Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Gabinete de Segurança Institucional avaliou que a manifestação não representava risco, dispensou reforço e não agiu para proteger o Palácio do Planalto
Depois do maior ataque contra a democracia desde o fim da ditadura, as instituições reagiram com vigor e celeridade para identificar e punir os responsáveis pela invasão e depredação do Congresso, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal. O STF confirmou o afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, por três meses e ainda incluiu nas investigações o ex-presidente Jair Bolsonaro.
A Polícia Federal prendeu o delegado Anderson Torres e o coronel Fábio Vieira — respectivamente, ex-secretário de segurança e ex-comandante da Polícia Militar do DF, por suposta conivência com os atos.
Até o fechamento desta edição, mais de 1 200 pessoas que participaram das manifestações continuavam detidas, e cerca de 300 outras seguirão monitoradas por tornozeleiras eletrônicas.
O Congresso deve criar uma comissão especial para acompanhar o caso e estuda mudar a lei de modo a permitir que determinadas ações possam ser enquadradas como crime de terrorismo, cujas penas são mais duras. Há, porém, um ponto muito importante em relação aos eventos ocorridos no fatídico dia 8 de janeiro que continua envolto em mistério e precisa ser devidamente esclarecido.
Como mostram as imagens que rodaram o mundo, os vândalos entraram no Palácio do Planalto e destruíram tudo que encontraram pela frente. Foram quase duas horas de pura barbárie. O Batalhão da Guarda Presidencial do Exército, responsável pela segurança e proteção do prédio, só agiu quando os criminosos já estavam na porta do gabinete do presidente Lula.
Os militares tinham treinamento, equipamentos e homens suficientes para impedir a invasão e o vandalismo. [em nossa opinião, o acima afirmado não condiz com a realidade, com o bom senso e mesmo com o respeito por vidas humanas.
O efetivo permanente do BGP no Palácio do Planalto é adequado para serviço de VIGILÂNCIA = moldes 'serviço de Sentinela', usando armamento letal - fuzil FAL, .7.62, cujo uso contra uma multidão resultaria em um número de mortos superior ao do massacre da Praça da Paz Celestial, ocorrido em Pequim, no século passado - quando tanques foram usados contra a multidão.
Para conter a multidão do dia 8 só forças treinadas para ações de choque - não disponível no dia a dia pelo BGP no Palácio do Planalto.
Faltaram meios e ao nosso ver o comandante da tropa lá presente usou, acertadamente, do bom senso e respeito por vidas humanas, ao evitar o uso de força letal.]
Pouco fizeram porque não foram demandados pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI), órgão subordinado diretamente ao presidente da República. No dia seguinte aos ataques, Lula disse que houve falhas “internas” e acusou as Forças Armadas de conivência com os criminosos. Confrontado pelo presidente, o Comando Militar do Planalto (CMP) abriu um inquérito policial militar para apurar o que aconteceu — e pode-se dizer que algo grave, de fato, ocorreu.
(...)
Ficou decidido, entre outras medidas, que não seria autorizada a presença de manifestantes na Esplanada dos Ministérios. Pelas redes sociais, os apoiadores do ex-presidente já pregavam a necessidade de ações radicais contra as instituições. Já discutiam abertamente a possibilidade de invasões de prédios públicos. Para o GSI, porém, a situação era de absoluta “normalidade”. Em mensagem ao Comando Militar, o órgão informou que não havia necessidade de reforço da segurança do palácio naquele que seria o primeiro fim de semana do novo governo. “Os órgãos de inteligência estarão monitorando a capital. Qualquer mudança de cenário, informaremos de pronto.”
Essa primeira mensagem foi enviada às 14h59. Duas horas e meia depois, o coordenador de segurança do GSI, coronel André Garcia, envia uma nova e curta comunicação ao CMP. “Boa tarde, senhores. O SCP (referindo-se ao secretário de Segurança e Coordenação Presidencial, general Carlos Feitosa Rodrigues) agradece o apoio dos dragões no dia de hoje. Pelotão de Choque pode ser liberado da prontidão.”
Para proteger o Planalto, há sempre um pelotão pronto para ser acionado em caso de necessidade.
Os soldados normalmente ficam na garagem do palácio ou no interior de um ônibus estacionado nas imediações.
Dessa vez, como se viu na mensagem, o pelotão foi liberado.
