares pela Escola de Comando e Estado–Maior do Exército e de mestre em Aplicações Militares pela Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais. Na reserva desde 2007, especializou-se em geopolítica e estratégia militar. Entre outros assuntos, foram abordadas as mudanças no mundo no pós-invasão russa à Ucrânia, a atuação da Defesa nas eleições e as manifestações populares de 7 de Setembro.

Confira os principais trechos da entrevista.


Qual avaliação o senhor faz das manifestações de 7 de Setembro? Qual foi o recado das ruas?

Uma demonstração de patriotismo, de que o Hino Nacional e as cores da bandeira do Brasil são nossa identidade, e não a Internacional Socialista e o vermelho do PT.  
O recado que as ruas deram foi um protesto contra a velha liderança patrimonialista, fisiológica e corrupta do país. Essa elite ocupa grande parte dos Três Poderes e defende interesses que vão na contração do que deseja o país. Os brasileiros estão cansados disso. E esse establishment é combatido pelo atual governo, que tenta estabelecer uma nova forma de fazer política. A nação quer um Brasil democrata, com todas as liberdades garantidas, e uma Justiça que atenda aos interesses e aos anseios da população.
Em agosto de 2021, o então presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, chamou a Defesa para fiscalizar o processo eleitoral. Como o senhor vê a atuação dos militares pouco mais de um ano depois do convite?

De uma forma positiva. A presença da Defesa traz credibilidade para o processo eleitoral, sobretudo num momento decisivo para o futuro do país. Os especialistas do Exército têm expertise em tecnologia, o que é bem importante. Precisa-se que sejam mais ouvidos pelo TSE, porque a Força tem muito conhecimento para dar. Em meio a tudo isso, um elemento que poderia ajudar ainda mais para a transparência das eleições seria o voto auditável. Não existe sistema 100% seguro. Quem garante esse tipo de afirmação está divulgando uma grande falácia.

Por falar em voto auditável, qual avaliação o senhor faz desse mecanismo?

Como cidadão, não confio na inviolabilidade das urnas eletrônicas e no processo de transmissão de votos. O comprovante impresso é um meio de assegurar mais credibilidade e transparência, porque ele materializa o voto. Para ter ideia, as barreiras “impenetráveis” do Pentágono já foram violadas no passado, assim como da CIA e da antiga KGB. Problemas semelhantes são registrados com frequência em computadores e aplicativos de celular. Por que esse tipo de coisa não aconteceria nas urnas? Não estou insinuando que seja algo patrocinado por alguém do TSE, mas é possível que venha de fora. Isso ocorre nos principais órgãos de Inteligência do mundo. Temos de resgatar a confiança do nosso processo eleitoral.

Como o senhor vê uma possível vitória do ex-presidente Lula?

Vai ser a falência moral do país. Não é possível votar em uma pessoa que se envolveu em corrupção e que foi julgada e condenada em três instâncias. Mesmo tendo sido “descondenado”, os crimes ocorreram, e as provas não vão desaparecer. Durante um pronunciamento, o então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, disse que a Lava Jato acabou por meras formalidades. Ele reconheceu, contudo, que os crimes cometidos por corruptos, além do dinheiro devolvido, existiram. Se Lula voltar ao Palácio do Planalto, será uma tristeza e uma lástima para o país.

(...)

Ao falar em crise entre os Poderes, discute-se o papel das Forças Armadas como o Poder Moderador. O que o senhor tem a dizer sobre isso?

O Poder Moderador não existe de direito, mas de fato. Ele entra em ação em situações de anomia e convulsão social. Sua função é restaurar os Poderes, e não assumir um deles. Não vejo esse mecanismo sendo usado pelas Forças Armadas com a finalidade de tomar o comando. Se acontecer uma ruptura institucional e houver perda de autoridade de modo a provocar uma instabilidade social, aí, sim, os militares intervêm. No entanto, agirão para restabelecer o Poder, e não para ocupá-lo. De 1964 até agora, uma das medidas tomadas pelas próprias Forças Armadas foi afastar a política dos quartéis. Os militares fortaleceram o regime democrático. Isso tem de continuar assim.

(...)
Como a invasão da Ucrânia pela Rússia pode impactar a ordem global?

Vamos ter um mundo multipolar: de um lado, a Otan, liderada pelos Estados Unidos; do outro, a aliança russo-chinesa e seus satélites. Uma terceira força é a elite globalista, composta de multibilionários que procuram influenciar os Estados a seu bel-prazer, como o empresário e filantropo George Soros. Há alguns cenários nesse tabuleiro de xadrez.     A parceria entre o secretário-geral do Partido Comunista, Xi Jinping, e o presidente Vladimir Putin pode se abalar, caso o domínio da Sibéria (no leste da Rússia) seja reivindicado por um dos países. A outra possibilidade é a China e a Rússia continuarem avançando por sobre os países de modo a enfraquecer cada vez mais a Otan. Os EUA estão mais fragilizados sob Biden. A retirada norte-americana do Afeganistão foi humilhante. Em termos de autoridade global, os EUA ficaram mal na fita.

CLIQUE AQUI, MATÉRIA COMPLETA

Leia também “Carlos Nadalim: ‘Os pais são os primeiros professores de seus filhos'”

Cristyan Costa, colunista - Revista Oeste


quarta-feira, 13 de julho de 2022

Despreparo de tropas ucranianas trava envio de ajuda militar americana em meio a avanço russo - O Estado de S. Paulo

 Eric Schmitt -  Julian E. Barnes

Ocidente teme enviar armas demais e se preocupa com a possibilidade de esgotar arsenais nos próximos meses

WASHINGTON (THE NEW YORK TIMES) – Os ucranianos afirmam que precisam de envios mais velozes de sistemas de artilharia de longo alcance e outros armamentos sofisticados para afrontar o avanço constante da Rússia. Os Estados Unidos e os europeus insistem que mais armas estão a caminho, mas temem enviar equipamento demais antes que os ucranianos possam ser treinados para usá-los. O Pentágono está preocupado com a possibilidade de esgotar seus arsenais nos próximos meses.

