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sexta-feira, 22 de julho de 2016

Sem negligência - Suspeito preso no Rio Grande do Sul criava e vendia galinhas de raça

Mesmo que sejam aparentemente amadores, os presos ontem acusados de ações preparatórias de possíveis atos terroristas durante a Olimpíada não poderiam ser deixados livres, sob pena de as autoridades encarregadas da Segurança serem acusadas de negligência mais adiante, caso algum atentado real fosse praticado.  Temos inúmeros exemplos no mundo de pessoas que estavam sendo monitoradas e, consideradas não prioritárias, vieram a praticar atos terroristas devastadores nos EUA ou na Europa. A negligência em Nice fez com que a Promenade des Anglais não tivesse barreiras severas para carros, o que permitiu que o terrorista jogasse o caminhão sobre a multidão.

As agências de Segurança internacionais alegam, com razão, que não podem vigiar todos os suspeitos ao mesmo tempo e para sempre, e se dedicam só aos que aparentam maior periculosidade. No Brasil ainda não temos, até onde sabemos, uma proliferação de seguidores do Estado Islâmico, e por isso ainda dá para monitorar os grupos amadores, ou porra-loucas como os definiu o ministro da Defesa, Raul Jungman, certamente lembrando-se de seus tempos de política estudantil.

A divulgação das prisões pode ter sido exagerada
, como disseram ministros do próprio governo, mas certamente o tom não foi por acaso. O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, e os setores de Segurança devem ter decidido que fazer alarde da atuação tranquilizaria a população e os governos de países que virão com suas delegações para a Olimpíada. [alardear a prisão de amadores com o intuito de tranquilizar a população e governos de países que terão atletas participando das Olimpíadas, induzindo a um relaxamento com a segurança - devido uma sensação de segurança que pode ser ilusória -  é mais amadorístico do que a conduta dos amadores presos.]  O ato de ter tentado comprar um fuzil AK 47 pela internet mostra o amadorismo dos supostos guerrilheiros, mas também que não se pode deixar que um terrorista virtual se transforme em real por negligência.

É sabido que até mesmo se aluga armamento pesado nos morros do Rio ou na periferia de SP, das mãos dos integrantes das muitas facções criminosas. O mercado negro de armas, aliás, está com muita oferta na nossa região devido ao fim das ações guerrilheiras das Farc na Colômbia e à crise econômica na Venezuela.  Assim como aconteceu no fim da União Soviética, quando os próprios militares vendiam armamentos das Forças Armadas no mercado negro, também agora o preço dos fuzis e armamentos de maneira geral está até caindo devido à liquidação feita.

A ação dos órgãos foi eficiente neste caso, mas a coordenação dos trabalhos após a divulgação pareceu confusa, com várias autoridades falando, às vezes se desdizendo em detalhes, o que pode ser sintoma de coisa pior.  O coronel José Vicente da Silva Filho, ex-secretário nacional de Segurança Pública, tinha críticas antes mesmo do caso de ontem. Segundo ele, é impossível se pensar num sistema de inteligência com representantes de 106 países, como anunciei em coluna sobre as medidas que estão sendo tomadas. “Essa torre de Babel não é funcional”, analisa. Sintoma de fragilidade operacional é o sistema de radiocomunicação, “outra torre de Babel com tipos diferentes de sistemas e frequências que simplesmente não se conversam”. [e toda essa Babel tendo entre seus coordenadores a França, que se revelou, pelo menos até agora, incapaz de oferecer segurança dentro do seu território.]

Vicente cita relatório da Segurança francesa sobre os ataques que causaram 120 mortes, no qual é enfatizada “absurda disputa de autoridades e vaidades institucionais que melaram a reação coordenada de três forças”. Ele teme que, no nosso caso, com tantas forças e ministérios, a vaidade seja “ingrediente que escorrerá em cascata e pode comprometer a coordenação. Quem manda, quem vai aparecer, que vai dar ‘chave de galão’ para ingressar indevidamente nas praças de jogos?”.
Ele diz que ninguém conhece os focos críticos da Segurança como o secretário José Beltrame, “mas ele está sob uma montanha de autoridades federais que comandam, mas não conhecem as sutilezas do panorama carioca”. Vicente acha que, se tivéssemos acumulado adequadamente a experiência do Pan e da Copa, “poderíamos estar numa patamar diferente do de hoje. Essa estrutura colegiada deveria estar dando suporte à declinante condição da Segurança do Rio. Perdemos a chance de nos prepararmos melhor para o inesperado”.



