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quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Joaquim Levy! conspiração contra ele? apenas Levy é a pior das piores opções

A conspirata contra Levy aumenta o risco político

Não importa quem esteja na Fazenda, porque estará condenado a enfrentar dificuldades com a presidente, seu antecessor, o PT e a rebeldia interessada de partidos aliados

[o simples fato de ter sido escolhido por Dilma, indicado por Lula já o desacredita; além do mais em capacidade de negociação política consegue a proeza de ser igual e as vezes pior que a Dilmona - proeza que não é para qualquer um por mais desorientado que seja.
Faz piadas com coisas sérias e defende aumento exagerado de impostos em um país que todo ano, trabalhamos os CINCO PRIMEIROS MESES apenas para pagar impostos.
É doloroso, depressivo mesmo, ter que ainda em raras ocasiões concordar com o PT.]
 
A trama de Lula e do PT contra o ministro da Fazenda amplia a margem de risco do fragilizado e impopular governo Dilma Rousseff.  Especula-se sobre os reais objetivos do ex-presidente. Lula saiu do governo há cinco anos, mas insiste no papel de ex-presidente insatisfeito com a perda de poder. Desde o ano passado, nos primórdios da campanha de reeleição, ele manobra para indicar os responsáveis pela condução da política econômica. 

Seus argumentos variam conforme a ocasião, porém obedecem a uma sequência coerente, regular, lógica: ele escolheu e elegeu Dilma, portanto, tem o encargo de administrar e de exercer influência sobre a ungida, caso contrário ela ficaria desprotegida no centro da arena política. Há vasta literatura política sobre isso: tutela. Desde a chegada ao Planalto, ao contrário do antecessor, ela nunca delegou a condução da política econômica. 

Dilma recebeu, em 2011, uma economia subterraneamente corroída nos fundamentos, mas encoberta por uma dinâmica de múltiplos incentivos ao consumo, orçamento generoso na partilha de recursos do Tesouro e uma extraordinária carteira de investimentos subsidiados pelo Estado — da fabricação de automóveis ao projeto de construção, simultânea, de cinco refinarias de petróleo, entre outros. 

Seu governo, a partir de suas decisões, potencializou a herança deficitária. A crise fiscal que explodiu no bolso de 200 milhões de brasileiros foi fabricada por Lula e potencializada por Dilma nos últimos cinco anos. Evento insólito, revelador da centralização imposta por Dilma à condução da economia, foi o anúncio antecipado da demissão do ministro da Fazenda em plena campanha, no ano passado. O economista Guido Mantega passou o último quadrimestre de 2014 ocupando a cadeira ministerial — e apenas isso.


Dilma rebarbou Lula ao optar por Joaquim Levy. Comandou a construção de uma proposta de um necessário ajuste fiscal mas, diante das críticas do PT insuflado por Lula, deixou o ministro da Fazenda exposto, diante de um Congresso onde a maioria dos aliados disputa influência sobre o Orçamento e o crédito público. 

O movimento de Lula e do PT para derrubar o ministro da Fazenda não reflete nada além da luta capitaneada por um ex-presidente contra a própria aposentadoria e pelo papel de tutor da sucessora. Contribui, sim, para ampliar a confusão no atual cenário político e econômico, já bastante desordenado. Hoje não importa quem esteja na Fazenda, porque estará condenado a enfrentar dificuldades com a presidente, seu antecessor, o PT, e a rebeldia interessada de partidos aliados no Congresso.

A conspirata conduzida por Lula só tem um resultado previsível: mais e maiores prejuízos ao país. [por tudo isso se impõe a 'intervenção militar constitucional' com o afastamento definitivo da Dilma, a prisão de Lula e convocação de novas eleiçoes.
Ou isso ou o Brasil se desintegra.]

Fonte: Editorial - O Globo
 
 

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Levy, picado pela mosca azul, reluta em apresentar carta de demissão. Só que Lula, que voltou a ser presidentrO em exercício, quer sua cabeça



Levy redigiu carta de demissão e se reunirá com Dilma
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, preparou uma carta de demissão e deve apresentar o pedido ainda nesta sexta-feira à presidente Dilma Rousseff.

Aliados de Levy e ministros de Dilma ainda contam, no entanto, com a possibilidade de que a presidente peça para ele permanecer no cargo e conduzir uma transição para um novo comandante da economia – uma vez que ela ainda não tem um nome definido para assumir o posto.