 

Artilharia enviada pelos Estados Unidos disparada por soldados ucranianos na região de Donetsk em imagem de 21 de junho de 2022
Artilharia enviada pelos Estados Unidos disparada por soldados ucranianos na região de Donetsk em imagem de 21 de junho de 2022 Foto: Tyler Hicks / NYT

O governo americano de Joe Biden e seus aliados estão com dificuldades para equilibrar prioridades em função das demandas de Kiev, no mesmo momento em que as forças russas intensificam seus bombardeios contra cidades e vilarejos de todo o leste ucraniano, de acordo com diplomatas americanos e de outros países ocidentais, oficiais militares e parlamentares.

As autoridades americanas afirmam que a Ucrânia poderia organizar um contra-ataque e tomar de volta parte do território – mas não todo que perdeu se for capaz de continuar a impingir baixas entre as forças russas até que as novas armas possam chegar do Ocidente, mas algumas autoridades temem que retirar das linhas de frente muitos especialistas em artilharia ucranianos por semanas para o treinamento com os novos armamentos possa enfraquecer as defesas ucranianas, acelerar os ganhos da Rússia e dificultar qualquer contra-ataque no futuro.

Imagem mostra soldados ucranianos disparando artilharia enviada pelo Ocidente contra a Rússia, próximo a região de Donetsk, no dia 21 de junho. Aliados do país invadido querem garantia de que tropas estarão treinadas para utilizar mais armas
Imagem mostra soldados ucranianos disparando artilharia enviada pelo Ocidente contra a Rússia, próximo a região de Donetsk, no dia 21 de junho. Aliados do país invadido querem garantia de que tropas estarão treinadas para utilizar mais armas Foto: Tyler Hicks / NYT

“Não há boas escolhas em uma situação como esta”, afirmou o senador Jack Reed, democrata de Rhode Island, que preside a Comissão de Serviços Armados. “É necessário retirar os melhores oficiais de artilharia e conscritos e enviá-los para uma semana ou duas de treinamento. Mas no longo prazo, acho que esta é provavelmente a estratégia correta.”

Adicionalmente, autoridades do Pentágono expressaram preocupações a respeito desse esforço prejudicar a capacidade de combate dos EUA, caso a guerra continue pelos próximos meses ou além. Depois de duas décadas dando apoio principalmente a missões de contraterrorismo, a indústria da defesa nos EUA parou em grande medida de fabricar o tipo de armamento que a Ucrânia precisará para sobreviver a uma longa guerra de desgaste. Os EUA aprovaram US$ 54 bilhões em ajuda militar, econômica e humanitária para a Ucrânia e enviaram o equivalente a mais de US$ 7 bilhões em armamentos retirados dos arsenais do Pentágono.

Os urgentes pedidos da Ucrânia chegam em um momento em que os EUA parecem estar acessando os armamentos mais sofisticados que são capazes de fornecer. Os próximos carregamentos deverão incluir veículos lançadores. Os lançadores de foguetes HIMARS, mísseis antinavios Harpoon e projéteis de obuses Excalibur, guiados e de precisão. Mas os caças de combate e os avançados drones armados que estavam na lista de pedidos da Ucrânia ficaram guardados por enquanto, por serem considerados uma provocação grande demais a Moscou ou pelo tempo que requerem para os ucranianos aprenderem a usá-los.

A guerra de quase cinco meses está em um momento crítico, afirmam autoridades americanas e outras fontes familiarizadas com informações de inteligência. Entre 100 e 200 soldados ucranianos morrem diariamente desde que a Rússia mudou o foco de sua campanha militar, na primavera, para o leste da Ucrânia. Mas cerca de 20 mil soldados russos foram mortos, e ferimentos tiraram de combate outros 60 mil 60 mil russos. Cerca da metade do equipamento militar da Rússia foi destruída na guerra, de acordo com autoridades ocidentais e várias fontes que falaram sob condição de anonimato para discutir informações sensíveis.

Para repor seu Exército, a Rússia teria de mobilizar uma fatia maior da população por meio de uma declaração de guerra – oficialmente, no país, o conflito continua uma “operação militar especial” ou mobilizando para a Ucrânia tropas e equipamentos estacionados no Extremo Norte ou no Extremo Oriente.

O fato do presidente Vladimir Putin estar hesitando em adotar qualquer dessas manobras é sinal de que ele acredita que o tempo joga ao seu favor, afirmam autoridades. Em vez disso, o Kremlin está tentando suprir sua falta de soldados com uma combinação heterogênea entre ucranianos dos territórios separatistas, mercenários, unidades militarizadas da Guarda Nacional e a promessa de grandes recompensas em dinheiro para voluntários.

Putin também pode pensar que o apoio do Ocidente à Ucrânia logo atingirá seu limite, conforme americanos e europeus ficam cada vez mais ansiosos a respeito dos preços da energia, que foram às alturas desde que a guerra começou.

Um sinal da atual estratégia de Putin, de acordo com fontes familiarizadas com relatórios de inteligência sobre sua campanha militar, é que o Kremlin não está mais pressionando por rápidos ganhos em batalha como durante seu esforço para capturar Kiev, a capital ucraniana. Putin reformulou seu comando militar em campo na Ucrânia novamente nas semanas recentes, e autoridades americanas afirmaram seu compasso mudou para táticas vagarosas e excruciantes, cujo desdobramento o Kremlin parece satisfeito em permitir.


O Exército russo tem se valido principalmente de sua imensa vantagem em artilharia de longo alcance no Donbas, no leste ucraniano, castigando à distância os militares ucranianos – assim como cidades e vilarejos – antes de tentar avançar. Nos dias recentes, observou-se que algumas unidades russas adotaram uma pausa estratégica, de acordo com uma análise do Instituto para o Estudo da Guerra, enquanto outras começaram a disparar contra vilarejos de Donetsk, uma das regiões do Donbas.

