Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador Paraíso Terrestre. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Paraíso Terrestre. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 1 de junho de 2021

NA IMENSA SALA DE AULA CHAMADA BRASIL - Percival Puggina

Sempre me vi como um aprendiz, bom ouvinte, atento às páginas do cotidiano, da história e dos livros. Eis porque não consigo entender a pouca atenção dada às imensas oportunidades de aprendizado e experiência que a sala de aula dos fatos proporciona em nosso país. E note-se: fatos de muito boa pedagogia.

Lição nº 1 – Depois da ordem divina que pôs o Paraíso Terrestre em lockdown, o Senado brasileiro tornou-se a melhor alternativa disponível. Como regra geral, é o prêmio que a política partidária reserva a seus caciques (ou estes para si mesmos). É ali que comem a maçã, conversam com a serpente, preservam a impunidade, articulam o próprio futuro e determinam o tamanho da conta que mandarão para nós. Muda Senado!

Lição nº 2 – A CPI da Covid-19 é aula magna apresentada por eminentes doutores na arte da mistificação e do sofisma. Pensada pela serpente para organizar a seu modo e gosto o ambiente político de 2022, tem deixado à mostra o bote armado, os dentes e o chocalho no rabo. Esse Senado onde as boas exceções não contam 20 votos, esse Senado dos caciques, suportado pelos eleitores sem um justo brado de revolta, prova nossa negligência para com a política e o bem do país. Só uma instituição majoritariamente desqualificada extrairia de seus quadros tal deformidade para fazer o que faz. Muda Senado!

Lição nº 3 Era preciso estar hibernando no início deste século para não perceber o que inevitavelmente iria resultar de um STF quase inteiramente indicado pelo PT. 
Um colegiado escolhido pelo partido, soprado por José Dirceu, poderia ser melhor ou, mesmo, diferente? 
A outrora respeitável Suprema Corte brasileira tornou-se um poder contra a nação e fez da Carta de 1988 seu objeto multiuso, seu canivete suíço. Mais do que todos, sabem-no os membros da Corte e enaltecem a si mesmos declarando-se “contramajoritários”. Mas saibam: essa é apenas uma expressão de suposta cultura jurídica para fazerem o que bem entendem, chutando a democracia e o resultado das urnas... Muda STF!

Lição nº 4 - Cento e trinta e dois anos de crises, instabilidades, frustrações não foram suficientes para nos mostrar que esse modelo institucional é incorrigível. De um modo sistemático, transforma a governabilidade em mercadoria, agrega oportunidades e valor à corrupção, produz hipertrofia e aparelhamento do Estado e, a cada quatro anos, renova para pior a representação parlamentar. Acorda Brasil!

Lição nº 5 O presidente da República não é um príncipe perfeito. Às limitações institucionais, somam-se as próprias.  
Mas tem méritos, políticos e de gestão. Graças a ele, a seus esforços pela liberdade, resistimos à depressão para onde, de modo doentio, insistem em nos levar os grandes meios de comunicação. Ele não é o conservador nem o liberal de manual, mas defende valores estimados por uns e outros. E é o único que pode, no ano que vem, vencer o adversário que quer voltar para prosseguir a obra sinistra interrompida em 2018.

Deus abençoe e fortaleça os conservadores e liberais brasileiros!

Percival Puggina (76), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.


quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Sobre populismo e Bolsonaro

Ariano Suassuna, que deixou de escrever peças de teatro (gênero  “curral & capim”, segundo Paulo Francis) para se tornar badalado clown de circo eletrônico, acreditava na existência de dois tipos de preguiça (sexto pecado capital, na Suma Teológica de São Tomás de Aquino): uma preguiça “boa” e outra “má”. Uma, filha de Deus; outra, cria do diabo (chegou a escrever uma farsa sobre o tema).
 
Pois bem. De minha parte, depois de matutar algum tempo sofre o significado do “populismo”, cheguei à conclusão de que há dois tipos de populismo: um “bom” e outro “mau”, ambos sistematicamente atacados pelos que querem impor uma “nova ordem mundial” conduzida e financiada por figuras como o megaespeculador George Soros, os Rockefeller e a onipotente gang do Clube Bilderberg que subjugam, na maciota, governos, instituições e organismos basilares, entre elas, a incorrigível ONU e penduricalhos nocivos tais como a Unesco e a Unicef, por exemplo.

