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sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Ninguém pede para sair - Nas entrelinhas

“Fala-se em Onix ir para a Educação e Weintraub, para a Casa Civil. As duas pastas são territórios povoados por gente ligada aos filhos de Bolsonaro e ao guru Olavo de Carvalho”


Em outros governos, o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, o mais desprestigiado no Palácio do Planalto, já teria pego o boné e ido embora; e o ministro da Educação, Abraham Weintraub, o mais criticado por causa das trapalhadas na pasta, já teria sido exonerado. Mas, no governo Bolsonaro, ninguém é demitido por pressão externa, as críticas parecem ser uma espécie de salvo-conduto para permanecer na Esplanada. Tem até ministro que briga com a imprensa e o Congresso para agradar ao presidente da República e se segurar no cargo. Ninguém pede para sair.

Ontem, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), às vésperas da retomada dos trabalhos legislativos, fez duras críticas ao ministro da Educação, cuja gestão classificou como um desastre. “O ministro da Educação atrapalha o Brasil, atrapalha o futuro das nossas crianças, está comprometendo o futuro de muitas gerações. Cada ano que se perde com a ineficiência, com um discurso ideológico de péssima qualidade na administração, acaba prejudicando os anos seguintes. Mas quem demite e quem nomeia ministro é o presidente”, afirmou Maia, que participou de um seminário sobre desenvolvimento em São Paulo. [exatamente 'primeiro-ministro;
tal limitação, legal,  do poder de demitir  apenas ao presidente da República, deveria ser respeitada por todos, incluindo e especialmente os presidentes dos Poderes Judiciário e Legislativo.
Desrespeitar um mandamento constitucional é, no mínimo, um atentado contra a Constituição, constituindo também um ato contra a ÉTICA e a MORAL.] Weintraub é um casca-grossa da turma do confronto do governo, Bolsonaro gosta do estilo e prestigia seu ministro, mas os fatos são teimosos. Os erros administrativos se repetem, o desgaste do governo na Educação aumenta. O ministro tem a seu favor a implantação das escolas militares, mas isso é muito pouco diante dos desafios da educação no país. Entretanto, a narrativa de combate ao método Paulo Freire, [saiba mais] adotado em todo mundo para erradicar o analfabetismo, e as críticas ao chamado “marxismo cultural” vão mantendo o ministro no posto, mesmo havendo, dentro do próprio governo, crescente insatisfação com seu péssimo desempenho. Como a Educação é uma área muito sensível do ponto de vista político, vai ser difícil para o ministro sobreviver ao bombardeio que virá do Congresso. As declarações de Maia foram a senha para que os demais deputados passem à ofensiva contra Weintraub.

Esvaziado definitivamente na Casa Civil, com a decisão do presidente Jair Bolsonaro de tirar o Programa de Parcerias Publico-Privadas e Investimentos (PPI) da pasta, o ministro Onyx Lorenzoni ainda está em férias e ninguém sabe o que pretende fazer quando voltar. É possível que reassuma seu mandato de deputado federal na Câmara, aproveitando o começo do ano legislativo, para se reposicionar na bancada do DEM, da qual já foi líder. Lorenzoni foi um dissidente do seu partido nas eleições passadas, com o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que também apostou na eleição de Jair Bolsonaro e levou.

Parcerias e investimentos
Colega de Câmara e aliado de primeira hora de Bolsonaro, o ministro da Casa Civil foi seu coordenador político de campanha e liderou a equipe de transição do governo. Na divisão do bolo, porém, a parte do leão ficou com o ministro da Economia, Paulo Guedes; Lorenzoni teve que dividir o poder político com os militares, que acabaram esvaziando completamente sua pasta e afastando-o do Estado-maior do governo.


O papel de articulador político do Planalto foi passado ao ministro Luiz Eduardo Ramos, chefe da Secretaria de Governo, que é general e amigo de Bolsonaro. A Subchefia para Assuntos Jurídicos (SAJ), que analisa a viabilidade jurídica dos atos assinados pelo presidente, foi transferida para a Secretaria-Geral, comandado pelo ministro Jorge Oliveira Ramos. O último trunfo de Onyx era o Programa de Parcerias Público-Privadas e Investimentos (PPI), que estava tocando com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, uma unanimidade no Congresso.

Ocorre que o ministro da Economia, Paulo Guedes, está em rota de colisão com a Câmara quanto ao novo marco regulatório das concessões e privatizações, cuja negociação estava passando muito mais pela Casa Civil do que pela equipe econômica. A crise com o então secretário executivo da Casa Civil, Vicente Santini, que foi de Davos, na Suíça, a Nova Délhi, na Índia, num jatinho da FAB, utilizando como pretexto as negociações envolvendo o PPI, foi a deixa para Guedes pôr as mãos no programa, que sempre quis gerenciar. Santini era o principal responsável pelo PPI na equipe de Lorenzoni.