A gota d’água para a decisão do ministro, segundo quem acompanhou seu processo de decisão, foi a insistência do ex-presidente Lula em fritá-lo e a falta de empenho do governo em aprovar a CPMF, considerada vital para o ajuste das contas de 2016.

O tom da carta de Levy é neutro e cordial, e pessoas próximas não descartam a possibilidade de, após conversar com Dilma, o ministro permanecer no posto por mais algum tempo.

Fonte: Coluna Radar – VEJA 


sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Dilma faz reunião sem Levy, ignora o 'ajuste fiscal' e cuida de evitar o impeachment

Sem Levy, reunião ministerial trata de impeachment e ignora o ajuste fiscal

A primeira reunião ministerial convocada por Dilma Rousseff depois da reforma do seu gabinete teve uma ausência notável: Joaquim Levy. O ministro da Fazenda está em Lima. Participa na capital peruana da reunião anual do FMI e do Banco Mundial. Nesta quinta-feira, Levy realçou num debate a importância de manter o foco nos ajustes que o novo ambiente econômico exige. Em Brasília, Dilma e os colegas de Levy deslocaram o foco para outro tema: o impeachment. Nas palavras de Dilma, “um golpe democrático à paraguaia.''

Em conversa com um dos ministros que se reuniram com Dilma, o blog perguntou qual foi a orientação da presidente sobre as medidas do ajuste fiscal ainda pendentes de votação no Congresso. E ele:Para minha surpresa, esse matéria perdeu espaço para o impeachment e para o esforço que o governo fará com o propósito de reverter no Congresso a decisão do TCU de rejeitar as contas de 2014.”

Membro da equipe econômica, o ministro Nelson Barbosa (Planejamento) estava no encontro com Dilma. Mas limitou-se a fornecer, a pedido da chefe, uma longa explicação sobre a dor de cabeça do TCU. Foi auxiliado pelo advogado-geral da União, Luis Inácio Adams. Ambos tacharam de equivocada a decisão do tribunal de contas. E voltaram a esgrimir a tese segundo a qual governos anteriores também “pedalaram” sobre os cofres de bancos estatais, sem que o TCU os incomodasse.

Em privado, Levy e seus auxiliares têm manifestado o receio de que a crise política leve o governo a negligenciar o ajuste fiscal. Afora a recriação da CPMF, tão difícil de aprovar quanto vital para o êxito dos planos do governo, há outras tentativas de cavar novas receitas que não saem do lugar. Entre elas a proposta que autoriza a repatriação de dinheiro enviado ilegalmente ao exterior por brasileiros. Embora tramite em regime de urgência, o projeto está na Câmara desde o início de setembro. E ainda não saiu do lugar, frustrando uma perspectiva de receita de R$ 11,4 bilhões.

Nada disso foi mencionado na reunião ministerial. Dilma soou mais preocupada em pedir aos seus ministros que mobilizem as respectivas bancadas no Congresso para deter a tentativa da oposição de apeá-la da poltrona de presidente. O impeachment também frequentou o debate de que participou Levy em Lima. Vai acontecer?, perguntaram a Levy. E ele, lacônico: “Não sei.”

Acompanha Levy na viagem a Lima o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. Ele disse claramente que a política envenena a economia: “A parte fiscal de nosso ajuste está numa velocidade menor que a pensada originalmente. Isso tem a ver com dificuldades políticas. Mas há consenso crescente em torno da necessidade de esse ajuste fiscal ser processado o mais rápido possível.''

Fonte: Blog do Josias


terça-feira, 8 de setembro de 2015

Aumentar impostos: Dilma e Levy cogitam do aumento do IR e de outros tributos e taxas que podem ser modificados por decreto - não dependem do Congresso



Levy cogita o aumento do Imposto de Renda

Ministro da Fazenda diz que a elevação do tributo "pode ser um caminho" como solução para aumentar as receitas do governo 

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou nesta terça-feira, 8, que está sendo feita uma discussão, inclusive junto ao Congresso, para encontrar as formas mais adequadas para viabilizar "uma ponte fiscal sustentável". Levy disse que, em relação à maioria dos países da OCDE, o Brasil tem menos Imposto de Renda sobre a pessoa física. "É uma coisa a se pensar."  
 
