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domingo, 21 de junho de 2020

Weintraub entrou nos EUA como um contrabando - Blog do Josias

UOL - Josias de Souza

Os detalhes do envio de Abraham Weintraub para um refúgio dourado no exterior provocam no brasileiro que é obrigado a permanecer no país uma sensação insuportável de exílio, uma nostalgia colossal do Brasil. É como se o capitão e seus sequazes arcaicos quisessem impor aos brasileiros um país do qual nem os cegos conseguem se orgulhar.
Weintraub não viajou para os Estados Unidos. Ele foi contrabandeado. 
Três dias depois do anúncio de sua demissão, apresentou-se aos agentes alfandegários americanos como ministro da Educação do Brasil. Com isso, livrou-se da quarentena que a administração amiga de Donald Trump impõe aos brasileiros por causa da pandemia. Só depois da consumação do logro Bolsonaro mandou publicar a demissão de Weintraub numa edição extraordinária do Diário Oficial. Se o viajante fosse uma mercadoria, estaria transitando por Miami como muamba. Tratando-se de uma pessoa, percorre a cidade americana na forma de uma caricatura.

O grotesco foi promovido de um contracheque de ministro (R$ 30,9 mil mensais) para um holerite de diretor do Banco Mundial (R$ 115 mil). Extinguiu o direito do brasileiro ao riso. Poucas vezes o sórdido teve uma aparência tão marcadamente sórdida. Weintraub voou de sua Pasárgada para o estrangeiro com a pressa de um fugitivo. Ele responde a dois inquéritos no Supremo Tribunal Federal. Num, é processado por ofender os ministros do Supremo: “Eu, por mim, botava esses vagabundos todos na cadeia, começando no STF.”

Noutro, é investigado pelo crime de racismo. Publicou numa rede social mensagem ironizando o modo como os chineses falam português, trocando a letra R pelo L. Para virar diretor do Banco Mundial, o vexame brasileiro precisa ser referendado por outros oito países. Um abaixo-assinado subscrito por 15 organizações da sociedade e 250 pessoas, entre economistas, ex-ministros, escritores e artistas, pede que a muamba seja devolvida ao Brasil. [Estamos entre os que entendem que Weintraub causava muitos problemas - ao Brasil e ao governo Bolsonaro - e não apresentava soluções.
Mas, discordamos dos pretensiosos, destacados em itálico,  que fingem esquecer que nomear diretores, representando o Brasil,  para organismos internacionais está entre as atribuições do Poder Executivo da União, cujo Chefe é o Presidente da República - no caso eleito por quase 60.000.000 de votos.
Portanto, eles não possuem competência para indicar ou vetar nomes indicados pelo presidente Bolsonaro - ainda que chegassem a 300, sua representatividade é ínfima.]

Blog do Josias - Josias de Souza, jornalista/UOL

sábado, 6 de julho de 2019

Mimo póstumo

[NÃO] pegou mal a homenagem do Exército brasileiro a major alemão condecorado por Hitler e morto por engano em 1968, no Rio

[Um dos integrantes do comando que matou o major, o ex-sargento da FAB João Lucas Alves, é nome de rua em São Paulo e no Rio. [dar o nome de um dos covardes assassinos, e desertor,  a rua em São Paulo e Rio, pode; mas, dar o nome de um herói, condecorado por bravura, a uma sala de aula na escola militar onde estudava, não pode? CONFIRA AQUI.]



A primeira vista parecia fake news. “Exército homenageia oficial nazista”, deu nas redes sociais, segunda-feira passada. Mas não era fake, era só news. E ainda mais inacreditável porque o Exército em questão não era o alemão, mas o nosso, aquele que na 2.ª Guerra Mundial enviou 25.700 efetivos para combater as forças armadas nazistas e ajudou a derrotar o 3.º Reich. [as razões que levaram a Alemanha e o Eixo ao combate, são controversas;
mas, a bravura em combate do Major Otto -  honrando o uniforme da sua Pátria e cumprindo os deveres de soldado, é irrefutável, indiscutível.
O motivo da guerra é discutível, mas, a bravura do oficial é incontroversa.]



Estampada no Boletim oficial do Ministério da Defesa, [também a homenagem recebeu o merecido destaque na página do Exército Brasileiro] a notícia nos dava conta de que um antigo major do exército alemão, cujo nome completo consome 52 caracteres no Tweeter: Eduard Ernest Thilo Otto Maximilian von Westernhagen, teria sua memória “perpetuada”, com direito a placa de bronze, por ter sido “um oficial brilhante” e por seu “desempenho profissional” como aluno da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (Eceme). [Saiba mais sobre as homenagens prestadas ao major alemão, clicando aqui.]



