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sábado, 7 de janeiro de 2023

Linguagem neutra na pauta - Ernesto Caruso

O idioma português está presente no Brasil desde o ano de 1500. Na Constituição da Republica de 1988, vigente, para ser respeitado e praticado, o texto é marcante e norteia como ideia central:

- “A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil. (Art. 13)”.

Fator preponderante e basilar do Estado-Nação — unidade linguística — amalgamada com a identidade territorial, miscigenação, costumes e aspirações. A importância do caput, avulta com outros pilares da Pátria, explícitos no seu § 1º, “São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais”. Inquebrantável Unidade Nacional.

Com destacada valorização, o artigo 13, foi inserido pelo Constituinte no Título II, Dos Direitos e Garantias Fundamentais, Capítulo III, Da Nacionalidade, juntamente com o artigo 12, que caracteriza o cidadão brasileiro, como natos e naturalizados. Como farol de preceito superconstitucional.

Louvado Berço esplêndido! Legado com luta e sacrifício dos nossos antepassados, inconteste vitória sobre tantos fatores adversos. Sob constante ameaça das cunhas de toda a espécie, do invasor com outras fardas, de linguagem estranha, no passado, aos calabares de sempre, doutrinadores e inocentes úteis, convictos, vendidos, gado tangido.

Além da componente Nacionalidade, há que se considerar o Novo Acordo Ortografico em vigor no país desde 2016, que advém da Declaração Constitutiva da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, composta de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe, que tem as suas peculiaridades e dispensa modismos impostos.

A grafia correta das palavras, conforme as regras do acordo, se pode consultar no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, disponível no portal da Academia Brasileira de Letras.

Por outro, lado se reconhece que a linguagem portuguesa apresenta certas dificuldades para o aprendizado, em especial quanto à acentuação gráfica, e à grafia de palavras, que contenham por exemplo, a letra x (xis) com diversos fonemas, como de s, z, “ch”.

Acrescente-se um ensino fraco, com resultados no PISA, comparados a outras tantas nações e os do ENEM impressionam pelo número de notas zero em redação, em 2020, 87.567; 2019, 143.736; 2018, 112.559; 2017, 309.175.

Dentre outras cunhas ameaçadoras da Unidade Nacional, mais uma a surgir de modo impositivo com efervescência crescente a debater não quanto ao sexo dos anjos, mas das palavras. No bojo da desconstrução da sociedade, se procura demonstrar que a “norma culta é artificial, criada pela elite, que não respeita a diversidade, preconceito linguístico”.

As gramáticas normativas procuram ensinar a falar e escrever a língua padrão corretamente, facilitando a intercomunicação de modo que as pessoas se entendam com a necessária profundidade, consciente de que a linguagem se altera com o tempo e naturalmente. As cobranças nas provas de ‘pegadinhas’ e minúcias são mais importantes do que saber ler, escrever e entender. São doze anos; nove anos no ensino fundamental e três no ensino médio.

Diversamente dos projetos impositivos no bojo de ideário globalista, como da ideologia de gênero, pari passu com a linguagem neutra e, sanitários mistos, constrangendo senhoras e meninas, com casos de estupros consequentes.

Preocupação e reação da sociedade com as cartilhas pornográficas, performances de homens nus com meninos (as) presentes, substituição das expressões de pai e mãe nos documentos oficiais (passaporte), por filiação 1, filiação 2, sendo que para inscrição de sexo as opções, masculino, feminino e NÃO ESPECIFICADO, inclusive para o requerente.

Como parte dessa reação o Estado de Rondônia sancionou a lei, que estabelece medidas protetivas ao direito dos estudantes ao aprendizado da língua portuguesa de acordo com a norma culta e orientações legais de ensino.

No entanto, o ministro Fachin/STF decide: - “Ante o exposto, defiro, ad referendum, do Plenário do Supremo Tribunal Federal a medida cautelar nesta ação direta de inconstitucionalidade para suspender a Lei do Estado de Rondônia n. 5.123, de 2021, até o julgamento de mérito”.

Além de Rondônia, há 34 propostas que tramitam em Assembleias Legislativas do país, contra essa afronta ao ensino consagrado e legal.