Naquele fim de semana, portanto, a proteção das instalações ficaria sob a responsabilidade de um contingente mínimo, cerca de dez homens, que atuam como espécie de vigilantes que se revezariam na rampa de acesso e nas guaritas em torno do prédio.
Os órgãos de inteligência, como informou a primeira mensagem, de fato continuaram monitorando a capital.
Na véspera dos ataques, sábado, dia 7, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), também subordinada ao GSI, produziu um relatório alertando sobre o risco iminente de ataques dos manifestantes. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, o documento informou que estavam mantidas as convocações para “ações violentas e tentativas de ocupações de prédios públicos, principalmente na Esplanada dos Ministérios”. Já a Polícia Federal, em um ofício enviado ao ministro da Justiça, Flávio Dino, era ainda mais contundente, advertindo, segundo publicado pelo jornal O Globo, que o grupo que se deslocava a Brasília pretendia “promover ações hostis e danos”, entre outros, “contra os prédios dos ministérios, do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal”. Às 11h54, o GSI enviou mensagem ao CMP solicitando o apoio de um pelotão de choque: “Boa tarde, senhores. Haja vista aumento de manifestantes em frente ao CN, o SCP solicita apoio de um Pel Choque ECD desde já… Estou com uma força de reação de 15 agentes”.
Trinta e cinco homens equipados com escudos, bombas de gás, pistolas com balas de borracha e cassetete chegaram ao Planalto por volta das 13 horas, o mesmo horário em que os manifestantes, escoltados pela Polícia Militar, começaram a caminhada em direção à baderna. O pelotão de choque ficou inerte na entrada do Planalto. Às 15h30, houve a invasão e a depredação, que se estendeu por longos 110 minutos.
A tropa de choque, que poderia ter evitado tanto a invasão quanto a depredação, entrou em ação, mas, minúscula diante do número de vândalos, não conseguiu evitar a ação dos criminosos, que destruíram móveis, obras de arte, quebraram vidros e equipamentos. Para o governo, o episódio foi parte de uma tentativa de golpe para depor o presidente. Lula acusou os militares, incluindo os lotados no Gabinete de Segurança Institucional, de conivência com os bolsonaristas radicais. Até hoje, o general G. Dias não se posicionou sobre as graves suspeitas levantadas pelo presidente da República. O GSI, por sua vez, também não se defendeu e, indagado a respeito, informou que só se manifestará após a conclusão das investigações. São suspeitas muito graves.
(...)
Entre a eleição e os lamentáveis ataques de 8 de janeiro, bolsonaristas radicais bloquearam rodovias, atacaram instalações do sistema elétrico, planejaram explodir um caminhão com combustível no Aeroporto de Brasília e atearam fogo em alguns ônibus na capital do país. Assim, deixaram claro que não reconhecem a derrota de Bolsonaro, exatamente como faz o próprio ex-capitão, que continua de férias na Flórida (EUA). Além de demonstrar preocupação com esses golpistas, Lula está certo de que parcela dos militares aderiu ao bolsonarismo e, por isso, age como braço político do antigo adversário. O presidente também tem consciência do fosso que separa o seu governo dos fardados. O ponto de ruptura entre as partes foi a instalação em 2012 da Comissão Nacional da Verdade, que se propôs a investigar violações de direitos humanos no período da ditadura e reavivou pressões para que a Lei da Anistia fosse revista, o que já havia sido negado pelo Supremo dois anos antes (veja o quadro).
(...)
Desde então, a caserna reclama de um suposto revanchismo por parte do PT e da esquerda. Os escândalos de corrupção e a recessão econômica no governo Dilma também ajudaram a alimentar o antipetismo entre os militares. Ex-comandante do Exército e um dos quadros da reserva com mais ascendência sobre o pessoal da ativa, o general Villas Bôas entrou de vez para a crônica política nacional ao pressionar o Supremo a não soltar Lula em abril de 2018.
A Corte manteve preso o petista, que não pôde enfrentar Jair Bolsonaro naquela eleição.
Vitorioso na ocasião, o capitão sempre agradeceu publicamente a ajuda do general. Esses precedentes, somados à postura dos militares na resposta aos atentados do dia 8, preocupam Lula, que exige de seus subordinados que despolitizem as Forças Armadas — uma tarefa nada fácil.
Além de as desconfianças de parte a parte persistirem, integrantes do governo divergem sobre a melhor estratégia a ser adotada: tentar enquadrar os militares ou apostar na conversa e na distensão negociada. Dois episódios deixam claro o tamanho do desafio.