Perguntado pelo Broadcast se seria o caso de elevar o IR no Brasil, Levy afirmou que "pode ser um caminho". "Esta é a discussão que a gente está tendo agora, e que eu acho que tem que amadurecer mais rapidamente no Congresso."
[pergunta boba: em artigo publicado em O Globo o líder do governo Dilma na Câmara dos Deputados, o petista Zé Guimarães, vulgo ‘capitão cueca’ aponta uma das salvações do Brasil a queda da inflação.
Não sou economista, nunca quis ser, mas, desconfio que todos os aumentos de impostos, taxas, contribuições, serão repassados para os preços que aumentarão.
Aumento de preços me parece que gera inflação. Estou certo ou errado?]

A busca de soluções para aumentar a receita do governo, que na semana passada encaminhou ao Congresso proposta orçamentária com previsão de déficit de R$ 30,5 bilhões, pautou a reunião de coordenação política liderada pela presidente Dilma Rousseff na manhã desta terça. Há consenso no governo sobre a necessidade da elevação da carga tributária para tentar reduzir o rombo no Orçamento da União.

Após ver frustrada sua intenção de ressuscitar a CPMF para aumentar a receita, a área econômica do governo já admite como possibilidade recorrer à elevação das alíquotas de tributos que não precisam de aprovação do Congresso. Estão nessa lista a Cide, incidente sobre combustíveis; o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI); e o sobre Operações Financeiras (IOF).
[o IOF sofreu grande elevação quando a CPMF foi derrubada pelo Senado Federal e até hoje não voltou aos níveis anteriores.]

Esses tributos dependem apenas da “caneta” do Executivo e são usados como instrumento regulatório de política econômica para enfrentar determinadas situações conjunturais da economia. Nenhum aumento precisaria de aprovação de deputados e senadoresbasta um decreto presidencial para a entrada em vigor.

A intenção, no entanto, já provocou reação entre parlamentares de oposição. Para lideranças oposicionistas, um decreto presidencial, se for levado adiante, demonstra o autoritarismo de um governo que está perdido. O líder da oposição no Senado, Alvaro Dias (PSDB-PR), disse que, se isso ocorrer, vai apresentar um projeto de decreto legislativo para sustar os efeitos da elevação de impostos.

Relator.
Em evento na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), o relator do Orçamento de 2016, Ricardo Barros (PP-PR), também disse nesta terça que não vê muita saída para se equacionar o déficit que não passe pelo aumento da carga tributária ou pela perda do grau de investimento do rating brasileiro. "É isso o que tem de se pensar, as duas coisas não são desejáveis. Eu acho que posso fazer cortes no Orçamento, mas não no nível que viabilize o superávit primário de 0,7% do PIB para 2016, que o mercado está solicitando. São necessárias outras medidas estruturais", disse.

"A Cide é uma boa fonte de tributação e não precisa passar pelo Congresso", comentou o relator, dizendo que isso não significava que defenda a medida. "A prerrogativa de encontrar fontes para o aumento de arrecadação é do Executivo, eu só trato de cortes", reiterou. 

Barros disse ainda que um caminho é uma reforma da Previdência.  O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PSDB-RJ) disse que, para resolver o atual problema do déficit, o governo terá que optar em aumentar a dívida bruta, cortar gastos ou aumentar receitas. "E aumentar receitas pode se dar ou pela melhoria da economia ou pelo aumento de alíquotas ou criação de tributos. E como o aumento de alíquotas ou criação de tributos é uma situação que nem a sociedade nem o empresariado estão a fim, acho que ela vai ter que partir para o remédio amargo que é cortar gastos", explicou.  "É uma coisa normal, não vi nada de incoerente na fala (de Dilma)." O presidente da Câmara minimizou o fato de Dilma ter reconhecido erros do governo e disse que essa cobrança de um mea culpa é de natureza política, por conta do processo eleitoral que foi bastante acirrado e por conta de promessas de campanha que não foram cumpridas. "Eu me atenho a situação real", disse. "Agora se o objetivo é cortar o déficit ela vai ter que propor soluções. Não será o Congresso que vai dar a solução do déficit do Orçamento, é ela que vai propor", reforçou.