Além da Constituição, na Lei nº 9.394/1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educacao Nacional - LDB), que normatiza o tema de capital importância, no seu Art. 26 reza, “Os currículos da educação infantil, do ensino fundamental e do ensino médio devem ter base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e em cada estabelecimento escolar, por uma parte diversificada”, atinente às características “regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e dos educandos”.

No seu § 1º, consta que “Os currículos a que se refere o caput devem abranger, obrigatoriamente, o estudo da língua portuguesa...”.

E no § 10, impõe: “A inclusão de novos componentes curriculares de caráter obrigatório na Base Nacional Comum Curricular dependerá de aprovação do Conselho Nacional de Educação e de homologação pelo Ministro de Estado da Educação”. Importância da política de Estado e respeito à Constituição.

Observe-se que o Art. 58 da LDB, define a ‘educação especial’, a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente para educandos portadores de necessidades especiais.

Que não é o caso da linguagem neutra que altera a gramática para diferenciar o gênero entre masculino e feminino, a exigir profundo debate na sociedade e alteração, se for o caso, em respeito às normas legais e órgãos competentes para fazê-lo, o Congresso Nacional e o Executivo.

Imaginar, as necessidades desta Nação Mestiça, com sérios problemas de segurança alimentar, inflação, desemprego, com maior reflexo nas classes de menor poder aquisitivo, parafernália tributária, e, tanto alarde, face à pandemia da Covid-19, e agora, com desvio de foco, a exigir alterações nos livros didáticos (caros), gramáticas, corretores ortográficos e dicionários, nos substantivos, adjetivos, artigos, pronomes relativos variáveis, etc.

Ora, temas inclusivos e genéricos, como os de necessidades especiais, são de capital importância e previstos em lei.

A ressaltar a Língua Brasileira de Sinais (Líbras), que se encontrava meio esquecida, agora com a relevância que merece nas transmissões televisivas.

Exemplos dessa linguagem, gerada para atender à exceção e não à regra geral: “ela e ele” podem ser expressos em cinco sistemas: ‘elu’, ‘ile’, ‘ilu’ e ‘el’. Complexo.

E, “nelas e neles”, na escrita neutra, assim, ‘nelus’, ‘niles’, ‘nilus, ‘nel’.

Da expressão, “elu é ume menine’, como se visualizar, sentir, perceber a pessoa a quem se refere?

E mais algumas alterações, como, “todx” ou “meninxs”, que pode ser assim, “tod@” ou menina@s”.

Ora, tanto pode ser masculino, feminino, como outro gênero. De um comentário, “alguém que não seja nem 100% homem e nem 100% mulher.” Do grupo LGBTQIA+?

Que prefere ser. Pois, ao que consta, a diferença entre os sexos é considerada como natural e, imutável pela ciência. Não foi a sociedade que criou, como opressão ou rótulo.

Tal proposta, complica, vai melhorar o desempenho dos alunos nos testes do PISA, ENEM, nas relações humanas, no entendimento entre as pessoas?

Ou vai fazer parte da ideologia de gênero, do banheiro misto?           Da perda de tempo, com essa luta de classes permanente?

Ou é mais importante ensinar e cobrar, que todos merecem respeito? Reciprocamente. Da maneira que são. Iguais perante a lei, no mérito, na punição.

Foco no aprimoramento na educação escolar e de civilidade, que tem sido desconstruída, a citar os mestres que hoje apanham de alunos e pais de aluno, descontrolados.

*     Enviado ao site pelo autor.

 

domingo, 31 de julho de 2022

A guerra das pautas - Alon Feuerwerker

Análise Política

Desde a redemocratização, é rotina nas nossas eleições presidenciais os contendores apresentarem-se como a essência do altruísmo. Nunca se trata de entronizar certo grupo para aplicar certo programa, mas de fazer a eterna escolha decisiva para a salvação nacional. A circunstância de isso coincidir com a ocupação do Estado por certa corrente ou conglomerado seria apenas isso, uma circunstância.