Poucas horas após a quebradeira na Praça das Três Poderes, o jornalista Ricardo Cappelli, designado interventor na segurança pública do DF, quis desmontar naquela mesma noite o acampamento próximo ao quartel-general do Exército.
Chegando ao local acompanhado de um pelotão da PM, ele deparou com veículos blindados cercando a área e não foi autorizado a entrar.
Foi improvisada, então, uma reunião no estacionamento de uma igreja próxima. Lá, o comandante militar do Planalto, general Gustavo Henrique Dutra, disse com todas as letras que não permitiria a entrada da polícia e alertou sobre o risco de “derramamento de sangue”, caso sua posição não prevalecesse. [o general Dutra agiu com respeito à vida humana, visto que não tem pela vida de inocentes o desprezo comum à esquerda, que tem o PT entre seus integrantes, - afinal, foi o comunismo, cuja implantação no Brasil é um dos objetivos da esquerda, que patrocinou a morte de milhões de pessoas, nos governos de Stalín, Pol Pot, Mao e outros.]
Ficou combinado que a retirada dos militantes ocorreria na manhã seguinte, solução que contava com o apoio do ministro José Múcio, que tem perfil conciliador e tem sido alvo do fogo amigo dos petistas e esquerdistas, que o acusam de fraqueza ao lidar com os militares.
Em Brasília, aliados do presidente espalham o boato de que Múcio foi alertado sobre a possibilidade de um levante por parte do corpo de fuzileiros navais, tropa de elite da Marinha, composta de 18 000 homens, na época comandada pelo almirante Garnier Santos. Reconhecidamente bolsonarista, Garnier se recusou a participar de qualquer reunião com o ministro da Defesa durante o processo de transição de governo e sequer compareceu à posse do seu sucessor na Marinha, o almirante Marcos Sampaio Olsen.
PROTESTO - Almirante Garnier Santos: ausência na posse do sucessor – Valter Campanato/Agência Brasil
Segundo o rumor, a tentativa de golpe ocorreria dez dias antes da posse de Lula, mas não foi levada adiante porque o Alto-Comando do Exército rechaçou a aventura. Por conhecer os detalhes desse enredo, Múcio não poderia manter o perfil conciliador, dizem seus desafetos. Lula pelo jeito discorda e tem fortalecido a autoridade de seu ministro. “Tudo que o Bolsonaro pode desejar agora é que Lula, como comandante-em-chefe das Forças Armadas, continue agredindo os militares, porque, com esse discurso, ele está atirando para dentro do quartel”, disse a VEJA um ex-ministro da Defesa, sob condição de anonimato. Apesar de suas queixas, o presidente tem tentado estreitar laços com a cúpula das Forças Armadas. Ele pediu aos comandantes que apresentem os projetos prioritários de suas respectivas corporações e prometeu defendê-los. Lula aposta que assim reduzirá o foco de tensão, o que é fundamental para trazer paz — inclusive institucional — ao país. Esclarecer o que se passou no Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro de 2023 também será essencial para o sucesso desse esforço.
Publicado em VEJA, edição nº 2825, de 25 de janeiro de 2023
CPI adia análise de convocação de Braga Netto e deixa general 'pendurado'
Senador Alessandro Vieira informou que vai refazer o pedido e apresentá-lo novamente
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, no Senado, adiou nesta terça-feira, 3, a decisão de convocar o ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, para prestar depoimento. O senador Alessandro Vieira
(Cidadania-SE) retirou o requerimento de pauta e informou que vai
refazer o pedido e apresentá-lo novamente. Nos bastidores, senadores
querem deixar Braga Netto com receio de uma investigação que está longe
de sair do radar da CPI e pode prejudicar ainda mais o governo de Jair Bolsonaro.
"Braga
Netto coordenava Saúde, Justiça e Segurança Pública, Defesa, Relações
Exteriores, Economia, Cidadania, Mulher, Família, Direitos Humanos,
Secretaria-Geral da Presidência, Secretaria de Governo, GSI, AGU, CGU,
Banco Central, Anvisa, Banco do Brasil, Caixa Econômica e BNDES",
enumerou Vieira. “Esse cidadão, sentado na cadeira, coordenava as ações
de todos esses órgãos. Se esse cidadão não precisa ser ouvido numa CPI
que investiga ações e omissões do governo federal, tenho dúvida de quem
precisa”.