Motivo sobressalente: naquele dia, 1.º de julho, fazia 50 anos que ele fora assassinado, com dez tiros à queima-roupa, perto da casa em que morava, numa rua do Jardim Botânico, na zona sul do Rio. [o major do Exército alemão foi covardemente assassinado por porcos terroristas;
os nojentos e covardes assassinos pretendiam matar o capitão Gary Prado, do Exército Boliviano, que comandou o abate do porco guerrilheiro Ernesto Che Guevara.
Os dois oficiais cursavam a ECEME e havia grande semelhança física entre eles, o que motivou a confusão dos assassinos - que além de matarem de forma covarde, mataram um inocente;
o capitão   boliviano concluiu o curso e alcançou  o generalato no exército de seu país.]



O crime, na época atribuído a dois anônimos assaltantes, pela polícia, a uma organização antinazista, pelos agentes do Dops, e ao Mossad, o serviço de inteligência israelense, pelos militares, só seria esclarecido 19 anos mais tarde pelo historiador e cientista social Jacob Gorender, no livro Combate nas Trevas. O major fora morto por dois integrantes do Comando de Libertação Nacional (Colina). Por engano. O grupo guerrilheiro de esquerda planejava vingar a morte de Che Guevara, ocorrida um ano antes na Bolívia, mas, em vez de matar o capitão Gary Prado, comandante das tropas que eliminaram Guevara, confundiu-o com seu colega de curso na Eceme. Uma réplica do equivocado atentado a Carlos Lacerda, em 1954, que terminou com a morte de outro major, Rubem Vaz.



O Boletim militar justificou a “justa homenagem” ao major Otto por ele ter sido o primeiro oficial da Alemanha a cursar a Eceme, o que é verdade, um “sobrevivente da 2.ª Guerra Mundial”, outra verdade, e das “prisões totalitárias soviéticas”, o que é lorota, ou mera propaganda anticomunista, típica da Guerra Fria. [o major foi prisioneiros dos soviéticos, que não se destacaram por tratar seus prisioneiros com humanidade.]



Oficial da Wehrmacht, Otto comandou um pelotão de blindados na frente oriental do conflito e acabou promovido a 1.º tenente, por bravura, em 1943. Condecorado por Hitler durante a ocupação da França, ficou ferido quando os russos tomaram Berlim, mas, terminada a guerra, mudou-se para a Argentina, a mais acolhedora Pasárgada de criminosos nazistas, onde trabalhou como fazendeiro, retornando à terra natal para realistar-se no Exército alemão.



Em 1968, chegou às mãos do general Lucídio Arruda, diretor do Dops, um lauto dossiê sobre o major, com cartas e documentos que comprovavam suas ligações com nazistas. Otto não era exatamente um anjo arrependido. Nem merece ser edulcorado com os mesmos argumentos aplicados por Hannah Arendt em seu perfil de Adolf Eichmann, como há dias tentou o diário curitibano Gazeta do Povo. Não se discute que a vida do major “foi encurtada”, como afirma o texto do Boletim, mas qualificar de “insano e covarde o ato terrorista que o vitimou é redundância retórica. Todo ato terrorista é insano e covarde – e só parcialmente covarde se o terrorista chegar ao local do atentado e conceder tempo hábil às suas vítimas em potencial para que deem o fora antes de ele detonar a bomba.



Insano e covarde foi o frustrado atentado à bomba no Riocentro, na véspera do Dia do Trabalho em 1981, executado por um capitão e um sargento ligados à linha dura do Exército contrária à abertura política, que miraculosamente ceifou apenas a vida do sargento e feriu o capitão, estendendo seus danos à reputação do capitão Job Lorena de Sant’Anna, encarregado de mentir oficialmente sobre o ocorrido, por ele imputado a “terroristas de esquerda”. Igualmente insanas e covardes foram as torturas com soberba assumidas pelo ídolo confesso de Bolsonaro, o coronel Brilhante Ustra, [um patriota, um herói nacional, ao qual o Brasil e os brasileiros devem muito.]  por sinal citado em epígrafe em outro boletim.