Muitas dessas tropas russas estão diminuindo o ritmo para se rearmar e se reorganizar depois de brutais duelos de artilharia na região de Luhansk, no Donbas, enquanto o Kremlin enfrenta dificuldades para suprir sua escassez de soldados para seguir com a guerra. “Os russos estão literalmente raspando o fundo do tacho em busca de soldados e equipamentos de reposição”, afirmou Frederick Hodges, ex-comandante do Exército americano na Europa que trabalha atualmente no Centro para Análise de Políticas Europeias.

Autoridades americanas afirmam que será difícil para a Ucrânia organizar uma contraofensiva no curto prazo, mas que o país ainda possui vantagens. Ao longo da guerra, os combates favoreceram principalmente os defensores, que são capazes de impingir baixas pesadas a partir de posições bem protegidas. Os ucranianos têm usado armamentos modernos de projeto americano e europeu, incluindo os HIMARS e mísseis antitanque como Javelins e NLAWs, com eficácia mortífera sobre os russos. Mas o poder de fogo superior da Rússia permitiu que suas abatidas forças avançassem. Mais treinamento e mais equipamentos são cruciais para a sobrevivência dos ucranianos e o impedimento do avanço russo.

As agências de inteligência americanas tiveram dificuldade para constatar a velocidade com que as forças ucranianas são capazes de absorver e empregar equipamentos sofisticados. Os HIMARS — Sistemas de Artilharia com Foguetes de Alta Mobilidade — são o elemento central dos novos envios de armamentos de longo alcance do Ocidente, aos quais o Exército ucraniano está apelando conforme seu arsenal de obuses e foguetes da era soviética míngua.

Os lançadores de foguetes montados sobre veículos capazes de realizar lançamentos múltiplos e simultâneos disparam projéteis guiados por satélite com alcance superior a 65 quilômetros, maior do que a capacidade de qualquer equipamento que a Ucrânia possui. Os dois primeiros conjuntos de sistemas que chegaram ao país estão destruindo paióis de munição da Rússia, defesas antiaéreas e postos de comando russos atrás dos fronts, afirmaram autoridades americanas e ucranianas. “Os HIMARS já fizeram uma imensa diferença no campo de batalha”, tuitou no fim de semana o ministro da Defesa ucraniano, Oleksii Reznikov.

A Casa Branca afirmou na sexta-feira que enviará para a Ucrânia outros quatro HIMARS dos arsenais do Pentágono, que se juntarão a outros oito sistemas deste modelo em campo no país e equipes treinadas por americanos de aproximadamente 100 soldados ucranianos. Autoridades do governo indicam privadamente que mais HIMARS serão enviados. O Reino Unido e a Alemanha prometeram enviar outros seis lançadores de foguetes similares.

Autoridades ucranianas, contudo, afirmam que precisam de pelo menos 300 lançadores de foguetes múltiplos para combater a Rússia, e algumas ex-autoridades do Pentágono afirmam que entre 60 e 100 sistemas são necessários para romper a ofensiva russa. / TRADUÇÃO DE AUGUSTO CALIL [a matéria apresenta excelente material e uma narrativa que deixa a impressão de que foi escrita por Zelenski - o que complica é que a Ucrânia continua perdendo territórios.]

Internacional - O Estado de S. Paulo 

 

sábado, 25 de junho de 2022

Ucrânia denuncia bombardeio 'maciço' de Belarus com mísseis russos

O ataque ocorre antes da reunião deste sábado entre o presidente russo Vladimir Putin e seu homólogo bielorrusso, Alexander Lukashenko, em São Petersburgo

A Ucrânia afirmou neste sábado (25/6) que um "bombardeio maciço" com mísseis russos atingiu o seu território e que foi lançado a partir de Belarus, aliada do Kremlin que, apesar de prestar apoio logístico a Moscou, não está oficialmente envolvida no conflito, que entrou no seu quinto mês.

"Um bombardeio maciço de mísseis atingiu a região de Chernihiv", disse o Comando Norte das tropas ucranianas. "Vinte foguetes atingiram a cidade de Desna, lançados do território bielorrusso [e também] do ar", afirmou, acrescentando que os ataques atingiram a infraestrutura, mas não deixaram vítimas. [alguém precisa alertar ao bravo povo ucraniano que quando o ex-comediante cogitou de arranjar uma guerra contra a Rússia contava que seus aliados ocidentais - aliados de palanque - irão combater pelos ucranianos enquanto  os 'aliados' estavam dispostos aos discursos e as sanções econômicas contra a Rússia - aqueles totalmente inúteis e as sanções demoram para apresentar resultados que são de pouca valia.

A guerra é de verdade e em guerras as pistolas raramente são usadas, as armas usuais são foguetes, mísseis, artilharia pesada. Infelizmente essa guerra vai demorar demais, os fabricantes de armas vendendo mais para os países ocidentais, esses repassando as armas para os ucranianos (as forças ocidentais não entrarão na guerra, o risco nuclear é elevado)  que, lamentavelmente, continuarão morrendo nas ações de batalha e os russos com o poder de decisão sobre o ritmo da guerra - só a saída de Zelenski pode dar oportunidade para uma negociação de paz séria do que a Ucrânia entrega o que a Rússia quer e voltará a viver em PAZ.]

Apesar de não estar envolvida no conflito com a Ucrânia, Belarus forneceu apoio logístico às tropas de Moscou, especialmente nas primeiras semanas da ofensiva russa, que começou em 24 de fevereiro. "O bombardeio de hoje está diretamente relacionado aos esforços do Kremlin para atrair Belarus para a guerra na Ucrânia como co-beligerante", disse a direção-geral dos serviços de inteligência ucranianos, sob o Ministério da Defesa, no Telegram.