Braga Netto é um dos ministros mais próximos do presidente Jair Bolsonaro. Como revelou o Estadão, o presidente da Câmara, Arthur Lira
(Progressistas-AL), recebeu dele um duro recado no último dia 8, por
meio de um interlocutor político. Na ocasião, o general pediu para
comunicar, a quem interessasse, que não haveria eleições em 2022 sem
aprovação do voto impresso, atualmente em tramitação na Câmara.
A mesma declaração foi dada publicamente por Bolsonaro várias vezes, tanto que, na noite desta segunda-feira, 2, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu abrir inquérito
[administrativo] sobre as acusações sem provas feitas por ele contra o sistema
eletrônico de votação e as ameaças às eleições de 2022. Além disso, o
TSE pediu que o Supremo Tribunal Federal inclua Bolsonaro no inquérito das fake news, em tramitação na Corte. O ministro Alexandre de Moraes deve decidir ainda nesta terça-feira, 03, sobre isso.
Na
primeira sessão presencial da CPI após o recesso, nesta terça-feira, 3,
Alessandro Vieira defendeu a necessidade de ouvir o depoimento de Braga
Netto. O senador afirmou que, em 16 de março do ano passado, o general
era ministro da Casa Civil e foi "designado como coordenador do comitê
de crise de combate à Covid".
"Esta é a figura que precisa ser
convocada para sentar naquela cadeira e explicar por que ele, como
coordenador, dotado de todos os poderes necessários, foi incapaz de
evitar esse desastre", disse Vieira. "Não há nenhum tipo de desapreço ou
de diminuição das Forças Armadas. É um cidadão que ocupou um cargo
civil e que ocupa hoje um cargo civil. E, nesta condição, precisa, sim,
ser chamado à CPI para prestar esclarecimentos."
Os senadores
governistas reagiram à possível convocação de Braga Netto e, nessa
empreitada, foram acompanhados por Eduardo Braga (MDB-AM) e Otto Alencar
(PSD-BA). "Creio que, se for do entendimento da maioria, o
general Braga Netto terá que vir aqui num momento em que estejamos
prontos para fazer as perguntas e fazer a conclusão sobre o depoimento
do general Braga Netto. Trazer o general Braga Netto a esta comissão,
aprovar o seu requerimento hoje, criar um factoide político, não termos
esses questionamentos e não termos esta conclusão da CPI, me parece uma
construção inoportuna diante de um cenário político nacional", afirmou
Eduardo Braga.
No começo da tarde, o senador Alessandro Vieira
apresentou um novo requerimento pedindo a convocação de Braga Netto. O
parlamentar afirmou, no documento, que o ministro deve explicar a
"inércia e negligência" na coordenação de Gabinete de Crise contra a
covid-19.[será que o senador Vieira acha que pode tratar um oficial general da forma, que tudo indica, tratava suspeitos que abordava quando era policial e fazia policiamento nas ruas de sua cidade?]
Vieira quer que Braga Netto detalhe como se deu sua
atuação no projeto de lei que liberava vacinas para clínicas privadas e
relate o que fez durante o colapso do oxigênio de Manaus. O senador
ainda pede que o ministro esclareça se foi o responsável por convocar e
conduzir uma reunião, no ano passado, na qual foi debatida a edição de
um decreto presidencial para mudar a bula da cloroquina . A alteração,
que não se concretizou, passaria a permitir que o medicamento fosse
indicado ao tratamento da covid.
Não há nada a ser explicado nessa
comissão: governadores e prefeitos estão exatamente no centro do
escândalo; até uma criança sabe quais são os Estados onde mais se
roubou, inclusive oxigênio
Os peritos em ciência política, desses que sempre aparecem nas mesas redondas de televisão, provavelmente estão lhe explicando, em detalhes e com oratória de universidade, como são complexos os pontos centrais (e os laterais, também), dessa CPI que o Senado acaba de inventarcom o objetivo oficial de apurar atos de inépcia, negligência ou má fé que teriam sido cometidos pelo governo federal no combate à covid.
Mas não é preciso mais do que três minutos de observação, realmente, para se concluir que não há complicação nenhuma. Basta ver quem são os senadores que estão na CPI, fazendo o papel de polícia que corre atrás do bandido. Que complicação poderia haver?
[ex-ministro Teich! por ser o senhor um homem honesto, ainda que tivesse o DNA da desonestidade - presente em 90,99% dos políticos brasileiros - seu envolvimento com a política foi, felizmente, rápido, nos preocupa o fato do senhor correr o grave risco de ser preso na CPI da Covid - talvez o único a ser preso.