De todo modo pegou mal a homenagem. E não apenas entre os israelitas que aqui vivem. Os descendentes dos pracinhas da FEB também se incomodaram. Afinal, 450 deles e três pilotos da Força Aérea morreram em combate contra os nazistas, sem contar os milhares que não resistiram com vida a ferimentos e mutilações. [os brasileiros mortos e feridos combatendo os alemães morreram em combate, já os porcos terroristas, inclusive os que tentaram (e foram derrotados) vencer os militares em 64, matavam de forma covarde.]



Para piorar, o mimo póstumo ao major coincidiu com o depoimento do ministro Sérgio Moro à Comissão de Justiça da Câmara, de onde o ex-juiz, por sua tática de passar ao largo de perguntas incômodas, saiu apelidado, nas redes sociais, de “Filinto Moro”, inequívoca referência ao chefe da polícia política do Estado Novo, Filinto Müller. Promotor de prisões arbitrárias e tortura de prisioneiros, sempre esquivo em suas respostas, Müller ganhou fama internacional ao deportar a comunista judia Olga Benário, grávida, para a Alemanha, onde morreria executada num campo de concentração.[quem ler o livro Olga, de Fernando Moraes, vai constatar que ela fugiu da Alemanha para o Brasil. Fuga devido ter sido condenada pelo Judiciário da Alemanha por atos terroristas, foi resgatada de um tribunal alemão - tudo isto bem antes de Adolf Hitler assumir o poder na Alemanha;
criminosos fugitivos são extraditados, foi exatamente isto que o governo brasileiro fez.
A terrorista morreu, mas, sua filha sobreviveu e apareceu em muitas entrevistas, se orgulhando de ser filha do Prestes.]



A ditadura Vargas, não custa lembrar, deu mole para o nazismo. Recusou refugiados judeus, relutou em declarar guerra ao Eixo e promoveu um projeto de nacionalização forçada junto às comunidades de origem teutônica no sul do País, sem no entanto evitar que filhos de alemães que haviam viajado para a Alemanha, para estudar ou buscar trabalho, se alistassem nas forças armadas do 3.º Reich. Cercado de generais simpatizantes de Hitler, como Dutra, Góes Monteiro e Milton Cavalcanti, Getúlio chegou a ter seus próprios soldados “arianos”. No final da década passada, o professor paranaense Dennison de Oliveira publicou, pela Editora Juruá, um estudo pioneiro sobre os “soldados alemães de Vargas”, que talvez ainda esteja em circulação. Sobre o penchant nazista dos imigrantes alemães estabelecidos no interior do Paraná, a fonte mais rica continua sendo o filme de Sylvio Back, Aleluia, Gretchen (1976).

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

O Brasil onde Dilma se esconde é uma Alemanha com praia e carnaval

Que Pasárgada, que nada. O Brasil descrito por Dilma Rousseff no artigo que encomendou a algum subordinado, assinou e publicou na Folha de 1° de janeiro é uma espécie de Alemanha com praias sempre ensolaradas e carnavalalém de pronto para revidar aqueles 7 a 1 da Copa de 2014.  

A coisa estaria perto da perfeição se não fossem as apostas da oposição no quanto pior, melhor, o pessimismo dos pessimildos e a perseguição movida ao PT pela imprensa direitista. 

No Brasil que só ela sabe onde fica, o crescimento econômico já começou, a inflação vai cair antes da Páscoa, os desempregados cabem numa van, a corrupção foi erradicada pelo PT, as reservas em dólares são de matar de inveja o governo chinês e a gastança acabou, fora o resto. O trem bala e a transposição das águas do São Francisco vão esperar mais um pouco, verdade. Mas a culpa é da herança maldita de FHC e das vinganças de Eduardo Cunha.

Em vez de confinar numa singela página de jornal tantas notícias extraordinariamente estimulantes, por que a presidente não tratou de divulgá-las aos berros num pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão? Porque a farsa acabou. O rebanho tapeado por 13 anos perdeu a paciência. Assim que aparecesse na telinha aquela carranca que funde presunção e ignorância, um gigantesco panelaço avisaria que o Brasil real está farto de vigarices e vigaristas.

Nem as vírgulas do artigo assinado pelo neurônio solitário são confiáveis. Ou aparecem no lugar errado ou somem de onde deveriam estar. Tudo somado, o texto só serviu para antecipar o que se deve esperar do governo enquanto Dilma permanecer no cargo que vem desonrando há cinco anos: muita mentira, muita incompetência ─ e nenhum sinal de vida inteligente. Além de muita saúva, pouca saúde ─ e nenhum vestígio de vergonha.

Fonte: Coluna do Augusto Nunes