Sobre aumentar impostos por decreto, Cunha disse que "o governo já fez isso em 2015, aumentou PIS e Cofins sobre receita financeira por decreto, já vem fazendo essa prática, que também não é saudável", avaliou. Para Cunha, um eventual aumento na Cide, por exemplo, certamente terá um impacto na inflação. "Se o governo está tentando controlar a inflação, que já está alta, não sei se não pode ser um tiro no pé (o aumento da Cide), por conta do aumento inflacionário. Eu não faria isso", afirmou.

Fonte: Estadão


segunda-feira, 7 de setembro de 2015

À sombra de Pixuleco - Infeliz do governante condenado a ser protegido dos seus governados.

Dos seus dois palácios, o Planalto, onde trabalha, e o Alvorada, onde mora, Dilma só sai para lugares a salvo de vaias e de manifestantes hostis.  Por isso, quem cuida de sua segurança fez de um pedaço da Esplanada dos Ministérios, em Brasília, um puxadinho do Planalto na tentativa de poupá-la, hoje, de constrangimentos durante o desfile militar de 7 de Setembro. Um puxadinho, não, um puxadão.

É de se ver: foram selecionados com rigor os convidados que ocuparão palanques a certa distância do palanque reservado às autoridades máximas da República. Placas robustas de aço impedem o acesso do público à área do desfile das tropas. O momento mais delicado será aquele quando Dilma atravessará em carro aberto um pedaço da pista. Aí reside o perigo de vaias.

Deu-se um jeito para isolar eventuais manifestantes dos palanques oficiais. Se tudo sair como o previsto, não haverá risco de Pixuleco roubar a festa. Pixuleco é aquele boneco inflável gigante com a cara de Lula e a roupa de presidiário, a mais nova e bem-sucedida invenção dos que querem ver o ex-presidente na cadeia por envolvimento com a roubalheira na Petrobras – mas não só.

Pixuleco é o segundo alvo a inspirar cuidados à segurança de Dilma. O primeiro são os malucos que prometem atentar contra a vida dela. Para Dilma e Lula, o impensável seria a presidente aparecer em alguma foto com Pixuleco, mesmo que longe dele.  Em São Paulo, outro dia, Pixuleco ganhou a companhia de uma Dilma tamanho gigante e também vestida como presidiária.

Infeliz do governante condenado a ser protegido dos seus governados.

No caso de Dilma, isso tem a ver com a crise econômica, sim, a mais severa dos últimos 12 anos de reinado do PT. Tem mais a ver, porém, com o tremendo engodo que foi sua campanha.  A crise poderia ser suportável se Dilma não tivesse mentido tanto para se reeleger. E se não continuasse a mentir até hoje. Dilma não tem gosto pela mentira. Se tivesse seria uma mentirosa contumaz. Ela apenas não tem compromisso com a verdade. 

Não é a mesma coisa, por suposto. Aprendeu a mentir para sobreviver ao ser presa e torturada durante a ditadura militar de 64. Não desaprendeu mais.  Mentiu para não sair de onde está. Deu certo. Mente para tentar chegar ao fim do mandato. Está dando errado.
Quem ainda sustenta o governo?
O Bradesco, que sustenta seu ex-funcionário Joaquim Levy, Ministro da Fazenda; o PMDB de Michel Temer, Renan Calheiros e Eduardo Cunha, que leva jeito de que em breve deixará de sustentar; e a falta, por ora, de consenso político em torno da substituição de Dilma. Uma vez que o consenso seja alcançado, o resto será mais fácil. [o  que ainda mantém Dilma ocupando a cadeira presidencial  é que ninguém - seja Temer, Aécio, Tiririca ou qualquer outro - quer assumir o lugar de Dilma e ter que limpar a merda que seu governo produziu.
O próprio estrupício do Lula não quer. Para ele o ideal seria que algum otário assumisse o governo, ou melhor, a tentativa de condução do Brasil desmontado pela gang petista e deixasse o Apedeuta, livre e solto, para ser oposição e ainda gritar que foi golpe.
Tudo ficaria mais fácil para sua volta triunfal em 2018.]
 
Para salvar-se do mensalão, Lula entregou a cabeça de José Dirceu, chefe da Casa Civil do seu governo.  Dilma não quer entregar nenhuma cabeça para salvar a sua. O PT quer a de Levy, com o qual não tem a menor afinidade. O PMDB quer a cabeça de Aloizio Mercadante, chefe da Casa Civil do governo, e responsável pelo distanciamento entre a presidente e seu vice.