Explicando: lhe faltam o traquejo politico, a malandragem dos criminosos, o jogo de cintura, a habilidade em responder o que não lhe perguntaram e silenciar sobre o perguntado, havendo sempre o risco de lhe fazerem uma pergunta para enrolar o meio campo, o senhor se 'perder', falar a verdade, e ser preso em flagrante delito por perjúrio. Fique alerta.
No Brasil, as palavras costumam ter o sentido que os interrogares atribuem para aquele momento.]
O presidente na CPI, não menos que o presidente em pessoa,é um senador do Amazonas que já teve a própria mulher, além de irmãos, presos por roubalheira maciça justamente na área da saúde; ele próprio, senador Omar Aziz (PSD-AM), figurão da política amazonense e de Manaus, está metido há cinco anos em encrenca feia com a Operação “Maus Caminhos” – e um de seus desdobramentos, a “Cash Back” – que a Polícia Federal iniciou em 2016 para investigar corrupção na sua zona de influência.
O representante titular do PT é o senador Humberto Costa,notável por ter o apelido de “Drácula” –esteve envolvido no prodigioso escândalo dos vampiros, que roubavam sangue dos hospitais quando ele era ministro da Saúde do governo Lula.É como “Drácula”, por sinal, que Costa está registrado no célebre Departamento de Operações Estruturadas da empreiteira Odebrecht, na lista de políticos comprados pela empresa e guardada em seus computadores.
Está no papel de mocinho e juiz, também, outro peixe graúdo na coleção da Odebrecht – o “Whiskey”, codinome do senador Jader Barbalho, do Pará. Ele é descrito, respeitosamente, como “veterano” da política; de fato, está relacionado há décadas, sempre, entre os políticos mais investigados por corrupção neste país. Enfim, acredite se quiser: aparece na CPI, e no cargo de relator, o senador Renan Calheiros, simplesmente ele – o “Atleta” do listão da empreiteira, e com certeza o membro mais enrolado com o Código Penal que há no Senado do Brasil ou, possivelmente, de qualquer senado do mundo.
É preciso, diante disso, dizer mais alguma coisa? Os especialistas podem ficar explicando o assunto pelo resto da vida, mas não há nada a ser explicado: a CPI da Covid é uma das mais espetaculares trapaças que já se praticou na política brasileira. Até uma criança de dez anos de idade sabe que os dois Estados onde mais se roubou na covid,inclusive oxigênio, são justamente Amazonas e Pará; pois é dali, bem dali, que vêm dois dos mais lustrosos investigadores da CPI.
Parece brincadeira, mas não há nada de brincadeira nisso tudo. Ao contrário:estão levando muitíssimo a sério o trabalho de impedir que a verdade sobre a corrupção que marcou o combate à covid seja revelada um dia.
Governadores e prefeitos, as “autoridades locais”a quem o STF entregou autonomia para lidar com o problema(e que receberam do governo federal no último ano RS$ 60 bilhões de reais em verbas das quais em grande parte não precisaram prestar contas), estão exatamente no centro do escândalo.
Nessas horas, nada melhor do que sair gritando “pega ladrão”.
Magistrado do Amapá agiu como os três Poderes e afastou
diretorias da Aneel e do ONS
[Fecha tudo? Congresso? Presidência da República? STF? Se aceita que um juiz de primeiro grau assuma funções dos Três Poderes?]
Em um Estado Democrático de Direito, ninguém detém poder
absoluto.As competências estão distribuídas entre Legislativo, Executivo e
Judiciário. E as respectivas autoridades têm atribuições específicas. De vez em
quando, no entanto, veem-se rebeldias. Autoridades que, ignorando o limite
entre o que podem e o que não podem fazer, despacham como se fossem os Três
Poderes juntos.
Foi o que se viu no Amapá. No dia 13 de novembro, o juiz da
2.ª Vara Cível da Justiça Federal do Amapá determinou que, em razão dos apagões
de energia elétrica, a população do Estado teria direito a receber mais duas
parcelas do auxílio emergencial de R$ 600. Como se sabe, o auxílio emergencial em função da pandemia do
novo coronavírus foi resultado de um projeto de lei proposto pelo Executivo
federal e aprovado pelo Congresso. A concessão do auxílio envolveu decisões
políticas importantes, com efeitos sobre o Orçamento e as finanças públicas.