Em última análise, esses tipos armam a imensa rede do controle globalista na pretensão de domesticar a população do mundo ocidental pela força do terror, do medo e da corrupção desenfreada.  Basta olhar com apuro. Dia e noite, pela ação remunerada de legiões de falsos acadêmicos, pseudo cientistas políticos e os chamados “formadores de opinião”, todos atuando nas mídias, nas universidades e no âmago das organizações políticas, articulados em bandos, avançam e se comprazem em servir aos tutores globalistas para reduzir o homem à condição de gado, tal como preconizava Chigalióv,  “cientista social” visionário saído das páginas de “Os Demônios”, de Dostoiéviski, que pretendia salvar a humanidade.
Dizia Chigalióv: “Partindo da liberdade ilimitada chegaremos ao despotismo total. Não há outra solução. Para resolver em definitivo a questão social, proponho que se divida a sociedade em duas partes desiguais. A um décimo será outorgada liberdade absoluta, a autoridade ilimitada sobre os outros nove décimos que deverão perder a personalidade, convertendo-se num rebanho; mantidos numa submissão sem limites, passando por uma série de transformações, atingirão, por meio de educação progressiva, o estado de inocência primitiva, qualquer coisa como o Paraíso Terrestre – sendo, no entanto, obrigados ao trabalho”.

Essa é – em essência, por baixo do pano – a pretensão maquiavélica do  pessoal do Clube Bilderberg e afins, via a praga do globalismo espalhado pela ONU e seus  penduricalhos, para aplainar as “injustiças  do mundo” e restabelecer a felicidade edênica na face da terra. Naturalmente, as palavras de ordem para atingir tais objetivos são, na aparência, menos brutais do que as do intelectual de “Os Demônios” (no entanto, não menos daninhas). Hoje, elas giram em torno da liberação das  drogas, do aborto, em favor do casamento gay, do lesbianismo escancarado, da invasão descontrolada de imigrantes nos países da cristandade, para não falar da histeria ambientalista (amparada na dispendiosa farsa do “aquecimento global”, a prodigalizar US$ bilhões com milhares de parasitas abonados pela grana de governos permissivos pressionados por ONGs insaciáveis) – e por ai segue a nau insensata.

De ordinário, os “formadores de opinião” definem o populismo como um modo de governar que usa de expedientes que têm como meta conquistar apoio popular, em especial o das “classes subalternas”.  Nas campanhas eleitorais, o líder populista procuraria obter a confiança do povo por meio de um discurso simples, direto e carismático, dispensando intromissões partidárias. O populista deslegitimaria, assim, as instituições democráticas apelando, presumivelmente, quando no poder, para o autoritarismo, legitimado pelo voto popular. Bullshit!

Enfim, de “esquerda” ou de “direita”, o que interessa ao líder  populista é seduzir as massas. No Brasil, citam-se como políticos populistas, além do ditador Vargas, Ademar de Barros, Jânio Quadros, Leonel Brizola, Lula “Chacal” da Silva, Garotinho et caterva. No plano internacional, Donald Trump foi considerado “populista” por ter se firmado na condição de “antipolítico” – pois lá, como aqui, os políticos são também execrados pelas massas.

A boa pergunta a se fazer é a seguinte: quem nasceu primeiro? as massas com suas necessidades e aspirações de melhor qualidade de vida ou os políticos ideologizados em busca do poder de mando e suas prerrogativas?

O grande Aristóteles achava a democracia a pior forma de governo caso degenerasse em “governo de massas”. Ele admitia, porém, uma democracia-intelectual, republicana, do tipo prevalecente, à sua época, em Atenas (que se ferrou na mão bélica de Esparta).
É evidente que Aristóteles não chegou a conhecer os globalistas nem intelectuais do porte de um FHC. Se conhecesse, na certa modificaria seus conceitos. Veria que, hoje, na república democrata, em vez das massas, quem assumiu o controle absoluto foram as formidáveis elites político-partidárias coonestadas pela burocracia de Estado com suas agências reguladoras a despejar sobre a população, em escala colossal, a cada hora, milhares de leis, decretos, normas, regras e programas sociais fajutos. Enfim, tudo o mais que limite a liberdade do indivíduo e da sociedade. No mundo ocidental, eles são agora os beneficiários do capitalismo, com suas gravatas, foros privilegiados, isonomias e falsas soluções, abocanhando salários astronômicos sem produzir nada a não ser papelada, coerção e jugo.

Bem, e o populismo de Bolsonaro? A rigor, não há populismo em Bolsonaro e, se houver, é o populismo “bom”. Seu discurso direto envolve o conceito milenar de observar os valores tradicionais de Deus, Pátria e Família – tríade sobre a qual se ergueu a nossa civilização, agora  execrada por globalistas, comunistas (gramscistas ou leninistas, pouco importa), a entourage “politicamente correta” e a tropa de choque da mídia amestrada.

Outro dia ouvi da boca de uma autoridade global, dessas que o considera uma ameaça: – “Bolsonaro não será candidato. Mas, se for, não ganhará. E, se ganhar, não tomará posse”.
Sinal de que o competidor já passou da fase de “pagar placê” e  desponta para a reta final!

Ipojuca Pontes, cineasta, jornalista, e autor de livros como ‘A Era Lula‘, ‘Cultura e Desenvolvimento‘ e ‘Politicamente Corretíssimos’, é um dos mais antigos colunistas do Mídia Sem Máscara. Também é conferencista e foi secretário Nacional da Cultura