O ataque ocorre antes da reunião deste sábado entre o presidente russo Vladimir Putin e seu homólogo bielorrusso, Alexander Lukashenko, em São Petersburgo.  Os aliados ocidentais da Ucrânia, por outro lado, se reunirão a partir de domingo em uma cúpula do G7 - as maiores economias do mundo - na Alemanha. Diante de um conflito que corre o risco de se prolongar no tempo, os membros da Otan, da qual a Ucrânia não faz parte, se reunirão em Madri na próxima semana.

Severodonetsk e Lysychansk
Durante essas reuniões, os países ocidentais farão um balanço da eficácia das sanções impostas à Rússia e a Belarus e estudarão uma possível nova ajuda à Ucrânia. Neste sábado, o governo espanhol anunciou um novo plano de ajudas diretas à Ucrânia de 9 bilhões de euros. O presidente do Governo, Pedro Sánchez, afirmou em coletiva de imprensa que, somadas a um primeiro pacote de medidas de 6 bilhões de euros aprovado em março, essas ajudas diretas representariam, até o final do ano, cerca de 15 bilhões de euros, "mais de um ponto do Produto Interno Bruto (PIB)".

Kiev insiste que precisa de mais armas para neutralizar o avanço das tropas russas e "estabilizar" a situação no Donbass, no leste, onde estão ocorrendo intensos combates. Isso "nos permitirá estabilizar a situação na região mais ameaçada de Luhansk", disse o comandante-chefe das Forças Armadas da Ucrânia, Valeriy Zaluzhnyi, na sexta-feira.

A situação é especialmente difícil na cidade industrial de Severodonetsk, bombardeada por Moscou durante semanas e onde as tropas ucranianas receberam ordens para se retirar na sexta-feira. "(...) 90% da cidade está danificada, 80% das casas terão que ser demolidas", disse o governador da região de Luhansk, onde está localizada a cidade.

As forças de Moscou também estão concentrando sua ofensiva na vizinha Lysychansk, que está quase cercada. A situação é sombria para os habitantes que decidiram ficar. Liliya Nesterenko explica que sua casa não tem gás, água e eletricidade, então ela cozinha com sua mãe em uma fogueira. No entanto, esta jovem de 39 anos está otimista. "Acredito em nosso exército ucraniano, eles devem [ser capazes de] enfrentar [os russos]", afirma.

Tanto Severodonetsk quanto Lysychansk são fundamentais para controlar o leste da Ucrânia, controlado parcialmente por separatistas pró-russos desde 2014. Especialistas enfatizam que a retirada dos soldados ucranianos de Severodonetsk não significa necessariamente uma mudança fundamental no terreno.

"Guerra lenta"
"A visão geral - uma guerra lenta de posições entrincheiradas - quase não mudou", disse à AFP Ivan Klyszcz, pesquisador da Universidade Estoniana de Tartu. "A retirada provavelmente foi planejada com antecedência e pode ser considerada tática", disse ele, enfatizando que a resistência ucraniana permitiu que Kiev consolidasse sua retaguarda.

As forças ucranianas estão consolidando "suas forças em posições onde podem se defender melhor", afirmou uma autoridade do Pentágono dos Estados Unidos sob condição de anonimato.

Mikolaivka, por exemplo, a cerca de 20 km a sudoeste de Lysychansk, já está nas mãos do exército russo, segundo o governador Gaidai. E agora eles estão tentando "conquistar Hirske", uma cidade vizinha, acrescentou. Mais ao sul, em Donetsk, a outra região que junto com Luhansk compõe o Donbass, "nenhuma cidade" na área é "segura", disse seu governador Pavlo Kyrylenko, na quinta-feira.

A Rússia alegou ter matado "até 80" combatentes poloneses em um bombardeio nesta área, especificamente em Konstantinovka, disse o Ministério da Defesa russo neste sábado. No norte da Ucrânia, a Rússia também intensificou seus ataques a Kharkiv nos últimos dias, onde explosões foram ouvidas no início deste sábado.Nas últimas semanas, as forças ucranianas tentaram recuperar cidades perdidas no sul.

"Fraqueza" da Rússia
A invasão russa da Ucrânia chega ao seu quinto mês sem sinais de terminar tão cedo. Na quinta-feira, os líderes dos 27 Estados-membros da União Europeia concordaram em dar à Ucrânia o status de candidato à adesão ao bloco, um momento simbólico comemorado por seu presidente Volodimir Zelensky.

Mas para o governo russo, a decisão é uma manobra ocidental para conter Moscou geopoliticamente. A decisão "confirma que a tomada do espaço da CEI [Comunidade de Estados Independentes, que agrupa várias ex-repúblicas soviéticas] continua ativamente, a fim de conter a Rússia", disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova.

Mundo - Correio Braziliense

 

quinta-feira, 2 de junho de 2022

Como as novas armas dos EUA podem ajudar a Ucrânia na guerra com a Rússia

Roberto Godoy

Desenvolvido desde 2010 e utilizado por exércitos de vários países, Himars concorre no mercado internacional com um equipamento brasileiro

 https://www.estadao.com.br/resizer/hC-Zr7-LLnlX73XMYVmrMB9WpH4=/1440x600/filters:format(jpg):quality(80):focal(2680x2435:2690x2445)/cloudfront-us-east-1.images.arcpublishing.com/estadao/PNMVMAQDMZBHBESCC2NRAWRSVY.jpg

A nova arma que o Pentágono liberou para o governo dos EUA enviar à Ucrânia é uma máquina de guerra capaz de fazer chover fogo e aço quente sobre alvos do tamanho do Parque do Ibirapuera. O Himars, sigla em inglês para Sistema de Artilharia de Alta Mobilidade, é um poderoso lançador de foguetes e mísseis. [Nos parece que o uso do Himars restrito ao solo ucraniano causará mais danos que beneficios à Ucrânia. 