Há uma expectativa de que Lorenzoni antecipe a volta das férias e desembarque ainda hoje em Brasília. Fala-se na possibilidade de Onix ir para a Educação e Abraham Weintraub, para a Casa Civil. As duas pastas são territórios povoados por gente ligada aos filhos de Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro e o deputado federal Eduardo Bolsonaro. Os dois ministros também  são alinhados com o guru ideológico do clã, Olavo de Carvalho.


Nas Entrelinhas - Luiz Carlos Azedo - Correio Braziliense

 

domingo, 22 de setembro de 2019

Passo a passo, governo está construindo base de apoio no Congresso - Correio Braziliense

Governo evolui na articulação sob o comando do ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, e amarra estrutura de apoio. Relação com o Congresso muda também nas palavras e ações de Bolsonaro, que interrompeu escalada de ataques à política  [se percebe que quase primeiro-ministro Rodrigo Maia, após ser indiciado pela PF, maneirou nos ataques ao Presidente Bolsonaro;

sabemos que ele está atento a eventual descuido do presidente da República, já que o presidente tem se descuidado menos, situação que somada ao indiciamento deixou o presidente da Câmara mais atento a si próprio.]

Passo a passo, o governo está construindo a base de apoio no Congresso para aprovar, sobretudo, a agenda econômica. Na Câmara, os apoios chegam a 180 deputados. No Senado, aproximadamente 30 parlamentares. Os números são confirmados por interlocutores do Palácio do Planalto, que atribuem ao processo gradativo consolidado pelos 217 atendimentos feitos pelo ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, e pelo líder na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO). Um terceiro nome, no Senado, o de Fernando Bezerra (MDB-PE) — foi abatido em pleno voo pela Polícia Federal, mas continuará no cargo até segunda ordem.

O articulador político assumiu o cargo em 4 de julho. Significa que, nas últimas 11 semanas à frente do posto, fez uma média de quase 20 atendimentos por semana. Foram 177 encontros com deputados e outros 40 com senadores, que incluem acolhimentos a parlamentares que se reuniram com Ramos mais de uma vez, segundo informações obtidas junto a fontes na Secretaria de Governo. É uma interlocução construída com laços de reciprocidade, explicam, sem toma lá dá cá, mas, sim, com construções sólidas para a “reconstrução” do Brasil.
 
Aos mais próximos, Ramos se orgulha de atribuir o trabalho feito como uma articulação de Estado, não de governo. Não à toa, em relação a esses atendimentos, feitos para dialogar a acomodação de espaços para indicados políticos, o ministro e os líderes praticamente só não se reuniram com parlamentares do PT, do PCdoB, do PDT e do PSol, legendas opositoras ao governo. Dos 217 encontros, quase 90% foram a 16 partidos.

Ao Correio, Ramos explica que o objetivo é construir pontes e buscar entendimentos. “Mais recentemente, fui ao Congresso em duas oportunidades, na semana retrasada e nesta última, e conversei separadamente com cada líder de partido. Botei meus pontos de vista, eles colocaram os deles. Alguns até botaram algumas coisas, brincando: ‘Quero um casamento de relação de franqueza e sinceridade!’. Não existe alinhamento 100% com o governo, mas postura pelo Brasil. Nem falo em construir base, mas criar relações republicanas com o Congresso”, sustenta.
 
No Correio Braziliense, MATÉRIA COMPLETA
 
 

sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Heleno diz que decisão do STF sobre Queiroz 'não tem impacto' no governo

Ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional minimizou as consequências da paralisação da investigação

O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, minimizou um eventual desgaste no governo após o Supremo Tribunal Federal ter suspendido uma investigação sobre Fabrício Queiroz a pedido do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro. "Para mim, não tem impacto", disse Heleno ao Estadão/Broadcast, quando perguntado sobre os efeitos da decisão de Fux no governo.   

Quem também criticou a decisão foi o ministro-chefe da Casa CivilOnyx Lorenzoni. Ele afirmou que o presidente Jair Bolsonaro é “vítima” de um processo de tentativa de desgaste.  Na quinta-feira, o Supremo Tribunal Federal paralisou a apuração do Ministério Público do Rio aberta após o Estado revelar o relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf)

Para Onyx, é preciso ter “cautela” e aguardar a manifestação da Justiça. “O governo, do ponto de vista do presidente Bolsonaro, tem muita tranquilidade, porque isso não tem rigorosamente nada a ver com o que envolve o presidente. Ele é, mais uma vez, vítima desse processo”, afirmou.

Relembre
O vice-presidente do Supremo, ministro Luiz Fuxatendeu a um pedido da defesa do ainda Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e determinou a suspensão da investigação sobre movimentações financeiras atípicas do ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz. A decisão de Fux paralisa a apuração e vale até o ministro Marco Aurélio Mello, relator do processo no Supremo, analisar o caso depois que o tribunal retomar as suas atividades, em 1.º de fevereiro.

O Estado de S. Paulo