A oposição quer a de Lula. Em troca dela, seria capaz de ajudar Dilma a governar se fosse o caso. Ocorre que Dilma, para dizer o mínimo, é uma pessoa mentalmente confusa. Sua palavra vale pouco ou quase nada.  Pode ter sido uma boa tarefeira quando obedecia a ordens de Lula. Quando passou a ser obrigada a fazer escolhas e a dar ordens, é o que se vê.
Pena de nós.   

Fonte: Blog do Noblat

 

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

A derrocada do ministro 'mãos de tesoura'



'Financial Times' e 'The Economist' já especulam sobre a possibilidade de o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, deixar o cargo
A imprensa internacional repercutiu nesta quinta-feira o enfraquecimento da figura do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, na condução das contas públicas do país após o Planalto encaminhar ao Congresso o projeto do Orçamento de 2016 com previsão de déficit. Com o título "Brasil batalha para dar um jeito na crise fiscal", reportagem do jornal britânico Financial Times destaca que o ministro "tem pouco espaço de manobra" e que o mercado já especula a possibilidade de ele deixar a pasta.

"O ministro da Fazenda tem evitado grande parte da culpa por esses erros, mas isso não impediu a especulação renovada sobre se Levy vai ficar no cargo por muito mais tempo", diz o texto. O artigo ainda explica que o apelido "Edward Mãos de Tesoura", em referência ao filme dirigido por Tim Burton de 1990, se dá por sua vocação a cortar gastos públicos. Mas o seu trabalho de "policial malvado da economia", conforme definiu a reportagem, para o qual foi nomeado, tem sido dificultado pela "economia enfraquecida e uma crise política que destruiu a capacidade do governo de aprovar qualquer coisa no Congresso".

Em duas matérias datadas do dia 5 de setembro, quando sai a próxima edição impressa da revista, a britânica The Economist criticou fortemente o anúncio do Orçamento de 2016 com rombo de 30,5 bilhões de reais. "A maioria dos países recorre aos déficits. E quando ocorrem as recessões, soltar as cordas das contas públicas faz sentido para muitos deles. 

Mas o Brasil não é a maioria dos países. Sua economia está em apuros e a sua credibilidade fiscal está se desintegrando rapidamente", diz o primeiro parágrafo do texto intitulado de "Tudo em queda".  Em outra matéria da mesma edição, cujo título é "Tempos desesperados, movimentos desesperados", o ministro Levy é citado como a pessoa indicada para "fazer lobby pelo corte de gastos" e por ser uma figura "reconfortante para o mercado". Segundo o artigo, a presidente Dilma Rousseff enfraqueceu o ministro ao encaminhar o orçamento deficitário. No entanto, a revista atribui também a culpa pelas dificuldades econômicas do Brasil ao Congresso, que tem "podado a maioria das boas ideias de Levy".

A Economist também nota que Dilma não tem conseguido entregar bons resultados econômicos desde 2010 e que muitos atribuíam os problemas ao ex-ministro Guido Mantega. "Substituí-lo por Levy era supostamente para corrigir esse problema; essa perda de prestígio é um mau presságio".

Fonte: Veja Online


sábado, 8 de agosto de 2015

A quem interessa a queda de Dilma

Se Dilma renunciar, ou se sofrer impeachment, Lula é quem mais ganhará. Quem disse que a política é linear? 

Numa bolsa de apostas apartidária, livre e intuitiva, poucos hoje investiriam seu dinheirinho na permanência de Dilma Rousseff como presidente por mais três anos e meio. Não sou a favor do impeachment de Dilma. Ainda não surgiram provas irrefutáveis de sua desonestidade, apenas de sua incompetência na gestão econômica e política. Por enquanto, Dilma não é Zé Dirceu. Não parece ter a ganância do companheiro.

O que pode manter Dilma no Planalto? Numa crise econômica provocada por ela mesma e pelo PT, e que nada tem de passageira, a presidente precisa de apoio para recolocar o país nos trilhos. Urgente. Dilma não pede uma vaquinha, apenas paciência. Pede união a quem pensa “só em si mesmo”. Não tem coragem de mostrar na TV, na galeria dos egoístas, a foto de Eduardo Cunha – quem, mais que ele, tenta tumultuar? A pauta-­bomba do presidente da Câmara é clara: inviabilizar Dilma, derrubar a presidente por estrangulamento e por meios legais. PDT e PTB já aderiram ao motim e anunciaram a saída da base aliada.