DUAS PERGUNTAS: pretendem bombardear solo russo?  
- a Rússia não tem meios de neutralizar tal arma? Afinal, não é um lançamento.
 Sugestão: é conveniente que comecem a ficar atento a algum gesto impensado do  dorminhoco que preside os Estados Unidos; aquele cidadão já está fora do prazo de garantia e pode praticar alguma ação impensada e causar uma guerra nuclear. Que o Zelenski provoque a morte de ucranianos é uma escolha das vítimas, já de cidadãos de outros países é outro assunto.]
Desenvolvido desde 2010, utilizado por exércitos de vários países, concorre no mercado internacional com um equipamento brasileiro, o Astros-2020, da Avibrás Aeroespacial, de Jacareí. O Astros oferece mais possibilidades de emprego.

Leia também: Mísseis Himars: Saiba como funciona o sistema enviado pelos EUA à Ucrânia

Rússia mobiliza forças nucleares e acusa EUA de jogar ‘gasolina no fogo’ por envio de armas a Kiev 

O Himars é um sistema celular fechado, não adota o conceito de baterias, composto por várias unidades. Cada veículo é autônomo no campo de batalha.

O foguete-padrão de 227mm, pode cobrir entre 70 km e 80 km. A carreta de eixos pesa 16 toneladas e leva um contêiner disparador com seis foguetes permitindo disparos de 1, 2, 4 – ou de todos ao mesmo tempo. O sistema pode fazer fogo com ogivas diferentes; carga única, incendiárias e de fragmentação.

No total, uma rajada completa, combinando os três tipos, soma cerca de 540 quilos de poder de destruição. Duas, acima de uma tonelada. Caindo, por exemplo, sobre uma refinaria de combustíveis ou uma concentração de tropas e equipamentos é o suficiente para arrasar os objetivos. O sistema é bastante fácil de operar e necessita de apenas 56 horas de treinamento.

Unidade do Himars em ação em Marrocos
Unidade do Himars em ação em Marrocos  Foto: Fadel Senna/AFP
O Himars também pode disparar o míssil tático de precisão Atacms, de 300 quilômetros de alcance e ogiva de 160 quilos. O presidente americano, Joe Biden, vetou o fornecimento dessa configuração para as forças ucranianas, atendendo à argumentação do Departamento de Estado, que teme o uso do míssil contra posições da Rússia em território russo, o que certamente significaria a expansão do conflito.
O Himars, produzido pela indústria Lockheed Martin Missile, custa US$ 5,6 milhões – fora a munição. Segundo o Pentágono, a Ucrânia receberá inicialmente “algumas poucas unidades”. O pacote faz parte da leva mais recente de ajuda dos EUA no valor de US$ 33 bilhões.

Roberto Godoy -  O Estado de S. Paulo


terça-feira, 1 de março de 2022

Com megacomboio às portas de Kiev, Rússia avisa que atacará, bombardeia torres e tira TVs do ar

A GUERRA DE PUTIN

Fila de veículos militares e blindados tem mais de 60 km e está nas proximidades da capital ucraniana. Segunda maior cidade o país também sofre intensos bombardeios 

 Com comboio gigantesco perto de Kiev, Rússia avisa que atacará alvos na capital e tira TVs do ar

Sede do governo da segunda maior cidade do país é bombardeada em nova fase da ofensiva de Moscou, que pede que moradores se afastem de locais estratégicos na capital

Foto divulgada pelo Ministério do Interior ucraniano mostra fumaça após um ataque com mísseis contra uma torre de TV em Kiev Foto: - / AFP
Foto divulgada pelo Ministério do Interior ucraniano mostra fumaça após um ataque com mísseis contra uma torre de TV em Kiev Foto: - / AFP
Com um comboio gigantesco pronto para entrar na capital da Ucrânia, Kiev, o governo russo atacou a principal torre de rádio e TV na cidade na tarde desta terça-feira, interrompendo todas as transmissões, de acordo com o Ministério do Interior ucraniano. Cinco pessoas morreram, segundo o governo americano. Agora, forças russas se prepararam para um ataque maciço à capital, mas, que, segundo os Estados Unidos, poderia demorar ainda mais de 24 horas.

Vídeos capturaram pelo menos mais duas explosões na área próxima à torre. Em comunicado no Facebook, o Ministério do Interior confirmou que os canais de TV estão temporariamente fora do ar, "porque o hardware de transmissão da torre foi danificado". A torre, no entanto, não foi derrubada.

Apelo: Segunda rodada de negociação entre Rússia e Ucrânia é marcada para esta quarta-feira

Após o bombardeio, o Ministério das Relações Exteriores disse que a Rússia foi "bárbara". O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, confirmou que um Memorial do Holocausto de Babi Yar foi atingido. O local lembra o extermínio de 30 mil judeus ucranianos durante a Segunda Guerra Mundial pelos nazistas. — Ao mundo: qual o sentido de dizer 'nunca mais' por 80 anos, se o mundo fica quieto quando uma bomba cai no local de Babi Yar? Ao menos cinco morreram [no ataque de hoje], uma história que se repete — afirmou  o presidente. [cada pronunciamento feito pelo presidente ucraniano mostra que ele arrumou a guerra confiando nos 'aliados' ocidentais.]

Kiev continua cercada há vários dias. Imagens de satélite registraram, na noite de segunda-feira, um comboio de veículos militares russos de cerca de 64 quilômetros de extensão em direção à cidade. Segundo a empresa Maxar, responsável pela imagem, podem ser vistos tanques, peças de artilharia, veículos de transporte e outros equipamentos de logística.  De acordo com a CNN, a fila se estende da área ao redor do aeroporto de Antonov, que fica a cerca de 25 quilômetros do Centro de Kiev, ao sul, até a cidade de Prybirsk, ao norte.

Mas, de acordo com um alto funcionário do Pentágono, o movimento russo para entrar em Kiev foi interrompido "porque soldados enfrentam desafios logísticos, incluindo a escassez de alimentos". Segundo a fonte, que falou sob condição de anonimato, as forças "parecem estar reavaliando como avançar na cidade".