Tal narrativa, além de capturar votos, leva a vantagem de oferecer uma razão heróica para aderir ao poder, ou à expectativa dele. A arte da política reside também em defender o próprio interesse, e o do grupo, mas em dar a impressão de estar defendendo, antes de tudo, o interesse geral. O príncipe precisa cultivar duas lealdades fundamentais para preservar o pescoço: a lealdade da corte e a da massa.

Na utopia,
poderíamos estar às vésperas de uma campanha em que sobressaíssem os caminhos para reindustrializar o Brasil, retomar o desenvolvimento acelerado, atrair capital para o necessário salto na infraestrutura, melhorar radicalmente a educação básica, acabar com o subfinanciamento da Saúde, atacar a criminalidade e construir um sistema político capaz de produzir estabilidade e progresso social.

Mas há a possibilidade, e isso não é um lamento, é constatação, de essa pauta vital ser interditada nos próximos dois ou três meses, com o Brasil ocupado discutindo se é mais importante salvar o país do bolsonarismo ou do petismo. Na cúpula intelectual, o antibolsonarismo ganha de goleada. No povo, está bem mais apertado. [COMENTANDO: os intelectuais não contam, são uma minoria insignificante; já o povo garante mais quatro anos de governo do 'capitão do povo'.]

E o apelo salvacionista desta vez vai se polarizando em torno da dita questão democrática. Diferente de 2018, quando o demônio da hora era a corrupção. E o PT está levando vantagem. Por seus acertos, [COMENTANDO: acertos? tem um candidato que foge do povo, procura até impedir que certos fatos sejam mencionados; além do mais,  o descondenado quanto fala é para falar mal da classe média, dizer que polícia não é gente, lamentar que 'meninos' não possam roubar (não falamos de furto e sim de roubo) e outras lorotas.]  pelos erros do adversário, mas também por razões históricas.

Apontar o dedo contra o petismo pela proximidade com governos de esquerda mal vistos no Ocidente não parece, até o momento, fazer efeito. Pois o PT não carrega no currículo o apoio ou o elogio ao golpe de 1964 [COMENTANDO: - entre os notoriamente contra o Governo Militar instalado em 1964, encontramos grande parte dos tais intelectuais, a maioria do  pessoal da cultura - alguns manifestam a contrariedade pisoteando a nossa Bandeira = a Bandeira Nacional = e outros expoentes do mal.] e, regra geral, respeitou, ou foi forçado a respeitar, o resultado das eleições presidenciais que perdeu. Nem no impeachment de Fernando Collor o petismo foi protagonista.  Deixou isso para o então PMDB e o PSDB.

Luiz Inácio Lula da Silva e o PT estão jogando essencialmente dentro das regras há quatro décadas. Esse é um fato. E isso está ajudando um e outro a ficar bem posicionados para agora colher os frutos. Esse é outro fato.  Do lado oposto do ringue, Jair Bolsonaro foi produto da implosão da Nova República e agora assiste à aglutinação dos remanescentes dela em torno da defesa e do resgate daquela simbologia, sintetizada na ideia da frente ampla. [COMENTANDO: - a pergunta de Stálin ressurge; só que agora não são divisões seu objetivo e sim quantos votos os que são contra Bolsonaro, contra o Brasil, a favor da volta da corrupção à cena do crime, possuem?  
Surge outra pergunta: alguém já 'perdeu' tempo, em uma pesquisa séria e imparcial da aprovação pelo povão do Governo Militar. 
Vale lembrar que ter simpatia, gostar do Governo Militar instalado em 1964 não é sinônimo de ser golpista. 
Ao contrário: é exemplo de ser DEMOCRATA dentro da ORDEM E PROGRESSO, com OBEDIÊNCIA e RESPEITO ao ordenamento legal da República Federativa do Brasil.]
 