O Brasil cai no tal alçapão mostrado pelo ator José de Abreu na TV. Os apelos de Dilma não encontram eco, só barulho. Mas é patética a tentativa do PT de intimidar o brasileiro com a alternativa D ou D: “Dilma” ou “Ditadura”. Isso não existe.

De onde pode vir o apoio para Dilma se manter? Da população, não: só 8% aprovam seu governo e 71% a reprovam, segundo pesquisa Datafolha. Da Câmara, jamais – o Planalto considera Eduardo Cunha “ingovernável”. Do Senado, depende do sedento Renan Calheiros.

O vice Michel Temer foi o primeiro a constatar o lugar vago da presidente, ao dizer que “alguém” precisa unir o Brasil. Quem será esse alguém? Temer jogou a toalha como articulador. Ou puxou o tapete. A semana dramática culminou em apelos petistas ao PSDB e aos empresários.

Nenhum presidente governa sozinho. Essa fórmula não fica de pé. Chico Buarque cantava que “é sempre bom lembrar que um copo vazio está cheio de ar”. O ar que emerge dos panelaços hoje cheira a azedo. Dilma descobrirá que não pode fazer troça de manifestações populares. O humor, nesses casos, vira provocação. Se Dilma negociar sua saída do Planalto em nome da governabilidade e ceder sua cadeira ao vice Michel Temer, quem ganhará com isso? Se Dilma sofrer impeachment, e levar junto o vice, com convocação de novas eleições, quem será o mais forte adversário do novo presidente, seja ele do PMDB ou do PSDB?
Em ambas as hipóteses, Lula é quem mais ganhará. Ganhará fôlego para a eleição de 2018. Ganhará liberdade para aumentar as críticas a “tudo que está aí” – como vem fazendo de forma subliminar. Jogará a conta no novo governo e nos economistas liberais. Dirá que sabe como fazer o Brasil crescer. Os remédios amargos para curar o país do “mal de Dilma” não serão mais ministrados pelo PT.

“O Lula é um animal político, dos mais sagazes e mais capazes de manipular a opinião pública”, disse Roberto Romano, cientista político da Unicamp, Universidade Estadual de Campinas. “Lula tem uma liderança inconteste, mesmo em baixa nas pesquisas. A prisão do Dirceu foi um golpe, mas ele já isolou o companheiro. Com Lula é assim: os ônus vão para os auxiliares. Desde o Getúlio (Vargas), não existe personagem mais rápido para se reorganizar. Saindo Dilma, poderá bater sem pudor no Levy, na terceirização. Dirá que Dilma não seguiu a linha dele, e que ele é a salvação da lavoura.”

Não sou a favor do impeachment de Dilma. Também não acho bonito o cenário de Dilma sangrando até o final, sem base e sem chão. A continuidade da presidente interessa à economia, pois o impeachment agrava a crise. Interessa a Serra e Alckmin, que sonham em ser candidatos tucanos em 2018. Interessa à parte do PMDB que quer disputar com alguma viabilidade a Presidência – leia-se o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes. Interessa à terceira via, Marina Silva. Interessa a todos que odeiam tanto o PT que têm medo de fortalecer Lula para 2018. Paradoxo? A política nunca foi uma ciência linear.

Não vejo ninguém capaz de unir o país, nem na base aliada nem na oposição. Faltam líderes com credibilidade. O melhor para o Brasil seria que a presidente tivesse habilidade para dialogar com as forças políticas e a população. Utopia.

Enquanto o PT tiver a cara de pau de defender que evitou por seis anos que a crise internacional chegasse ao Brasil, que o país vive “problemas passageiros na economia” e que reprovar Dilma equivale a nos jogar nos braços de uma ditadura de direita, será difícil reconquistar a população. Chamar críticos de trouxas e fascistas é desespero de causa. Diz o PT: “Hoje, há uma pessoa capaz de evitar uma grave crise política no país: você”. Não diga! “Juízo”, aconselham mamãe Dilma e papai Lula. O que você fará no dia 16?

Fonte: Ruth de Aquino - Época