— Uma razão pela qual as coisas parecem estar paradas ao norte de Kiev é que os próprios russos estão se reagrupando, repensando e tentando se ajustar aos desafios que enfrentaram — disse o funcionário sob anonimato.

Polônia: Guerra na vizinhança faz país reviver traumas de invasões russas e alemãs

O Ministério da Defesa russo já havia anunciado que iria atacar locais em Kiev pertencentes ao serviço de segurança da Ucrânia, além de uma unidade de operações especiais. Os ataques, segundo nota do ministério publicada nas agências de notícias russas Tass e RIA, visam evitar "ataques de informação" contra a Rússia, para "acabar com a guerra psicológica e midiática" da Ucrânia. O comunicado também instava moradores próximos a esses locais a deixarem suas casas.

Segundo a ONU, até agora 136 civis foram mortos na ofensiva russa na Ucrânia, sendo 13 crianças, e 400 ficaram feridos. O Ministério das Relações Exteriores da Índia confirmou que um estudante indiano foi morto durante o bombardeio em Kharkiv.

Já o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, pediu que a comunidade internacional adote mais sanções contra a Rússia, por causa do ataque "bárbaro" à cidade. "Mísseis russos bárbaros atingiram a Praça da Liberdade e bairros residenciais de Kharkiv. O mundo pode e deve fazer mais. Aumentem a pressão. Isolem a Rússia totalmente", escreveu Kuleba, em uma rede social.

Josep Borrell, chefe de política externa da União Europeia, por sua vez, afirmou que o bombardeio russo em Kharkiv viola as "leis de guerra". Essa é a segunda vez que Kharkiv é alvo de um grande ataque russo desde o início da guerra, mas, até o momento, a cidade, com mais de 1,5 milhão de habitantes e a apenas 65 quilômetros da fronteira da Rússia, permanece nas mãos dos ucranianos.

Em O Globo, MATÉRIA COMPLETA

 


segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

Ameaça nuclear russa é o que a OTAN temia - DefesaNet

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou neste domingo (27/2) que o Exército coloque a força nuclear estratégica do país em "alerta especial" — o nível mais alto.


 

Em reunião com chefes de defesa militares no Kremlin, ele ordenou que o ministro da Defesa russo e o chefe do estado-maior das Forças Armadas pusessem as forças de dissuasão nucleares em um "regime especial de combate".

A decisão, segundo Putin, foi tomada porque o alto escalão da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) teria permitido "declarações agressivas" contra a Rússia. Para o presidente, as nações ocidentais tomaram "ações hostis" contra seu país e impuseram "sanções ilegítimas" após a invasão da Ucrânia.

O anúncio é um sinal tanto da cólera do presidente Putin pelas sanções anunciadas nas últimas horas quanto de sua paranoia de longa data de que seu país está sob ameaça da OTAN.

O movimento certamente chamou a atenção do Ocidente. Esse tipo de escalada é exatamente o que os estrategistas militares da OTAN temiam, e é por isso que a aliança declarou reiteradamente que não enviará tropas para ajudar a Ucrânia a lutar contra os invasores russos. A ofensiva, contudo, não está indo inteiramente de acordo com o planejado por Moscou. No quarto dia, nenhuma grande cidade ucraniana está nas mãos dos russos, que parecem estar sofrendo pesadas baixas.

Isso causará alguma frustração e impaciência no Kremlin. E é difícil ver as negociações de paz marcadas para acontecer na fronteira com Belarus chegarem a um acordo que funcione para ambos os lados. Putin quer a Ucrânia totalmente de volta à sua esfera de influência, enquanto o governo do presidente Volodymyr Zelensky quer que ela permaneça independente. Isso não deixa muito espaço para compromissos. Juntamente com o alerta nuclear de hoje, provavelmente veremos uma intensificação da ofensiva russa nos próximos dias, com ainda menos consideração pelas vítimas civis do que foi mostrado até agora.

Jogada nuclear de Putin pode tornar situação "muito, muito mais perigosa", diz autoridade dos EUA

A ordem do presidente russo, Vladimir Putin, de colocar as forças nucleares russas em alerta máximo durante a invasão da Ucrânia é uma escalada que pode tornar as coisas "muito, muito mais perigosas", disse uma autoridade militar dos Estados Unidos, neste domingo.

Putin deu a ordem enquanto Washington avalia que as forças russas estão sofrendo reveses inesperados no campo de batalha na invasão que já dura quatro dias devido à forte resistência ucraniana e falhas de planejamento que deixaram algumas unidades sem combustível ou outros suprimentos, disseram autoridades dos EUA.

O Pentágono soube do aumento do alerta russo a partir do anúncio televisionado de Putin, disse o alto funcionário militar dos EUA, em vez de por fontes de espionagem norte-americanas.

Logo após Putin falar, o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, o general Mark Milley, presidente do Estado-Maior Conjunto; e o principal comandante dos EUA para a Europa, general Tod Wolters, realizaram uma reunião pré-agendada mais cedo em que discutiram a decisão do presidente russo.

Embora Washington ainda estivesse coletando informações, a atitude de Putin foi preocupante, disse a autoridade, falando sob condição de anonimato. "Trata-se, essencialmente, de colocar forças em jogo que, se houver um erro de cálculo, as coisas podem ficar muito, muito mais perigosas", disse o funcionário.

Questionado se os EUA continuariam a fornecer assistência militar à Ucrânia após o anúncio de Putin, o funcionário disse: "Esse apoio vai avançar."

Enquanto os mísseis choviam sobre cidades ucranianas, milhares de civis, principalmente mulheres e crianças, fugiam do ataque russo para países vizinhos. A capital Kiev ainda estava nas mãos do governo ucraniano, com o presidente, Volodymyr Zelenskiy, reunindo o povo para a defesa da cidade.

Os EUA avaliam que a Rússia disparou mais de 350 mísseis contra alvos ucranianos até agora, alguns atingindo infraestrutura civil. Mas a autoridade dos EUA expressou profunda preocupação com o que o Pentágono acredita ser indicações de que as forças russas - que parecem se concentrar sobre alvos militares - podem estar mudando de estratégia.