A convergência é facilitada pelo contraste com as teses sempre professadas pelo “capitão do povo”, como diz o jingle. E facilitada também pela até agora importância que o incumbente dá ao debate sobre o voto eletrônico.  Eleições têm um pouco de judô. Se acertar a pegada no quimono do oponente, é meio caminho andado na luta. Por enquanto, a agitação da “salvação da democracia” tem ajudado Lula a agregar apoio político por gravidade e funcionado como freio adicional para impedir, ou dificultar, Bolsonaro de capitalizar alguns recentes dados positivos no universo da economia. [COMENTANDO: - Há sérias dúvidas se a maioria do povo brasileiro está mais preocupada com a economia REAL = empregos, alimentação, transporte = melhores condições de vida, ou com a narrativa de que é preciso salvar a democracia. 
Salvar o que não corre nenhum risco? 
A democracia brasileira está sendo respeitada,  as instituições funcionando, eleições me menos de 90 dias = não corre perigo, portanto, não tem necessidade de ser salva - passaria a correr risco de ser pisoteada caso a esquerda ganhasse as próximas eleições.]

Aqui, a inércia do debate joga ao lado de Lula. Quem precisa criar o fato novo, voltar a pauta para os assuntos econômicos, é o presidente. [COMENTANDO: as melhoras na economia, em pleno andamento = destacando redução do desemprego, revisão para cima do PIB, inflação em queda (em processo de elevação em todas as economias do mundo, o que inclui grandes potências econômicas, tais como Estados Unidos, União Europeia e outros países.] 

Alon Feuerwerker, jornalista e analista político

 

quinta-feira, 22 de julho de 2021

O PORTUGUÊS NÃO É O IDIOMA DE GRUPINHO ALGUM! - Percival Puggina

Copia, traduz e cola. Se você olhar de perto, verá que todos os exotismos das pautas identitárias da esquerda brasileira chegam até nós por esse mecanismo. Copia o que outros países estão fazendo, passa no Google Translator, copia a versão em português e cola na cartilha.Não ria, leitor. É assim mesmo e isso torna tudo mais grave, mostrando haver uma orquestração internacional, uma regência, uma estratégia e um grito de ordem: “Os fundamentos da cultura ocidental precisam ser destruídos!”.  

A linguagem neutra de gênero, ou linguagem não binária, é das mais agressivas e arrogantes dentre essas bandeiras. Muitas delas visam a domar a linguagem porque quem controla a linguagem controla o pensamento e sua expressão. A língua portuguesa, quinta mais falada no mundo, é patrimônio cultural de 260 milhões de pessoas, em nove países (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.), sem pertencer às conveniências de grupinho algum. Foi o idioma que aprendemos da voz de nossos pais. Com ele nos comunicamos, fazemos negócios, estabelecemos relações, amamos, consolamos. É em português que pensamos, falamos com Deus, nos alegramos e sofremos. Em português multiplicamos nossos bens culturais, e fazemos piadas, e criamos trocadilhos.

Respeitem esse riquíssimo patrimônio que herdamos de nossos antepassados! E se ele chega até nós modificado por idiossincrasias regionais e pela própria ação do tempo, essas mudanças são naturais, independem do querer de quem quer que seja. Menos ainda são pautas políticas com intuitos destrutivos e inspiração exógena! Idiomas sofrem variações, sim; jamais dessa natureza. Há sotaques diversificados, mudanças  na  ortografia, mas a pressão no sentido de acabar com os gêneros gramaticais comuns a todas as línguas latinas é dos atos mais prepotentes que já pude observar. Tal percepção decorre de saber que esse empenho é apenas outra cunha lançada para empurrar, contra a vontade nacional, a ideologia de gênero para dentro de nossas escolas. Também nisso não é iniciativa de gente daqui. Nasceu e se mantém na base do copia, passa no Google Translator, e cola.

Percival Puggina (76), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.


terça-feira, 1 de junho de 2021

NA IMENSA SALA DE AULA CHAMADA BRASIL - Percival Puggina

Sempre me vi como um aprendiz, bom ouvinte, atento às páginas do cotidiano, da história e dos livros. Eis porque não consigo entender a pouca atenção dada às imensas oportunidades de aprendizado e experiência que a sala de aula dos fatos proporciona em nosso país. E note-se: fatos de muito boa pedagogia.

Lição nº 1 – Depois da ordem divina que pôs o Paraíso Terrestre em lockdown, o Senado brasileiro tornou-se a melhor alternativa disponível. Como regra geral, é o prêmio que a política partidária reserva a seus caciques (ou estes para si mesmos). É ali que comem a maçã, conversam com a serpente, preservam a impunidade, articulam o próprio futuro e determinam o tamanho da conta que mandarão para nós. Muda Senado!

