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terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Barbosinha, cabra marcado para demissão: por Dilma, atendendo imposição do PT, ou pelo sucessor de Dilma, após impeachment da ainda presidente



O dilema de Nelson Barbosa
O ministro da Fazenda terá de optar entre o ajuste fiscal necessário e a gastança – exigida pela ala radical do PT – que arrasta todos à pobreza 

Ao assumir o Ministério do Planejamento, em 2 de janeiro de 2015, Nelson Barbosa fez um discurso formatado para agradar ao Planalto e ao mercado. Defendeu a necessidade de ajuste fiscal para equilibrar as contas públicas, mas também se esforçou para apontar saídas menos ortodoxas para o país voltar a crescer. Ao final do texto, agradeceu, nesta ordem, à presidente Dilma Rousseff e ao Instituto Lula. No final do ano, ao assumir o cargo de ministro da Fazenda, Barbosa evitou elogiar o Q.G. do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Esquecer um pouco o apoio de um de seus maiores patrocinadores políticos desde que iniciou carreira no governo, há 12 anos, faz parte do script para o novo cargo.

Há razões práticas para isso. Desde que seu nome foi dado como certo para assumir o cargo de Joaquim Levy, os brasileiros que produzem e geram emprego deram seus clássicos sinais de descrença: o dólar voltou a passar dos R$ 4 e a Bolsa caiu. Ninguém esquece que Barbosa foi um dos formuladores da Nova Matriz Econômica, com as piruetas contábeis que levaram o país à crise atual. Para ganhar a confiança que está na base de qualquer recuperação econômica, Barbosa foi instruído, nos últimos dias, a empreender um road show para convencer que não é uma reedição de Guido Mantega.
 
Recentemente, em teleconferência com jornalistas estrangeiros, descartou socorrer a Petrobras com dinheiro do Tesouro. “Eu não acho que seja necessário injetar capital na Petrobras”, disse. “As soluções de mercado são as melhores. A reestruturação da companhia está em curso e vai continuar assim no ano que vem.” Barbosa terá de fazer cada vez mais isso no início do ano. Promover encontros com empresários, gestores de bancos de investimento, sindicalistas. Se possível, deverá comparecer a eventos internacionais, como o Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.

Outro gesto significativo foi que, ao chegar à Fazenda, Barbosa fez questão de manter a maior parte da equipe de Joaquim Levy. Trouxe apenas dois secretários consigo: Dyogo Oliveira, investigado na Operação Zelotes, assumirá a Secretaria-Executiva; e Manuel Pires comandará a Secretaria de Política Econômica. Barbosa tentou, a todo custo, manter o secretário do Tesouro, Marcelo Saintivejá demissionário antes da definição da saída de Levy. Diante da negativa do secretário em permanecer no governo, Barbosa acatou sua sugestão de manter no cargo um de seus adjuntos, Otávio Ladeira de Medeiros. 

A escolha suscitou, entre os técnicos da Casa, um sentimento ambíguo: estavam aliviados por não avistarem a chegada de alguém de perfil mais parecido ao da equipe de Mantega, mas estranharam o sempre combativo Barbosa tentar, agora na Fazenda, manter a estrutura criada por quem ele tanto criticou. Interlocutores da equipe econômica, contudo, apostam que os indicados por Levy fiquem apenas durante o período de transição.

Barbosa será cobrado a apresentar propostas que deem continuidade ao ajuste. Dilma convocou reuniões durante o recesso para tratar de temas relacionados à economia, como a reforma da Previdência. O Brasil tem sido rebaixado seguidamente pelas agências de classificação de risco por não cortar gastos. A agência Moody’s é a única que ainda não tirou do Brasil o grau de investimento – espécie de selo de bom pagador. A queda é dada como certa pelo mercado, mas, se as sinalizações do novo ministro surtirem efeito, o rebaixamento poderá vir acompanhado de um comentário sóbrio da agência, o que significaria uma trégua ao país, sobretudo na especulação cambial que tem levado o dólar a patamares recordes. O real foi a moeda que mais se desvalorizou em 2015.

A se afastar a hipótese de impeachment, Barbosa e Dilma estão convencidos de que o governo só sobreviverá até 2018 se o equilíbrio das contas estiver minimamente equacionado. Se a missão já era difícil para Levy, que contava com a chancela do mercado, mas não do governo, no caso de Barbosa, o desafio é oposto. Entre os fiadores políticos de Barbosa estão precisamente os que rejeitam o ajuste. Como a cartilha da política prevê que nenhum apoio sai barato, Barbosa já sente o preço da fatura. “A Fazenda tem de liberar empréstimos para os Estados. Vários Estados estão precisando. Não tem problema aumentar um pouquinho a dívida. Eles têm margem de endividamento”, disse o líder do governo na Câmara, José Guimarães, em um arroubo intimidatório

A frase gerou dúvidas sobre o apoio que Barbosa terá se mantiver a rigidez fiscal necessária. Está claro: a ala mais radical do PT quer dinheiro público na rua agora, mesmo que isso aprofunde a crise e prejudique justamente os que o partido diz defender, os mais pobres que são os que mais sofrem com os equívocos econômicos do governo Dilma Rousseff. Mais sensato foi o ministro Armando Monteiro, do Desenvolvimento, que descartou em entrevista a farra de dinheiro público que se costuma chamar de “política industrial”.