Citando uma ofensiva russa na cidade ucraniana de Chernihiv, ao norte de Kiev, o funcionário citou os primeiros sinais de que a Rússia estava adotando táticas de cerco. "Parece que eles estão adotando uma mentalidade de cerco, que qualquer estudante de tática e estratégia militar diria que quando isso acontece a probabilidade de danos colaterais aumenta", disse o funcionário.

DefesaNet


sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Biden fala em resposta "firme" contra possível invasão da Rússia na Ucrânia

Em teleconferência, presidente norte-americano adverte Vladimir Putin que progresso diplomático depende de desescalada e volta a ameaçar Moscou. Líder da Rússia alerta que imposição de sanções econômicas seria "erro colossal"

Durou 50 minutos a segunda conversa por teleconferência entre os presidentes Joe Biden (Estados Unidos) e Vladimir Putin (Rússia) em 23 dias. Enquanto os dois líderes buscavam formas de amenizar a tensão na Ucrânia, pelo menos 100 mil soldados de Moscou aguardavam ordens, na fronteira com a ex-república soviética. Washington teme que Moscou prepare uma invasão ao território ucraniano, quase oito anos depois da anexação da Península da Crimeia. Na reunião virtual de ontem, Biden propôs que a desescalada da crise ocorra pelas vias diplomáticas, mas ressaltou que os Estados Unidos responderão "firmemente" a qualquer ofensiva na Ucrânia. De acordo com ele, os progressos diplomáticos dependem de uma distensão por parte do Kremlin.
[pública, notória e autêntica nossa aversão ao comunismo, à maldita esquerda e assemelhados;  o fato da Rússia ter se livrado do comunismo, ainda não a purificou mas convenhamos, entre o 'democrata' americano e Vladimir Putin, o russo ganha com folga.
Por isso, pedimos aos assessores do Biden, que aproveitem quando ele acordar de um dos seus inúmeros cochilos, quase sempre inoportunos, lembrem que a Rússia não é o Afeganistão, quando Biden diante da escalada do Talibã, em vez de evacuar primeiros os civis, deixando como é de praxe os militares para depois, fez o contrário - evacuou os militares e deixou civis nas mãos dos radicais. Pior ainda: ordenou um ataque que matou crianças e civis inocentes.]

No próximo dia 10, a subsecretária de Estado norte-americana, Wendy Sherman, e o vice-chanceler russo, Sergey Ryabkov, chefiarão suas respectivas delegações durante negociações a serem realizadas em Genebra. Segundo a rede de TV CNN, autoridades do Pentágono e do Conselho de Segurança Nacional participarão do encontro.

A teleconferência entre Biden e Putin começou às 15h35 de ontem pelo horário de Washington (17h35 em Brasília e 23h35 em Moscou). A Casa Branca divulgou foto em que o presidente democrata aparece ao telefone, dentro de um quarto com paredes de madeira, em sua residência. Biden está em Wilmington, no estado de Delaware, onde passará o réveillon acompanhado da família. Apesar de admitir "satisfação" com o telefonema, Putin advertiu os EUA que a imposição de sanções econômicas contra Moscou representaria um "erro colossal" e disse precisar que as conversas ofereçam "resultados". Horas antes da teleconferência, Putin se disse "convencido" sobre a possibilidade de ambos manterem um diálogo "eficaz" e calcado no "respeito mútuo".

Em 7 de dezembro passado, Biden e Putin se falaram por cerca de duas horas. O norte-americano prometeu uma "resposta forte" no caso de uma escalada militar na região — na ocasião, a Casa Branca deixou claro que os EUA e aliados lançariam mão de medidas econômicas incisivas e de outros tipos de sanção, sem dar detalhes. Putin, por sua vez, pediu a Biden garantias de que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) não se expandirá rumo ao leste, um movimento visto como ameaçador pelo Kremlin.

Vitória
Professor de política comparativa da Universidade Nacional de Kiev-Mohyla (Ucrânia), Olexiy Haran afirmou ao Correio que, apesar de poucos detalhes do conteúdo da conversa de ontem, Biden e o Ocidente apostam no engajamento diplomático com a Rússia. "É melhor dialogar do que ter uma confrontação militar. Minha percepção é de que Putin entenda esse intercâmbio com os Estados Unidos como uma 'vitória simbólica' perante a opinião pública russa, pelo fato de superpotências estarem conversando com ele e colocando-o como um ator importante na arena internacional", comentou. "Na essência, acho que a mensagem do Ocidente é a de reforçar que, em caso de invasão à Ucrânia, haverá pesadas sanções econômicas."

Para Haran, as exigências de Moscou para que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) não mantenha laços militares com os países bálticos não passam de blefe. "É um tipo de propaganda do Kremlin. Duvido que o Ocidente faça qualquer concessão à Rússia. Espero que não haja uma invasão à Ucrânia, pois isso surtiria em tremendas consequências para todos os atores. Nós, ucranianos, não estamos em pânico. A vida continua, mas estamos cautelosos e temos aumentado nossa capacidade militar. Esperamos apoio adicional do Ocidente, pois essa é a única maneira de deter Putin", acrescentou o professor de Kiev. O especialista acredita que a retórica utilizada ontem por Biden possa persuadir Putin a recuar.

Mundo - Correio Braziliense


sábado, 6 de novembro de 2021

Estados Unidos divulga relatório sobre o poder militar Chinês

DefesaNet

O crescimento das capacidades militares da China surpreende analistas do Pentágono como indicado no relatório deste ano.

O Departamento de Defesa divulgou hoje (03NOV2021) seu relatório anual sobre desenvolvimentos militares e de segurança envolvendo a China, comumente referido como Relatório do Poder Militar da China.(Nota DefesaNet - O relatório na íntegra pode ser acessado clicando aqui)

O relatório fornece informações sobre a estratégia nacional da China, objetivos de política externa, planos econômicos e desenvolvimento militar.