Lição nº 2 – A CPI da Covid-19 é aula magna apresentada por eminentes doutores na arte da mistificação e do sofisma. Pensada pela serpente para organizar a seu modo e gosto o ambiente político de 2022, tem deixado à mostra o bote armado, os dentes e o chocalho no rabo. Esse Senado onde as boas exceções não contam 20 votos, esse Senado dos caciques, suportado pelos eleitores sem um justo brado de revolta, prova nossa negligência para com a política e o bem do país. Só uma instituição majoritariamente desqualificada extrairia de seus quadros tal deformidade para fazer o que faz. Muda Senado!

Lição nº 3 Era preciso estar hibernando no início deste século para não perceber o que inevitavelmente iria resultar de um STF quase inteiramente indicado pelo PT. 
Um colegiado escolhido pelo partido, soprado por José Dirceu, poderia ser melhor ou, mesmo, diferente? 
A outrora respeitável Suprema Corte brasileira tornou-se um poder contra a nação e fez da Carta de 1988 seu objeto multiuso, seu canivete suíço. Mais do que todos, sabem-no os membros da Corte e enaltecem a si mesmos declarando-se “contramajoritários”. Mas saibam: essa é apenas uma expressão de suposta cultura jurídica para fazerem o que bem entendem, chutando a democracia e o resultado das urnas... Muda STF!

Lição nº 4 - Cento e trinta e dois anos de crises, instabilidades, frustrações não foram suficientes para nos mostrar que esse modelo institucional é incorrigível. De um modo sistemático, transforma a governabilidade em mercadoria, agrega oportunidades e valor à corrupção, produz hipertrofia e aparelhamento do Estado e, a cada quatro anos, renova para pior a representação parlamentar. Acorda Brasil!

Lição nº 5 O presidente da República não é um príncipe perfeito. Às limitações institucionais, somam-se as próprias.  
Mas tem méritos, políticos e de gestão. Graças a ele, a seus esforços pela liberdade, resistimos à depressão para onde, de modo doentio, insistem em nos levar os grandes meios de comunicação. Ele não é o conservador nem o liberal de manual, mas defende valores estimados por uns e outros. E é o único que pode, no ano que vem, vencer o adversário que quer voltar para prosseguir a obra sinistra interrompida em 2018.

Deus abençoe e fortaleça os conservadores e liberais brasileiros!

Percival Puggina (76), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.


segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Suruba gay compromete principe - que foi quase candidato a vice

Mourão diz que pode ficar fora de chapa em 2022 após fala de Bolsonaro sobre príncipe


Após vir à tona conversa em que Bolsonaro teria dito que preferia o deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL-SP) como vice, Mourão afirmou não ver problemas se ficar fora da chapa pela reeleição.

"Na minha idade, aos 66, são outras coisas que me chateiam", afirmou. 
 
Um dia depois de vir à tona uma conversa em que o presidente Jair Bolsonaro teria dito que preferia o deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL-SP) como vice, o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) afirmou não ver problemas se ficar fora da chapa do presidente Jair Bolsonaro (PSL) em uma eventual disputa à reeleição, em 2022.

Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, Mourão argumentou ainda há um longo período de governo e uma série de tarefas a cumprir, de modo que, avaliou, ainda seria cedo para essa discussão.  "Quando chegar lá, em 2022, se o presidente precisar de mim, ele sabe que conta comigo como um soldado da visão de país que ele tem. Se não precisar, muito bem também. Não tem problemas quanto a isso", afirmou o general na entrevista.

Indagado se guarda mágoas, Mourão negou. "Na minha idade, aos 66, são outras coisas que me chateiam", afirmou.