Tais decisões não são da competência do Poder Judiciário, e sim de autoridades
eleitas pelo voto popular.
Nada disso, no entanto, foi empecilho para que o juiz, vendo
a situação dramática da população de seu Estado, determinasse mais dois
pagamentos de R$ 600 aos cidadãos do Amapá. Não se sabe a razão de terem sido
apenas dois. Por que não foram três, quatro ou seis meses adicionais de auxílio
emergencial pela situação precária de energia do Estado? São as idiossincrasias
próprias de decisões absolutas. O critério é ditado pela cabeça de quem manda
fazer o que não pode.
O ativismo da Justiça do Amapá, no entanto, foi adiante. No
dia 19 de novembro, o mesmo juiz determinou o afastamento por 30 dias da
diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e dos diretores do
Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Segundo o magistrado, o objetivo
da medida é impedir a interferência dessas autoridades na investigação relativa
às circunstâncias e causas do blecaute.
Na decisão, o juiz diz que houve “completa omissão” ou, no
mínimo, negligência dos órgãos reguladores no sistema de energia do Amapá,
atingido por dois apagões nas últimas semanas. O primeiro, causado por um
incêndio em uma subestação de energia da capital Macapá, deixou 14 dos 16
municípios do Estado no escuro. Quando ocorreu o segundo apagão no dia 17, o
abastecimento de energia ainda não tinha sido regularizado.
“O lamentável blecaute ocorrido no Estado-membro do Amapá é
– diz a decisão judicial – reflexo de um autêntico ‘apagão de gestão’ provocado
por uma sucessão de ‘governos federais’ que negligenciaram quanto ao
planejamento adequado de políticas públicas de produção, transmissão e
distribuição de energia elétrica, deixando o sistema entregue a própria sorte e
em mãos de grupos políticos e econômicos que se unem estritamente para fins de
enriquecimento ilícito, tratando o povo como ‘rebanho bovino’ e não como
sujeitos de direitos.”
Enquanto cidadão, o magistrado pode discorrer sobre as
causas da situação da energia em seu Estado. O problema, no entanto, é o que
ele entende que pode fazer como juiz. No dia 19, ele achou que devia suspender
de suas funções por um mês as diretorias da Aneel e do ONS. Surge, então, a
pergunta. Diante de fatos tão graves, por que ele não incluiu também o
presidente da República e o ministro de Minas e Energia na ordem de suspensão
pelo período de um mês?
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) foi o autor da ação
civil pública pedindo o afastamento das diretorias da Aneel e do ONS.Em sua
conta no Twitter, o senador comemorou a decisão. No mínimo, é de advertir que
Aneel e ONS cuidam de outros Estados além do Amapá. O que será da energia do
restante do território nacional com essas entidades acéfalas?
É preciso respeitar as competências de cada Poder. Por mais
que certas decisões possam aparentar eficiência, o caminho para serviços
públicos de qualidade deve ser trilhado dentro das margens do Estado
Democrático de Direito. Sem exceções, sem rebeldias.
Os ministros Gilmar e Barroso condenam o governo federal pelo que iria fazer contra a covid-19, mas não conseguiu
A palavra que mais encanta os ministros do Supremo Tribunal Federal hoje em dia é genocídio.Ainda outro dia foi o ministro Gilmar Mendes que espantou todo mundo – e ao que parece até ele próprio, pois logo depois achou melhor reformular o que tinha dito –ao anunciar que o Exército do Brasil era cúmplice de “genocídio”.Agora é a vez do ministroLuís Roberto Barroso. Ele chegou à conclusão que o governo do presidente Jair Bolsonaro
ia cometer neste país um genocídio para ninguém botar defeito, mas o
STF não deixou – e graças à sua sabedoria o Brasil foi salvo desta
desgraça. Os dois estão falando, pelo que foi possível entender, da covid-19.
Em seu entendimento, o governo agiu em todo esse episódio como se
estivesse tentando matar a população brasileira – uma espécie de
“genocídio culposo”, digamos, porque o autor do crime não teria a
intenção de matar, mas, como ocorre nos acidentes de trânsito, agiu com
negligência, imprudência ou imperícia e, portanto, mereceria ser levado
ao banco dos réus.