"O relatório fornece uma avaliação básica do principal desafio do departamento e traça a modernização do PLA [Exército de Libertação do Povo] ao longo de 2020", disse um oficial de defesa na terça-feira. "Isso inclui o desenvolvimento de capacidades do PLA para conduzir ataques de precisão conjuntos e de longo alcance em todos os domínios; capacidades cada vez mais sofisticadas de espaço, contra-espaço e cibernética; bem como a expansão acelerada das forças nucleares do PLA."


Uma revelação importante no relatório são os avanços da China em sua capacidade nuclear, incluindo que o ritmo acelerado de sua expansão nuclear pode permitir que a China tenha até 700 ogivas nucleares entregues até 2027.

"O ritmo acelerado da expansão nuclear do PLA pode permitir que a RPC [República Popular da China] tenha até cerca de 700 ogivas nucleares entregues até 2027", disse o funcionário. "E o relatório afirma que a RPC provavelmente pretende ter pelo menos 1.000 ogivas nucleares até 2030 - excedendo o ritmo e o tamanho que projetamos no relatório 2020 China Military Power."




O relatório também revela que a China pode já ter estabelecido uma tríade nuclear, que inclui a capacidade de lançar tais mísseis do ar, solo e mar.

"A RPC possivelmente já estabeleceu uma nascente 'tríade nuclear' com o desenvolvimento de um míssil balístico lançado do ar com capacidade nuclear e a melhoria de suas capacidades nucleares terrestres e marítimas", diz o relatório.

 

Novo no relatório deste ano é uma seção sobre os esforços de pesquisa química e biológica das forças armadas chinesas. Ele afirma que a China se envolveu em atividades biológicas com aplicações potenciais de uso duplo e que isso levanta preocupações em relação ao cumprimento da Convenção de Armas Biológicas e Toxinas e da Convenção de Armas Químicas.

O relatório conclui que a China continua sendo clara em suas ambições de ser competitiva com potências militares de classe mundial, disse o funcionário do DOD.   “As capacidades e conceitos em evolução do PLA continuam a fortalecer sua capacidade de lutar e vencer guerras, para usar sua própria frase, contra o que a RPC chama de 'inimigo forte' - novamente, outra frase que aparece em suas publicações. inimigo forte ', é claro, é muito provavelmente um eufemismo para os Estados Unidos ", disse ele.

De acordo com o relatório, uma grande parte do esforço da China para igualar a força de um "inimigo forte" envolve grandes esforços de modernização e reforma dentro do exército chinês. Esses esforços incluem um esforço contínuo para alcançar a "mecanização", que o relatório descreve como os esforços do exército chinês para modernizar suas armas e equipamentos para serem conectados em um "sistema de sistemas" e também utilizar tecnologias mais avançadas adequadas para "informatização" e guerra "inteligente".


LEIA TAMBÉM: Como a China Está comprando o Brasil - Revista Crusoé


Nota DefesaNet

Recomendamos cautela ao ler a matéria da Revista Crusoé. Pontos importantes são omitidos. Não parece ser por acaso, pois todos estão relacionados com o Governo de São Paulo e gruposs políticos vinculados tradicionalmente ao Grupo Antagonista.


Nota DefesaNet  a referência ao Brasil está como o quinto fornecedor de petróleo para a China

 

DefesaNet, MATÉRIA COMPLETA


sábado, 18 de setembro de 2021

Pentágono admite erro em ataque que deixou 10 mortos no Afeganistão

O chefe do Comando Central dos EUA, general Kenneth McKenzie, disse que o alvo do ataque era uma suposta operação terrorista contra o aeroporto de Cabul

 O conturbado processo de retirada das tropas americanas do Afeganistão ganhou ontem um novo ingrediente polêmico. Dezessete dias após a saída dos últimos militares, o Exército dos Estados Unidos reconheceu ter cometido um erro no ataque com drone contra supostos terroristas do Isis-K, em 29 de agosto, na capital afegã, Cabul. A ofensiva matou 10 civis.

“Ofereço minhas mais profundas condolências aos familiares dos falecidos”, declarou, pouco depois, o secretário de Defesa, Lloyd Austin, em nota. O chefe do Pentágono admitiu que o homem atacado era “apenas uma vítima inocente, com os demais tragicamente assassinados”. “Pedimos desculpas e trabalharemos para aprender com esse erro terrível”, assinalou Austin, garantindo que as forças americanas têm como orientação primordial a preservação de vidas inocentes: “Nenhum exército se esforça tanto quanto o nosso para evitar baixas civis.”

O chefe do Comando Central dos EUA, general Kenneth McKenzie, disse que o alvo do ataque era uma suposta operação terrorista contra o aeroporto de Cabul sobre a qual a Inteligência americana tinha uma “certeza razoável”. “O ataque foi um erro trágico”, assumiu McKenzie. Em reportagem publicada no último dia 6, o jornal The New York Times apontou o possível erro, com base na análise de vídeos de câmeras de segurança da área em que houve o ataque. As imagens mostraram Ezmarai Ahmadi, uma das vítimas, e colegas colocando galões de água no porta-malas de um carro e pegando um notebook para seu chefe.

Ezmarai Ahmadi era um engenheiro elétrico da ONG Nutrition & Education International, um grupo de assistência com sede na Califórnia ao qual ele, como milhares de afegãos, havia solicitado uma realocação para os Estados Unidos.

Autoridades americanas garantem que uma explosão maior ocorreu após o ataque do drone, provando que havia explosivos no veículo. No entanto, a investigação do The New York Times observou que não havia evidências de uma segunda explosão, pois foi observado apenas um amassado em um portão próximo e nenhum sinal claro adicional, como paredes destruídas.

SAIBA MAIS = Biden é pior do que parece, apesar de ser bonzinho quando comparado ao que sua vice é capaz.

Mundo  - Correio Braziliense