Sobre a afirmação de Bolsonaro dizendo que o vice deveria ser Orleans e Bragança, no entanto, preferiu desacreditá-las. “Aquelas afirmações que foram colocadas na imprensa, pelo dado que tenho, não são verdadeiras. Então não tem o que comentar.”
Questionado sobre a relação com Bolsonaro, Mourão disse serdentro daquilo que é um presidente e um vice: quando ele precisa da minha opinião, me consulta. Se minha opinião ele considera válida, ótimo. Se não considera, isso faz parte de qualquer processo decisório”. Se o presidente acata a opinião do vice? “Quando julgo que as coisas têm de ser colocadas de forma mais organizada, vou lá e falo com ele. Agora, decisões do presidente são decisões do presidente. A partir do momento em que ele decide, estou 100% com ele.”

Entenda
Bolsonaro teria desistido de convidar o "príncipe” Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL-SP) para ser vice-presidente em sua chapa, depois de ter sido informado pelo ex-ministro Gustavo Bebianno, de que haveria fotos de Orleans e Bragança participando de uma orgia gay, além de informações sobre possíveis agressões do deputado a moradores de rua. As informações são da Época. [Época - Coluna do Guilherme Amado] O parlamentar nega envolvimento em ambos.
"Bebianno armou e não queria que eu fosse o vice. Ele disse ao presidente que haveria um dossiê que tinha fotos minhas, segundo um amigo me contou na ocasião. O dossiê foi usado porque era domingo de manhã e era o último dia para protocolar quem seria o vice. Ele não queria colocar um militar, inicialmente", disse Orleans e Bragança a Época.
De acordo com o deputado, o presidente pediu desculpas na última terça-feira (12). "Sei que esse tipo de armação ocorre a todo momento. Sei que circulam informações falsas. O dossiê era de fotos que eu fazia uma suruba gay e que eu batia em mendigo", contou Orleans e Bragança.

Em Yahoo! Notícias, leia MATÉRIA COMPLETA


segunda-feira, 30 de julho de 2018

Vasco quer ser vice. mas, o favorito do Lula é o Bolsonaro?

A Eleitoragem 2018 tem uma maldição antecipada: a onipresença do Presodentro Luiz Inácio Lula da Silva em todos os palanques. A desgraça acontecerá mesmo que Lula nem possa concorrer, porque é ficha-suja. Ou em função do eventual registro de sua candidatura por persistência criminosa e anti-democrática do Partido da Traição – vulgo PT. 
 Lula não pode ser eleito, porém seu nome e apoio influenciarão o resultado – contra e a favor da esquerda perdidaça.

É Lula de novo... Ele é a forca do povo... Porque há algum tempo seu nome está diretamente relacionado à desgraça da corrupção... 
O líder máximo da seita Petelândia não poderia supor que, no Brasil da impunidade, fosse ficar tanto tempo preso, mesmo que com mordomias, na gélida República de Curitiba. Lula perdeu a aposta de que ficaria livre logo e seria o candidato favorito a vencer a sucessão temerária de 2018. Errou... Agora, será apenas um ilustre tumultuador do processo. Um legítimo zero à esquerda...

Lula não tem plano B. O PT promoverá a palhaçada de homologar a candidatura Lula. Fernando Haddad será o vice. A Petelândia promete até fazer jejum nacional por seu líder, na Convenção Nacional do próximo sábado, 4 de agosto. Depois, vão recolher alimentos para doar aos pobres da periferia, mentindo que “foi Lula quem mandou de entregar”... Como Lula sabe que será barrado lá na frente pela Lei da Ficha Limpa, Haddad já fica no banco de reservas, prontinho para entrar em campo e perder...  O interessante é que tem gente no PT operando com um raciocínio suicida: fingir que morre agora, para renascer depois, na primeira oportunidade. Por tal “lógica”, os petistas deixariam Ciro Gomes perder agora, sem apoio. O PT lançaria uma chapa sem grandes alianças, faria alguns deputados e senadores que precisam de foro privilegiado e torceria por uma vitória de ninguém menos que Jair Bolsonaro.

Não... Sim... Lula não está tomando Samanaú... Pela lógica prisional, tem de estar em crise de abstinência... Privado da cachaça que adora e impedido de concorrer, a torcida natural de Lula é pela vitória do Jair Bolsonaro. Loucura? Nada disso... A aposta é puro cinismo pragmático. Alguns petistas apostam que uma vitória do “Mito” vai tumultuar o Brasil. A tendência projetada é que nenhum Presidente eleito principalmente o Bolsonaro – consiga lidar com a megacrise e com a falta de governabilidade a partir de 2019.