Em suma: os ministros Gilmar e Barroso
(aguarda-se, agora, os pronunciamentos dos colegas) condenam o governo
federal pelo que iria fazer, mas não conseguiu. Pode ser apenas mais um,
dentro do processo de produção contínua de despropósitos que o STF
colocou em funcionamento já há bom tempo. Mas, quando se pensa um pouco,
talvez haja algum método nessa loucura. O fato é que os ministros estão
diante de um problema sem solução. No início da epidemia, proibiram o
governo Bolsonaro de fazer qualquer ação contra a covid-19: tinha de
liberar todo o dinheiro exigido para o tratamento da doença, mas tudo
deveria ficar exclusivamente a cargo das “autoridades locais”, ou seja,
dos governos estaduais e das Prefeituras. Cinco meses depois, temos
85.500 mortos, até a contagem desta última terça-feira, e uma massa de
sofrimento que não é possível contabilizar. A culpa, então, é dos
governadores e prefeitos? Não se sabe; o Supremo ainda não baixou
nenhuma bula em resposta específica a essa pergunta. Mas do governo
federal com certeza não é – por atestado do próprio STF, que vetou a sua
entrada na questão. Que fazer?
Os
ministros não gostam da ideia de terem alguma responsabilidade pelo
desastre.Vem, então, essa história do genocídio. Como o presidente
disse, no começo da epidemia, que era tudo uma “gripezinha” de nada, e o
seu governo pensou numa campanha do tipo “acelera Brasil”, o Supremo
teve de impedir que esse tipo de postura viesse a turbinar o vírus; por
isso proibiu o governo de entrar na questão e evitou que estragasse
tudo, mas a culpa continua sendo dele,porque ia causar uma calamidade
que acabou não causando. E o que aconteceu depois da decisão do STF – o
que seria? A tese de Barroso é que se não fosse pelos ministros, aí sim é
que a coisa ia ficar preta. Com a sua intervenção, houve só 85.500
mortes – o que, tanto quanto se possa deduzir, Barroso está achando que
foi um tremendo sucesso. Para não perder a viagem, ele disse, na
mesma ocasião, que o liberalismo está acabando com o Brasil. O Supremo
brasileiro, hoje em dia, é isso. J.R. Guzzo, jornalista - Coluna no Estadão
O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que puniu a juíza Clarice Maria de Andrade Rocha, que, em novembro de 2007, manteve uma jovem de 15 anos presa com 30 homens durante 26 dias – a garota foi espancada e estuprada – na delegacia de Abaetetuba (PA).
As informações foram antecipadas pelosite Consultor Jurídico.
A decisão de Marco Aurélio, que é liminar, é de outubro de 2016 e foi
assinada em dezembro, mas só acabou publicada nesta quarta-feira. Em 2010, o CNJ chegou a aplicar aposentadoria compulsória à
juíza, por entender que ela havia homologado a prisão em flagrante mesmo
tendo conhecimento das condições irregulares do local. A medida foi anulada em 2012, quando o STF concluiu que os
documentos levados a Clarice de Andrade na época não informavam a
presença da garota entre homens.
Marco Aurélio, relator daquele acórdão, afastou a imputação
de negligência ou dolo edeterminou que o CNJ deveria analisar apenas se
a juíza praticou falsidade ideológica na assinatura de um documento –
ela afirma que determinou expedição de ofício sobre o caso à
Corregedoria de Justiça, mas a data teria sido rasurada. O processo administrativo disciplinar voltou à pauta do CNJ
em outubro do ano passado, quando foi fixada a pena de disponibilidade,
que prevê que o magistrado fica proibido de exercer suas funções por ao
menos dois anos, recebendo vencimentos proporcionais. Inconformada, a
defesa da juíza foi ao STF.
Para Marco Aurélio, embora tenha citado a decisão anterior
do Supremo, o CNJ foi contraditório ao imputar à juíza a prática de
conduta negligente.
Mesmo
que sejam aparentemente amadores, os presos ontem acusados de ações
preparatórias de possíveis atos terroristas durante a Olimpíada não
poderiam ser deixados livres, sob pena de as autoridades encarregadas da
Segurança serem acusadas de negligência mais adiante, caso algum
atentado real fosse praticado. Temos inúmeros exemplos no mundo
de pessoas que estavam sendo monitoradas e, consideradas não
prioritárias, vieram a praticar atos terroristas devastadores nos EUA ou
na Europa. A negligência em Nice fez com que a Promenade des Anglais
não tivesse barreiras severas para carros, o que permitiu que o
terrorista jogasse o caminhão sobre a multidão.