Fonte: Merval Pereira - O Globo

Acredito que ele errou pela ignorância dele", afirma pai de detido acusado de premeditação de ato terrorista na Olimpíada e alinhamento com o EI

O suspeito preso pela Polícia Federal (PF) no Rio Grande do Sul sob a acusação de planejamento de ato terrorista na Olimpíada e alinhamento com o grupo Estado Islâmico é um criador e vendedor de galinhas de raça no município de Morro Redondo, no sul do Estado. A PF cumpriu o mandado de prisão às 5h,

 

sábado, 16 de julho de 2016

Estado Islâmico reivindica massacre de Nice

No comunicado deste sábado, a organização gaba-se do "novo" modus operandi utilizado por "um soldado do EI" para cometer os assassinatos

O grupo extremista Estado Islâmico (EI) reivindicou neste sábado o ataque que fez 84 mortos na quinta-feira na cidade francesa de Nice, um massacre cuja magnitude, modo de operação e perfil do autor colocam a França frente a "um novo tipo de atentado".

Na quinta-feira à noite, o tunisiano Mohamed Lahouaiej-Bouhlel semeou o terror ao lançar o caminhão que dirigia contra uma multidão que assistia à queima de fogos de artifício por ocasião do feriado da Queda da Bastilha na Promenade des Anglais. Ele matou 84 pessoas, incluindo dez crianças.  Cinco crianças seguiam neste sábado em estado crítico, incluindo um menino de oito anos que ainda não foi identificado.

O autor do ataque, que o grupo extremista Estado Islâmico apresentou em sua reivindicação como um "soldado do EI", parecia até o momento ser um desequilibrado, desconhecido dos serviços de inteligência e que não teria ligações com o Islã radical. O ministro francês do Interior, Bernard Cazeneuve, declarou neste sábado que o autor do ataque "parece" ter se "radicalizado muito rapidamente", e falou de "um ataque de um novo tipo", que "mostra a extrema dificuldade do combate ao terrorismo".  O ministro ressaltou que agora, "indivíduos sensíveis à mensagem do Daesh (sigla em árabe do Estado Islâmico) envolvem-se em ações extremamente violentas, sem necessariamente terem participado de combates, sem necessariamente terem sido treinados".

Falhas na segurança?
Mohamed Lahouaiej-Bouhlel, de 31 anos e motorista de entregas, em vias de divórcio, era conhecido da justiça apenas por fatos "de ameaças, atos de violência, roubo e vandalismo cometidos entre 2010 e 2016".  De acordo com seu pai, ele sofreu de depressão no início dos anos 2000 e não tinha qualquer ligação com a religião. "De 2002 a 2004, ele teve problemas que causaram um colapso nervoso. Ele ficava irritado, gritava, quebrava tudo na frente dele", disse Mohamed Mondher Lahouaiej-Bouhlel à AFP na frente de sua casa na cidade de Msaken (leste da Tunísia).

Quatro homens próximos do tunisiano foram colocados sob custódia. A ex-mulher do homem, morto pela polícia após o atropelamento de famílias inteiras e turistas na famosa Promenade des Anglais, permanecia sob custódia neste sábado de manhã. Oito meses após os ataques jihadistas de Paris (130 mortos), o país voltou ao luto nacional por três dias, mas desta vez a coesão não se manteve, com vários líderes políticos da direita e da extrema-direita acusando as autoridades de falhas na segurança.

Neste contexto de tensão, o presidente socialista François Hollande reuniu um Conselho de Crise neste sábado e pediu "coesão" e "unidade" na França, denunciando "as tentações de dividir um pais", segundo o porta-voz do governo Stéphane Le Foll.  Muitos jornais questionavam neste sábado como um caminhão frigorífico de 19 toneladas conseguiu entrar na quinta à noite, em meio às comemorações do 14 de julho, em um local reservado aos pedestres e protegido pelas forças de segurança, mobilizadas por um estado de emergência.

Pelo menos 17 estrangeiros também foram mortos no ataque, incluindo três alemães, dois americanos, três tunisianos e três argelinos. Um minuto de silêncio será observado na segunda-feira às 12h00 (7h00 de Brasília) no país em memória das vítimas.  O presidente francês anunciou a prorrogação por mais três meses do estado de emergência imposto após os ataques de 13 de novembro.

O EI, um grupo ultrarradical sunita que anunciou em 2014 o estabelecimento de um "califado islâmico" em áreas sob seu controle na Síria e no Iraque, realizou ataques mortais em vários países do mundo que deixaram centenas de mortos e feridos.  O grupo extremista lança apelos frequentes para que seus simpatizantes realizem ataques em países envolvidos na coalizão internacional liderada por Washington, que realiza desde setembro de 2014 ataques aéreos contra posições extremistas na Síria e no Iraque.

Fonte: Correio Braziliense