Por ironia da História – não é sacanagem -, o candidato ideal de Lula não é o Haddad, mas sim o Bolsonaro. Em vez de ficarem pts da vida com Lula, torcedores do Jair deviam comemorar... Bolsonaro tem chance gigantesca – e única – de ser o próximo titular do Palácio do Planalto. Pode vencer até no primeiro turno. Lula e o PT já preparam a oposição mais canalha a partir da vitória anunciada. O triunfo do Bolsonaro é perfeito para o PT porque arrasa com Ciro e tritura os primos tucanos. A sucessão maluca de 2018 promete ser muito divertida... Até dia 5, saberemos quem será o vice do Bolsonaro. Os cotados pelo PSL são: Luciano Bivar; a jornalista Joice Hasselmann; o empresário Paulo Marinho; o presidente do PSL de Minas, Alvaro Antonio; o astronauta Marcos Pontes; o general Fernando Azevedo e Silva; e o príncipe Luiz de Orléans e Bragança.

Flamenguistas, liderando o Brasileirão, não têm dúvida e indicam: vice ideal é o Vasco da Gama...   

Blog Alerta Total - Jorge Serrão 
 

domingo, 17 de dezembro de 2017

A volta do príncipe

Como será a nova vida do empreiteiro Marcelo Odebrecht, um dos homens mais ricos do País, que depois de 30 meses preso vai trocar uma cela de 12 metros quadrados pela prisão domiciliar em sua mansão

Na próxima terça-feira 19, um dos homens mais ricos do Brasil, o empreiteiro Marcelo Odebrecht, dono de uma fortuna de R$ 13,1 bilhões, vai deixar a cadeia na Carceragem da Polícia Federal de Curitiba, onde passou os últimos 30 meses. Enfurnado numa cela de 12 metros quadrados, junto com outros presos da Lava Jato, dormindo num beliche de cimento frio, com um buraco no chão para fazer as necessidades fisiológicas, ele vai deixar o inferno para voltar a viver no paraíso que sempre foi seu habitat natural desde que nasceu, há 49 anos. Marcelo passará os próximos dois anos e meio em prisão domiciliar na sua mansão de Cidade Jardim, com 3 mil metros quadrados de área construída, avaliada em R$ 30 milhões. Mesmo com o uso de tornozeleira eletrônica, ele poderá circular livremente pelas dezenas de suítes, despachar no escritório com 300 metros quadrados, e desfrutar da ampla área de lazer, com uma piscina majestosa, cercada por mata nativa, vizinha ao Parque Burle Marx.

Suas prioridades, num primeiro momento, serão resgatar a relação com a família e recolher documentos que comprovem as denúncias que fez à Justiça no acordo de delação premiada. “Marcelo sempre foi um homem da família. Quando dirigia a Odebrecht, saía do trabalho e ia para casa. Como ficou afastado das filhas por quase três anos, quer retomar a relação com elas. Quanto aos papeis que prometeu entregar ao juiz Sergio Moro, ele terá agora tempo livre para ir atrás da documentação”, disse seu advogado, Nabor Bulhões.

Mas nem tudo serão flores para o empreiteiro. Nos dois anos em meio em que permanecerá em prisão domiciliar, Marcelo Odebrecht não poderá sair de casa quando bem entender. Só com autorização da Justiça. E mesmo assim, monitorado pela Polícia Federal, para cumprir atividades de necessidade básica, como ir ao médico, dentista. Também não poderá receber todas as visitas que desejar. Empreiteiros e testemunhas ligadas à Lava Jato, por exemplo, estão expressamente proibidas de frequentar a mansão dos Odebrecht. Configuram exceções parentes até quarto grau e quinze pessoas acima de qualquer suspeita que ele terá de relacionar à Justiça. Viajar nem pensar. Nem para uma cidade vizinha, quanto mais para o exterior. O passaporte encontra-se apreendido. Em situações de emergência, Odebrecht precisará recorrer ao Judiciário, que analisará caso a caso.