As agências de
Segurança internacionais alegam, com razão, que não podem vigiar todos
os suspeitos ao mesmo tempo e para sempre, e se dedicam só aos que
aparentam maior periculosidade. No Brasil ainda não temos, até onde
sabemos, uma proliferação de seguidores do Estado Islâmico, e por isso
ainda dá para monitorar os grupos amadores, ou porra-loucas como os
definiu o ministro da Defesa, Raul Jungman, certamente lembrando-se de
seus tempos de política estudantil. A divulgação das prisões pode
ter sido exagerada, como disseram ministros do próprio governo, mas
certamente o tom não foi por acaso. O ministro da Justiça, Alexandre de
Moraes, e os setores de Segurança devem ter decidido que fazer alarde da
atuação tranquilizaria a população e os governos de países que virão
com suas delegações para a Olimpíada.
[alardear a prisão de amadores com o intuito de tranquilizar a
população e governos de países que terão atletas participando das
Olimpíadas, induzindo a um relaxamento com a segurança - devido uma sensação de segurança que pode ser ilusória - é mais
amadorístico do que a conduta dos amadores presos.] O ato de ter tentado
comprar um fuzil AK 47 pela internet mostra o amadorismo dos supostos
guerrilheiros, mas também que não se pode deixar que um terrorista
virtual se transforme em real por negligência.
É sabido que até
mesmo se aluga armamento pesado nos morros do Rio ou na periferia de SP,
das mãos dos integrantes das muitas facções criminosas. O mercado negro
de armas, aliás, está com muita oferta na nossa região devido ao fim
das ações guerrilheiras das Farc na Colômbia e à crise econômica na
Venezuela. Assim como aconteceu no fim da União Soviética, quando
os próprios militares vendiam armamentos das Forças Armadas no mercado
negro, também agora o preço dos fuzis e armamentos de maneira geral está
até caindo devido à liquidação feita.
A ação dos órgãos foi
eficiente neste caso,mas a coordenação dos trabalhos após a divulgação
pareceu confusa, com várias autoridades falando, às vezes se desdizendo
em detalhes, o que pode ser sintoma de coisa pior. O coronel José
Vicente da Silva Filho, ex-secretário nacional de Segurança Pública,
tinha críticas antes mesmo do caso de ontem. Segundo ele, é impossível
se pensar num sistema de inteligência com representantes de 106 países,
como anunciei em coluna sobre as medidas que estão sendo tomadas. “Essa
torre de Babel não é funcional”, analisa. Sintoma de fragilidade
operacional é o sistema de radiocomunicação, “outra torre de
Babel com
tipos diferentes de sistemas e frequências que simplesmente não se
conversam”. [e toda essa Babel tendo entre seus coordenadores a França,
que se revelou, pelo menos até agora, incapaz de oferecer segurança
dentro do seu território.]
Vicente cita relatório da Segurança francesa sobre os
ataques que causaram 120 mortes, no qual é enfatizada “absurda disputa
de autoridades e vaidades institucionais que melaram a reação coordenada
de três forças”. Ele teme que, no nosso caso, com tantas forças e
ministérios, a vaidade seja“ingrediente que escorrerá em cascata e pode
comprometer a coordenação. Quem manda, quem vai aparecer, que vai dar
‘chave de galão’ para ingressar indevidamente nas praças de jogos?”. Ele
diz que ninguém conhece os focos críticos da Segurança como o
secretário José Beltrame, “mas ele está sob uma montanha de autoridades
federais que comandam, mas não conhecem as sutilezas do panorama
carioca”. Vicente acha que, se tivéssemos acumulado adequadamente a
experiência do Pan e da Copa, “poderíamos estar numa patamar diferente
do de hoje. Essa estrutura colegiada deveria estar dando suporte à
declinante condição da Segurança do Rio. Perdemos a chance de nos
prepararmos melhor para o inesperado”.
Fonte: Merval Pereira - O Globo
Acredito que ele errou pela ignorância
dele", afirma pai de detido acusado de premeditação de ato terrorista na
Olimpíada e alinhamento com o EI
O suspeito preso pela Polícia Federal (PF) no Rio Grande do Sul sob a
acusação de planejamento de ato terrorista na Olimpíada e alinhamento
com o grupo Estado Islâmico é um criador e vendedor de galinhas de raça
no município de Morro Redondo, no sul do Estado. A PF cumpriu o mandado
de prisão às 5h,