A pressão sobre Barbosa deverá se intensificar ainda mais quando a base aliada descobrir que seu poder decisório é limitado e que o ministro dificilmente tomará qualquer decisão efetiva que contrarie a presidente Dilma Rousseff. “No final do dia, quem toma as decisões continua sendo a presidente”, diz o deputado Ricardo Barros (PP-PR), relator do Orçamento de 2016. “Nesse aspecto, nada mudou. É ela no comando da economia.” O país só sairá da crise se a chefe e o subordinado – Dilma e Barbosa – enxergarem o óbvio. O Brasil precisa se concentrar, nos próximos meses, na única política social efetiva, a única que pode gerar crescimento no médio prazo, tirar os pobres da pobreza e o país da crise. Essa política tem nome e sobrenome: ajuste fiscal. O resto é populismo.

Fonte: Revista Época

 

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

A derrocada do ministro 'mãos de tesoura'



'Financial Times' e 'The Economist' já especulam sobre a possibilidade de o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, deixar o cargo
A imprensa internacional repercutiu nesta quinta-feira o enfraquecimento da figura do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, na condução das contas públicas do país após o Planalto encaminhar ao Congresso o projeto do Orçamento de 2016 com previsão de déficit. Com o título "Brasil batalha para dar um jeito na crise fiscal", reportagem do jornal britânico Financial Times destaca que o ministro "tem pouco espaço de manobra" e que o mercado já especula a possibilidade de ele deixar a pasta.

"O ministro da Fazenda tem evitado grande parte da culpa por esses erros, mas isso não impediu a especulação renovada sobre se Levy vai ficar no cargo por muito mais tempo", diz o texto. O artigo ainda explica que o apelido "Edward Mãos de Tesoura", em referência ao filme dirigido por Tim Burton de 1990, se dá por sua vocação a cortar gastos públicos. Mas o seu trabalho de "policial malvado da economia", conforme definiu a reportagem, para o qual foi nomeado, tem sido dificultado pela "economia enfraquecida e uma crise política que destruiu a capacidade do governo de aprovar qualquer coisa no Congresso".

Em duas matérias datadas do dia 5 de setembro, quando sai a próxima edição impressa da revista, a britânica The Economist criticou fortemente o anúncio do Orçamento de 2016 com rombo de 30,5 bilhões de reais. "A maioria dos países recorre aos déficits. E quando ocorrem as recessões, soltar as cordas das contas públicas faz sentido para muitos deles. 

Mas o Brasil não é a maioria dos países. Sua economia está em apuros e a sua credibilidade fiscal está se desintegrando rapidamente", diz o primeiro parágrafo do texto intitulado de "Tudo em queda".  Em outra matéria da mesma edição, cujo título é "Tempos desesperados, movimentos desesperados", o ministro Levy é citado como a pessoa indicada para "fazer lobby pelo corte de gastos" e por ser uma figura "reconfortante para o mercado". Segundo o artigo, a presidente Dilma Rousseff enfraqueceu o ministro ao encaminhar o orçamento deficitário. No entanto, a revista atribui também a culpa pelas dificuldades econômicas do Brasil ao Congresso, que tem "podado a maioria das boas ideias de Levy".

A Economist também nota que Dilma não tem conseguido entregar bons resultados econômicos desde 2010 e que muitos atribuíam os problemas ao ex-ministro Guido Mantega. "Substituí-lo por Levy era supostamente para corrigir esse problema; essa perda de prestígio é um mau presságio".

Fonte: Veja Online


segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Dilma pede arrego a Cunha



Prestes a enviar ao Congresso Orçamento com déficit, Dilma chama Cunha para conversar
Presidente da Câmara está em Nova York, onde participa de uma conferência da ONU
No dia em que o governo irá enviar para o Congresso o Orçamento de 2016 com previsão de grande déficit, a presidente Dilma Rousseff chamou o presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para uma conversa. O encontro, no entanto, não ocorrerá hoje, já que Cunha está em Nova York, participando da Conferência Internacional entre Parlamentos na ONU.

A relação entre Cunha e o Palácio do Planalto foi se deteriorando desde o início do ano, quando o presidente da Câmara começou a impor uma série de derrotas ao governo no Congresso. Em julho, o peemedebista rompeu oficialmente com o governo Dilma, alegando ser alvo de perseguição para incriminá-lo no âmbito da operação Lava-Jato. Este seria o primeiro encontro dos dois desde o rompimento. Neste domingo, Cunha disse ao GLOBO, por meio de mensagem, ter receio de que o déficit real seja ainda maior que o previsto

Segundo o presidente da Câmara, cabe agora ao governo enviar para análise dos parlamentares propostas para recuperar a economia. Cunha adiantou que qualquer aumento de imposto não será aprovado.  — Mesmo com déficit no Orçamento, está arriscado o déficit real ser maior do que eles vão prever. E não podem errar de novo. Dar déficit e aumentar esse déficit depois será um desastre fenomenal — disse o presidente da Câmara.

Cunha acrescentou que isso terá um forte impacto sobre o nível de credibilidade da economia, o que aumenta o risco de o Brasil perder o grau de investimento:  — É a realidade do governo. É melhor mandar a realidade do que ficar pedalando depois — disse ele, numa referência às “pedaladas fiscais” que o Tribunal de Contas da União afirma que o governo deu para chegar as contas de 2014.

Fonte: O Globo