O empreiteiro amargará ainda restrições profissionais. Até 2025, em razão do acordo celebrado com a Justiça, ele está impedido de exercer qualquer função executiva na Odebrecht, como também de praticar qualquer atividade empresarial. Mas quando começar o período de regime aberto, em 2020, Marcelo pretende ser mais ativo na atuação na holding Kieppe, onde detém 5% das ações, e pensa em criar uma empresa que preste serviços para outras organizações, inclusive para a própria Odebrecht. Para isso, ele deseja construir uma aliança com os primos Francisco Peltier de Queiroz Filho e Emilio Odebrecht Peltier de Queiroz, que detêm outros 10% da Kieppe. Nessa holding, Marcelo tem direito a uma retirada mensal de R$ 10 milhões. O problema será voltar para a Odebrecht. Na segunda-feira 11, uma semana antes de Marcelo deixar o presídio, seu pai Emilio, que ainda é o acionista principal, emitiu um documento determinando que nenhum membro da família poderá ocupar cargos de direção na empresa. Foi a maneira que ele encontrou para barrar qualquer pretensão de Marcelo em voltar algum dia para a empreiteira. Para Marcelo, tratou-se de um “golpe”. Na sexta-feira 15, Emílio anunciou que está deixando o cargo de presidente do conselho da Odebrecht, função que passou a exercer após a prisão do filho em 2015. O patriarca rompeu com o filho quando ele foi para a cadeia e lá resolveu fazer delação e pagar R$ 8,5 bilhões num acordo de leniência. 

Emílio discordou de tudo. Brigou a ponto de não querer recebê-lo assim que ele sair da cadeia. Para se ter dimensão do tamanho da contenda familiar, nos últimos dias, o patrono refugiou-se numa ilha de sua propriedade no Sul da Bahia. Só para não ter que passar o Natal com o filho em São Paulo.  Acionista de um império que faturava R$ 130 bilhões por ano, Marcelo viveu uma vida de conto de fadas. Por isso, sempre foi considerado “o príncipe” dos empreiteiros. Assim, os 914 dias em que passou na cadeia, acusado de superfaturar obras para a Petrobras e corromper autoridades, foram um tormento para ele. O pior foi ficar longe da mulher Isabela e, sobretudo, das três filhas adolescentes. Daí a prioridade agora de se reconectar com a família.

Tormenta durou 30 meses
Marcelo conheceu o terror da cadeia em junho de 2015. Fazia um frio insuportável em Curitiba. Logo que chegou ao cárcere, se recusava a responder a perguntas de policiais e até do juiz Sergio Moro, que determinou a preventiva. Achava que não permaneceria mais do que uma noite preso. Contava com a ajuda da ex-presidente Dilma Rousseff, corrompida por ele, para deixar a cadeia. Ela bem que tentou. Em vão. Logo percebeu que iria mofar atrás das grades e o tempo foi dobrando seus joelhos. Depois da condenação, viu que ficaria muitos anos sem ver as filhas. Foi o que mais pesou na decisão de fazer o acordo com a Justiça. Foi determinante também para a delação premiada o constrangimento pelo qual passava a mulher Isabela todas as quartas-feiras quando ia visitá-lo na cadeia. Zelosa, ela levava-lhe comidas e frutas variadas. Marcelo, que se recusava a se alimentar das quentinhas servidas no cárcere, dividia os quitutes com os demais presos.  O desconforto acaba nesta terça. A bordo de um jatinho fretado pela Odebrecht, Marcelo vai deixar Curitiba no final da tarde com destino a São Paulo. Uma nova jornada lhe aguarda. Entre tantas amarras judiciais, uma coisa é certa: sua vida jamais será a mesma. Jamais.

O castelo majestoso
A mansão de Marcelo Odebrecht no bairro de Cidade Jardim, na divisa com o Parque Burle Marx, em São Paulo, tem 3.000 metros quadrados de área construída:
– São dezenas de suítes com hidromassagem
– Só o escritório possui 300 metros quadrados
– A piscina, cercada por uma área de mata natural, é exuberante

R$ 30 milhões é a avaliação da propriedade, uma das mais caras da cidade


Revista Isto É